Crash Into Me escrita por Amy


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Personagens novas...



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Marina (ponto de vista)

– Maaaaaaaaaanu!!! – Nanda soltou minhas mãos e correu para a loira.

Manuela assim como Nanda possuía cabelos loiros, pele branca, lábios rosados e um olhar infantil com uma tonalidade de um castanho que às vezes se tornava um mel. Mas Manuela conseguiu chamar minha atenção muito mais pelas curvas de seu corpo, ela era bem pequenininha, não devia medir mais que um metro e sessenta, mas o que ela não tinha de altura, tinha em comissão de frente e de trás, não que fossem enormes, mas eram do tamanho ideal.

– Que saudades da minha princesinha! – Manuela falava enquanto as duas se abraçavam.

Se eu achava que não tinha como as duas ficarem mais parecidas, a Manuela fala, pelo amor, quase mesmo timbre de voz, só que a dela era mais rouca, mais sexy. Eu até tinha visto umas fotos da Manuela antes, até achava as duas parecidas, mas ao vê-la de perto assim, ver seu modo de se mexer, sua voz, eram idênticas.

– Você tem que conhecer a Mari, ela é a minha rainha, você vai adorar ela tanto quanto eu – Nanda ao se soltar do abraço já a puxava para me conhecer.

– Sua rainha é? – perguntou Manuela divertida olhando para mim.

– É, eu sou a princesa dela, e ela minha rainha, dur – Nanda falou como se fosse obvio e Manuela sorriu se divertindo.

– Prazer em conhecê-la – eu disse timidamente quando Nanda juntou nossas mãos – Marina Harpa – me apresentei.

– O prazer é todo meu, rainha. Manu Lopes, a seu dispor – Manuela fez uma reverência e gargalhamos, com exceção de Nanda, que ficou séria.

– Rainha da Nanda pra você, Manu. Nada de a seu dispor não – Nanda disse enciumada separando nossas mãos, enquanto ríamos.

– Pensa numa ciumenta linda – falei já a carregando no colo – Você sabe que você é a única mulher da minha vida – quando falei isso seu sorriso se alargou.

– Espera um pouco, Marina Harpa, a estilista da Katherine Heigl? A Marina Harpa que é o prodígio da moda, segundo a revista mais badalada do país? – perguntou Manu animada.

– Não, é a Marina Harpa, rainha da Nanda, já te falei, Manu – Nanda mais uma vez demonstrou seus ciúmes.

– É essa Marina Harpa, mas venham logo que o jantar vai esfriar – Flávia nos chamou da cozinha.

O jantar foi super agradável, Manu contou varias historias sobre os artistas que ela havia contracenado, falamos um pouco sobre meu trabalho, sobre a escola da Nanda, sobre os lugares que Manu visitou, estava tão boa a conversa que a Nanda dormiu em meus braços, enquanto conversávamos, Flávia abriu uma das garrafas que Manu tinha trazido de presente para ela. Quando estava pela metade, Flávia se levantou e se espreguiçou.

– Meninas, está tudo muito bom, mas amanhã eu preciso trabalhar, já que não nasci com o talento de vocês e tenho que ser escrava daquele banco idiota, beijos e deixa que eu levo a pequena – Flávia pegou a Nanda do meu colo e subiu junto com ela.

– Nossa, muito bonita a sua relação com a Nanda – Manu comentou quando só estávamos nós duas.

– A Nanda é a pessoa mais importante da minha vida, acho que até mesmo mais que meus pais, ela é como se fosse realmente minha filha, irmã mais nova, e como passamos o dia inteiro juntas, e algumas noites também, é impossível não sermos tão próximas, ela é simplesmente o centro da minha vida – comentei com um sorriso bobo em meu rosto.

Conversamos um pouquinho mais sobre a Nanda, sobre minha nova coleção, que ela como figura pública tinha que ter vários modelos exclusivos, então começamos a conversar sobre estilo musical, e foi quando a vaca foi pro brejo, porque apesar de estar encantada pela Manu, eu não estava romanticamente interessada nela, mas quando eu comecei falar de bandas que eu amava que não eram conhecidas, e ela me surpreendeu por conhecer, eu passei a olhá-la como uma possível investida.

– Então, a Nanda implica muito com seus namorados? – perguntou Manu em tom divertido.

– Na verdade não, porque eu não tenho namorados, mas eu tenho uma amiga colorida que a Nanda odeia porque morre de ciúmes, sempre que saímos juntas, nem segurar na mão da minha amiga eu consigo – respondi rindo lembrando a cena.

– Ah bacana, tenho muitas amigas lésbicas também, nesse meio artístico é bem comum – ela comentou querendo ser simpática.

– E você? – perguntei curiosa.

– Eu não, e assim, eu respeito, mas fui criada em escola católica, não gosto, não acho certo, mas eu acho que todos têm o direito de ser felizes – Manu falou tentando o máximo não se expressar errado.

– Tá na cara que você não é lésbica, e muito menos cogitou a ideia de beijar outra mulher, o que eu queria perguntar é se você tem algum namorado famoso, o ultimo filme você fez com o James Gold, não foi? – mudei de assunto depois do balde de água fria que levei.

– Foi com ele sim, vou falar só pra você porque sei que não vai sair daqui, a gente ta meio que namorando, assim a gente vive saindo junto, mas ele ainda não fez o pedido em si sabe? – Manu me confidenciou suspirando de uma maneira triste.

– Deve estar preparando um pedido bem original - tentei animá-la.

– Espero mesmo que seja isso, às vezes acho que ele ta distante, e ele ainda ta filmando com uma mulher linda, a Marcela Lobo, fica difícil de não ficar imaginando os dois juntos - Manu mostrou seus receios.

– Posso te garantir que ele não tem nada com a Lobo - afirmei com um tom divertido.

– Ai, Mari, ele beijando ela todo dia praticamente, tudo bem que é beijo técnico, mas mesmo assim, e ela é bem mais bonita que eu - Manu continuou com suas incertezas.

– Manu, ela não é mais bonita que você, porque vocês têm belezas diferentes, você é mais princesinha, loirinha de olhos azuis, já a Marcela é um furacão, ruiva provocante. Mas eu te garanto que eles não têm nada - continuei com minha afirmação.

– E como você pode ter tanta certeza assim? - perguntou ela colocando a mão na cintura, assim como a Nanda quando queria me desafiar.

– A Marcela é a minha amiga colorida, e o James certamente não faz o estilo dela - revelei e ela arregalou aqueles olhões azuis.

– Por essa eu não esperava – comentou surpresa.

– Mas enfim tenho que ir, to morrendo de sono - declarei e levantei do sofá.

– Tudo bem, amanhã você tem compromisso? To precisando de umas roupinhas novas... - ela comentou se levantando também.

– Amanhã vou à fábrica com meu empresário e a Nanda, vem com a gente e te mostro - convidei-a enquanto íamos em direção a saída.

– Ótimo, até amanhã então - Manu e eu nos despedimos com um beijinho de comadre na porta e eu fui para meu apartamento que era no andar de cima.


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