Signatum II - A Gladius de Fogo Renasce escrita por MilaBravomila


Capítulo 1
PRÓLOGO


Notas iniciais do capítulo

Gente bonita, que bom estar de volta! Queria dizer que estou muto feliz e ansiosa com esta continuação e, confesso, com um frio na barriga também... Espero corresponder ao carinho de todos que me incentivaram a voltar a alimentar minha tendinite e minhas olheiras, já que, definitivamente, minhas horas de sono agora estarão reduzidas :)

QUEM ESTÁ LENDO SIGNATUM II PELA PRIMEIRA VEZ, EU SUGIRO QUE PARE POR AQUI. ESTA HISTÓRIA É CONTINUAÇÃO DE MINHA FIC ANTERIOR, SIGNATUM, E CONTINUA EXATAMENTE DE ONDE A HISTÓRIA ANTERIOR PAROU. ACREDITO QUE VAI FICAR SUPER SEM NEXO SE VOCÊ NÃO CONHECE A HISTÓRIA E OS PERSONAGENS DA PRIMEIRA PARTE, ENTÃO... DÁ UMA LIDA EM http://fanfiction.com.br/historia/153842/Signatum/



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Eu queria todo aquele poder pra mim. Queria derramá-lo em minhas veias, senti-lo em minha alma... mas não podia. Aquele sangue sagrado tinha um propósito maior.

Senti o cabo frio de minha espada nas mãos e apertei-o firmemente. A espada Negra tinha absorvido o suficiente do sangue puro de Melanie e era esse o objeto do meu desejo. A boca salivava, o corpo tremia diante de tanto poder... poder que eu estava me controlando para não sentir. Eu sabia que se tomasse o que estava absorvido em minha espada, seria tudo, absolutamente tudo, mas, ao mesmo tempo, eu perderia a oportunidade da minha existência. Respirei fundo e deixei o ar pesado e corrosivo como ácido invadir meus pulmões. Meu corpo já estava acostumado à composição da atmosfera infernal. No fundo, estava ainda juntando forças para lutar contra esse desejo insano, a necessidade de minha alma por um ínfimo segundo de paz, a paz e pureza contida naquele sangue divino.

Foi o grunhido de Aziel que me fez voltar à realidade. Seu corpo um dia esbelto estava retorcido e deformado diante de mim. Ele tentava respirar, tentava tragar o ar envenenado em seus pulmões, mas seu corpo estava tão debilitado que seu esforço não passou de uma tentativa pífia. Era tão patético que me fez rir.

Não mais que duzentos metros a frente, o corpo dilacerado de Belzebul estava imóvel. Quer dizer, todas as partes dele estavam imóveis, com exceção de um pedaço de sua língua, outrora bifurcada, que insistia em ficar pulando no chão devido aos movimentos involuntários. Parecia um verme agonizando. Era nojento, como Belzebul era. Com um pisão forte, esmaguei o pedaço que me irritava como o inferno e voltei a olhar ao redor. O último dos príncipes do inferno que ainda faltava eliminar era o mais perigoso.

Bohr foi minha primeira vítima. Seu corpo fraco e decrépito não foi um problema tão grande... não com meu elemento surpresa. Ele tinha seus truques, no entanto, mas Bohr fez algo que eu realmente não esperava: em seu último momento ele desistiu de se proteger. Ele sabia, o filho da puta sabia o que estava planejando fazer e simplesmente não se protegeu: meu ataque foi rápido e certeiro. Com o poder do sangue de Melanie impregnando minha Espada Negra, a essência de Bohr foi transferia a mim e sua existência reduzida a nada. No último instante, eu vi seus olhos brilharem diante do poder da Espada Negra e a tensão de seu corpo se esvair. Era como se sua morte verdadeira fosse bem vinda.

