Uma garota linda de olhos castanhos e cabelos lisos saíra de seu carro prata que estava estacionado na frente de uma mansão. Ela se dirigiu até a porta, que foi aberta por uma pequena mulherzinha com vestes de doméstica.
- Maria, será que você poderia pegar as compras no porta-malas do meu carro?!
- Sí... su padre quier hablar contigo.
- O que é que ele faz aqui?
- No sei, él estás muy bravo.
- Era só o que me faltava. - Ela entregou a chave do seu carro para Maria e subiu as escadas.
Lá em cima, um grande corredor dava acesso a várias portas, a garota se aproximou de uma, e a abriu. Havia um grande escritório e um homem, com um ar de executivo, sentava-se na cadeira da escrivaninha olhando para a janela, ele percebera o barulho na porta e olhara com cara de poucos amigos.
- Entra Sophie.
- O senhor não deveria está no escritório...?
- Tenho coisas mais importantes para tratar com você agora...
- Comigo? Até que fim o senhor achou um espaço na sua agenda pra mim...
- Não comece com suas ironias... – Ele interrompera a fala e olhou para os lados como se estivesse constrangido, depois impulsionou seu corpo para próximo de sua filha. Ela o olhava apreensiva - Eu vou direto ao assunto. O reitor da sua universidade me ligou dizendo que um dos seus professores a flagrou em uma situação embaraçosa com um garoto...
- Ah... Já sei... Que eu ‘tava me agarrando com o Will, é isso?
- Você ainda tem coragem de falar com essa tranqüilidade?
- E que qual é o problema?
- Se você ainda não notou, eu sou seu pai.
- Pois não parece. - Ela parecia agora irritada - Eu já tenho vinte anos, pai. Eu já posso sair beijando, agarrando quem eu quiser.
- Mas enquanto estiver sendo sustentada por mim, vai ter que dançar conforme a musica que eu tocar... - Ele se levantou e andou até a janela - Eu não conquistei isso tudo, para depois ficar conhecido como o homem que tem uma filha...
- Uma filha o quê? - disse Sophie aumentando o nível de voz. - Então é isso que o senhor pensa de mim.
- Você quer que eu ache o quê, santinha você não é. Se quiser se agarrar com qualquer garoto você traz ele aqui pra dentro de casa, não tem problema. Agora fazer isso na sala de aula...
Sophie se levantara da cadeira:
- Eu não vou ficar aqui escutando isso...
- Vai sim, por que eu ainda não acabei. Senta.
Ela se impôs por um momento e então se sentou.
- Eu estive pensando, e vi que não tem mais outra saída... Você vai voltar para o Brasil.
- Não! - Ela exclamou, como se fosse um pedido de misericórdia.
- Sim! Eu não vou querer uma filha grávida...
- E você acha que lá no Brasil não tem homem?!
- Pelo menos lá tem seu irmão pra olhar por você.
- Ah não, voltar pro Brasil já é castigo suficiente, agora morar como o meu irmão aí já vai ser quase um purgatório.
- Então façam as pazes.
- Não dá, o Rafael é meio... - Ela fez uma cara de nojo - Eu não quero morar com ele, eu não quero ir para o Brasil.
- Mais você vai, e eu já estou até resolvendo para qual universidade do Brasil você vai ser transferida, quem sabe eu até consiga para a universidade que o seu irmão estuda...
- Você não esta entendendo, eu tenho uma vida ótima aqui, tirando a parte de que eu só vejo você no natal ou quando me dá broncas e que a minha mãe mora num spar e se eu a visse agora eu não a reconheceria de tantas plásticas que ela fez no rosto, tirando isso, eu... Eu tenho amigos ótimos - Ela evitara olhar para seu pai que já iria questionar sobre ter amigos ótimos. - Eu estudo em uma das melhores universidades dos Estados Unidos, você ‘ta entendendo? Quantas pessoas gostariam de estar no meu lugar...
- Só que você não soube aproveitar isto e se pensa que eu vou aturar mais um escândalo seu pra chamar atenção, você esta muito enganada...
- Eu já sou maior de idade o senhor não tem como me obrigar.
- Não, eu não tenho, mas eu posso cortar o seu cartão de crédito, te expulsar de casa...
- Isso é chantagem!- Retrucou Sophie.
- Entenda como você quiser.
Sophie se levantara e dera a seu pai um olhar de repreensão, este o evitou e quando ela chegara à porta ele disse:
- Onde foi que eu errei, hein Sophie?
