As Aventuras do Pequeno Eryk escrita por Neryk


Capítulo 63
62 – Uma Peça de Teatro


Notas iniciais do capítulo

Olá! Quanto tempo. Sinto muito pela demora para atualizar a fic, mas é que eu tinha que atualizar outras pendentes. Sem falar que postei uma nova história. Para quem gosta ou gostaria de conhecer Miraculous Ladybug, criei uma fanfic crossover dela com as Aventuras do Pequeno Eryk. O nome da fanfic é "Ladybug e Pequeno Eryk - Heróis de Paris". Para quem quiser ver esse encontro divertido entre os principais personagens de cada história, aqui está o link: https://fanfiction.com.br/historia/690009/Ladybug_e_Pequeno_Eryk_-_Herois_de_Paris/

Agora, vamos começar com mais um capítulo hilário de Pequeno Eryk. Um capítulo focado no Junior com a Jessy!

Tenham uma Boa Leitura!



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Na escola do Eryk estava uma movimentação só. E tudo isso desde que penduraram no mural da escola um cartaz, chamando a atenção de quase todos os alunos.

— Peça de Teatro...? – Leu Eryk atrás da pequena multidão que se formava em sua frente, ao lado de seus amigos. – Qual é a peça?

— Deixa eu ver... – Luane foca sua visão no nome da peça escrito no cartaz. Era um pouco difícil  de ver já que tinha bastante gente na sua frente.

— Qual é Luane...? – Junior balança a loirinha, agoniado.

— Espera aí, garoto...! – Se queixou Luane pela birra de Junior. Mas graças a isso ela conseguiu avistar. – Não pode ser... ROMEU E JULIETA!?

Jessy e Luane gritam histericamente alegres enquanto se abraçavam pulando de alegria, ignorando Junior pego no meio delas esmagando o coitado. E como ele estava de lado para as duas, seus ouvidos não foram poupados.

— AAAAAH MEU OUVIDO!!!! – Gritou o garoto sentindo o interior de suas orelhas explodirem.

— Romeu e Julieta? Não acredito que vão fazer uma peça de um dos meus contos favoritos! – Dizia Jessy feliz à beça.

— Romeu e Julieta? Que dahora! Adoraria fazer essa peça! – Eryk falou entusiasmado, recebendo olhares estranhos das duas.

— Você gosta dessa peça Eryk? – Pergunta Jessy estranhando aquilo e Eryk responde.

— Claro! Eu adoro essa história! Principalmente quando aparece uma árvore gigantesca até o céu com um gigante de um castelo nas nuvens.

— Ah... Eryk... Essa é a história do João e o Pé de feijão. – Explicou Luane.

— O QUE?! Então não é essa a peça que vão fazer? Puxa... Então eu não vou descobrir porque chamam uma árvore de alguma parte do corpo com o de feijão. Eu queria tanto fazer o gigante... – Dizia Eryk tristonho.

— E aí? O que acham de participar? – Pergunta Luane animada com a idéia.

— Hã? Eu numa peça de teatro? Nããão, não é pra mim. Não, não. Eu quero. – Se contradizia Jessy até aceitar.

— No meu caso depende. Alguém morre? – Pergunta Jeová.

— Sim! – Com um sorriso reluzente na esperança de ver o amigo participar, Luane o responde como se não fosse nada demais.

— Então eu topo. – Falou o menino e Jessy chega pertinho na orelha de Luane e fala baixinho:

— Ainda bem que ele não conhece o conto direito.

— É! Vai ser divertido. – Afirmou Luane e as duas trocam risinhos

— Se o Jeová vai, eu também vou. – Falou Junior.

— Se todos vão, eu também então. Só queria que fosse a peça do gigante... – Eryk também aceita o plano, voltando a ficar triste só de lembrar que não é a peça de João e o Pé de Feijão.

— E então? O que estamos esperando? Vamos nos inscrever! – Chamou Luane.

— EU QUERO SER A JULIETA!!!!! – Jessy correu para preencher a inscrição tão rápido que fez todos os quatro que estavam na sua frente girarem feito pião.

 No dia seguinte...

