Nós Somos A Evolução escrita por Menina Estrela


Capítulo 9
Quando se juntam os Cinco - Steve


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeee, mil perdões pela demora, o Nyah! tava fora do ar e só consegui entrar agora. Enfim, genteeeeee awwn seus fofos, muito obrigada mesmo pelos comentários e favoritamentos, depois eu tiro um dia pra responder a altura é que ultimamente eu to morrendo na preguiça, sério, ela me domina '-' bjooos



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_ Será que dá pra você parar de esbofetear ele? – falei encarando o garoto.

_ Só estou tentando fazê-lo acordar. – ele retrucou.

_ Ah claro, como pude não perceber isso depois do terceiro tapa que você deu na cara dele? Bom, na verdade acho que eu percebi quando vi as marcas da sua mão bem ali! – apontei para o rosto do... Como ele se chamava mesmo?

_ Olha, muito obrigado por ter salvo o Arnold. – ele começou.

Arnold. Então esse era o nome.

_ Ele é como um pai pra mim, – continuou – mas deixa de bancar o médico, tá bom? A partir de agora eu cuido dele.

_ Nossa, e como você vai cuidar... – sorri sarcasticamente.

_ Tudo bem, já chega. – Eileen finalmente se manifestou – Steve, eu preciso falar com você. Se importa de ir lá fora comigo? E Dalton, pode ir tirando o seu cavalinho da chuva que você também não vai ficar aqui dentro. Deixa o Arnold descansar, ele não vai acordar agora.

O sorriso triunfal da cara do garoto Dalton, desapareceu tão subitamente como surgiu. Mesmo contrariado, resolvi que era melhor segui-la. Aquela garota tinha um jeito eminente para líder, apesar de ter ficado tão desesperada naquele depósito. As pessoas tem o direito de perder o controle às vezes.

Paramos em frente à sala de estar dos meus pais. Eles por sorte tinham viajado. Eileen olhou nervosamente para os lados como se para afirmar que ninguém nos ouvia, e quando constatou que não, suspirou e após alguns segundos passou a me encarar.

_ O que foi? Tem alguma bola na minha cara ou...

_ Em primeiro lugar, – ela me interrompeu – quero te agradecer por ter salvo o Arnold. Eu estava beirando a loucura quando você apareceu. E obrigada também por salvar a minha vida, por nos ter trazido pra cá e ajudado a carregar aquele cara.

_ Mas ele fugiu. – bufei – Esse último não conta.

_ É claro que conta! Mas não foi por isso que eu te chamei aqui.

_ Ótimo, então manda! Qual é a boa de agora? – falei meio descontraído apesar de estar no fundo, razoavelmente nervoso.

Ela deu um longo suspiro como quem dizia: “então vamos lá, pela milésima vez”.

_ Você não tem ideia de como é raro, quase impossível, que você tenha nos encontrado, pois de alguma forma, éramos nós que estávamos procurando você.

_ Ãn... Me procurando? Acho que eu não entendi, vocês não pareciam me conhecer até um tempo atrás.

Ela suspirou.

_ Não conhecíamos. – ela disse.

_ Então como...

_ Naquele depósito – Eileen interrompeu – estávamos à procura da outra metade de um mapa, onde dizia entre outras coisas, os lugares em que alguma pessoas nasceram. Mas não é qualquer pessoa; são pessoas diferentes das outras, especiais. Sabemos bem que você tem um poder incrível.

Fiquei indignado.

_ Um poder incrível? – perguntei retoricamente perdendo a paciência.

_ Você se cura. – ela disse como se aquilo fosse uma bênção.

_ Incrível? – repeti sem acreditar – Você chama isso de um poder incrível? Porque ele pode parecer Eileen, mas não é. Eu assusto as pessoas, eu as afasto de mim, e um de meus maiores medos é ficar sozinho. E quem dera se eu apenas me curasse, seria um peso a menos. Mas é claro que não, eu também não consigo sentir dor. E agora você deve estar pensando “mas isso é ótimo!”, acontece que de novo, não é. Sabe o que eu pagaria para sentir pelo menos meu joelho arder após um corte? Você sabe o que eu faria para ter dor de dente ou torcicolo? Pode parecer bobo pra você, porém pra mim, deixa eu repetir de novo, não é. Eu daria tudo para ser normal, e não considerado uma aberração por assustar os outros.

