Back From Hell escrita por Lana Sparks
''– Querida! - Alexia foi cortada por uma voz doce, a voz de Marilyn.''
– Marilyn, oi! - Alexia saiu do carro e lançou um olhar para Castiel, ele sabia o que fazer. - Quanto tempo! - Alexia abraçou Marilyn, que retribuiu o abraço apertado.
– Pois é, vejo que acho o caminho de casa. - Marilyn disse e olhou para o GTO. - E quem é esse adorável rapazinho?
– Castiel, muito prazer. - Castiel segurou a mão de Marilyn.
– Que moço educado! Vamos, entrem. - A senhora os guiou até a casa. - Vamos, sintam-se a vontade. Vou fazer um café e pegar um refrigerante para Alexia.
– Uau, ela sabe disso também. - Castiel disse e Alexia riu, estava nervosa, gostava muito de Marilyn, não podia imaginar que a senhora podia ser má.
– Ela sabe de tudo. - Alexia disse com um olhar enigmático, fazendo Castiel rir, duas vezes em dois dias, era um record.
– Então, Castiel... Conhece minha Alexia desde quando? - Dona Marilyn perguntou, largando uma bandeja com café e refrigerante na mesinha de centro.
– A quase dois anos, acho eu.
– Então onde estava quando ela estava vagando por ai, toda suja e sem nem ao menos saber onde estava?! - Alexia se surpreendeu pelas palavras de Marilyn, ela realmente se preocupava. Castiel mantinha a expressão neutra e até mesmo um pouco debochada no rosto.
– Estava longe. - Foi a única coisa que Castiel disse, antes de sacar sua adaga e avançar contra Marilyn, que recuou apavorada.
– Castiel não! - Marilyn disse alto. - Fique longe de mim! - Castiel continuou andando até Marilyn, que ao invés de recuar mais, correu até Castiel, derrubando o anjo no chão. - Eu tentei avisar. - Marilyn passou a distribuir socos pelo rosto de Castiel.
– Marilyn! - Alexia a chamou e Marilyn olhou para cima. Alexia disparou contra Marilyn, não a mataria mas o impacto que a bala causaria a tiraria de cima de Castiel.
– Eu te salvei, garota! Um pouco de gratidão seria bom! - Marilyn gritou e correu até Alexia, que conseguiu desviar do ataque do suposto anjo.
– Me salvou para me fazer matar meu pai e meu tio?! Que tipo de anjo é você? - Alexia perguntou indignada.
– Um anjo caído, querida. Nunca me encaixei com aqueles engomadinhos almofadinhas! - Alexia olhou discretamente para Castiel, não podia negar que ele era um engomadinho.
– E o que isso tem haver com os Winchesters, Bobby, Jo e Ellen? Porque me fez mata-los?
– Porque foi divertido. Acredite, eu nunca precisei de você para fazer isso... - Um simples gesto e um corte não muito profundo surgiu na barriga de Alexia. - Viu, se eu quisesse mata-los eu mal precisaria me mexer. Mas fazer você, que os amava mata-los, ah foi divertido! - Marilyn ria diabolicamente(Aaah quanta ironia)
– Não é possível que você tenha sido um anjo algum dia! - Alexia disse, o que pareceu ter deixado Marilyn puta da vida(N/A HU3)
– Vai curtir o céu! - Marilyn disse e partiu para cima de Alexia.
– Vai pro inferno. - Alexia disse assim que viu Castiel atrás de Marilyn com a adaga.
– Castiel... Não! - Uma voz feminina surgiu atrás de Alexia, que se virou rapidamente. Dois homens seguravam Marilyn. - Azrael e Azriel, levem a senhora Marilyn para tomar um chá, na cozinha. - A garota ordenou e assim os homens o fizeram. - Senti sua falta, Castiel. - A morena disse, era alta e tinha grandes olhos castanhos.
– Ariel! - Castiel largou a adaga e correu para abraçar a garota. - Eu senti tanto sua falta.
– Eu também, Castiel. Eu também. - Castiel apertou mais Ariel, que se aconchegou em seu abraço.
Alexia pegou a bolsa e saiu de fininho da sala, não iria atrapalhar os dois. Entrou no carro e foi em direção um bar, estava com sede e Castiel tinha asas, poderia se virar.
– Refrigerante, por favor. - Alexia nem sabia porque estava sendo tão educada, estava em um bar de motoqueiros, ninguém dizia 'por favor' (N/A: Sim, é muuuito difícil ouvir alguém dizendo 'Por favor' em um bar onde motoqueiros frequentam, experiência própria)
– Aqui está, mocinha. - O atendente, um homem alto, forte e barbudo, cheio de tatuagens a entregou a garrafa. Alexia apenas sorriu e entregou o dinheiro. - Perdida?
– Não, esperando meu amigo voltar.
– Garota?