Todos que fizeram a inscrição foram informados de se reunirem num salão aberto da escola na sexta-feira da mesma semana. Quando os cinco pequenos chegaram lá, se depararam com um monte de crianças animadas para participarem da peça. Incluindo três rivais conhecidos.

— Ah! Olha quem está aqui. Se não é o porquinho trazendo o seu chiqueiro. – Provoca Rebeca ao lado de Isa e Austin.

— VOCÊS?! – Gritaram Jessy e Luane.

— Vocês vão gritar desse jeito toda vez que nos encontrarem em um local diferente? Qual é! – Reclama Isa cansada de ficar ouvindo esses gritos toda vez.

— Não me digam que vão participar da peçinha? – Pergunta Junior espantado por encontra Austin ali.

— Oras, surpreso? Até parece que vou perder essa chance única de brilhar. – Diz Austin ajeitando seu cabelo.

— Exatamente. – Prosseguiu Rebeca. – É Romeu e Julieta minha gente. Até parece que íamos ficar de fora.

— Não me digam que vocês cinco vão participar? – Pergunta Isa.

— Se vocês podem, porque nós não? – Responde Jessy.

— Não Isa. Uma peça precisa de figurantes, sabe? Aqueles que não aparecem muito e não dizem absolutamente nada a peça inteira como um bando de Zé ninguéns que são. Vai ser perfeito para aqueles cinco. – Debochou Rebeca fazendo Jessy querer esganá-la, se não fosse segurada a força pela Luane.

— Mas nunca no Brasil você vai ser a Julieta! Você não tem cabelo para representar um papel tão importante desse calibre! – Retrucou Jessy enfurecendo a dançarina.

— Eu não tenho cabelo?! E você não tem isso e muito mais! Como se você ganhasse o papel de Julieta. – Afirmou Rebeca de braços cruzados.

— Eu tô achando que isso vai acabar num ruim bem brabo. – Comentou Junior vendo o rumo dessa discussão.

— Você não merece ser a Julieta! A Julieta é “doce, gentil, meiga, carinhosa”, enquanto você é uma tremenda árvore podre!

Quando Jessy descrevia as qualidades da Julieta, sem perceber ela interpretava a personagem como se fosse ela. Uma mulher, caindo de paraquedas na conversa bem na hora, se derreteu de emoção ao presenciar aquilo.

— Garota! Que voz! Que brilho! Por um segundo achei que estava na presença da Julieta em pessoa. – A mulher chegou na Jessy, segurou nas duas mãos da menina e a olhou bem nos olhos dela, sincera.

— Ah... Obrigada. Eu só queria mostrar como é a Julieta de verdade. – Agradeceu a morena sem jeito.

— Que no caso sou eu! Por isso vim aqui interpretar o papel principal da Julieta. – Falou Rebeca empurrando Jessy do caminho.

— Todos nós sabemos que você é fera em se fingir de morta todo dia, Rebeca. – Provoca Jessy fazendo quase todo mundo ali morrer de rir.

— Oras, sua...! – Quando Rebeca já ia brigar com Jessy, a mulher interrompeu o momento disfarçando uma pequena tose na garganta.

— Entendo perfeitamente sua opinião. – Declarou a mulher se referindo a Jessy. – É por isso mesmo que anuncio você como a Julieta da peça!

— O QUE!? – Quase o salão inteiro gritou. Todas as meninas praticamente e dos meninos apenas Eryk, Junior e Austin.

— E-e-eu? A J-Julieta? – Pergunta Jessy sem acreditar.

— Claro! Como a responsável pela audição e da direção de toda a peça, eu buscava uma Julieta que tivesse a paixão, a vida, a luz da personagem. E quando olhei você a interpretando, enxerguei tudo isso em você minha querida. Por isso mesmo eu decidi que você será a nossa meiga e maravilhosa Julieta.

— Espera! E as outras garotas? Elas não deveriam fazer o teste também e-! – A boca de Eryk foi transformada em um bico de pássaro cumprido quando Jessy o calou o apertando com força com sua mão.

— Eu aceito! ACEITO! ACEITOOOOOO! – Gritou Jessy pulando de alegria, pouco se lixando com a chance das outras garotas, já que tinha conseguido o papel que tanto queria.