_ Você tem razão, eu não sei como é. – ela disse por fim – E saiba que vou tentar evitar uma discussão com você, porque entre matar as pessoas e assustá-las, acho que você pode imaginar qual seria a minha escolha. – fiquei sem palavras – Espero que me deixe continuar agora. Como eu ia dizendo, eu estava em busca da outra parte do mapa para descobrir onde estas pessoas “especiais” estão. Preciso encontrá-las o mais rápido possível, e conseguir que me ajudem. Estamos em perigo. Pessoas como eu e você, estão morrendo muito rápido na mão daquela gente. E não posso permitir que isso continue acontecendo ou a próxima serei eu. O pior disso tudo nem é saber que eu posso morrer, mas sim que eles possam conseguir que outras pessoas façam o que eu faço. Você pode imaginar quanta gente morreria? O dobro ou o triplo de mortes por dia? Ou deveríamos aumentar a quantidade?

Eu ainda não sabia o que dizer. Resolvi ir direto ao assunto.

_ O que você realmente quer de mim? – perguntei.

_ Quero que você venha comigo, do mesmo jeito que Arnold veio. Quero que me ajude a encontrar outras pessoas para darmos um fim a isso. Para evitar a carnificina do mundo. Preciso da sua ajuda Steve, e de toda a que eu encontrar no caminho. – ponderei o pedido.

Primeiro fiquei em choque, mas depois indeciso. Eileen pareceu notar isso.

_ Por acaso nunca aconteceu algo estranho com você? Ou sentiu que alguém pudesse estar te perseguindo, ou até indo atrás de você... Para te matar? Nunca, nada incomum aconteceu a sua volta? Coisas fora do normal? Nunca ficou cismado com algo ou alguém? Diga que nunca, e sei que vai estar mentindo.

Ela tinha toda a razão, mas eu ainda me sentia inseguro. Deveria ir ou ficar?

Me dei conta de que de uma forma ou de outra eu não ficaria, para o bem dos meus pais e da minha família. Eu iria embora de qualquer jeito, a diferença é que com Eileen eu saberia o meu destino, saberia para onde estava indo. É óbvio que coisas como a minha vida estavam em jogo, mas o que eu tinha a perder? Segundo o que ela disse, eu morreria de qualquer jeito. Seja lá quem “eles” forem, viriam atrás de mim e depois poderia ser tarde demais para voltar atrás.

Minha escolha estava feita.

_ Pode contar comigo. – ela pareceu satisfeita e tranquila. Ficamos um tempo encarando o nada, e aquilo já estava se tornando constrangedor – Mas eu juro que se aquele pedaço de osso continuar me enchendo, eu não vou mais me responsabilizar pelos meus atos.

Ela riu.

_ Quem? O Dalton?

_ Tem mais algum pedaço de osso por aqui? Eu só tenho músculos querida, não vivo de dieta. Cresci em meio aos cheeseburger. Se é que você me entende...

Deixei pairar no ar o final daquela frase e ela riu ainda mais.

_ É, acho que vamos precisar de um pouco de humor nessa jornada. – ela comentou – Há muito tempo procuramos um piadista. – Eileen provocou.

Era bom sentir como a tensão se fora tão rápido.

_ Pois deveria tratar dessa seriedade toda. Não faz bem pra pele! Dá pra imaginar quantas rugas?

_ Vai ser bom ter você na equipe. – Eileen repetiu.

_ Somos uma equipe? – perguntei.

_ Até o momento, uma equipe de quatro. Mas ela irá aumentar, ela precisa.

A campainha tocou seguidas vezes. Fui caminhando em direção à porta com Eileen logo atrás em meu encalço. Quem poderia ser eu não fazia ideia, mas devia estar com muita pressa. Ao contrário não teria desistido da campainha e passado a bater impacientemente na porta.

_ Mas que diabos aconteceu pra alguém querer quebrar a porta da minha casa? – resmunguei – Já não disse que estou indo? – gritei por fim.

_ Não, na verdade você não disse. – Eileen falou já ao meu lado.

_ Oh. Mas isso não importa, agora significa que eu já disse. Já vou querido ser inconveniente! – berrei.

Abri a porta e um rapaz praticamente se jogou em cima da Eileen passando direto por mim.