– É, velha amiga. - Alexia tomou um gole do refrigerante e continuou conversando com o atendente. - Já são oito horas, preciso ir. Qualquer coisa é só ligar Johnny! - Alexia havia ficado amiga do atendente. - Paul, Jim, Rick - Alexia dizia ao passar pelos motoqueiros, se despedindo.
Alexia entrou em seu GTO, não deu partida, ficou apenas sentada, encarando o bar, até que o toque de seu celular a assustou, Highway To Hell começou a tocar.
– Alô?
– Alexia?! - Era Dean.
– Fala Dean.
– Onde diabos você se meteu? São oito e quinze da noite de sábado, você disse que voltaria sexta!
– Ta, só não morre ai! Eu já to voltando, resolvi o problema... Provavelmente vou chegar só amanhã.
– Porque?! Onde você ta' ? Eu te busco.
– Dean, eu to de carro. Estou em Petersburg, Virgínia. - Dean suspirou do outro lado da linha.
– O.k, mas me promete que vai ligar quando amanhecer?
– Prometo, tchau Dean.
– Tchau, te amo. - Dean disse e Alexia desligou o telefone.
– E lá vamos nós! - Alexia disse e ligou o carro, dirigiu o máximo que conseguiu. Seus olhos estavam praticamente fechados quando Castiel surgiu ao seu lado, acompanhado.
– Olá Alexia. - Castiel disse, fazendo Alexia ziguezaguear pela estrada, que felizmente estava vazia.
– Puta que pariu, Castiel! Você quer que eu morra?
– Que boca suja. - Ariel comentou baixo para Castiel, que segurou o riso. Alexia semicerrou os olhos, não gostou nada de Ariel em seu carro.
– Se divertiram? - Alexia perguntou, olhando os dois anjos pelo retrovisor.
– Demais. - Ariel lançou um olhar malicioso para Castiel, que sorriu cúmplice.
– Me contem tudo depois. - Alexia forçou a voz de patricinha mimada.
– Pode deixar.
A viagem toda seguiu com Ariel e Castiel tagarelando alguma coisa sobre a bagunça no céu. Quando finalmente chegaram em Sioux Falls, Alexia saiu do carro rápido, batendo a porta. Entrou como um raio dentro de casa, assustando os Winchester's.
– Que bicho te mordeu, garota? - Dean perguntou segurando o ombro de Alexia.
– Nenhum... - Alexia foi cortada pelas risadas escandalosas de Ariel,passando pela porta.
– Quem é essa, Cas? - Dean perguntou, de braços cruzados.
– Ariel, uma velha amiga. - Castiel abraçou Ariel de lado e Alexia revirou os olhos, gesto notado por Ariel.
– Castiel, tenho que ir... Volto mais tarde.
– Claro, até mais.
– Até mais, Dean. - Ariel disse e evaporou(Não no sentido literal da palavra).
– Então Cas... - Dean disse passando os braços pelos ombros de Castiel. - Bem vindo ao clube, cara. - Ele disse e riu. - Vamos conversar mais tarde. - Dean disse para Alexia e foi para a sala.
– Okay. - Alexia disse para si mesma e virou-se para subir as escadas.
– Ei... Alexia? - Castiel chamou a mesma.
– Fala. - Alexia disse, com um leve sorriso nos lábios.
– Porque fugiu do nada?
– Se eu fugi, obviamente não iria informar onde eu iria. - Alexia disse divertida, Castiel continuou sério.
– Algum problema? - Castiel perguntou, segurando os ombros de Alexia.
– Algum problema? - Sam perguntou, abraçando Alexia de lado e beijando o topo de sua cabeça. - Foi tudo bem?
– Uhum, tudo muito bem. Agora eu quero dormir um pouco. - Alexia disse subiu.
– Ela está estranha. - Sam disse e foi para a sala, junto de Dean.
Castiel subiu as escadas até o quarto de Alexia, a porta estava destrancada, o quarto vazio mas a porta do banheiro trancada. Castiel sentou-se na cama e esperou Alexia sair do banheiro, o que não demorou muito.
– Porra, Castiel! - Alexia berrou assim que entrou no quarto. - Que susto, criatura!
– Desculpe, não queria lhe assustar.
– E se eu estivesse sem roupa?
– Nada que eu não tenha visto. - Alexia olhou apavorada para Castiel, desde quando ele era tão... aberto?
– Qual é a sua? Fica de segredinho com aquela sereia lá?
– Ariel é um anjo, não sereia.
– Você nunca viu A Pequena Sereia?
– Não.
– Chega de segredos, Castiel. Quem é ela?
– Ela foi como uma namorada, por um tempo, então eu desci e perdemos o contato, mesmo com as minhas visitas regulares ao céu, foi difícil vê-la!
– Hum... - Foi a única coisa que Alexia disse, vestiu sua camisola e desceu as escadas, em direção a sala.
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