— Onde essa tia viu a tal luz na Jessy, cara...? – Se pergunta Junior sentindo pavor em relação a garota, não sentindo um pingo de “delicadeza” da Julieta dela.

— Tudo bem pessoal! Ainda preciso ver os outros participantes. Podemos começar?

A responsável organiza todos para as audições. Foi um teste atrás do outro, e ninguém ficou de fora. Muito menos os pequenos heróis de Belém.

E depois de horas analisando os candidatos, a responsável chama para se reunirem no dia seguinte apenas aqueles que passaram.

— Muito bem, agora irei revelar o papel de cada um selecionado. – Começou a mulher anunciando para os alunos.

— Aff, não vale. – Reclama Junior.

— O que foi Junior? – Pergunta Luane vendo o jeito do amigo.

— Certeza que o Eryk vai ficar com o papel principal. – Afirma o garoto.

— Como assim? – Eryk, confuso com a certeza do amigo, pergunta para o garoto.

— Oras, tá na cara. O Eryk já é o principal da fanfic. Tem o nome dele na capa e tudo. Com certeza vão chamar ele para pegar o papel principal de Romeu também. – Falou Junior.

— Eryk, você vai ser o arbusto.

— É oficial, deu bug no autor. – Comenta Junior.

— Eu... vou ser... o arbusto...? – Se pergunta Eryk baixinho com o cabelo escondendo sua expressão.

— Eryk... Você tá bem rapa? – Pergunta Jeová tentando levantar o astral do amigo.

— EU VOU SER O ABUSTO, LEGAAAAAL! HAHA! – E por incrível que pareça, Eryk pula comemorando de alegria.

— Ele tá... feliz? – Pergunta Luane não entendendo mais nada.

— Haha ufa! Ainda bem que não peguei nenhum papel importante. Vou ficar na... moita. Haha. – Dizia o garoto aliviado por não pegar um papel que tivesse uma fala tão longa ou complicada para ele, rindo da própria piada no final.

— Literalmente. – Completou Junior, enquanto a responsável pela peça continuava a anunciar os papeis.

— Luane vai ser a mãe da Julieta.

— OBA!!!!! Vamos arrasar no papel, amiga! – Garantiu Luane abraçando Jessy.

— Jeová, você vai ser o pai do Romeu.

— Pega! Não peguei um papel meloso e sim o cara que causa tretas hehehehehehe... – Se alegra Jeová com um ar de vilão o rodeando.

— Siniiiistro ae. – Comenta Junior com medo do garoto.

— E finalmente, Romeu... Vai ser o Junior.

— A MÃE DE QUEM!? – Berrou o moreno surpreendido.

— Protesto! – Alegou Austin para a responsável da peça. – Nem Jessy e muito menos o Junior tem perfis adequados para interpretar ambos os papeis. Só de olhar para a pele deles já diz isso.

— Austin, né? Estou em duvida se coloco você como o senhor que entrega a poção envenenada ou se te coloco como o poço do cenário.

— A Jessy e o Junior são perfeitos para os papeis! – Voltou atrás o próprio Austin com um sorriso forçado, rezando mentalmente para que a mulher lhe ofereça qualquer papel que não ele não achasse humilhante como o do poço.    

— Ae garoooto! Vai fazer par com a Jessy! – Parabeniza Jeová com uma pitada de provocação.

— Eu... vou contracenar... com o Junior? – Jessy estava estática, se contorcendo como um computador dando defeito. Até faíscas e barulhos de pane saiam da garotinha.

— Vamo lá! Vai ser divertido! Eu vou ser “o galã”, e você a princesa iludida que tem a idéia burra de se matar. – Incentiva Junior na maior inocência, mas não se toca nas palavras que acabava de falar.

— Seu... Seu...! SEU BURRO!!!!!!!

O berro de Jessy foi tão alto que o seu grito criou uma forte rajada de vento, jogando o garoto para a parede mais próxima, deixando sua marca nela.

— Os ensaios começam na segunda-feira que vem, então quero todos aqui na hora marcada. Estamos entendidos? – Declarou por fim a responsável da peça para os atores.

