Nunca mais me deixe escrita por Juh Paixão


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Oiiee perdoem-me pela demora, mas tá tudo meio corrido aqui... Agradeço a quem comentou no cap anterior e me desculpem se decepcionei alguém :(
Saibam que adoro escrever pra vocês e fico imensamente feliz quando vocês comentam e me incentivam a continuar...
Espero que gostem... booa leituraa



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/473984/chapter/15

Maria – Alba pelo amor de Deus, não faz isso, por favor.

Alba – Eu já pensei muito, Maria. Seria a melhor coisa do mundo se eu te matasse. Imagina só. Estevão ficaria tão sozinho, tão carente... Eu iria dar todo o consolo que ele precisa.

Maria – Para com essa obsessão pelo Estevão, para – gritou em um ato sem pensar.

Alba – Olha como você fala comigo – engatou o gatilho – minha paciência com você já acabou.

Maria – Alba...

Alba – O que foi? Eu estou perdendo muito tempo com você.

Alba deu a volta ficando de costas para Maria, que foi em direção a Alba com a intenção de tirar a arma da mesma. Alba se assusta quando Maria se põe atrás dela e puxa seus braços para cima. Como Alba estava com o dedo no gatilho, a arma é disparada para cima. Bruno que estava do lado de fora da casa, assustou-se e entrou correndo. Maria e Alba brigavam pela posse da arma, quando Bruno adentrou o quarto. Bruno como era mais forte e ágil, conseguiu pegar a arma.

Bruno – Você está louca Alba?

Alba, assim como Maria, estava agitada. Bruno havia puxado Alba para perto de si e a levou para fora. Trancaram a porta e saíram. Maria ainda dentro daquele quarto chorou. Chorou por estar ali e sem poder fazer nada. Chorou por estar só, e por descobrir quem realmente foi a pessoa que a fez passar intermináveis anos dentro de uma cela sem poder ver sua família, seus filhos, seu marido. Agora pensara em uma forma de escapar daquele lugar que nem fazia ideia de onde era.

~ Do lado de fora do casebre ~

Bruno – Está doida, Alba? Se eu não chegasse você iria matar Maria.

Alba- E eu iria conseguir. Bruno você não entende que ela tem que morrer, ela precisa morrer.

Bruno – Você não vai ligar pro Estevão pedindo um resgate, sei lá mais o quê? Nós precisamos de Maria viva, viva, você me entende?

Alba – Estou pouco me importando com o dinheiro. O que eu quero é ver Maria morta, morta – gritou.

Bruno – Está bem, não vou mais discutir com você – suspirou –, mas escute bem, Alba querida. Se algo der errado você já sabe que foi você quem armou tudo, a ideia foi...

Alba – Você aceitou...

Bruno – Você me obrigou e sabe muito bem.

Alba – Faça-me um favor Bruno. Nós dois sabemos que você ter abandonado um filho por ele ser doente não foi um dos atos mais bonitos, não é mesmo? Imagine o que o Estevão iria pensar. Ele é um homem que tanto preza a família e um feito desses acabaria com a amizade, com as ações da empresa, com...

Bruno – Eu já sei de tudo isso. E não pense que isso vai durar para sempre. Um dia é da caça, outro do caçador.

Alba – Já chega, eu vou embora.

Bruno – Agora foge? Você não tem vergonha nessa sua cara, não?

Alba – Você não pode dizer nada, seu verme. Você estuprou, estuprou Maria. Acha que pode me dar alguma lição? Olhe para si primeiro.

Bruno respirou fundo e ia responder Alba, mas foi interrompido.

Alba – Vou embora. Qualquer coisa me avise. Vou voltar aqui à noite.
Alba foi embora e logo Bruno entrou novamente para dentro do casebre.

~ Mansão San Roman ~

Estevão não estava mais aguentando ficar parado, sua angustia e preocupação crescia a cada instante. Não podia suportar a ideia de perder o amor de sua vida. Ele não sabia o que fazer, mas não podia ficar parado sem saber como e onde estava Maria. Levantou-se para ir procurá-la. Descendo as escadas, encontrou seus filhos sentados na mesma.

Heitor – Onde está indo papai?

Estevão – Procurar a sua mãe – disse já quase perto da porta.

Estrela – Papai... – ele não ouviu, saiu apressadamente a procura de quem tanto amava nessa vida.

Estevão pegou seu carro e para a sua distração, para alivia-lo de tudo aquilo, ligou o rádio bem baixo. Estava tocando uma musica calma, mas antes mesmo dele sair de sua casa, começou a tocar “Besame”.

