As Aventuras do Pequeno Eryk escrita por Neryk


Capítulo 44
43 – Virando Artistas de Circo


Notas iniciais do capítulo

E ae pessoal? Como estão? Antes a rotina era postar os caps todo domingo, mas esse veio mais cedo pq não poderei postar amanhã, então aqui está pra vocês!

Obrigado os leitores que comentaram no cap passado e sejam bem vindo os novos leitores de braços abertos. Qualquer erro no cap, não esqueçam de avisar, está bem?

Tenham uma Boa Leitura!



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Depois de terem conseguido a permissão de seus pais para se tornarem novos artistas de circo, a turminha se dirigia animada para Risolândia.

– Nossa! Tô doido para virar um mágico que “aparece e desaparece as coisas!” – Dizia Eryk bem empolgado, disfarçando a voz, se imaginando como um mágico fazendo vários truques de mágica e tudo mais.

– Estou curiosa em relação aos métodos que Henriqueél irá usar conosco. Provavelmente serão as tarefas de circo apropriadas para cada um de nós. – Deduzia Jessy esperançosa.

– Ai, espero que sim! Já pensou? Nós sendo artistas de circo? – Imaginava Luane.

– Eu queria subir na corda bamba. Deve ser muito louco a visão lá de cima! – Ria Junior com a própria idéia.

– O que significa isso!?

A voz brava de Henriqueél vindo de dentro do circo freio todo mundo. Jeová estava na frente dos cinco, e cada um bateu nas costas do outro um de cada vez.

– Ai, doeu...! – Gemeu Luane assim como os outros, menos Jeová.

– Quietos. Parece que ele está discutindo com alguém. – Falou Jeová arredando todo mundo para trás com seu braço, enquanto escutavam atentos a discussão de Henriqueél com mais três pessoas.

– É isso aí! Esse pedaço aqui é nosso! – Afirmou um jovem de mais ou menos 19 anos, olhos azuis, cabelo metade loiro metade preto, sobrancelhas pintadas de roxa e vestia camisetas com desenhos de pichação e manchas de várias cores.

– Esse circo está dentro da propriedade do parque. Vocês não têm o direito nenhum de chegar aqui e dizer que é de vocês. – Garantia Henriqueél começando a ficar irritado.

– Cala sua boca, velho! A nossa aparelhagem reservou esse lugar há meses! É você que está roubando o que é nosso por direito! – Uma garota de olhos azuis, da mesma idade que o anterior afirmou. Sua pele era branca, mas o cabelo era pintado de rosa claro. A blusa de cima era cinza, folgada e sem manga, deixava a mostra seu umbigo, e vestia outra blusa preta apertada por dentro. Usava uma calça laranja apertado e salto-alto negro.

– Não vi o nome de vocês aqui. – Persistiu Henriqueél encarando os três.

– Na verdade nós deixamos uma placa bem aqui com o nome da nossa aparelhagem “Funk Punk!” – O terceiro membro, um cara de 21 anos, cabelo azul e com pinces por todo o corpo, tatuagem de ossos num braço e de um pitbul bravo no outro. Seus olhos eram castanhos. Usava uma camiseta marrom e um short verde folgado.

– E-eu não sei do que vocês estão falando. – Disfarçou Henriqueél desviando o olhar.

Alguns meses atrás...

Henriqueél chegava a um local aberto próximo onde o parque estava sendo construído. Carregava uma enorme sacola marrom em suas costas como mochila. O tamanho da mochila era mais ou menos uns 3,74m de altura.

– Nossa! Que campo aberto incrível! É o lugar perfeito para inaugurar o meu circo!

Henriqueél sorria animado imaginando o circo ali. Mas de repente ele encontra uma placa lá.

– Hã? O que é isso?

O mágico andou até a placa e leu o que estava escrito em voz alta:

“PROPRIEDADE DA APARELHAGEM FUNK PUNK”

O mais velho ficou quietos por um segundo. Uma leve e solitária brisa de vento passou na hora. Uma palha redonda passava pelo local vazio enquanto um barulho de águia poderia ser ouvido.