Na semana seguinte...                              

— Romeu! Oh Romeu! Ondes estas, meu Romeu! – Ensaiava Jessy segurando o papel, interpretando Julieta como ninguém.

— TÔ NO BANHEIRO...! – Anunciou Junior no banheiro dos bastidores do palco da peça, estragando de vez com o momento Julieta de Jessy.

— Deixa eu ver se entendi. – Começa Jeová para Luane. – Quase todas as nossas falas é um falando mal do outro? E agindo como pais chatos que não deixam os filhos fazerem o que quiserem?

— Bem... é mais ou menos isso mesmo. – Responde Luane tentando ajudar seu companheiro de cena.

— Ah, é que nem um casal comum que se separam por qualquer coisa hoje em dia. Vai ser moleza. – Falou Jeová pronto para interpretar o papel do pai de Romeu.

— Papelzinho ridículo esse. – Reclama Isa de braços cruzados, inconformada com o seu papel na peça. Eryk, ao seu lado, diz:

— Mas do que você está falando? Você é a torre do quarto da Julieta. Você quer que o Romeu declare o seu amor onde, em cima de uma baleia? – Defendia Eryk. – Esse é um dos papeis mais importantes. O meu papel do arbusto também é importante. Eu vou ser o arbusto em que o Romeu se esconde para a família mesquinha da Julieta não encontrar ele, quando ele conhece a Julieta pela primeira vez. Vamos continuar com o ensaio, vai. – insistia.

— T-tá bem. Sua vez. – Falou Isa aceitando de vez. Os dois pegam seus devidos papeis e Eryk começar a ler a sua fala.

— Fi, fa, fó, fu. Sinto cheiro de moribundU.

— Peça errada, balofo. Essa é a do pé de feijão.

— Ah é... – Se toca Eryk sendo corrigido pela Isa.

— Ufa! Extravasei. – Disse Junior aliviado ao sair do banheiro indo se encontrar com a Jessy.

— Ótimo. Podemos continuar? – Exige Jessy querendo acabar logo com isso.

— Muito bem meus lindos. Agora vamos ensaiar a cena do beijo.

— O QUE!? – Gritou Jessy aflita com a cena que a responsável da peça escolheu.

— Beleza pra mim. – Concorda Junior dando de ombros.

— Que bom. AÇÃO! – Gritou a diretora da peça esperando a deixa dos dois.

Jessy estava tremendo na base por causa disso. Mil coisas passavam pela sua cabeça. Junior, vendo isso, tenta ajudar fazendo bico dando bitoquinhas no ar, esperando pela vez da garota, mas só fez com que piorasse a situação para a garota. Nervosa demais com o momento, ela retribui estendendo o seu papel com as falas na cara de Junior.

— N-não é melhor ensaiarmos as falas primeiro? É-é só um beijo, não é? Eu prometo fazer bonito no dia da peça. – Sugeriu Jessy ainda nervosa.

— Está bem, como preferir. Pratiquem então a cena do primeiro encontro. AÇÃO!

E prosseguiram com os ensaios assim. Dia após dia decoravam as falas de seus respectivos papeis. Alguns inconformados é claro, outros se dedicavam, e ainda aqueles que não estavam nem aí para os papeis, só estavam ali por diversão.

Até que, finalmente... chegou o grande dia.

— Sua família de araque! A minha é um milhão de vezes melhor. Nós temos fliperama, cantinho para cães e até uma praça de alimentação. – Improvisava Jeová se esquecendo das suas falas do pai de Romeu.

— Ah, é... A nossa família que é mil vezes melhor que a sua! Aqui temos um parquinho para bebês, montanha russa grátis e até um espaço para jogar golfe! – Atrapalhada nas próprias falas graças a Jeová, Luane também inventa sua própria falas, conseguindo divertir a platéia.

Algumas cenas depois.

Junior vestido como Romeu se escondia nos arbustos, enquanto Jessy com um belo vestido de Julieta, fingia estar escovando o cabelo esperando sua deixa na peça.

— Oh! Quem seres gatinha na sacada? – Interpretava Junior inventando suas próprias falas.

