There was no choice to make escrita por Loreline Potter


Capítulo 1
There was no choice to make


Notas iniciais do capítulo

Gente, já está nos avisos mas como não quero reclamação, então lá vai de novo. Contém cenas de sexo, mas nada muito explícito, enfim cada um sabe que o que gosta ou não de ler.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/475210/chapter/1

–Você tem que estar de brincadeira! – Exclamou uma furiosa Felicity cruzando os braços e levantando-se de sua cadeira para encarar um ainda mais furioso Oliver Queen. Naquela noite poderia se dizer que eles tinham falhado com a cidade, Diggle estava fora, tinha sido requerido pela A.R.G.U.S e a missão acabara nas mãos de Oliver, Felicity e Roy.

–Como você pôde? Estragou tudo! Era a oportunidade perfeita Felicity! – Acusou Oliver batendo com as mãos na mesa onde ficava seu arco.

– Roy estava do outro lado do prédio com Thea se você bem se lembra! E desde que Sara partiu e Diggle está em missão solo, você ia acabar enfrentado vinte caras armados sozinho! – Gritou ela gesticulando com raiva, a loira não podia acreditar que toda a frustração da noite estava sendo descontada nela. Ela simplesmente podia ver uma veia latejando no pescoço dele, e os lábios franzidos em uma clara expressão de raiva.

–Então você achou que podia acionar os alarmes do local? – Questionou ele rispidamente, os olhos azuis brilhavam por entre a máscara e encaravam Felicity esperando por explicações.

–Como você bem notou Oliver, sim eu fui capaz de fazer isso. A propósito..De nada! – Respondeu ela ironicamente dando um sorriso de superioridade. Em momento algum ela parou de olhar pra ele, se aquilo era uma batalha, pois bem, ela iria vencer.

Oliver se aproximou de Felicity com uma fúria palpável, ela tinha feito aquilo sem consulta-lo o que fez com que ele fugisse sem terminar a vistoria no escritório do senador que eles investigavam. Ela acompanhara tudo através das câmeras de vigilância que hackeara e assim soube o momento exato em que praticamente todos os seguranças do local se dirigiam para o escritório onde Oliver estava, sozinho sem ninguém pra dar cobertura.

–Eu poderia ter lidado com eles. – Disse o homem pausadamente os olhos ainda pregados na loira. A declaração fez com que algo queimasse dentro de Felicity, ela se aproximou ainda mais de Oliver como se quisesse colocar racionalidade na cabeça dele com as próprias mãos.

–Não seja um idiota. A janela estava bloqueada e eles estavam indo direto pra lá. – Argumentou ela, tentou controlar o tom de voz, mas suas mãos tremiam de pura raiva.

–Eu teria dado um jeito. - Tornou a dizer Oliver com frieza, dito isso ele deu meia volta e começou a se afastar.

–Talvez sim, talvez não. E deixa eu te dizer Oliver as chances na hora, eram muito mais favoráveis a segunda opção. – Gritou ela se descontrolando completamente. – Eles iam pegar você! Então eu fiz o que tinha que ser feito. Eu não tive escolha! - O tom de voz da mulher só aumentava e Oliver a encarava subitamente assustado com a reação dela, a loira tão pequena parecia crescer conforme extravasava sua raiva.

–Sempre há uma escolha. – Disse ele calmamente. A respiração de Felicity estava ofegante e ela contava até dez mentalmente tentando se acalmar e voltar ao normal. Fechou os olhos com força e não pode se impedir de falar, seu cérebro puxara uma memória distante, de quase um ano atrás, ele já tinha dito algo que o contradizia.

–Não, você mesmo já disse isso. – Ela abriu os olhos cor de safira que agora lacrimejavam e então continuou. - Quando matou o Conde Vertigo pra me salvar, você disse que não tinha nenhuma escolha a ser feita. – Oliver a encarava com tanta profundidade que era até difícil pra ela continuar falando, mas ela o fez, dando mais um passo na direção dele.