Segue o link http://www.youtube.com/watch?v=yuE8w5fVEQc

Pelo simples toque, imagens vieram a sua mente, muitas imagens... Lembrou-se de quando convidou Maria para jantar e tocou essa música. Ele a beijou. O primeiro beijo. Lembrou-se de como Maria ficou assustada, mas como correspondeu ao beijo. Lembrou-se do seu sorriso ao ouvir dos lábios dele que queria que ela fosse sua namorada.

“Besame, como si el mundo se acabará después

Besame y beso a beso pon el cielo alreves

Besame sin razon, porque quire el corazon

Besame”

Lembrou como balbuciou essas palavras no ouvido de Maria e como ela estremeceu-se ao ouvi-las. As lágrimas não demoram a cair. Ele colocou em sua cabeça que iria encontrar Maria de qualquer forma. Olhou para o lado, o banco do carona onde sua esposa se sentava. Observou que a bolsa dela ainda se encontrava ali. Pegou-a em suas mãos e a abriu, ali deveria ter algo. Quando abriu sentiu como se tocasse em Maria. Mesmo na bolsa, o perfume, o cheiro inebriante de sua pele estava ali. Não encontrou nada demais. O celular estava ali, juntamente com os seus outros pertences. Ficou um pouco intrigado, mas devolveu a bolsa para onde a encontrou. Ligou seu carro e foi à delegacia. Ele precisava da ajuda polícia para encontrar sua Maria. Não demorou e logo estava à frente do Departamento de Polícia do México.

Policial – Bom dia, em que posso ajudá-lo?

Estevão – Bom dia... Eu quero fazer uma denuncia. É sobre o desaparecimento da minha esposa – seus olhos, que estavam vermelhos, novamente se encheram de lágrimas.

Policial – Vou encaminhar o senhor ao delegado. Por favor, venha comigo.
Estevão seguiu aquele policial e foi de encontro com o delegado.

Delegado – Bom dia...

Estevão – Bom dia – disse em um tom apreensivo.

Delegado – Sente-se, por favor. – Estevão fez o que o delegado pediu – Bom, qual motivo o trás aqui, Sr.?

Estevão – San Roman, Estevão San Roman.

Delegado – Sr. San Roman, meu nome é Fernando Martinez. – se cumprimentaram com um aperto de mãos – Estou aqui para ouvi-lo.

Estevão – Delegado, minha esposa, ela desapareceu ontem à noite. Eu a procurei em todos os lugares possíveis, mas não a encontrei.

Delegado – O senhor já tentou entrar em contato pelo celular?

Estevão – O celular dela está comigo.

Delegado – Conte-me quando esteve com ela pela última vez.

Estevão – Ontem nós almoçamos juntos e a convidei para jantar. Nosso dia a dia estava tumultuado, Maria saiu do hospital a pouco, aconteceram algumas coisas que a afetaram e por isso tivemos pouco tempo pra nós dois. Ela aceitou e logo voltamos para as Empresas San Roman. Não passou muito tempo e ela veio a minha sala dizer-me que estava indo para a loja de Prataria dela. Nós nos despedimos e fui terminar o que fazia. Maria disse que iria estar em casa antes das 18h30min, mas não voltou. – as lágrimas de Estevão já saiam desesperadas de seus olhos. O seu sofrimento era visível, o que não passou despercebido pelo delegado.

Delegado – Sr. San Roman, acalme-se. Se quiser podemos continuar outra hora.

Estevão – Não, não, eu vou contar tudo. – ele respirou fundo e prosseguiu – Maria não estava em casa às 18h30min então me preocupei e liguei para o seu celular, mas não atendeu. Então fui a sua loja e encontrei a luz acesa e tive a esperança de encontra-la, mas o que encontrei foi sua bolsa caída perto da porta.

Delegado – Algo foi pego? O senhor sentiu falta de alguma coisa?

Estevão – Não. Todos os pertences de minha esposa estão dentro de sua bolsa. – Estevão pensou por um instante e lembrou-se de como ficou intrigado, minutos antes, pela bolsa intacta. – Delegado, o senhor não está pensando que...

Delegado – Sua esposa foi sequestrada.

Estevão levantou-se da cadeira alterado – Quem poderia fazer isso a Maria?

Delegado – Ela não tem inimigos?

Estevão – Não, mas...

Delegado – Não me esconda nada, por favor, Sr. San Roman. Eu preciso saber de tudo para que possamos encontrar sua esposa.