— Olha proprietária. Tem um bicho feio de doer nos arbustos. – Dizia Isa interpretando a torre alertando Julieta. O figurino da garotinha nada mais é do que um rosto na torre pintado com as cores de tijolos de pedra feita de papelão com Julieta em cima da escada.

— Oh residência que estranhamente tem um dom de falar, nada mais me tira do sério- querodizer- me chama a atenção que o vazio do amor em meu coração. – Jessy tentava permanecer firme no papel, mesmo se atrapalhando um pouco ainda não perdia o brilho. – Oh mundo cruel! Ao investes de me consideres um príncipe, você me traz justo um bobo da corte. – Reformulava as falas Jessy fazendo a plateia gargalhar com a cena.

— Minha Julieta! Meu amor por você é do tamanho de uma escada. Mas infelizmente ele não trás uma para eu subir até aí. Ao investesres de falares sozinha, jogue suas tranças para que eu possa chegar até você.

— ISSO AQUI NÃO É RAPUNZEU, SEU ZÉ! – Ralhou Jessy se esquecendo por um segundo que tinha uma platéia lhe assistindo. – Ah, quero dizer... O amor não tem limites. Tenho certeza que é tudo que você precisa para chegar até mim, oh Romeu. – Termina Jessy fazendo uma cara para Junior dizendo “duvido você subir até aqui sem uma escada”.

— Ah então vai ser assim, oh minha amada? Continue ajeitando o seu cabelo até a minha chegada.

E aceitando o desafio, Junior começa a subir se pendurando na torre do castelo falsa. Mas devido a fragilidade do cenário, a torre inteira desaba, com Jessy e Isa caindo em cima de Junior.

— Ai... eu não disse que chegaria até você, minha Julieta? – Falou Junior com a cara toda arrebentada. Estava quase banguela e via estrelas rodeando sua cabeça.

Mais alguma cenas depois...

— Pegue minha cara. Esse veneno falso vai te derrubar de cara no chão como um veneno de verdade. É tiro e queda. E custa por um preço bem baratinho. – Austin, interpretando o homem que entrega para a Julieta o veneno falso, entregava o frasco para a garota.

— Obrigada. Graças a isso, posso dá uma rasteira em ambas às famílias os fazendo pensar que parti dessa pra melhor. Vou perguntar se no céu tem pão aí eles vão parar de me encher e finalmente poderei viver ao lado de Romeu. – Dizia a “Julieta” contando seu plano de mestre antes de ir embora.

— Huhuhu... O que ela não sabe é que esse é um veneno de verdade! Aí quando ela beber, finalmente terei me livrado da Jessy -querodizer- da Julieta de uma vez por todas! Hahahahahahahaha...! MUWAHAHAHAHAHAHAHA! – Ria Austin quase saindo do personagem com sua risada maléfica, até que a porta falsa do cenário é arrombada pelos pais de Romeu, sendo interpretados por Jeová e Rebeca.

— Escutamos tudo atrás da porta! Somente a nossa família pode fazer mal para a filha daqueles mesquinhos dos pais delas – Declarou Rebeca interpretando a mãe de Romeu.

— Vou fazer você engolir todas as poções desse lugar! – Declarou Jeová, o pai de Romeu.

— Espera um minuto! Somos vizinhos! Não, pera! DAAAHHHHH!!! – E Austin correu tentando escapar de Jeová para não apanhar dele.

E depois de várias reviravoltas de improvisos inusitados e bizarros, finalmente chega o grande final da peça.

— Oh não! Julieta! Largadas no chão?! – Aparece Junior encontrando Jessy se fingindo de morta no meu do palco. – Não está frio aí não? Acorda! Isso não é hora de dormi Julieta! Agora que chegamos no final da peça você apaga?! Ah mulheres... Ah olha, suquinho.

Junior avista o tal frasco de veneno que Jessy fingiu que tomou para morrer e acaba bebendo também.

— Hmm! Gostoso. Tem gosto de framboesa. Mas porque tem um desenho de uma caveira no vidro? Era uma bebida de algum pirata? – Se perguntava sozinho Junior até que ele desaba no chão, do nada.