–Essa é minha vez de dizer. Eles iam machucar você Oliver. Não tinha nenhuma escolha a ser feita. – Terminou ela com convicção.

Assim que ela disse isso um silêncio pesado se instaurou, ambos se encaravam, as respirações estavam ofegantes e ele sequer pensou antes de vencer a distancia que os separavam e beijá-la. Ela não recuou por nem um momento, Felicity sabia exatamente o que iria acontecer quando ele caminhou com aquele olhar decidido e furioso em sua direção.

Os meses de autocontrole de Oliver foram jogados no buraco naquela fração de segundo em que ela envolveu seu pescoço e o correspondeu com ardor. Ele tinha se esquecido completamente todos os motivos que o levavam a se manter afastado. Naquele momento ele não se importava, só o que ele sabia é que estava furioso, frustrado e a pele dela queimava ao encontrar seu corpo.

Não tinha nada de carinhoso naquilo, ambos estavam completamente no limite da raiva, a adrenalina da missão ainda estava fazendo efeito e foram puramente esses dois fatores que desencadearam aquela explosão. O corpo dele clamava pelo dela, queria mais e mais contato os óculos de Felicity caíram e foram esquecidos no chão próximo a sua cadeira. A máscara moldada na face de Oliver não incomodava o suficiente pra nenhum deles se importar em retirá-la.

A loira se sentia quente, as mãos dele estavam em todos os lugares, ele estava em todos os lugares, a boca dele queimava em seu pescoço e quando ela pressionou seu corpo de encontro ao dele e não segurou um pequeno gemido. Ela sentiu Oliver enlaçá-la com mais força e respondendo automaticamente ela saiu do chão, sendo sustentada por ele, suas pernas em volta de seus quadris. O que só a deixava ainda mais exposta e desejosa. Sentiu quando suas costas foram pressionadas de encontro a parede, mais uma veze não havia nada de delicado ou romântico.

Agora que Oliver a sustentava com o próprio corpo contra parede ele tinha uma das mão livres, a saia dela já estava levantada e o caminho estava praticamente livre pra ele fazer o que bem entendesse com ela. Ela queria gritar, seu corpo ia explodir de prazer ao sentir os dedos dele exatamente onde ela queria que eles estivessem. Mas ambos estavam impacientes, não tinha espaço para preliminares, foram direto ao ponto.

Mais tarde Felicity não saberia dizer os detalhes, a adrenalina e o instinto mais primitivo os comandaram naquela noite, ela só sabia que em determinado momento dor e prazer se confundiram. As costas dela tinham batido com força contra a parede, e as mãos dele tinham-na segurado com mais força do que talvez fosse necessário.

Ela não se importou, ela mesma não foi a mais delicada das garotas ao cravar suas unhas com força no pescoço de Oliver. Só mais tarde ela iria verificar que ela mordera os lábios dele a ponto de fazê-los sangrar.

(...)

Felicity tentava normalizar sua respiração ao mesmo tempo em que voltava sua saia vermelha para o lugar, sentiu o rosto corar ao ver a calcinha completamente arruinada no chão. Em algum momento ela tinha sido arrebentada ela só não fazia ideia de como acontecera. Deixou seu olhar ir então até Oliver, já completamente arrumado, usando a roupa do arqueiro verde, naquele momento ela notou que ele ainda usava a mascara. Felicity queria seus óculos, mais que isso precisava deles, só não fazia ideia de onde ele estava, porém seu corpo estava dolorido e ela se sentia mole, de modo que ela permaneceu parada.

Oliver estava longe dela ou pelo menos mais longe que estava há minutos atrás, ele estava sentado no chão e passava a mãos pelos cabelos, quando passou a mão no rosto sentiu a mascara a finalmente a retirou. Foi então que Felicity percebeu realmente o quão apreensivo ele estava, não conseguia deixar as mão paradas e ela soube quase com exatidão o que se passava na cabeça dele.