Com o fim da existência de Bohr, senti todo o poder dele em mim e foi... surpreendente. Eu sabia que devia correr antes que fosse tarde e, assim, fui atrás dos outros. Aziel e Belzebul não podiam ter escolhido melhor hora para duelar. Com a retirada de Lúcifer e a morte verdadeira de Lucius na batalha na Terra, os príncipes viviam em guerra pelo poder. Cada um deles queria o lugar de Senhor do Submundo e muitas batalhas foram traçadas.

Eu aguardei meu momento. Depois da batalha pelo Livro da Vida na Terra, nós, os príncipes, retornamos ao Submundo, já que nossos corpos físicos foram vencidos pelos Arcanjos. Nossas essências, no entanto, nos trouxeram de volta ao Inferno. Durante a batalha, apenas os sensitivos alfa presentes poderiam ter nos liquidado de vez, mas nem Melanie nem Uriel tiveram como faze-lo, depois de tudo o que aconteceu. Assim, o retorno ao Inferno se mostrou apenas o começo de uma guerra sem fim, travada por cada um dos príncipes para ver qual deles sentaria no Trono por toda a eternidade. Eu não fui um dos que lutou. Eu, ao contrário, esperei pacientemente.

Eu sabia que teria minha chance, sabia que era o melhor de todos e só o que eu precisava era de uma estratégia de combate, pois sendo o mais forte seria o primeiro alvo de meus concorrentes. Então eu me isolei. Fui para regiões no Inferno que eram quase como outras dimensões. Eu me afastei da Guerra para que meu corpo e minha mente estivessem aptos e plenamente recuperados dos danos que o maldito Miguel me causou em batalha.

Minha reclusão durou um tempo que eu não saberia precisar. As marcas da batalha lentamente deixando meu corpo e me fazendo mais forte. Até que eu estava forte o suficiente para a guerra. Foi só então que invoquei minha Espada Negra e qual não foi minha surpresa quando senti o que estava em seu interior: força, vida, pureza, poder. Tudo isso estava em meu poder através da minha arma de lâmina negra que tinha absorvido o sangue puro de Melanie durante a abertura do portal que fiz para Lúcifer chegar à Terra. Isso foi inesperado, até mesmo para mim... e altamente grandioso. Através desse sangue eu teria minha vingança e minha vitória sobre os Céus.

Eliminei Aziel e Belzebul facilmente, já que ambos estavam debilitados de sua batalha e, ainda, eu possuía o poder de Bohr para me fortalecer. Com suas mortes, eu estava invencível, pois fluía em mim os poderes de Aziel, Belzebul e Bohr, preenchendo minha alma e essência com um poder incalculável.

Meu último adversário era Mammon. E Esse seria o pior de todos, sem dúvida.

Este era o príncipe da morte e o único que poderia me enfrentar como igual em uma batalha justa. Mas nossa luta não seria justa. Eu possuía o poder dos outros príncipes junto a mim e isso seria minha chave para a vitória.

Senti sua onda maléfica chegar rapidamente, contaminando ainda mais o ar ao meu redor. Sua onda de morte que dilacerava as almas dos mortais e dos imortais veio densa e fria em minha direção. Ao longe, vi os olhos vermelhos do Príncipe da Morte faiscarem com a iminência da vitória. Concentrando-me ao máximo, senti os poderes dos que eu matei preencherem meu ser, misturando-se ao meu cerne e criando uma poderosa barreira de puro poder.

A onda passou por mim sem que eu sentisse nem mesmo um leve incômodo e eu sorri para os olhos vermelhos que estavam arregalados e incrédulos a minha frente. Sentindo o poder e o peso da espada Negra em minha mão, alcancei uma velocidade jamais imaginada e no instante seguinte, a lâmina perfurou o corpo de um descrente adversário.

Mammon tentou lutar, mas era tarde. Senti sua essência deixar seu corpo lentamente e passar ao meu, através da espada de luz negra que continha o sangue mais puro de todos. Foi o poder do sangue de Melanie que me permitiu extinguir os Príncipes do Inferno. E foi assim que eu, Semjaza, me tornei o Senhor do Inferno e era banhado em sangue sagrado e poder que eu dominaria os Céus e a Terra.


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Notas finais do capítulo

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