Insanidade escrita por Sociopath


Capítulo 1
One-Shot / Esperança?


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desta one-shot, mes desculpem se acharem erros de português, não pude revisar muito bem então...
... Boa Leitura ...



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A garota mantinha os olhos escuros e flamejantes fixados no espelho. Observava cada detalhe de si mesma, porém sentia raiva e ódio.

Ela odiava o que via. Odiava a sensação de se olhar todo dia no espelho e sentir nojo do que via.

Por que as pessoas eram tão cruéis assim? Ela era uma humana, com eles. Tinha sentimentos, e o que eles falavam e faziam com ela machuchava, não fisicamente mas sim emocionalmente.

"— Prefiria que tivessem me batido... — murmurou, rouca devido a choros de madrugada, quando as únicas companhias eram as estrelas e a lua prateada."

Havia cicatrizes em seus pulsos, ela não era masoquista, não fazia aquilo por que toda garota "depressiva" fazia. Ele realmente tentara se matar, de todas as formas que pode imaginar, porém nunca teve A coragem para fazer isso.

Lágrimas ocas escorriam por sua face gélida. A quantos dias estava trancada naquele quarto? A quantos dias não via o sol? Ela não sabia mais.

Os pais estavam desesperados pela situação, mas ela se recusava a voltar para o Inferno, era assim que havia nomeado.

Ela via seu futuro sendo pisoteado todo dia, sem poder impedir, apenas ouvir as coisas rudes e cruéis e aceitar as "brincadeiras" que lhe causavam cortes. Ela estava cansada, queria desaparecer. Como ela reagia? No começo ela chorava pedindo ajuda, mas depois entendeu: As pessoas não ligavam uma para as outras, eram orgulhosas e egoístas.

Seus olhos castanhos que um dia foram brilhantes e vivos agora eram olhos sem vida. Sua pele virava cinzenta com o passar do tempo. Os lábios avermelhados agora eram secos e pálidos. Obtia olheiras profundas, mas não ligava para nada. Sua pele que antigamente fora macia e rosada agora era pálida e cheia de cortes feitos pelas próprias mãos e pelas mãos de pessoas que ela julgava cruéis.

"Desaparecer", deu um sorriso frio com tal pensamento, " O que a criança que eu fui um dia pensaria disso?"

Lembrou de sua vida quando era criança, uma criança doce e gentil, com cabelos negros e longos que corria e brincava com seus "amigos". Ela gargalhava, gargalhava da desgraça que aquela criança iria sofrer, seus melhores amigos iriam lhe abandonar e se virar contra ela. Aquilo era engraçado?

Ela já não sabia mais, sua parte humana estava apodrecendo, estava virando uma garota sem sentimentos, uma garota com um coração destruído...

Sua mão formou um soco, e veio de impacto com o espelho. O som dos cacos de vidro batendo no chão ecooavam em seus ouvidos, suas mãos agora estavam manchadas de sangue num tom carmesim. Ela riu, não, gargalhou.

O que era aquilo? Não sabia mais o que se passava. Sua sanidade ia se esvaindo, junto com sua alma. Deixou-se desabar no chão. Observava-se sua foto de criança com um sorriso melancólico.

Os cabelos escuros que tinha antigamente não era mais lisos e longos e sim curtos — devido a um ato de crueldade — e grisalhos. Seus olhos agora sem vida observavam suas mãos ensaguentadas.

A silhueta de uma criança apareceu na sua frente, desfocada. Seu rosto era coberto por uma estranha névoa. A pequena menina acariciou o rosto gélido da menina, dando um sorriso triste.

"O que diabos é isso?" murmurou, observando a pequena e frágil menina na sua frente, "estou alucinando".

A criança ajoelhou-se nos cacos de vidro, porém nada aconteceu. A pequena menina agarrou as mãos da mais velha, um ato que vez suas mãos também se mancharem num tom carmesim.

Assim que suas mãos frágeis lhe tocaram ela começou a chorar. Sentimentos estranhos vinham a tona e junto com eles lágrimas, agora, de todos os tipos de sentimentos rolavam por sua face.

Ela se sentia triste, feliz, amarga e etc, tudo isso de uma vez só. É como se aquela alucinação tivesse lhe devolvido todos os seus sentimentos novamente.

A névoa que lhe impedia de reconhecer a frágil menina desapareceu, ela arregalou os olhos. Aquela menina era ela.

A garota sorriu docemente.

E ela retribuiu, com um sorriso sincero.

Sua imagem tremeluziu e desapareceu, sem deixar rastros. Então, as lágrimas voltaram a ser ocas, sem motivos. Novamente sentiu-se como uma pedra, sem sentimentos.

Sorriu, com um motivo.

Depois daquilo, nada mudou, sua vida miserável continuou. Mas depois da visita de sua "eu" interior algo mudou. Ela sempre iria saber que a criança que ela foi um dia sempre estaria oculta, trancada a sete chaves dentro de si. Ficou feliz, ainda lhe restava esperanças, esperanças de não cair no precipício da insanidade.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Críticas?
Até...