— AEEEEE! – Comemora Austin ao longe vendo Jessy e Junior atirados no chão.

Até que a Julieta desperta, encontrando Junior apagado ao seu lado.

— Arghhhh! – Reclama Austin querendo que o final fosse os dois fingindo de mortos no chão.

— Junior?! Ah, quero dizer, Romeu! O que está fazendo? Levanta-te! – Jessy dizia suas falas balançando o amigo tentando acordá-lo como parte da peça. – Oh não... Você bebeu isso? – Continuava com a interpretação ao segurar o frasco de veneno vazio. – Como você é burro! Não se bebe uma coisa que tem uma caveira desenhado nela! Ah, quero dizer, oh Romeu. Não acredito que bebestes o veneno só para chegar até mim. Como fui tola. Tentei enganar as famílias, mas quem acreditou foi justo o meu amado. E agora... ele morreu. Não consigo imaginar um mundo sem ele. Então... tomarei o que restar desse frasco.

— Do que é que você tá falando menina? Eu não morri, tá maluca? Só fui tirar um cochilo. Essa peça estava muito chata. – Falou Junior atrás de Jessy após ter levantado na metade da ultima fala da menina.

— MEU ROMEU!!! ESTÁ VIVO!!!! – Gritou Jessy pulando em cima de Romeu para um abraço, fazendo toda a platéia se exaltar de alegria.

— AAAAAI! Não por... muito tempo...! – Dizia Junior com dificuldades de na voz devido a Jessy estar esmagando o garoto.

— Opa! Me perdoe Romeu. – Se desculpou Julieta afrouxando o abraço mas sem largar o garoto.

Era agora. O momento do beijo. O coração de Jessy estava palpitando rápido demais. E Junior só aproximava mais ainda o seu rosto.

E sem ter outra opção, a garota fecha os olhos, e se entrega ao momento.

Agora era os dois que aproximavam seus rostos. Estavam a um dedo de distancia do outro.

Até que...

Finalmente...

— Guarrr!

— AH! – Eryk aparece entre os dois os separando.

— Fi, fa,fó, fu! Sou o gigante do pé de feijãoU! E vim levar a Julieta para ficar no lugar do meu ganso de ouro! – Falou Eryk interpretando o gigante do pé de feijão, acabando de vez com o final da peça.

— E agora? Isso não estava no roteiro! – Disse a responsável da peça atrapalhada com os papeis da peça em seu colo.

— NADA DESSA PEÇA NÃO ESTAVA NO ROTEIRO! – Ralhou Rebeca.

— Não temas Julieta! Eu, seu amado, bombado e blindado Romeu está aqui para protegê-la! – Prosseguia com a interpretação Junior sacando sua espada falsa. – Para a batalha seu gigante! E que apenas um de nós sobreviva!

— Esperem! Irei lutar também. – Aparece Jeová segurando sua espada ao lado de Junior.

— Papito! Viestes me ajudar nessa batalha? – Pergunta Junior interpretando Romeu.

— Claro que não. O corpo desse gigante vai render um ótimo turismo! Vai acabar com as guerras entre famílias. Ah e isso me lembra! Você também vai poder namorar com a Julieta.

— Oba! Mais um motivo para lutarmos. QUE SEJA! É INDEPENDENCIA OU MORTE!!!!!!!!!! – Berrou Junior dando ao inicio ao que seria a batalha final entre as famílias rivais agora unidas contra o gigante do pé de feijão.

Embora a peça não tenha saído como o planejado, era recebeu vários elogios da platéia, com direito a aplausos e assovios.

Enquanto a nossa Julieta? Jessy apenas sorrir. Seu coração nunca esteve em tamanha harmonia após os momentos grandiosos que participou.

Principalmente em relação a Junior.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam desse capítulo? Precisava faze-lo para aproximar ainda mas esses dois para as aventuras futuras.

Não percam o próximo. As coisas vão começar a andar para nossos pequenos heróis. (Ou não. Ainda estou vendo isso hehe)

Muito obrigado por terem lido até aqui!

Fiquem com Deus e Até a Próxima!