A rua estava vazia, o silencio pairava no local. Nada mais podia ser visto, além da longa estrada de asfalto que levava há algum lugar. Bonnie sentiu o vento gelado cortar seu rosto, e assim, abraçou o corpo numa tentativa falha de se sentir segura.

Mas o que diabos estava fazendo ali?

Deu alguns passos a frente, sentiu um tremor invadir seu corpo. Talvez fosse o frio, a escuridão ou a neblina que ali estavam presentes, mas nunca havia se sentido tão perdida ou sozinha em toda sua vida. Aquilo lhe dava medo.

Talvez fosse melhor andar, sair daquela escuridão.

Bonnie começou a caminhar, não sabia para que lado seguir, mas por algum motivo, decidiu ir para frente. Era estranho. Nem um barulho se quer, só o silencio...

A garota levou um susto, quando, de repente, um motor de carro foi ouvido. Ela se virou rapidamente, tentando buscar o motivo do som.

“Como isso veio parar aqui?” ela pensou.

Ali, aonde segundos antes não havia nada, agora tinha um carro estacionado. Ela observou o carro, totalmente confusa. Era um veiculo de cor negra e era um modelo antigo, ela não sabia qual, nunca entendeu muito de carros, mas mesmo sendo antigo, não deixava de ser bonito

Por alguma razão, sua mente se prendeu na placa do carro. KAZ-2Y5. Essa era placa. Qual seria a importância?

— Bonnie Bennett? — uma voz perguntou.

A garota deu um pulo, assustada. Havia um homem parado ao seu lado. Ainda ofegante por conta do susto, ela o encarou. O estranho tinha uma estatura mediana e usava um sobretudo bege, os olhos azuis fitavam os castanhos de Bonnie com intensidade, mas por algum motivo, sua expressão era indecifrável.

— Quem é você? — perguntou a ele, tentando mostrar que estava calma, mas por dentro, só havia medo.

— Castiel — respondeu simplesmente — Não se preocupe. É apenas um sonho. — sua voz era incrivelmente serena, o que deixou a garota um pouco mais calma.

— Um sonho? — Bonnie murmurou para si mesma, tentando entender.

— Sim — Castiel confirmou — Me desculpe se lhe assustei, Bonnie. É que não sou muito acostumado com contatos com humanos, então achei melhor lhe visitar em um sonho.

A garota estava confusa. Como assim “não sou muito acostumado com contatos com humanos”, aquele cara era louco? Ou melhor, será que ela estava ficando doida?

Bonnie ergueu o olhar para Castiel e notou que ele estava a encarando com intensidade, era como se ele tentasse ver além dela, e isso há deixou um pouco desconfortável.

— Preciso da sua ajuda — acrescentou ele, com a voz calma — É sobre Elena.

— Elena? O que tem ela? — a garota perguntou, ficando preocupada.

— Ela está em perigo, mais precisamente, o mundo está em perigo. — Castiel disse e Bonnie lhe encarou assustada — Você pode ajuda-la, mas vai precisar de apoio.

— Isso é muito louco, mas por algum motivo eu acredito em você — Ela admitiu enquanto apertava uma mão contra a outra. — Stefan e Damon. Eles podem ajudar.

— Sim — Castiel olhava um ponto fixo no horizonte, Bonnie não conseguiu distinguir que expressão ele mantinha em seu rosto — Guarde esse nome: Winchester. Eles iram lhe ajudar.

— Como assim? — Ela questionou, não entendendo.

Castiel nada disse, continuava a olhar para o vazio.

— Adeus Bonnie — Ele disse depois de alguns instantes, logo após, sumiu

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Bonnie acordou logo depois, estava deitada no sofá de sua casa, a TV estava ligada e passava algum programa qualquer da madrugada. Como flashs as lembranças do sonho lhe invadiram rapidamente. A garota olhou para os lados, tentando achar algum indicio do homem de sobretudo, nada encontrou. Será que havia sido apenas sua imaginação?