POV: Chris

Droga. Droga. Droga. Meus filhos estão nascendo e eu não estou lá. Enquanto escutava o que Annabeth dizia ouvi minha Clarisse gritando de dor, precisava chegar lá, mas estava em Nova Iorque. Quando ela desligou o telefone eu sai correndo e agarrei Will

–Que foi cara?

–MEUS FILHOS! – todos vieram ver o que estava acontecendo

–O que têm eles? Clarisse está bem?

–ELES VÃO NASCER!

–Deuses...Vamos logo! – fomos correndo pro ônibus do acampamento que Quiron dirigia (não sei como), expliquei o que estava acontecendo e ele pisou fundo, no caminho Will telefonou para seu pai

–Pai os filhos do Chris vão nascer – ele pois no viva voz, e Apolo também

–Quantas semanas?

–30

–Santo estinge, estou indo

Chegamos depois de 15 minutos e corremos para a minha casa, chegando lá Apolo apareceu. Eu, Apolo e Will entramos e vimos Clarisse deitada com Thalia toda ensangüentada, Apolo correu até ela e eu peguei na mão de minha esposa, que estava fria

–Qual a situação?

–Apolo o Charles nasceu, mas as meninas não saem – explicou Thalia, então eu já era pai?

–Não posso fazer uma cesariana, força menina – Apolo e Will assumiram e Thalia disse que ia ver como Annabeth estava se saindo

–Chris não vou conseguir – ela estava muito acabada

–Clama Cla, você consegue, estou com você – Apolo disse umas 3 vezes para ela empurrar, logo uma cabecinha apareceu

–A cabeça já saiu, mais uma - o inacreditável aconteceu. Clarisse empurrou mais uma vez e as duas meninas saíram. Apolo e Will as pegaram e fizeram o mesmo procedimento que Thalia fez com Charles. A ambulância conduzida por filhos de Apolo chegou e levou-nos até o hospital de Nova Iorque. No caminho Apolo disse que Silena segurava no braço de Zoe, por isso nenhuma saia, até que Zoe apareceu e puxou a irmã junto.

Chegamos no hospital e levaram Clarisse e meus filhos para a UTI. Disseram que eles teriam que ficar internados até ganharem peso, e também que éramos muito sortudos, um parto normal de trigêmeos era praticamente impossível, ainda mais com apenas 7 meses e meio. No dia seguinte todos do acampamento e os deuses também foram nos visitar. Afrodite e Ares só ficavam grudados no vidro. Meu pai também, mas era um pouco mais discreto. Thalia e Annabeth foram ver Clarisse, depois eu fui falar com elas

–Vocês salvaram meus filhos

–Chris – disse Thalia corando – Apolo e Will que fizeram, nós só ajudamos

–Mas vocês é que fizeram o parto de Charles

–A, fazemos tudo por nossos amigos – Annabeth disse sorrindo, eu as abracei

–Estou devendo uma a vocês – Mais tarde eu fui ver meus filhos pelo vidro, pois não podia entrar na UTI. Charles era a minha cara, os poucos cabelos eram castanhos, os olhinhos eram azuis e pesava 2,5 quilos. Zoe era a cara Clarisse, tinha o cabelinho castanho escuro, os olhos azuis claros e pesava 2,3 quilos. Já a pequenina Silena era uma mistura de nós dois, o cabelo de Clarisse e os meus olhos, pesava 2,1 quilos.

–Chris – Cla me chamou

–Fale meu amor

–Como eles estão?

–Os médicos disseram que estão bem, mas vão ter que ganhar peso.

–Que bom que estão bem, achei que tinha demorado demais – uma lágrima escorreu de sua bochecha, eu a limpei com o polegar

–Minha rainha, você consegui uma coisa que muitas não conseguem..., logo levaremos nossos filhos pra casa

–Como eles são?

–Zoe é a sua cara, Silena é uma mistura de nós dois e Charles é igualzinho a mim, lindo.

–O papai aqui já está se achando?

–Haha...Eles são lindos

–Claro eu sou a mãe

–Olhe que eu tenho parte nisso em? – nós rimos

Os últimos dois meses ocorreram assim: depois que Clarisse saiu do Hospital íamos todo dia ver os bebês. Eles tiveram que ficar um mês se alimentando na sonda, pois não conseguiam mamar no peito, mas agora vivíamos no hospital. Silena era a menorsinha, por isso mamava mais, o que não deixava os outros dois felizes. Era uma guerra para mamar, era hilário ver Clarisse pedindo por ajuda enquanto Zoe a Silena mamavam e Charles tentava escapar do meu colo para também se alimentar.

Mas hoje íamos pegar nossos filhos, colocamos os bebês conforto no carro, o de Charles era azul e vermelho, o de Silena era rosa com roxo, e o de Zoe era branco e amarelo (foi presente da Thalia). Chegamos no hospital, Clarisse pegou Zoe e eu Charles e Silena, os colocamos nos acentos e fomos pra casa. Eu dirigia a 30 por hora para não balançar o carro e eles não baterem as cabecinhas, afinal eu sou um pai super protetor

Quando chegamos os levamos para os berços e ficamos observando nossos filhos. Mas o sossego acabou quando minha filha Zoe acordou e começou a chorar, indicando que estava com fome.

–Lá vamos nós de novo – Clarisse a pegou e a levou para amamentar, nisso meu filho acordou, mas não chorou, só ficou me olhando

–Vem cá garotão – eu o peguei e ele pegou em meu dedo mindinho, ele tinha esta mania – quem é o garotão do papai?

–Que cena linda – Clarisse e Zoe tinham voltado – Papai e filhinho

–E você mamãe e filhinha – ela me mostrou a língua e pois Zoe no berço, depois pegou Silena que acabara de acordar – lá vai você de novo

–Bobo – e lá foi cuidar de nossa filha, Charles adormeceu em meus braços. Eu pus ele no berço. Como minha família era linda...