_ Finalmente. Eu. Encontrei. Você. – ele arfava cansado.

_ O quê? – ela perguntou assustada.

Ele parou para respirar um pouco e depois de se acalmar falou.

_ Não entendo como pode estar viva. Eu vi você gritando em meio ao fogo e alguém tinha atacado você, e aquela droga de avião aterrissou em outra cidade por algum problema estúpido. Pensei que você estivesse morta! – ele finalmente pareceu notar que eu estava ali – Mas eu não vi você em momento algum. Quem você é?

_ Você invade a minha casa, sai pulando em cima dos meus hóspedes, e ainda quer saber quem eu sou? Eu é que te pergunto! Quem você é? – ataquei.

_ Oh. – ele ponderou – Me desculpe. – ele me estendeu a mão – Sou Thomas. Posso ver o futuro.

Para ele aquilo parecia normal. Eileen antes em choque, emanava alívio.

_ Acho que estou com um pouco de sorte. – resmungou – Primeiro Steve me encontra, e agora você. Dois a menos para eu procurar. Vamos entre. – ela falou.

_ Ele já está dentro. – resmunguei reclamando.

_ Não, não, não! – ele contradisse nervoso – Temos que ir agora. Pegue o resto dos seus amigos e vamos embora. Temos que ir para Nova Orleans, eu não posso demorar aqui.

_ O quê? – perguntou Dalton chegando com Arnold logo atrás.

Eileen correu para Arnold e o abraçou.

_ Super Shock, seu idiota! Você está bem! – ela respirou aliviada.

_ Ah claro, foi com certeza minha intenção ficar preso no meio do fogo. Eu sou masoquista sabe, também gosto de me machucar.

_ Desculpa interromper essa linda cena, mas eu tenho pelo menos três carros de polícia atrás de mim. Então se não se importam, nós precisamos ir. Agora. – Thomas praticamente exigia.

_ Eu não entendi o porquê nós deveríamos ir com você se está fugindo da polícia. Nós já temos muitos problemas com que lidar então...

_ Nós estamos indo. – Eileen me interrompeu.

_ O quê? – eu e Dalton falamos juntos.

_ Peraí, eu ainda nem conheço esses dois. O que é que tá acontecendo aqui? – Arnold apontou para mim e Thomas.

_ Sua mãe não te ensinou que é feio apontar? – falei.

_ Só peguem suas coisas e vamos rápido pro carro. – ela nos ignorou.

Mesmo com uma cara indignada, peguei minha mochila ainda pronta com minhas coisas e acrescentei apenas alguns documentos que eu iria precisar. Peguei junto chave do meu antigo carro.

_ Você não vai levar isso. – Eileen tomou as chaves de mim.

_ E por que não, senhorita?

_ Porque você vai dirigindo o meu carro com Dalton. Eu e Arnold vamos com Thomas. Nós três precisamos conversar.

_ Eu não vou com o pedaço de osso. Não mesmo!

Ela fechou a cara antes de continuar, e decidida disse:

_ Sim, você vai.

E me jogou a chave do próprio carro.

Saí bufando para fora. Ela me indicou seu carro e eu entrei impaciente batendo a porta para deixar bem claro meu descontentamento. Dalton fez o mesmo. Pelo menos compartilhávamos a repugnância da companhia um do outro.

O carro de Thomas passou logo à frente e eu liguei o carro para segui-lo. Nossa viagem começou, apesar de eu ainda não estar entendendo quase nada. De novo, as coisas aconteceram muito rápido.

Peguei um cheeseburger que guardei em uma sacola pouco antes de sair e joguei no colo de Dalton.

_ Toma. Pra ver se você come comida de homem.

_ O quê? Você pensa que eu como o quê cara? Salada?

_ No mínimo. – completei.

_ Eu posso comer dez cheeseburger seguidos idiota, e ainda assim continuo com esse corpinho sexy.

Tive que rir.

_ Sexy onde?

_ Quer apostar? Me arrume mais cheeseburger e veremos.

_ Sua sorte é que eu trouxe um estoque. – falei apontando uma sacola cheia no banco de trás.

_ Isso vai ser divertido. – ele resmungou.

_ Garanto que vai.


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Notas finais do capítulo

Bjinhos :3



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