Plenitude escrita por Lúthien


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Ai, gente, parece que o César sempre gera discórdia, hein? Até sem querer. =)
Nesse capítulo temos uma espécie de "Morde e Assopra", mas nesse caso eu assopro eu depois mordo, porque sou dessas, hahaha.
Pessoal, eu escrevo toda noite e faço uma revisão rápida, porque não tenho muito tempo livre, então, se tiver erros, me perdoem. As vezes eu releio os capítulos e vejo cada coisa!!!

Ps: fiz uma pequena alteração no capítulo 13, mas não precisa ler de novo não.
1) Tirei a referência ao horário de verão pois isso pode atrapalhar o tempo cronológico da história que eu tento manter de acordo com a novela.
2) Eu acrescentei Jonathan e a namorada como convidados esperados pra inauguração, tinha me esquecido deles, rs.



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A inauguração do restaurante foi um grande sucesso. Niko não poderia estar mais feliz, pois era um homem bem sucedido nos negócios e no amor. Ter Félix ali ao seu lado, naquele momento parecia um sonho maravilhoso. Seu amado também estava radiante. Lá estava ele, vivendo uma nova vida, ao lado do homem que o ajudou a se redescobrir, colhendo o sucesso que fora fruto de muito trabalho honesto dos dois. O que o deixava mais feliz era saber que além de poder dividir sua alegria com o homem que amava, também poderia dividí-la com sua família, ou pelo menos boa parte dela. Como havia prometido, Pilar chegou ao evento com Maciel. Jonathan e Ana vinham um pouco mais atrás. Quando os viu, Félix correu para cumprimentá-los.

– Mami poderosa! Ai mami que bom que você veio, que saudade! - o moreno deu um abraço apertado na mãe.

– Eu também estava morrendo de saudades, meu filho. Nossa, mas está lindo esse restaurante, mais bonito que o de São Paulo.

– Você acha, mami? Eu dei várias ideias pra decoração.

– Parabéns, Félix - Marciel apertou a mãe do enteado.

– Obrigado, Maciel.
– Jonathan, meu filho, vem cá me dar um abraço!
Jonathan e Ana se aproximaram e Félix cumprimetou os dois.

– Pai, olha só quem fez questão de vir.

De repente Paulinha saiu de trás de Jonathan e Ana, Félix não a tinha visto.

– Ra... Paulinha, querida, que surpresa boa, meu amor! - Félix segurou Paulinha e a levantou.

– Tio Félix! Tava com saudades.

– Com saudades de mim?

– Claro, você precisa ir ver a gente de vez em quando tio.

– Ah, Paulinha, eu tenho andando tão ocupado, mas eu prometo ir te visitar assim que puder.

Cadê o Niko, Félix - perguntou Pilar.

– Ih mami, o Niko é o dono e o chef, ele está mais solicitado do que estrela de Hollywood. Ah, olha, ele tá vindo.

Niko viu a família de Félix chegar e correu para cumprimentá-los.

– Pilar, minha sogrinha querida, que bom te ver.

– O mesmo digo eu, meu querido.

Niko cumprimentou os demais, depois ficou ao lado de Félix. Pilar observava o casal, os sorrisos estampados em seus rostos e se admirava ao perceber como Félix estava mudado, sua expressão era leve e iluminada. A felicidade do casal era percebida por todos. Para Pilar, Niko era um anjo que apareceu na vida de seu filho, e ela era muito grata por isso.
Momentos depois a família foi conduzida à mesa reservada especialmente ela.

Todos riam, se divertiam, se deliciavam com os pratos especiais que foram servidos. Foi uma noite linda, a qual eles jamais esqueceriam.

Pilar já havia avisado ao casal que todos ficariam em um hotel, pois ela não queria atrapalhar a rotina da família e muito menos causar desconforto a César. Niko insistiu para que eles almoçassem com eles no dia seguinte, mas sua sogra declinou do convite. Apesar de ser fim de semana, ele tinha compromissos em São Paulo, e também não queria deixar Paulinha longe de Paloma por muito tempo, pois ela estava muito sensível com a gravidez. Jonathan também preferiu voltar com a avó, pois ele e a namorada também teriam compromissos, mas prometeu que assim que tivesse um folga dos estudos, passaria uns dias com o pai e sua nova família em Angra.

Após tudo estar terminado, com o restaurante vazio, Niko e Félix compartilhavam aquele momento de alegria com a equipe de funcionários de restaurante. Niko parabenizou a todos, até mesmo Félix se saiu bem ao confraternizar com seus subordinados, deixando para trás aquele homem autoritário que costumava humilhar os funcionários do San Magno.
No caminho para casa, Félix dirigia e Niko sentado ao seu lado não parava de falar do quanto estava feliz com o sucesso do novo empreendimento e principalmente por ter o amado ao seu lado. Félix estava igualmente falante e feliz, pois pra ele tudo aquilo era novo.

Chegaram em casa abraçados, radiantes com os acontecimentos daquela noite, tudo parecia calmo. Se surpreenderam, porém, ao encontrar Adriana os aguardando na sala.

– Adriana, ainda acordada, criatura? O papi e as crianças estão bem?

– Estão todos bem, seu Félix, estão dormindo.

– Então o que você faz acordada ainda, você parece preocupada? - perguntou Niko.

– Seu Niko... - Adriana preferiu se dirigir a Niko, pois de alguma forma se sentia mais segura, por ele ser mais calmo que Félix - aconteceu uma coisa.

