Yuri Novel escrita por elbamarah


Capítulo 12
Capítulo 12!


Notas iniciais do capítulo

Neste capitulo 12, veremos o resultado de uma noite de baladas e sexo. Algo que Luiza Luz só queria esconder e esquecer... nos lencois de centins rosa-salmão jás uma adolescente que virou mulher! Será que ela está assim tão só, ou o é o sofrimento que nos isola?



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Luiza Luz desceu na porta de casa junto ao amigo que até aquele momento sequer a olhava nos olhos. Assim que fitou a porta de casa, a mesma se abriu e de lá saiu um homem magro, com roupas amassadas, todo despenteado, barba por fazer e enormes olheiras, além de chorar de modo compulsivo. Luiza se assustou ao ver o quanto preocupara o pai ao vê-lo de joelhos se abraçando a sua cintura. Logo depois incitado por dona Lola, começou a chuva de perguntas. Onde estava? O que aconteceu? Você está bem?Foi um seqüestro? Você queria fugir de casa?


Nada disso, ela apenas se embebedara, (lembrando que Luz não é maior de idade) e tranzara com o primeiro infeliz que apareceu, tudo porque brigara com uma garota que mal conhece. Mas vendo seu pai ali destruído nunca poderia dizer a verdade.  Luiza era a princesinha do papai e por sua causa, seu pai, nunca cogitou sequer se casar outra vez ou ir para o exterior mais do que uma semana, ou dormir fora ou levar mulheres para dormir no seu quarto. Ele fizera tudo isso por ela, e mentir era a única coisa que Luiza podia fazer por seu pai agora. Só tinha um problema, não conseguia pensar em nada convincente, estava desesperada e cansada, pronta para despejar a verdade nua e crua.


-Luiza estava na minha casa Sr. M. - Disse de supetão Rúlio sem emoção.


-Quê?! Como assim? Quando eu te liguei você disse que ela não estava com você!- Michel de um pobre pai abatido, passou para um homem irado- Porque você mentiu? Não me diga que você...


-Não pai! Ele não sabia que eu estava lá -Um minuto para pensar- Nós nos desencontramos no shopping e como a casa dele era a mais perto fui para lá, ai como não tinha ninguém eu dormi na casa da piscina.


-E o celular porque não me ligou?Por que não atendeu quando te liguei!?- Inquiriu o pai aflito.


-Pai, a bateria tinha acabado não tinha como te ligar, estava esperando Rúlio aparecer e ai eu dormi.


Luiza ficou surpresa como pode mentir tão bem. Fora fácil porque no fundo também queria acreditar que foi isso que acontecera. Apenas adormecera inocentemente na casa da piscina de Rúlio. E como esperado Rúlio não desmentira e ainda ajudou completando:


-E eu só a encontrei hoje de manhã e como meu motorista só chega às sete e meia, então pegamos um taxi.-Respirou fundo, concluindo a idéia e com um suspiro resignado e expressão de tédio pernguntou- Será que agora o senhor pode me soltar ?


Michel então notou que ainda apertava o colarinho do rapaz, e sem graça soltou com um sorriso dizendo que o importante era que estava tudo bem. Já que não poderia ser mentira, pois Rúlio passara toda a noite com ele pelas ruas e por isso só a encontraram de manhã e a trouxera sã e salva. E isso era tudo que importava, estava aliviado e agradecido que nem ligou para o fato de ter sido indiciado naquela noite, convidou a todos até o taxista para tomarem café da manhã e com fartura serviram-se todos; o advogado, a empregada-governata-mãe, o taxista, Rúlio, Luz e Michel que sem ligar para sua aparência de pai de família de classe baixa, tomou um café da manhã merecido.


O café da manhã foi regado a muita festa e alegria. Todos pareciam felizes, outros o estavam realmente e apenas Luz e Rúlio estavam fingindo enquanto sorriam para os outros e comiam, mas quando se olhavam por um segundo o clima era tenso. Luiza queria mesmo se desculpar ainda sabendo que não tinha sentido, não queria ser olhada assim pelo seu melhor amigo.


Na despedida de todos Rúlio foi o primeiro a por o pé para fora e sem cerimônia foi embora no mesmo táxi que veio. Luiza esquivou dos abraços do pai, e se conteve em apenas respostas curtas e diretas a Lola. Tudo que ela queria agora era subir, deitar na sua cama cheia de almofadas e apagar, acordar quem sabe daqui a um milênio.


