Nós Somos A Evolução escrita por Menina Estrela


Capítulo 4
O primeiro dos Seis - Eileen


Notas iniciais do capítulo

OMG gente desculpa msm a demora! só postei pq consegui roubar o wifi do vizinho kkkk sério, não sei quando posto, to sem net por enquanto, ok? bjs espero que gostem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/474990/chapter/4

A viagem tinha sido demorada, mas eu finalmente havia chegado a Las Vegas. Peguei a noticia do jornal e li as partes importantes.

_ Arnold Mcguire, vinte e três anos... Onde ele mora? – perguntei para mim mesma – Ah, aqui. – indiquei para um pedaço do papel e continuei com o monólogo – Rua E Stewart Ave número 205.

Acelerei o máximo que pude permitir. Estava ansiosa, me preocupei por um momento pelo fato de ele ser cinco anos mais velho, apesar de parecer bobeira. Será que ele acreditaria em mim? Me ajudaria a achar os outros? Se é que esses “outros” existem mesmo. Eram muitas as perguntas e eu estava louca para obter as respostas.

Chegando a rua marcada no jornal, comecei a procurar pelos números.

_197, 199, 201, 203, 205. – meu coração parou. Era agora.

Acabara de encontrar a casa. Estacionei o carro do outro lado da rua e nervosa, fui andando em sua direção. Ela era pequena e branca. Na varanda, havia uma cadeira e uma mesa com um livro, à sua volta via-se um belo jardim mal cuidado, e para chegar à porta, era necessário subir uma escada de apenas três degraus. Criei coragem suficiente para bater na porta, estava determinada a pelo menos tentar, mas não obtive resposta alguma. Bati novamente mais cautelosa desta vez e novamente nada aconteceu. Impaciente, bati mais forte e enquanto esperava imaginado se havia mesmo alguém lá dentro, a porta se abriu.

_ Eu gostaria de falar com Arnold Mcguire, ele está? – perguntei.

_ Está falando com ele. – o homem respondeu.

_ Ah, oi. – falei reparando-o.

Ele parecia ser mais velho do que o jornal dizia, com no mínimo uns vinte e sete anos, era alto e muito bonito. Tinha os cabelos pretos e os olhos verdes, sua pele era branca e ele estava usando uma calça escura com uma camisa de manga branca, mas estava tão mal cuidado quanto o jardim. Vou admitir que ele parecia charmoso.

_ Oi. – ele respondeu friamente.

_ Sou Eileen... – parei. Não queria dizer meu sobrenome verdadeiro então disse o primeiro que me veio em mente – Harper. Vi uma noticia neste jornal que me interessou muito. Queria saber se poderíamos conversar sobre...

_ Diga para essa maldita imprensa que eu não tenho nada a dizer! – ele me interrompeu explodindo. Sério, aquele tom me assustou, mas recobrei a compostura – Estou cansado disso, quantas vezes terei que pedir pra me deixarem em paz?

_ Eu não sou da imprensa! – retruquei.

_ Ah não? Então porque se interessou tanto no que viu no jornal? – ele atacou.

_ Será que poderíamos conversar? – insisti – Não levará muito tempo. – completei.

Bufando ele abriu espaço para que eu pudesse entrar.

_ Espero mesmo. – sussurrou rudemente.

Apontou para um sofá meio empoeirado e mandou que eu sentasse, mas ele ficou de pé.

_ Eu vim de Seattle, pois já há algum tempo tenho procurado notícias que sejam um pouco... Digamos que diferentes. – comecei apressada.

_ E porque está procurando? – ele perguntou desconfiado.

_ É uma história meio longa e complicada – comecei – Então para resumir suponhamos que eu tenha um dom, e existem pessoas que querem me pegar para fazer experiências e roubá-lo de mim. Estas “pessoas”... – abreviei – mataram meus pais e se me pegarem vão me matar também.

_ E daí? – ele disse.

Poxa, ele era mesmo frio. Eu acabei de dizer que posso morrer!

_ Eu vim em busca de ajuda, pois acho que existem outros assim como eu que estão correndo perigo. – falei um pouco mais brusca.

_ E o que eu tenho a ver com isso? – sua voz não estava se abrandando.

_ Sei que você também tem um dom e, portanto, também corre perigo. – insisti.

_ Está enganada. – ele enrijeceu – Não sou quem você procura.

_ É sim! – explodi – Não sei direito o que você pode fazer, mas entendo muito bem que a energia não tem vida própria pra sair por aí dançando pelo ar e acertando as pessoas. Aliás, acertando todas as pessoas daquele cassino com apenas uma exceção! E essa exceção foi apontada pelas vítimas como um maníaco responsável por aquilo. Mas ninguém acreditou neles, claro. Não deveriam estar raciocinando direito depois de terem levado um choque.

_ Se você acha isso, então deve saber que sou perigoso. – ele parecia querer me atacar. Foi um momento tenso – Por isso é melhor ir embora antes que algo ruim aconteça com você também.

Era um jogo. Eu percebi de alguma forma. E eu iria jogar pois não poderia me dar ao luxo de perder.

_ Não vai me machucar. – falei firme – Sabe que estou dizendo a verdade e eu preciso muito de você! Não sei se entendeu direito, mas eles estão atrás de pessoas como nós. Fazem experiências que nunca tem resultado e depois simplesmente nos matam da forma mais cruel possível! Eu vi meus pais morrerem, e não quero morrer do mesmo jeito. – suspirei – Por favor, me dê uma chance. Venha comigo em busca dos outros e me ajude a acabar com eles!

_ Eu não... – vi ele se afrouxar e uma brecha surgir – Como vou saber que posso acreditar em você? Não faço mais nada da minha vida desde que fui afastado da faculdade por causa daquele acidente, poderia muito bem ir com você, mas...

_ Que tal a gente sair, e você me levar em um lugar para que eu te mostre o que posso fazer? – sugeri em expectativa. Foi o que havia vindo a mente agora.

Ele hesitou por um instante, mas cedeu.

_ Está certo. Mas se for mentira... – ele me ameaçou com o olhar – Eu não vou te ajudar e vai ser melhor você sumir o quanto antes da minha frente!

_ Ok. Então vamos? – falei impaciente.

Ele não disse nada, mas começou a andar. Saímos da casa e começamos a caminhar em silêncio.

_ O que você pode fazer? Quer dizer... Você faz algo com a energia não é? – perguntei para quebrar a tensão.

_ Eletricidade. – ele disse.

_ Como? – perguntei sem entender.

_ Eu a controlo. – ele falou de um jeito óbvio.

_ Não consegui entender...

_ Eu controlo a eletricidade! Energia se preferir. – ele disse por fim.

_ Nossa! É um dom fascinante. – comentei.

_ O seu seria...? – ele perguntou.

_ Não considero um dom. – me apressei a dizer – E você saberá logo. Me leve algum lugar meio detestável. – sugeri – Não sei, com drogados ou qualquer coisa assim.

_ E pra quê? – ele voltou ao tom rude.

Achei melhor escolher minhas palavras.

_ Acredite não vai querer que eu faça isso com pessoas de bem e de que você goste. – respondi.

_ O que você vai fazer? – ele perguntou em tom acusativo.

_ Já disse que vai saber logo! – repreendi – Apenas me leve até lá.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Omg gente, sério, desculpa msm, mas posto assim que der! bjs