De repente Henriqueél começa a assoviar distraído. Ele dava passos largos em volta da placa até pegar-la e jogá-la para longe.

– Beleza, agora vamos lá!

Deixando uma caixinha no chão, o mágico se afasta um pouco. E quando a caixa abre sozinho, o circo de Risolândia saia dela.

– Pronto, agora sim! – Sorriu satisfeito, enquanto se esquecia da placa que acabava de se livrar.

Dias atuais...

– Quem liga pra circo. Ninguém liga para essa porcaria! A galera hoje em dia quer saber de funk, mulherada e azaração! – Falou o de cabelo preto e loiro.

– É isso aí, Pal! – O cara de vinte e um anos deu um “toque aqui” no outro de dezenove chamado Pal.

– Essa coisa que vocês chamam de Fank não passa de uma destruição sonora. As pessoas precisam de magia em suas vidas. O circo é aberto para todas as idades, enquanto o funk destrói a mente das crianças com sua dança inapropriada, letra repleta de palavrões e música poluente. Se pelo menos demonstrassem um conteúdo descente... – Henriqueél continuava a discutir, até os três jovens o interromperem.

– “Dança Inapropriada” – Repetiu a garota com deboche.

– “Letra cheia de palavrões” – Pal fez o mesmo com o mesmo tom de deboche que a anterior.

– “Música poluente” – E o outro rapaz prosseguiu e os três riam da cara de Henriqueél.

– Se liga, coroa! Funk é cultura! Não temos culpa se a pirralhada entra no fluxo. – Dizia Pal com um linguajar esponjado.

– Oras...! – Eryk serra os dentes e quase parte pra cima, se Luane não tivesse segurado seu braço na mesma hora.

– Não vá Eryk. Eles parecem ser barra pesada. – Sussurrava a loira alertando o garoto.

– Tô nem aí! Sou mais pesado que eles! – Eryk estava tão bravo com aqueles três estarem menosprezando o circo de Henriqueél que o garoto só queria ir lá acabar com a raça deles.

– Cultura? Vocês mancham as outras culturas com esse funk, os iludindo para um mau caminho. É uma decepção da humanidade. – Protestava Henriqueél com seriedade.

– Vai se catar, mano! Nois é livre, sacou? Com o funk, todo mundo se solta pra geral...! – Se gabava a garota errando o português enrolando a língua e fazendo questão de morder o lábio inferior com malicia.

– Se acham livres? Pois essa liberdade que vocês tanto falam é falsa! Ela só satisfez seus desejos ocultos e impedem de viverem e enfrentarem os desafios da vida que pairam em sua frente. E já que terminaram por aqui, eu sugiro que se retirem! – Ordenou o mágico, impaciente.

– Tá! Nós vamos! Mas nóiz vamo voltar...! – Declarou Pal dando meia volta se retirando, enquanto os outros dois faziam o mesmo.

– O que faremos agora, Zizão? – Pergunta a garota para o cara de 21 anos.

– Relaxa Gat. Vamos falar com nosso empresário. Ele tá por dentro dos esquemas e tal. – Respondeu Zizão.

Assim que os três funqueiros deixaram o local, Henriqueél fecha os olhos e suspira cansado.

– Não precisam mais se esconder, garotos. Podem sair. – Falou o mágico. E na mesma hora as cabeças dos cinco aparecem na entrada.

– Oba! Até que enfim. – Falou Eryk indo até o mais velho enquanto os outros quatro o acompanhavam.

– Mais o que foi isso? – Pergunta Jessy indignada.

– São apenas jovens que perderam seu caminho na vida e desistiram de trilhar a rota certa. São pessoas assim que não conseguem andar com suas próprias pernas e ficam com medo dos desafios da vida para prepará-los para o futuro promissor... Mas esqueçam eles. – Respondeu Henriqueél.

– Caramba, eu odeio funk. Os vizinhos de minha casa sempre tocam no volume mais alto. E as coisas que eu escuto... – O pequeno Eryk se arrepia enojado só de lembrar da letra.

– Pois é. E a dança? Se eu imitasse metade daquela coreografia deles, eu apanhava da minha mãe. – Falou Luane com medo só de lembrar dos passos de funk.