No entanto ao deitar na cama fofa, passou a maior parte do tempo rolando para lá e para cá.Relembrando suas burradas da noite passada, sempre se julgara tão madura e centrada, agora deitada ali no lençol de cetim percebeu o quanto ainda era criança e precisava de colo, alguém para dizer que iria ficar tudo bem, tudo bem... Enfim adormeceu exausta, uma expressão aflita a procura de descanso.


De tardezinha Lola veio ao quarto de Luz, levou-lhe iogurte e morangos. A adolescente ainda dormia com uma expressão tão suave que a empregada-mãe-governanta poderia acreditar que nada de ruim acontecera. Lola delicada como sempre, sentou-se a beirada da cama e balançou o ombro de sua quase filha-patroa.


-Lola, que foi?- Falou sonolenta a jovem.


-Trouxe algo para comer. Não pode virar a bela adormecida e dormir para sempre, não é?


-Verdade... –Disse Luz com a voz apagada e obedientemente começou a tomar seu iogurte enquanto com a mão direita levava a boca os morangos maduros. Quando Luz notou sua governanta-mãe-empregada estava com um olhar inquisidor e silêncioso. Como ela odiava quando fazia isso, olhando-a com cara de “eu sei o que você fez”. Sabendo o que sua velha empregada-mãe-governata queria ela disse:


-Eu sei o que está pensado. Não é nada disso, tá bom.


-Eu não disse nada querida.


-Eu sei você é que quer que eu diga. Pois, estou dizendo; eu dormi na casa da piscina da casa do Rúlio. Foi só isso.


Lola suspirou e tocando a mão jovem da quase filha-patroa.


-Está bem, mas saiba você não me engana. Rúlio me parecia muito magoado, seja o que for ele não merece isso, não é? Amigos não devem ficar brigados, não é?


-Eu sei Lola, eu sei...- Respondeu de cabeça baixa, tentando não mirar aqueles olhos bondosos.


-E você sabe que sempre estarei aqui, certo querida? Caso queira conversar, eu sempre estarei aqui, para te apoiar.


A voz doce de sua mãe-empregada-governanta a quase vê-la chorar e contar, contar que já não era mais virgem, que dormira com um rapaz que além de não amar mal o conhecia, tudo porque estava magoada com a pessoa que amava e que não era Rúlio. Mas não podia, simplesmente não dava, ela mesma não acreditara que isso fora verdade.


Lola vendo a carinha desolada da sua menina a abraçou com amor e beijou sua cabeça, consolando-a mesmo Luz não pedindo. E gentil disse:


-Agora tome um banho bem demorado, ainda está cheirando a margaritas e mais um sem tipo de drinks se não me engano.


Luiza Luz ficou rubra, como Lola notara? Luiza tinha medo até onde a atenção de sua quase mãe poderia chegar, teve medo de pensar que ela poderia ter deduzido que ela... Não, não tinha como, riu de si mesma. Lola não é tão esperta assim.


            O banho fora maravilhoso e refrescante estava usando seu roupão favorito, com desenhos de bichinhos fofos por todo ele. Sua pantufa completava o visual de menininha, mas agora olhando no espelho do closet, vira que algo mudara o roupão e as pantufas que antes caiam tão bem, agora não parecia combinar com o ar adulto que  existia no fundo dos seus olhos claros.


Naquele momento foi que percebera que dali em diante nada seria como antes, e poderia ser bem mais difícil esquecer seu grande erro do que pensava.


O sábado terminou assim como começou, ruim e triste, ninguém ligou para ela  e  no fundo agradeceu por isso. Na cama fofa a jovem mulher queria dormir e sonhar que tudo aquilo não era mais do que um pesadelo.


Michel depois de convencido por sua mãe-empregada-governanta de não perturbá-la passou o dia descansando, lendo livros na biblioteca e contemplando um lindo quadro a óleo de sua jovem mulher que morrera aos 21 anos de problemas do coração.


Com um sorriso saudosista depois de levantar o olhar para sua esposa, disse:


-Nossa filhinha está crescendo não é amor?


A pintura não respondeu, no entanto se pudesse diria:


-É verdade meu amor.


Só que Michel, nem Lola sabiam a quão rápido isso acontecia.


 


 


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Notas finais do capítulo

Como sempre agradeço sua atenção e carinho. Te espero no proximo capitulo Ok? Então está combinado, não é mesmo?

Até mais muita sorte!