Girls Basketball escrita por Master


Capítulo 4
Primeiro Jogo - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Editando aqui pra avisar que a Mallow fez uma capa maravilhosa para nós, por favor, deem uma olhada nela, já postada haha.

Gente vocês acham que estou postando muito rápido? haha

Estou inspirada, provável que este capítulo tenha ficado muito confuso, mas, é o intuito.



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As aulas nunca passaram tão lentamente na visão de Emi Mayumi, mesmo que fosse a última aula do dia, os segundos pareciam não avançar. Emi olhava agora distraída para a paisagem a fora da janela, o céu, as flores de primavera, uma paisagem que a lembrava de um outro local.

“O colégio feminino denominado Touran, era praticamente o sonho de qualquer garota que quisesse ser bem sucedida, seja ela rica ou pobre. Um colégio enorme que mais parecia um castelo e muitas pessoas pensavam que somente os ricos estudavam lá, mas estavam errados, havia muitos bolsistas.

Não que Emi fosse uma delas. A loira simplesmente odiava aquele local antes mesmo de entrar lá.

– Por que essa cara de emburrada, Emi? – Outra garota loira perguntou enquanto segurava a mão da pequena garotinha de apenas oito anos.

– Por que onee-san? – Emi perguntou com os olhos marejados. – Por que a mamãe sempre nos abandona em colégios assim para ir viajar pelo mundo?

A outra garota se abaixou de repente ficando cara a cara com a menor. Não parecia muito mais velha, tinha no máximo 11 anos de idade, mas portava um sorriso maduro.

– Existem coisas que não podemos explicar somente com palavras, Emi. – A mais velha disse. – Nossa mãe é uma ótima patinadora de gelo e essa é a sua paixão, quando você encontrar algo que faça seu coração bater mais rápido e que as palavras não possam explicar, você entenderá.”

– O que as palavras não possam explicar... – Emi sussurrou para si.

– O que está falando ai, Emi? – Naoko perguntou dando um cascudo na cabeça da loira. – O sinal já bateu, baka.

–Vamos lá, temos um jogo de basquete para assistir! – Luna exclamou estranhamente animada.

Emi sorriu.

– Vão vocês primeiro, eu preciso fazer uma coisa antes de ir. – A loira disse e saiu da sala rapidamente sendo seguida pelos olhares curiosos das outras.

– Onde ela vai? – Naoko perguntou com as sobrancelhas arqueadas.

– Deixe-a. – Akime disse firme. – De todo modo, como Monosuke disse, o diretor quer que mostremos nossas habilidades de algum modo e acabamos pensando em chamar uma das escolas que estejam aqui para jogar contra a gente, mas quem garante que ele irá assistir? – Perguntou.

Luna fez uma cara de pensativa.

– Vamos atrás da Mayumi primeiro, depois pensamos nisso. – Luna respondeu.

~~~~

– Uau, quanta gente. – Mayumi disse para si mesma enquanto estava a caminho da sala das outras meninas.

Realmente, era um saco ter que ficar sozinha logo no primeiro ano, entretanto tinha feito umas amizades na outra sala.

– Ô, faz tempo que eu não vejo essa ruivinha por aqui. – A voz divertida a pegou de surpresa fazendo Mayumi virar rapidamente para trás.

– Takao-kun! – Mayumi exclamou surpresa e pulou em cima dele o abraçando.

Takao corou disfarçadamente.

– Sai de cima pimenta, vão pensar coisas erradas. – Ele disse rapidamente.

Mayumi desgrudou do pescoço dele.

– O que faz aqui? – Perguntou ela voltando a andar sendo acompanhada do amigo, quase um irmão, aquele que a ensinou jogar basquete, apesar de nunca ter jogado contra ele.

– Ué, não é obvio? – Takao perguntou dando um tapa na cabeça da ruiva. – O time do Shutoku quis vir assistir o jogo hoje, aliás, estranhamente muitas pessoas fascinantes vieram hoje.

– Ah, é mesmo! – Mayumi exclamou surpresa. – O jogo já deve ter começado! Nos vemos depois, chato!

E a ruiva saiu correndo para o estádio que fora inaugurado dentro do colégio.

~~~~

O estádio estava lotado, mesmo Seirin não sendo uma escola tão grande, eles conseguiram abrir um estádio de basquete em um terreno ao lado do colégio, onde criaram uma entrada a partir deste.

Tinha gente de todo tipo e muitas escolas.

E pior do que isso, Akime estranhava o fato de haver tantas garotas de sua antiga escola. O uniforme delicado branco com detalhes pretos e um laço vermelho em frente aos seios, o inconfundível uniforme do Colégio feminino Touran.