Estevão suspirou e sentou-se novamente – Maria e eu somos casados pela segunda vez. Há vinte anos, já tínhamos nossos filhos, éramos felizes e realizados. Nós fizemos uma viagem com alguns amigos e nessa viagem, uma dessas amigas foi morta. Maria foi encontrada com a arma do crime nas mãos, logo foi presa e condenada. Mas não foi Maria quem matou Patrícia. Eu, na época, não acreditei em sua inocência e a abandonei. O amor que sentimos um pelo outro é maior que qualquer mentira que possam inventar. Ela me perdoou e agora nos casamos novamente. Maria já sofreu atentados quando voltou. Há pessoas que não suportam nos verem juntos.

O delegado que ouvia atentamente os fatos – Essa historia é quase inacreditável senhor Sr. San Roman, mas agora mesmo vou começar as buscas – digitou alguns números no telefone e pediu que preparassem sua viatura. Depois voltou sua atenção para Estevão – Eu preciso que uma fotografia de sua esposa, pode me ceder?

Estevão – Claro que sim.

Estevão abriu sua carteira e observou duas fotografias que eram desconhecidas de Maria. Ninguém sabia que ali, ele guardava imagens de seu amor. A primeira foto era Maria de vinte anos atrás, uma moça que acabava de se converter em mulher, que era feliz, frágil; a segunda foto era Maria já madura, uma mulher de negócios, cheia de experiência e desejos. Ele pegou a segunda foto e entregou ao delegado.

Quando o delegado viu a pessoa de quem Estevão falava com amor, carinho, seu coração acelerou e milhares de pensamentos vieram a sua mente.

Delegado – Maria, Maria Fernandes?

Estevão – Sim, Maria Fernandes Acuña de San Roman. Como sabe o sobrenome de minha esposa. Não me lembro de tê-lo mencionado.

Delegado – Maria foi... Maria foi uma colega de classe durante o colegial. – resolveu não dizer a verdade ou toda, pois pode observar que Estevão ficou com ciúmes.

Policial – Delegado – disse entrando naquela pequena sala. – A viatura já está a sua disposição.

Delegado – Obrigado – olhou para Estevão – Vamos Sr. San Roman?

Estevão ainda estava observando o Delegado um pouco desconfiado, mas ao ouvir seu nome, imediatamente alertou-se e saiu junto com o delegado.

~ Casebre – quarto ~

Maria estava arrasada. A sua inútil tentativa de tentar abrir aquela porta, a estava deixando cansada. Aquele lugar onde uma lâmpada iluminava onde seria somente mais um quarto escuro, aquele lugar a estava deixando sem forças, sem vida. Sua cabeça doía, contudo não era mais forte que seu desejo de sair dali. Ouvia os passos de Bruno de um lado ao outro aparentando impaciência.

~ Casebre – sala ~

Bruno realmente andava para todos os lados que podia. Tudo estava ao contrario do que planejaram e alguém sofreria essas consequências. As palavras que Maria falara a ele ecoavam a sua mente.

“Não vá me dizer que foi você Bruno, porque sei que não teria capacidade. Poderia sim ter algum motivo, mas a coragem, não. Você é um medroso, um inútil.”

Maria estava certa. Ele tinha motivos para querer ver Patrícia morta.

Bruno – Eu não sei se... Pelo amor de Deus Bruno, arrependimentos agora não. Não adianta mais. Agora vou até o fim. Vou deixar Maria esta tarde, para não levantar suspeitas. - disse a si mesmo enquanto terminava de fumar seu cigarro. Logo saiu, trancando a porta da frente.

~ Casebre – quarto ~

Maria estava sentada no chão quando ouviu a porta cerrar-se e ser trancada. Seria sua chance e teria e iria aproveitá-la. O procurou qualquer coisa no quarto que pudesse ajuda-la. No canto do quanto, uma coisa passou despercebida por ela: um velho armário de madeira. Maria abriu uma das duas portas do armário e encontrou algumas roupas velhas e empoeiradas. Abriu a segunda porta e deparou-se com mais roupas e as reconheceu. Eram de Patrícia.

Maria – Mas, mas...

Maria não conseguia entender o motivo de aquelas roupas estarem ali, no lugar onde ela estava presa. Continuou mexendo nas roupas de quem lhe trazia amargas recordações. De tanto mexer, escutou um barulho de algo caindo e foi ver o que era. Uma caixa com recordações bem antigas abriu-se com o choque. O rosto de Maria encheu-se de lágrimas ao ver uma foto de todos os “amigos” reunidos naquela viagem, uma foto simples, todos estavam muito alegres e felizes e resolveram que ali mesmo no aeroporto registraram o momento. A última fotografia de Patrícia. Um dos últimos sorrisos de Maria para aquela viagem.

