Towers escrita por Sofia


Capítulo 1
These Four Walls


Notas iniciais do capítulo

Hey, primeiro capítulo. Eu não tenho muito a dizer...
So, here we go!! :))
P.S.: Escutem a música "These Four Walls" da Little Mix.



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– Ei... - ele sussurrou para mim - está tudo bem?

– Não... não está tudo bem. Minha vida está acabada! - chorei em seu ombro.

– Vem cá... - ele me aproximou de seus braços e me abraçou com delicadeza - Agora conta o que está acontecendo.

Me afastei dos seus braços, e me levantei. Engoli todo choro, e levei o orgulho junto. Me virei para ele.

– Parabéns, papai.

♡♡♡

E lá estava eu. Grávida com 17 anos. E que foi largada pelo ex cachorro.

De repente, comecei a olhar em volta. Eu estava isolada em meu quarto à dias. Nunca dei sinal de vida. Não falava com os meus pais. Nem com minha própria irmã.

Eles faziam o máximo para me ajudar. E eu... continuava desse jeito.

Me levantei com um pouco de dor, e fui até o espelho. Minha barriga cresceu. Meu rosto estava inchado e sem vida. A quanto tempo eu não comia? Ou saia para aproveitar?

Passei a mão delicadamente sobre minha barriga. Sorri, ao pensar que eu tinha alguém. Mas logo ele se desabrochou. Como iria criar esse filho nesse estado?

Mexi nos meus cabelos, no meu rosto, na cintura, em tudo... eu não era a mesma.

Fui até o banheiro, e tirei as minhas roupas. Caminhei até o box, e a água quente caiu sobre minha pele. E as lágrimas também. Fiquei parada, apenas deixando a água cair sobre mim.

Me limpando de todos os erros. Curando as cicatrizes. Sendo uma nova pessoa.

A água começou a ficar fria. Me sentei no chão do box, e fiquei ali. Olhando para a parede. Pensando no quanto eu fui estúpida. O quanto eu era dependente dele.

Terminei o meu longo banho. E me enrolei em uma toalha. Fui em direção o armário, e peguei uma roupa qualquer. A vesti e penteei os meus cabelos, que antes eram um ninho de passarinhos e que agora estavam ficando macios.

Olhei em volta. Meu quarto estava uma bagunça. Peguei os lenços que estavam no chão e joguei no lixo, arrumei minha cama e o resto. Abri a cortina, trazendo uma grande claridade que quase me deixou cega.

Fui até a porta e a abri. Olhei para os lados. Saí do quarto e desci as escadas, parando no último degrau.

– O que podemos fazer, amor? Ela não sai do quarto a dias. Não dá sinal de que está bem. - choramingou minha mãe.

– Não sei, querida. A única coisa que podemos fazer é a ajudar a criar esse filho. - suspirou meu pai.

O som da porta abrindo e fechando soou.

– Cheguei! - escutei a doce voz da minha irmã mais nova.

– Oi, princesa. Como foi a escola? - meu pai perguntou.

– Mesma coisa de sempre. Está começando a ficar puxado, já que os exames estão chegando. - respondeu. Ah, a escola... quanto tempo eu não a visito? - E a...?

– Ela não quis comer hoje e ainda está trancada.

– Não fiquem assim... ela é forte, e tudo vai passar. Ela só precisa de um tempo. Ela se apaixonou e teve o coração quebrado. Dêem um tempo para ela.

– Ela tem razão...

– Tudo bem.

– Então, filha, eu já estou acabando de fazer o almoço. Pode esperar?

– Claro, tudo bem!

Respirei fundo e fui em direção a cozinha, onde todos estavam. Fui direto a geladeira, sem olhar nenhum deles, e peguei uma maçã, deliciando-a.

Todos estavam sem reação, e logo vi uma lágrima cair do rosto de minha mãe, e todos sorriram.

– Minha filha! - ela foi me abraçar e retribuí. Todos foram me abraçar. Eu sentia falta deles, do abraço, do sorriso.

