Dias de Ensino Médio escrita por Pedro Campos


Capítulo 14
Parte III - Ciúmes


Notas iniciais do capítulo

Então moçada, me perdoem pela minha demora, eu estive sem PC então curtam o novo capítulo.



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Estava muito frio, sabe um frio que até seus ossos ficam gelados? Então, estava um frio assim. Foi meio complicado levantar da cama quentinha que me guardava, assim que coloquei o pé no chão me arrependi, meus olhos chegaram a lacrimejar de tão frio. Coloquei o chinelo e fui caminhando sonolento para o banheiro. Essa era a primeira manhã de inverno e isso queria dizer que faltava uma semana para as preciosas e tão aguardadas férias de julho, uma ótima noticia, afinal as últimas provas me esgotaram por completo. Entrei no chuveiro e liguei a água que para minha pura infelicidade estava gelada, dei um pulo de gato finalmente acordando por completo e desliguei a água ligando-a na quente, aí sim, a água quente me reconfortou, realmente eu precisava de férias, estava exausto.

Já fazia uma semana desde o jantar com Yas. Foi uma semana apertada, pois todos os dias tivemos provas, então era terminar a prova e ir para casa estudar para a do dia seguinte. Durante o final de semana só descansei e passei o domingo na igreja. Felizmente as provas ficaram para trás e essa semana seria só um encerramento do primeiro semestre.

Então depois de meu longo banho aquecedor, coloquei o uniforme e tomei meu café. Estava saindo feliz da vida de casa afinal veria Yas na escola. Mas então meu sorriso se desfez assim que fechei o portão dei de cara com Naty. Não que nossa relação tenha se transformado em inimizade, porém vamos combinar é desagradável esbarrar com sua ex quando se está pensando na atual.

– Oi Pedro. - Falou ela em um tom de confusão. Algo que me deixou confuso.

– Olá Nathalia. - Falei e comecei a andar tentando evita-la, porém foi impossível já que ela estava andando ao meu lado agora.

– Eu queria falar com você, sabe, sobre a cena no refeitório. - Gaguejou parecendo envergonhada. - Eu não sabia que você estava ali.

– Ah, tudo bem, você seguiu em frente isso é bom.

– Sim, mas não queria que parece-se que eu estava tentando causar ciúmes em você, e ainda mais com um de seus melhores amigos. - Ela parecia realmente envergonhada.

– Está tudo bem. - Falei dando um pequeno sorriso. - Não escolhemos por quem nos apaixonamos, esse trabalho é do coração. Então... amigos?

– Sério, depois disso ainda quer voltar a ser meu amigo?

– Claro, apesar de tudo que aconteceu ainda podemos ser amigos, não vejo problema nisso. - Estendi a mão.

– Se você está dizendo. - Ela sorriu e apertou minha mão. - Amigos de novo.

Depois disso chegamos ao colégio com alguns olhares desconfiados sobre nós. Me despedi de Naty e fui para minha sala onde fui surpreendido por uma garota pulando em cima de mim e me derrubando. Quando pude entender era tarde demais. Yas já estava me beijando sentada em minha barriga comigo deitado no chão.

– Ai. - Disse quando ela terminou de me beijar. - Avise quando for me atacar assim.

– Então não gostou?

– Não disse que não gostei, pode até repetir amanhã e depois de amanhã e na quinta e na sexta, até o final do ano quem sabe. - Falei e acabei sorrindo.

– Seu bobo. - Ela se levantou e me ajudou a levantar. Vários olhos curiosos nos olhavam com expressões de " Ai que fofo " ou " Ai quanta melação, vou vomitar “.

– Então, o que fez no final de semana? - Perguntou ela enquanto nos sentávamos em nossas respectivas carteiras.

– Nada de especial.

– Claro não me viu. - Falou ela rindo de lado.

– Quando você se tornou tão convencida Yas? - Perguntei rindo.

– Então eu não fui o motivo de seu final de semana ter sido chato? - Perguntou ela em tom desafiador.

– Sinto que irei apanhar se responder errado.

– Você é esperto Pedro.

– Prefiro deixar essa questão para outra hora. Temos um assunto para resolver.

– Lá vem bomba.

– Não é bomba.

– Então fala.

– Eu fiz as pazes com a Naty. - Errei por ter falado isso? Não sei, mas eu realmente não podia mentir ou esconder algo dela.

– Falei que seria bomba, Pedro por que fez as pazes com ela?

– Não sou uma pessoa de ter inimigos, sabe disso, então simplesmente fiz as pazes.

– Quando?

– Vindo para a escola nos esbarramos.

– E aproveitou para dar uns beijos nela também?

– Yas!

– Ah deixa pra lá. - Ela falou e se virou, antes que eu pudesse voltar a falar o professor me mandou ficar quieto e começou a aula.

É impressionante como a mente das mulheres é esquisita, alguns minutos antes ela estava pulando em mim e me beijando e agora estava irritada comigo. Quando o sinal bateu eu estava dormindo então não reparei ela saindo então sai correndo atrás dela. Nenhum sinal dela no corredor, então andei até meu armário e me sentei encostando as costas em sua porta.

– Droga. Eu tinha que estragar tudo.

– O que você estragou? - Falou Davi sentando ao meu lado.

– Eu fiz as pazes com a Naty e a Yas ficou irritada.

– É você anda muito idiota.

– Idiota por tentar ser amigo da Naty?

– Não, idiota por não perceber que a Yas morre de ciúmes da Naty.

– Mas isso eu... ai caramba como eu não percebi isso? - me levantei. - Valeu Davi você é dez.

– Eu sei seu Pedaço de Bosta. - Falou ele rindo.

– Seu Verme de Bosta. - Gritei e virei o corredor.

Assim que virei o corredor esbarrei com Yas, o corredor estava vazio, ficamos parados bem no meio de um cruzamento de corredores. Um encarando o outro.

– Yas, por favor me escuta. - Falei antes que ela dissesse algo.

– Tudo bem, fala.

– Desculpa, eu não queria te deixar com ciúmes nem que você se sentisse ameaçada de alguma forma, e você não deve ficar, eu fiz sim pazes com Nathalia e nada vai mudar isso.

– Não está ajudando.

– Me deixa terminar. Nada vai mudar isso, mas também nada vai mudar o que nós dois temos, eu sou seu namorado e você minha namorada e mesmo que eu faça as pazes com ela ainda seremos isso e nada vai mudar, eu amo você, eu sempre amarei você somente você. - Antes que eu pudesse continuar ela me beijou, foi rápido, mas foi doce.

– Eu te amo Pedro, me desculpe por ter sido uma idiota. - Ela me beijou de novo e então o sinal tocou e várias pessoas impacientes pelo fim da aula saíram de suas salas e fomos cercados por uma avalanche de alunos, porém continuamos nos beijando.

Enquanto voltava para casa, feliz por ter me reconciliado com Yas, uma sensação ruim apertou meu estômago, era diferente de quando eu estava com fome ou de quando eu me apaixonei.

Era medo.


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Notas finais do capítulo

Medo? Mas por que medo tio Pedro?

Descubram no próximo capítulo.

OBS.: Galera tenho uma notícia para vocês, a história está acabando, pretendo fazer só mais dois capítulos e terminar a história, dessa vez de verdade.



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