Ele por outro lado não queria olhar pra ela, a culpa já era grande demais sem ter que encará-la. Oliver tinha perdido o controle, tinha sido bruto com ela, nem sequer se prestou a verificar se ela estava bem, ele se importou apenas com ele mesmo, buscou um prazer egoísta e agora queria se punir. Quando ele pensava em Felicity, e ele pensava nela mais do que deveria, tudo envolvia delicadeza e carinho. Ela deveria ser tratada como uma princesa e não daquela maneira, ele fora um idiota quase um animal, completamente irracional. E ele se sentia péssimo com isso mesmo quando seu corpo teimava em dizer o contrário.

–Para agora. – Disse ela subitamente com firmeza, fazendo com que ele finalmente a encarasse. Ele não sabia dizer do que ela falava de modo que apenas levantou uma sobrancelha em um questionamento mudo. – Eu sei o que você está fazendo, está se culpando.

–Felicity... – Começou ele se levantando em um pulo e indo na direção dela.

–Para, eu não quero ouvir o que você tem a dizer agora, porque eu já sei exatamente o que vai ser. – Interrompeu a loira. Ele então não disse nada pelo menos em um primeiro momento, até que não pode se frear.

–Me desculpe.

–Mas que droga Oliver Queen, eu não quero ouvir! – Disse ela com uma certa raiva. –Se foi um erro, bom , me considere tão culpada quanto você. Caso não tenha notado eu participei ativamente. – Falou Felicity sentindo o rosto corar ainda mais ao perceber exatamente sobre que estava falando.

Ele não sabia o que dizer, todos os motivos que tinham feito com que ele se mantivesse longe dela por meses agora voltavam com força, só aumentando ainda mais sua culpa.

E ele que costumava se orgulhar de seu autocontrole.

–Eu não sei o que te dizer. – Confessou ele envergonhado, os olhos azuis percorrendo todo o corpo dela, ele a tinha marcado no pescoço, ele nem se quer lembrava de ter deixado aquele chupão ali. Felicity suspirou e ele percebeu que ela estava brava, como se cada coisa que saísse da boca dele fosse tudo menos o que ela queria ouvir.

–Eu posso lidar com sexo Oliver. –Disse ela por fim finalmente se movendo e indo para onde estavam seus computadores, suspirou aliviada ao ver seus óculos no chão perto de sua cadeira, e ficou ainda mais feliz ao ver que eles não estavam quebrados.

–Nós precisamos conversar. – Argumentou ele ao ver que ela estava pegando a bolsa aparentemente pra ir para casa.

–Sim, e nós vamos, mas não agora. – Afirmou a loira. Mais uma vez Oliver não fazia a menor ideia do que dizer, ele nunca esperara aquele tipo de reação, não dela, era quase como se ela não se importasse com o que eles tinham feito. E aquilo doía, porque ele se importava, até demais.

– Não haja como se não tivesse sido nada. – Pediu ele.

–Eu não vou, não seria capaz, mas se nós conversarmos agora, você vai me dizer coisas que eu não quero ouvir, porque obviamente não estamos prontos pra ter essa conversa. – Respondeu Felicity parando na frente dele pela última vez naquela noite. – Quando você tiver certeza Oliver. – Disse ela em um tom de quem pedia algo. – Quando você tiver certeza, a gente vai conversar, e eu vou saber lidar com o que quer que você me fale. Mas agora, nem eu e nem você temos as respostas que gostaríamos.

Assim que terminou de falar isso Felicity ficou nas pontas dos pés e o beijou com leveza, foi rápido, indolor e pegou Oliver completamente de surpresa. A loira deu um último sorriso ao se afastar e então subiu as escadas rapidamente sem olhar pra trás.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

NA/ Mais uma oneshot de Arrow, estou realmente ficando obcecado com Oliver e Felicity. Espero que tenham gostado, não se esqueçam de favoritar e comentar! *-*Beijocas da Lore