" A vingança é uma espécie de justiça selvagem."

POV Annyleen:

Caminhando pelo castelo de Hogwarts e sentindo nojo de mim mesma por estar vestindo o meu tão odiado uniforme verde e prata. Mas o que eu poderia fazer? Insistir até o último para eu voltar a Gryffindor? Queimar o chapéu? Não, nada disso funcionaria, o que tinha de ser, foi, e agora, é só aguentar as minhas consequências e fingir que me encaixo no meio dessas cobras irritantes e nojentas. Eu sou uma delas afinal.

" Annelive... " - Pensei.

Sim, eu estava com ódio, estava me corroendo de ódio, eu odiava que alguém ousasse mexer com ela, tanto é que a maioria das crianças que a magoavam ou a machucavam acabavam mortas no dia seguinte. Eu odiava me sentir assim, podre, imunda, mas isso é apenas a consequência, isso é apenas o preço que eu estou sendo obrigada a pagar pela minha fraqueza no passado.

" Voldemort..." - Como eu o odiava. Mas eu odeio quase todo mundo, mesmo.

Eu não iria me alistar para ele, eu não suportaria trair o lado que eu sempre estive da moeda, mas eu sinceramente não estava tendo mais escolhas, meu sexto ano e eu ainda teria que atura-lo. Eu tinha que reagir, pois eu, agora, estava imóvel, parada, esperando de uma forma tola e ingênua que ele me esquecesse, mas ele era o Voldemort, ele não esqueceria, ele iria atrás de mim no inferno, o que eu não duvido nada pois eu tenho certeza que será pra lá que nós iremos. Mas eu cuido para que Anne não tenha que ir comigo.

Caminhando para as masmorras, depois de uma longa detenção, e eu escuto um barulho de vozes, então, como eu sou curiosa, corro até o local, onde eu posso ouvir.

– Não importa o que você pensa Mione, eu não confio naquela filhote de comensal e loira barata! - Era Gina Weasley, a ruiva um ano mais nova que eu e que era platonicamente apaixonada por Harry há tempos.

– Gina! - Esclamou Hermione. - Pare de julga-la pelos pais que tem, ela provou que era diferente de todos aqueles Slytherins quando me salvou!

– É, ela queria apenas segurar a mão de Harry! Era isso! - Gina não sabia esconder o ciúme pelo visto. Dei risada.

– Nada disso, ela nem gosta de Harry. - Tentou Hermione.

– É o que ela quer que a gente pense.

Não precisei ouvir mais nada, então sai em direção ao salão comunal da Slytherin, murmurei puro-sangue, que era a maldita da senha, olhei em volta do salão e dei um suspiro do tipo eu não deveria estar aqui, sobre esse maldito teto, Nada que não fosse verdade, sinceramente.

– Estava te esperando. - Falou uma voz irritantemente doce e ao mesmo tempo, tentando parecer mortal. Eu apenas suspirei e revirei os olhos, olhei em direção da voz que estava ao lado do sofá que ficava perto da lareira, nada muito diferente do salão comunal da Gryff.

– O que quer agora, Bulstrode?

– Eu quero saber o que você fazia com aqueles Gryffindors e traidores de sangue idiotas, e eu quero saber o motivo de você falar tão meiguinha com a sangue-ruim!

– Olha aqui, querida, eu não lhe devo satisfação da minha vida, e nem dos meus amigos, se eu quiser falar com HARRY POTTER, HERMIONE GRANGER, RONALD WEASLEY eu falo e não vai ser você, cara de puta que vai me impedir, caso você ainda não tenha se tocado, você não manda aqui na Slytherin, nem em Hogwarts e muito menos EM MIM. Toma cuidado comigo, sabe por que? Porquê eu sei derrubar as pessoas dos seus tronos de reis e rainhas invisíveis com mais facilidade do que todos aqui nesse inferno imaginam. Boa noite. - E sai, exasperada para meu dormitório, recebendo olhares indignados dos meus colegas de casa. Eu quero mais que se fodam também.