Os estudantes da Teikō Junior High estavam alvoroçados. Faltava menos de uma semana para um dos festivais mais populares entre os adolescentes, o White Day. O festival acontecia exatamente um mês após o dia de São Valentim, onde os casais trocavam de posição: antes as garotas presenteavam os garotos, agora os garotos se esforçavam para presentearem as garotas com as suas caixas de chocolate e seus buquês de flores. Mas o alvoroço não era por causa do festival, longe disso; o ano letivo estava quase acabando, assim como o Campeonato Intercolegial de basquete, e todos os alunos estavam ansiosos e empolgados com o último jogo: Teikō Junior High contra Meikō Junior High.

- Aomine-kun. Aomine-kun! Você ouviu? – Apesar da insistência daquela voz feminina, ligeiramente estridente e irritante, foi o aviso do início do quarto período, junto com a agitação contagiante da torcida que despertaram Aomine Daiki, o ala-pivô da Teikō.

– Uh? O que, Satsuki? – Um sorriso divertido formava nos lábios de Aomine, enquanto ele se levantava e se preparava para o jogo, alongando os braços e as pernas.

O rosto de Momoi Satsuki ardeu, estava literalmente vermelha de raiva, mas o sorriso do jogador obrigou a gerente a retribuí-lo sem ao menos perceber. Ele afagou o topo da cabeça de Momoi que, apesar de estar levemente irritada com a teimosia do outro, acabou assistindo calada, o time titular da Teikō entrar em campo: Aomine Daiki, Seijūrō Akashi, Atsushi Murasakibara, Shintarō Midorima, Ryōta Kise e Tetsuya Kuroko. Era a Geração dos Milagres preparada para mais uma vitória.

O jogo foi previsível. A Geração dos Milagres parecia brincar com os seus oponentes, ora dando esperança a eles, ora deixando-os desesperados com a diferença do placar. Mas quem mais parecia se divertir, sempre com um sorriso estampado no rosto, era Aomine: pegava a maioria dos rebotes, driblava e marcava pontos com certa displicência, como se não estivesse em um jogo sério. Mas durante os minutos finais, algo aconteceu. Algo imperceptível para os demais jogadores e toda a torcida. Algo que apenas Satsuki conseguiu perceber: o sorriso de Aomine havia desaparecido. E ela percebeu que não era apenas o sorriso, mas toda a empolgação e alegria do ala-pivô havia se dissipado, como se Aomine estivesse se despedindo da sua paixão, o basquete.