(...)Felipe: _Porque eu era orgulhoso demais pra dizer que sentia algo por você. Ou você acha que eu voltei aqui pela vovó que sempre protege mais a Cine do que eu? Ou por causa do meu pai alcoolatra? Não, Deise, eu voltei por você.

Deise: _Que droga, Felipe! Porque você sempre faz isso? Vai embora e depois volta pra me confundir quando eu to bem.

Felipe: _Talvez seja porque eu sempre ti amei.

Deise: _Felipe, olha...

Antes que Deise pudesse dizer mais alguma coisa, Felipe tomou seus lábios em um beijo apaixonado e cheio de saudade. Deise não pode resistir, seu corpo havia sido prensado contra a porta, mas mesmo que pudesse escapar, não o faria, então apenas se deixou levar pela deliciosa sensação de beijar Felipe novamente.

Felipe: _Fica comigo, Deise. Eu cansei de ter medo e orgulho. Eu posso ti fazer feliz.

Deise: _Felipe, eu to com a Mel agora. Ela me faz feliz.

Felipe: _Mas eu sei que você me ama também. Quando você perceber e voltar pra mim, vou estar ti esperando.

Deise: _Vamos lá pra fora. A Melissa já deve estar se perguntando o porque da minha demora. Felipe: _Ela tá aqui? (o.O).

Deise: _Sim ela está.

Então Deise e Felipe saíram do quarto e foram para o quintal.

Felipe: _Aquela é ela?

Deise: _Sim.

Felipe: _Mas, mas... Ela é... Branca.

Deise: _Ah, eu tenho um tipo pra garotos e um tipo pra garotas. –Felipe arqueou uma sobrancelha para Deise. –Ah, não enche.

Felipe: _Você continua louquinha como eu me lembro. Sempre adorei isso em você, sempre me fazendo rir.

Deise: _Para, Felipe. –tornaram a andar para perto de todos. –Hey, Estrela, voltei.

Melissa: _Oi, mom' amour. –Melissa se virou e viu Deise e Felipe. –E você é?

Deise: _Ah é. Felipe, essa é Melissa, minha namorada. Estrela, esse é (limpa a garganta) é o Felipe, meu primo.

Felipe e Melissa apertaram as mãos contra a vontade, então Felipe sentou perto de Daniel (seu pai de criação) e Deise sentou ao lado de Melissa.

Melissa continuava a conversar com todos, mas o animo que trazia consigo havia ido embora. Felipe foi recebido com alegria por seus primos e tios, mas estava tão calado que mal parecia estar lá. Deise parecia distante e o clima ruim entre os três era quase paupavél de tão pesado.

Ao anoitecer, Deise levou Melissa para casa.

Deise: _Estrela, tem alguma coisa ti incomodando?

Melissa: _O que houve entre você e o Felipe?

Deise: _Você conhece a minha história com o Felipe.

Melissa: _Ah! Por favor, não me trate como se eu não ti conhecesse, Deise. Quero saber o que houve entre vocês hoje.

Deise: _Melissa, olha...

Melissa: _Apenas seja honesta comigo.

Deise: _Ok. Ele me beijou e eu, bem, por un instante eu... Deixei.

Melissa: _E você está repensando vocês.

Deise: _Mel, eu to contigo agora e você me faz feliz.

Melissa: _Mas você o ama. Eu sabia que isso acontecer, apenas fui tola por me enganar.

Deise: _Mel, eu amo você também.

Melissa: _Não é assim. Deise, eu sou só uma amiga pela qual você se apegou e eu fiz a burrice de me apaixonar, mas eu sempre soube lá no fundo que não é a mim que você ama, é ele.

Deise: _Mas, Mel, minha Estrela...

Melissa: _Não, por favor, não torne isso ainda mais difícil. Vai, pode ir.

Deise: _Vai me deixar ir tão fácil?

Melissa: _Vou porque eu te amo, Deise. E eu quero que você seja muito feliz.

Deise sorriu e abraçou Melissa, as duas em lágrimas.

Deise: _Eu nunca vou ti esquecer, Mel.

Melissa: _Eu também não. E além do mais, eu sempre ti disse, eu sou uma amiga tanto quanto namorada, da nossa amizade eu não abro mão.

Deise sorriu e voltou para a casa da avó onde Felipe estava sentado cabisbaixo em uma cadeira.

Deise: _Oi.

Felipe: _Ai que susto!

Deise: _Desculpa. Só vim dizer que, ok, eu admito, eu te amo.

Felipe: _Não seja boba. Eu sempre soube disso. –Felipe levantou, tomou Deise em seus braços e lhe beijou como uma promessa. Um beijo que dizia "para sempre".