– Ai Adriana, não me assusta - Niko começou a se preocupar com o jeito de Adriana.

Félix ficou sério, como se presentisse que algo não corria bem.

– Olha, já tá tudo bem, o Jaiminho tá bem, ele só...

– O que aconteceu com o Jaiminho, Adriana? - o loiro perguntou preocupado.

– Ele tá bem seu Niko, ele não se machucou, mas... é que... - Adriana começou a chorar - Desculpa, seu Niko.

– Fala logo ,criatura, o que aconteceu? - gritou Félix impaciente.

Niko não quis esperar e correu para o quarto de Jaiminho. Félix e Adriana foram atrás. O loiro colocou a mão no peito e suspirou aliviado ao ver que o menino dormia.

– Mas, o que aconteceu, Adriana?

– O Jaiminho quase se afogou na piscina, seu Niko - respondeu a babá chorando.

– O quê? Ai, meu Deus, meu filho.

– Explica essa história direito, Adriana! - ordenou Félix alterando a voz, o que acabou acordando o menino.

– Pai.

– Oi, meu filho, o papai tá aqui - Niko o abraçou o garoto, que se agarrou ao corpo dele, como se estivesse assustado. - Calma meu amor, tá tudo bem, o papai vai ficar com você.

– Pai, eu caí na piscina, eu achei que ia morrer.

– Não, meu amor, tá tudo bem, o papai não vai deixar acontecer nada - Niko abraçava o filho aflito.

Félix também correu para consolar Jaiminho:

– O que aconteceu querido?

– Não sei, eu caí, e fiquei chamando a Adriana, aí ela me tirou a piscina, mas eu achei que ia morrer.

Félix tentava assimilar o que tinha acontecido e Niko só pensava em consolar o filho, que chorava assustado.

– Niko, fica com o Jaiminho, eu vou conversar com a Adriana lá fora - Félix fez uma expresão séria.

– Félix, pega leve - Niko conhecia muito bem o gênio do seu companheiro, sabia que Félix não pouparia Adriana.

– Eu vou tentar.

Já na sala, Félix começou a interrogar Adriana:

– Criatura, o que aconteceu, como você foi deixar o Jaiminho cair na piscina? Você sabe muito bem que ele ainda não sabe nadar sozinho.

– Ele não tava sozinho, seu Félix, eu não queria deixar, mas ele insistiu, eu achei que não tinha problema se ele ficasse no lado raso... - Adriana estava chorando e apavorada. Não era a primeira vez que falhava no cuidado com as crianças, ainda que sem intenção.

– E por que você deixou, Adriana? - Félix gritava.

– Ele insistiu, eu deixei ele ficar brincando na água, ele tava com a boia. Mas aí o Fabrício chorou e eu pedi pra ele sair, mas ele pediu pra ficar, eu saí um minutinho seu Félix... um minutinho.

As palavras de Adriana antingiram Félix como um punhal no coração. Era como a trágica história de sua família se repetisse. Ele ficou imóvel, ouvindo a babá se explicar, fazendo um esforço descomunal para não chorar diante dela. Precisava ser firme.

– Ele não chegou a se afogar, ele só ficou assustado, mas ele nem chegou a desmaiar. Antes de entrar no quarto do Fabrício eu ouvi os gritos dele e do seu pai e corri pra tirar ele de lá.

– Meu pai? Espera aí, meu pai estava lá?

– Ele pediu pra ficar lá fora tomando ar.

– Meu pai?

– É seu Félix. Mas não aconteceu nada, eu corri pra fora e peguei o Jaiminho, ele tá bem, tá só assustado. Eu juro, seu Félix, eu juro, foi um acidente.

– Ainda bem. Olha aqui Adriana, você NÃO podia ter deixado ele sozinho na piscina em hipótese alguma.

– Eu sei, me perdoa seu Félix. - Adriana não parava de chorar.

Félix sentiu pena da babá, mas não quis demonstrar.

– Se o Niko não gostasse tanto de você eu te botava no olho da rua!
Niko que passava pela sala naquele momento, escutou a última parte da conversa:

– Félix, por favor, se acalma. - o loiro já estava mais aliviado - Eu vou pegar um copo de leite quente pro Jaiminho. Ele ainda tá um pouco assustado, mas graças a Deus tá inteiro, não aconteceu nada.

– Na verdade, aconteceu uma coisa...

– O que aconteceu, Adriana, para de chorar de fala logo - Félix esbravejou.

– O seu César caiu da cadeira de rodas.

– O quê? - Félix quase partiu para cima de Adriana, sendo impedido por Niko. - Como você deixou meu pai cair sua incompetente!!!

– Calma Félix!

– Calma? Como calma? - Félix se soltou das mãos de Niko e disse se virando pra ele, completamente alterado - Olha, eu devo ter feito churrasquinho no sermão da montanha pra ouvir uma coisa dessas. Eu tinha que ter ficado em casa e não deixar uma inútil cuidando do meu pai. Se você não tivesse dado aquele chilique nada disso teria acontecido. Eu vou ver meu pai, me dá licença.

Niko ficou horrorizado com as palavras de Félix. Assim que o companheiro saiu da sala ele se sentou no sofá e começou a chorar compulsivamente.


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Notas finais do capítulo

Ai, gente! Tadinho do Carneirinho. Dessa vez Félix pegou pesado, hein?