Maria – Se tudo tivesse sido diferente, hoje Patrícia estaria viva e eu não estaria aqui. Eu e Estevão teríamos, quem sabe, mais filhos, mais uma menina como era seu sonho. Mais por que, meu Deus, por que tudo tinha que ser dessa forma? – grossas lágrimas voltaram a invadir o rosto de Maria – Estevão, Estevão, eu preciso tanto de você meu amor. Vida minha. Meus filhos, meus amores agora que tudo estava se resolvendo, agora que éramos uma família de verdade. Vou ser forte por vocês. Eu tenho que sair daqui, eu preciso. Eu tenho que desmascarar Alba na frente de todos, tenho que ser forte também por mim, porque mereço justiça.

Maria continuou vasculhando a caixa e encontrou uma carta na qual Patrícia declarava todo o seu amor por Estevão e ódio por Maria. No verso, havia uma frase: “Você nunca ficará com ele, nem que tenha que pagar com sua própria vida.” Aquela letra não lhe era estranha. Sim, aquela grafia pertencia a Alba. Ela escreveu e cumpriu. Matou Patrícia e também a matou em vida. Maria estava com ódio de Alba, agora, ainda mais tinha uma vontade enorme de sair daquele lugar e ter seu momento de acerto de contas com quem lhe tirou a alegria de viver. Quando quis voltar à caixa para seu lugar, viu que saía uma luz, na verdade uma fraca, quase inexistente luz atrás do armário. Reuniu o restante de suas forças e o empurrou. Uma janela com um cadeado enferrujado surgiu e encheu Maria de esperanças. Tentou força-lo, mas sem sucesso. “Deve haver alguma chave ou alguma ferramenta que faça essa janela se abrir.” Pensou Maria. Percorreu todo o quarto atrás da suposta chave. Procurou por vários minutos, por todos os cantos e encontrou uma pequena chave.

Maria – Não é possível.

Maria abriu um enorme sorriso e foi até a janela que ainda demonstrava um pequeno feixe de luz. Encaixou a chave no cadeado e a girou. O cadeado destravou-se. Maria colocou suas mãos na janela para empurrá-las quando ouviu um barulho de carro ser estacionado. Com muita dificuldade, voltou o armário para seu lugar sem trancar a janela. Sentou-se no meio da cama toda encolhida: abraçava seus joelhos, mantinha-se quieta, como se tivesse permanecido naquela mesma posição a muito tempo. Maria não tinha noção de tempo, nem se deu conta que passou tanto tempo observando os objetos e mais tempo ainda procurando uma chave.

Já se passava das 14h00min, Bruno adentrou o casebre rapidamente, queria ver Maria, porém seu celular tocou e manteve-se afastado da porta do quarto onde Maria estava.

Bruno – Alô, Alba?

Alba – É claro que sou eu, seu inútil. Como estão às coisas com a nossa hóspede?

Bruno – Estou indo vê-la agora.

Alba – Como está indo vê-la agora? Você não estava ai? Deixou-a sozinha?

Bruno – Não acharia suspeito, eu ter saído ontem à noite e não ter retornado? Como você, eu não posso levantar suspeitas.

Alba – Está bem, está certo. Dê alguma coisa para Maria comer e não se esqueça de colocar...

Bruno – Ela não quis tomar nem o café da manhã. Creio eu que nem a água batizada – risos altos – ela não tomou.

Alba – Então ela não quer comer? Não dê nada a ela Bruno, pouco a pouco ela estará fraca e será mais fácil detê-la ante qualquer acontecimento.

Bruno – Como queira Alba, agora me deixe que irei fazer uma visitinha a Maria.

Alba – Bruno tome cuidado, se Estevão...

Bruno – Ele não vai querida, não vai. Vou desligar, até logo.

Bruno desligou o telefone e destrancou a porta. Maria ainda se encontrava naquela posição, mas agora, parecia mais graça que antes. Bruno a viu e entrou.

Bruno – Como está Maria?

Maria levantou a cabeça devagar e o olhou – Como acha que estou?

Bruno – Quer alguma coisa?

Maria – Não quero nada que venha de você.

Bruno – Maria...

Maria – Por favor, Bruno, eu não digo que estava envolvida, vamos deixe-me ir embora. – sentou-se a beira da cama, chorando.

Bruno – Por favor, digo eu Maria, é claro que você irá me denunciar. Eu a conheço, diríamos que muito bem- sorri malicioso.

Maria – Bruno te rogo, por Deus Bruno. Por que faz isso, por quê? O que te fiz?