– Tsc, onde estão Mayumi e Emi? – Akime murmurou para Luna.

– Maa, com a Emi eu ainda não sei por que você se preocupa, mas a Mayumi deve ter tido algum imprevisto, de todo modo, não vamos fazer nada mesmo. – Luna disse arrumando mais confortavelmente no banco da plateia em meio a gritos.

Naoko tinha a face franzida.

“Aquele cabeça de vento faz parte do time da Seirin?”. Pensou.

– É fascinante, não podemos negar. – Naoko disse. – O jogo está no último quarto e os novatos mal conseguem acompanhar o ritmo do time titular da Seirin.

– Tsc. – Akime ajustou-se na cadeira. – Aquele garoto, Tetsuya Kuroko, eu quase não consigo o ver.

Akime sente uma mão em seu ombro e se vira rapidamente e vê Mayumi ofegante.

– Desculpa a demora. Quanto está o jogo? – Mayumi perguntou se sentando.

– 109 a 45. – Luna respondeu.

Mayumi abriu a boca e fechou logo após.

E então o jogo apita dando aviso de seu fim e a plateia vibra mais uma vez.

– Qual seu veredito Akime? – Luna perguntou e percebeu que nenhuma delas conseguia conter o sorriso.

Aquela animação contagiante de excitação que faz qualquer um querer sair jogando basquete.

– Aquele Kuroko tem algumas jogadas um tanto complexas, o ruivo é muito bom e explosivo, um ótimo jogador ofensivo, o pivô parece que tem algum tipo de lesão na perna, mas parece que não se deixa afetar por isso e é mesmo um bom pivô, o capitão maneja muito bem as cestas de três pontos que são quase imbatíveis e o fofinho ali parece que tem alguma habilidade com os olhos. – Akime disse pensativa. – Confiança um nos outros, além de um belo físico, são um time quase imbatíveis.

As quatro assentiram.

– Bem, muito bem aos veteranos e aos novatos que ingressaram no time depois deste jogo. – A voz do diretor se fez presente. – Gostaríamos de agradecer a todas as escolas presentes aqui e já avisar que a vinda de vocês aqui não é totalmente em vão.

Todos da plateia franziram o cenho.

– Gostaria de fazer mais uma partida não oficial neste exato momento, alguém da plateia se oferece para jogar contra o Colégio Seirin? – O diretor questionou e todos ficaram surpresos.

A técnica do grupo do qual nenhuma delas sabia o nome se levantou exaltada para questionar, aquilo não estava planejado. Entretanto parou ao ver um time se levantar.

­Shutoku.

– Oh, temos um time voluntário! – O diretor pareceu animado e a plateia ainda estava abismada. – Colégio Shutoku, desça aqui.

– Eu creio que não fui só eu que percebi, mas há várias garotas da nossa antiga escola aqui e nenhuma delas até agora comemorou ou gritou. – Naoko disse baixo para as outras.

Mayumi assentiu.

– E, além disso, Monosuke ainda não deu as caras, por que só eu tenho um mal pressentimento sobre isso? – Mayumi perguntou.

O diretor cumprimentou os alunos do Shutoku.

– Ah sim, creio que eu não tenha explicado bem. – O diretor disse. – Vocês jogarão contra o Colégio Seirin, mas não contra este time titular que acabou de jogar.

Ninguém poderia ficar mais confuso.

– Descobri recentemente que o Colégio Seirin recebeu alguns jogadores talentosos de basquete e que não fazem parte do time por um motivo óbvio. - O diretor disse e deu um meio sorriso. – Então eu farei um convite especial, Colégio Touran, ou melhor, Colégio Seirin, vocês gostariam de um jogo contra a Shutoku?

Os corações das quatro pararam, mas sorriram devagar, entretanto, o que responder?

Sim? Sem a Capitã ali? Ou não e perder a oportunidade de mostrar as suas habilidades e de jogar um jogo esplêndido?

Naoko apertou as unhas contra as palmas das mãos, mas parou ao perceber uma coisa.

Todas as garotas da plateia do Colégio Touran se levantaram rapidamente e sorriram para o diretor.

E então a porta se abriu com um estrondo fazendo todos olharem para trás.

– O que estamos esperando? – A voz conhecida por todas surgiu pela porta.

E a última coisa escutada no momento foram os gritos das meninas que até então permaneceram caladas o tempo todo.


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Notas finais do capítulo

Estamos descobrindo os passados delas pouco a pouco, o que será que cada uma tem para revelar?

O que acharam?