– Vocês são crianças maravilhosas...Mas vamos mudar de assunto. Não querem ser artistas de circo? – O orgulho que Henriqueél tinha por eles era tão grande que se empolgou mais ainda de ensinar magia para eles.

– Siiiiim!! – Gritaram todos os cinco ao mesmo tempo.

– Muito bem. Vamos começar!

Eryk, Jessy, Junior, Luane e Jeová ficaram encarregados de cada número e tarefa do circo, de acordo com suas características e poderes.

E Henriqueél fazia questão de ajudar os garotos em tudo o que fosse preciso.

– Junior. Sua velocidade e agilidade ultrapassam as de um humano comum. Mas para trabalhar suas pernas, eu pensei em praticar seu equilíbrio. Suba nessa bicicleta de uma roda só e faça malabarismos.

– Tá. – Junior pega a bicicleta de uma roda e sobe nela. No inicio ele vai de um lado para o outro com dificuldade no equilíbrio. Mas depois de um tempo ele consegue.

– Como eu disse, o objetivo é trabalhar seu equilibro. Assim que dominar ficar parado no mesmo lugar, você vai aumentar sua velocidade aos poucos enquanto dá varias voltas pelo perímetro. – Introduzia Henriqueél enquanto jogava bolas de malabarismo uma atrás da outra pro garoto agarrar.

– Beee...le.... zaaaAAAAH!! Ai...– Mas assim que Junior pegou a ultima bola, ele perde o equilíbrio e cai da bicicleta.

– Ai... tá muito alto... – Gemia de medo Luane no topo do trapézio.

– O objetivo é trabalhar sua coreografia em algo diferenciado. Com o trapézio, você vai desenvolver movimentos variados no ar. Isso pode ajudar em sua dança. É o exercício perfeito para uma dançarina maravilhosa como você! – Heriqueél gritava lá de baixo para que Luane pudesse ouvi-lo.

– Mas tá muito alto... – Relembrava a menina.

– Não se preocupe! Tem uma cama elástica aqui em baixo. Se fizer um movimento errado, você vai cair nela e não vai se machucar. Agora tenta! – Gritava Henriqueél explicativo, incentivando a menina.

– E-está bem! – E Luane iniciava o balanço no trapézio.

– Jessy... quando foi que sua visão calcular apareceu pela primeira vez? – Pergunta Henriqueél depois de ouvir como a visão que ajuda a garota a criar suas invenções funciona.

– Eu... prefiro não falar sobre isso... – Jessy respondeu entristecida. Henriqueél deu a entender que a história dela era traumatizante para a garota, e por isso resolveu não insistir.

– Está bem... tudo o que posso fazer é te fazer ler isso aqui.

O mágico coloca sob mesa um livro antigo de capa marrom com vários símbolos mágicos.

– Você me contou que sabe tudo sobre a ciência. Agora você vai saber tudo sobre a magia. – Explicou Heriqueél.

– Engraçado... Magia e ciência nunca foram aliadas... Todos os cientistas da história acreditavam em fatos e não em “contos e mitos.” E algo como “magia” era uma coisa impossível de ser realizada, mas...

– Mas...? – Henriqueél continuou, incentivando a garota a prosseguir.

– Mas ainda existem várias coisas que a ciência não consegue explicar por concreto. Como a amizade e o amor. Tudo que responde a isso até agora são teorias. E isso me faz pensar... Será que o amor é uma espécie de magia? E porque os seres vivos “precisam” crescer? Nós sabemos “como” eles crescem e o "motivo" pra isso, mas fazer isso por si só é algo encantador... quase como algo...

– “Mágico...” – Henriqueél completou a fala da menina, falando os dois juntos a mesma palavra.