Bruno – Você não me quis, você preferiu Estevão pelo dinheiro, não foi? Você não passa de uma interesseira, uma mulher sem escrúpulos, só pensa em si, na sua vingança.

Maria – Você acha que não mereço? Passei anos acusada de um crime que eu seria incapaz...

Bruno – Será mesmo? Não teria coragem? Nem por seus filhos? Maria todos sabem que iria ao inferno para ver seus filhos felizes.

Maria levantando-se na cama e permanecendo de pé – Você é um crápula, sem caráter.

Bruno levantou a sua mão e bateu forte no rosto de Maria que envermelhou-se pela força. Maria caiu no chão e lá se manteve olhando firme para Bruno.

Bruno – Fique quieta ou... Acho que vai ficar calada.

Bruno saiu bravo do quarto e foi para fora do casebre. Ficou um bom tempo lá.

~ Anoitece ~

Aproximadamente 19h30min, Bruno deixa Maria sozinha do casebre, não teria como sair dali – assim pensava. Alba não pode sair do hotel. A polícia e Estevão a encontraram depois de vasculharem toda a cidade. Fizeram milhares de perguntas, das quais mentiu na resposta de todas. Decidiu que ficaria ali e logo telefonou a Bruno para que fizesse o mesmo.

Maria estava sozinha mais uma vez. Quando ouviu o barulho do carro se afastar, levantou-se devagar, estava bem fraca, quase não se sustentava, mas não se atreveu a comer algo que Bruno trouxe. Empurrou com dificuldade o armário e abriu a janela. Estava uma noite escura, sem estrelas, não se via a Lua. Conseguiu, com cuidado, pular a janela que não era muito alta.

~ Departamento de Polícia do México ~

Delegado – Vamos dar por encerradas as nossas buscas por hoje. Amanhã retomamos. Não vamos achar mais nada por agora.

Estevão – Delegado, ainda está cedo, nós podemos...

Delegado – Sr. Estevão amanhã bem cedo recomeçamos, hoje não encontraremos mais nada. Já fomos a sua Tia Alba e em todos os seus outros amigos. Vá para casa acalme sua família e amanhã vamos começar a procura-la nas cidades vizinhas.

Estevão não queria ficar parado vendo as horas passarem e sua esposa continuar desaparecida. Fingiu que concordou com o delegado e saiu da delegacia. Entrou em seu carro e decidiu ir da uma última olhada pelas rodovias que davam acesso a outras cidades próximas a capital. Acelerou e foi em busca de Maria, da sua Maria.

~ ## ~

Maria caminhava devagar. Já não comia a mais de 24 horas. A pouca força que lhe restava, estava indo embora. Estava em uma rodovia deserta, sem iluminação, mas sabia que andava para o destino certo (de volta a cidade).

~ ## ~

Estevão dirigia rapidamente e logo já estava na rodovia. Algo o dizia que deveria procurar Maria, ele não perderia nada com isso, ao contrário, poderia ganhar, e muito.

Os faróis de seu carro estavam altos, ele estava apreensivo, mas mesmo assim prosseguiu. Depois de 20 minutos avistou uma pessoa vindo em sua direção. Estevão imediatamente diminuiu a velocidade do carro e observou atentamente aquela pessoa.

“É uma mulher” pensou.

Com a medida que seu carro prosseguia, seu coração acelerava e a sua angústia crescia.

Estevão – Maria – disse num sussurro.

Parou e desceu do carro. Seus olhos se encheram de lágrimas ao verem Maria naquele estado.

~ ## ~

Pov Maria on

Há um carro vindo em minha direção, mas eu não tenho forças para gritar por ajuda. O farol está alto, quase não consigo ver. Ele se aproxima mais de mim e vejo um homem saindo de dentro do carro. Não quero que aconteça de novo, não iria suportar ser tocado por outro homem a não ser Estevão. Ele caminha cada vez mais rápido até mim. Eu o conheço. Estevão.

Pov Maria off

Estevão – Maria, Maria – ele grita e quando chega até Maria, a abraça forte.

Maria – Estevão - disse num sussurro e deixou ser abraçada por Estevão.

Quando Maria se sentiu sustentada por Estevão, viu suas forças saírem de seu corpo e irem embora, desmaiando assim, nos braços de Estevão.

Estevão – Maria, Maria. Meu amor – Estevão a abraçou e beijou sua testa com carinho, amor.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :D
Provavelmente o próximo irá demorar pq tô em semana de provas e irei viajar no fds- meninas do Rio estou indo aí o/o/o/...
Bjim pra tdas... ahhhh espero os comentários e recomendações :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Nunca mais me deixe" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.