– O que a fez sair da cama? O que houve? - meu pai perguntou e eu não respondi nada. Apenas sorri e abracei eles de novo.

Ficamos abraçados por um bom tempo.

– Eu vou criar esse filho. - encarei todos - De qualquer jeito. De qualquer modo. Eu vou criar. Eu vou recomeçar. Uma nova vida daqui em diante.

♡♡♡

– Filha, acorda, meu amor. Você tem escola! - acariciei os cabelos da minha menina.

– Já vou acordar, mamãe. - ela se virou.

– Vamos... - peguei-a no colo e fui até o banheiro e dei um banho nela.

E comecei a pentear os seus cabelos. Mesma cor do dele... era incrível as semelhanças que ela tinha com ele. Por mais que eu torcia para não ter.

Coloquei um desenho animado para ela ver, enquanto preparava um achocolatado para ela.

Essa sou eu hoje. Emily Joey. 23 anos, solteira, editora chefe da revista "Vogue". Criando minha filha, Amber Joey, 6 anos de idade. Morando em Los Angeles com minha irmã, Callie Joey, 19 anos, cursando artes.

Eu tenho uma vida calma desde o que aconteceu. Esqueci de tudo e segui meu caminho. Eu precisava fazer isso. Com tudo o que aconteceu. Sou uma nova mulher.

Admito, que no começo, ligava para o celular dele só para ouvir sua voz, mas sempre que tinha o "alô?", eu desligava. Normalmente, ele não atendia. Com o tempo parei. Eu havia perdido meu orgulho. Eu não sorria mais. O quarto me dominava.

Mas tomei senso. E aqui estou. Com uma vida boa.

– Bom dia. - Callie saiu do quarto toda descabelada, enquanto eu colocava o café na mesa.

– Bom dia. - ri.

– Bom dia, tia Callie. - Amber foi abraça-la.

– Oi, princesinha. - beijou sua testa.

– Vem, filha, vamos comer. - a chamei e ela pegou seu copo com achocolatado e continuou a ver tv. - Curtiu muito ontem?

– Curti muito. Estudando e estudando... - ela me abraçou.

– Você vai ir bem. - sorri - Vai dar para você tomar café comigo ou vai ter que sair para "ver coisas importantes"?- arqueei uma sobrancelha.

– Depende que horas são. - riu e a acompanhei - Sério, que horas são?

– Acho que 6 horas...

– As provas! - ela gritou, e me assustei - Vai começar daqui a 20 minutos!

– Quer que eu dê carona?

– Obrigada! - ela me abraçou.

– Vai tomar banho! - me afastei e a empurrei para o banheiro.

Arrumei Amber - e Callie -, e saímos de casa. Deixei Callie em frente a faculdade e logo deixei Amber na escola. Então segui ao trabalho.

– Bom dia, senhorita Joey. - me cumprimentaram em coro.

– Uau! - ri - Por favor,me chamem de Emily. E bom dia, pessoal! - e caminhei até minha sala.

♡♡♡

Estava lotada de trabalho para fazer. Eu ainda não acreditava que trabalhava para a "Vogue". Era impressionante. Conhecia famosos, e eu ficava famosa...

– Senhorita Joey, ligação para você.

– Por favor, me chame de Emily. - sorri - Coloque-o na linha. - a minha secretária saiu da sala, e eu peguei meu telefone.

– Alô?

– Senhorita Joey?

– Sim, a própria!

– Olá. Queríamos informar que sua filha se machucou hoje... - de repente tudo acabou e eu não escutava mais nada que diziam. O que poderia ter acontecido? Deus. - Senhorita Joey?

– Sim? - acordei para a realidade - Me desculpe, pode repetir o que disse?

– Estamos pedindo para você vir aqui, e a acompanhar até o hospital. O colégio pagará a conta.

– Ok. Estou indo. - fui curta e desliguei o telefone. Ai meu Deus.

Liguei para Callie, mas ela não atendeu. Poderia estar em prova.

Logo, fui até o hospital. Espero que ela esteja bem.


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Notas finais do capítulo

Por favor, comentem! :))
xxxxx, Sofia



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