– Tem toda razão. De fato a amizade, o amor, o crescimento e a própria vida são uma espécie de magia da natureza. É por isso que a magia ainda não se perdeu no mundo. Ela existe. Sempre existiu. Mas depois que as pessoas passaram a acreditar em “fatos” do que na magia em si, como os cientistas que você mencionou, ela foi se perdendo aos poucos. Somente aqueles com uma forte crença na magia conseguem senti-la. Ela também é a fé em Deus, e também a humanidade deu outro nome para as coisas “inexplicáveis” e acreditaram mais como um fato do que algo mágico, outro motivo da magia não ter se perdido no mundo. Aí eu te pergunto... você acredita na magia? Ou apenas em fatos? – Pergunta o mágico.

– Eu acredito no meu coração. Não importa se é magia ou ciência. Eu acredito em tudo que existe e no que não existe. Eu acredito que, se o corpo e a mente estiverem interligados com a existência visível e não-visível das coisas, tudo é possível.

– Eu adorei a resposta. Você é a primeira cientista da história que acredita na magia. – Elogia o mai velho.

– Obrigada, mas não me considero uma cientista. Sou mais uma curiosa. Agora me de licença porque eu PRECISO ler esse livro! – Jessy deu muita ênfase na palavra sem desgrudar do livro em sua frente.

– Jeová. Sua força é liberada quando sua raiva atinge sua convicção. Mas ela só funciona se for a mesma convicção natural de seu coração. Então, para aumentar sua resistência, você, meu amigo... vai se tornar no HOMEM-BALA!!!!!

– Ah moleque! Tá pra mim! – Jeová já estava dentro do canhão enquanto Henriqueél todo empolgado mirava o garoto para o alvo. Até disparar na parede e dar de cara com o muro.

– Está tudo bem aí? – Pergunta o mágico em duvida se o garoto estaria bem ou não.

– Vamo dinovo! – Respondeu Jeová mostrando o polegar para o mágico.

– Tudo bem. Assim que terminamos, você vai para o touro mecânico. – Finalizou o mais velho.

– E eu? – Pergunta Eryk sem ter idéia do que fazer.

– Você vai fazer o seguinte...

Henriqueél pega uma cartola e deixa numa mesinha na frente de Eryk.

– Tente tirar um coelho da cartola. – Pediu o mágico.

– Um coelho? Mas não era proibido usar animais? – Questiona o gordinho confuso.

– Animas naturais sim. Mas os coelhos de circo são máágicos. – Revelou o mágico, animando o garoto.

– Nossa! Sério? Agora eu quero tentar!

E Eryk mergulha sua mão dentro da cartola.

Quero ver se ele tem a capacidade de realizar magia com essa cartola. Segundo seus amigos, Eryk tem o poder de realizar tudo relacionado ao sobrenatural a sua volta a seu favor, então quero ver se ele consegue realizar o principio da magia retirando pelo menos um coelho da cartola. – Pensava Henriqueél para ele mesmo.

Até Eryk retirar um relógio de parede na cartola.

– Não.

Eryk se livra do objeto e retira agora um dinossauro de brinquedo.

– Não.

Agora Eryk retira uma camiseta velha.

– Não. Não. Não. Não. Não...

E Eryk não parava de retirar vários objetos fora do comum, esbugalhando os olhos de Henriqueél aos poucos, enquanto seus amigos assistiam aquilo pasmos, perdendo a concentração de seus deveres, como Junior caindo da bicicleta, Jeová errando o alvo, Luane caindo na cama elástica e Jessy inclinando a cabeça para baixo para ver se não era algum tipo de poço cheio de coisas.

E era só para Eryk tirar um coelho da cartola.

– Eu não achei o coelho... – Falou Eryk entristecido para Henriqueél por não ter conseguido tirar o que tinham pedido para ele.

– T-tudo bem. Não se preocupa com isso. – O olho direito de Henriqueél piscava incrédulo por alguém na idade dele ter capacidade de fazer mais além. Ele sorri forçado, sem sabe como reagir.

Continua...


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Notas finais do capítulo

É o seguinte... eu não ódeio, ódeio funk. Quem gosta desse gênero de música, eu vou entender. Sem preconceito. Mas como eu também não cuuurto muito, achei que uma trama envolvendo o tema fosse uma boa. Sem pedradas! *foge das pedradas dos funqueiros*

Muito obrigado por terem lido até aqui!

Fiquem com Deus e Até a Próxima!



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