Happy Valentine's Day Sherlock! escrita por Raura


Capítulo 1
Happy Valentine's Day


Notas iniciais do capítulo

Segunda fic de Sherlock que escrevo, primeira Sherlolly *u*
Espero que lhes agradar, dedico a todos os fãs do casal!
HAPPY VALENTINE'S DAY!!!

Boa leitura!



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Uma fina e persistente chuva cai sob a cidade e pelo jeito continuaria assim o resto do dia, Sherlock estava entediado e não podia atirar nas paredes do apartamento de Molly, ou podia se quisesse que os vizinhos viessem saber o que estava acontecendo, não lhe havia também nem uma única possibilidade de se drogar, se não fosse arriscado teria saído de casa atrás de adesivos de nicotina. Sentia falta da companhia de John, de resolver os casos de Lestrade...

Contentou-se em arremessar uma bolinha estampada com uma carinha sorridente contra a parede enquanto criava teorias sobre o assassinato que leu no jornal da manhã, ouviu passos na porta de entrada e achou que talvez fosse Molly vindo buscar algo que esqueceu, mas os pés só se aproximaram dá porta e depois se afastaram, foi até a porta, abriu-a e não viu ninguém ia voltar para o seu tédio quando tropeçou em algo, pegou-o e fechou a porta. Analisou o pequeno urso de pelúcia que tinha em mãos: comprado com a intenção agradar alguém, passou os olhos pela caligrafia no cartão: era legível, porém indicava que a pessoa estava tensa quando escreveu, leu o cartão que estava preso na roupa do ursinho:

"Happy Valentine’s Day Molly

xxx

Tom"

Sherlock nunca foi um fã de datas comemorativas incluindo aquelas em que as pessoas trocavam presentes, porém sentiu-se incomodado, mas ignorou afinal precisava colocar uma ideia em prática, deixou o cartão em cima da bancada da cozinha e levou o urso consigo.

O dia no hospital estava relativamente calmo e Molly decidiu ir almoçar em casa, assim aproveitava pra fazer companhia para Sherlock, uma vez que todos pensavam que ele estava morto sair de casa não era uma atividade possível, e também ela acreditava que as pessoas não deviam ficar sozinhas no Valentine’s Day "Ah! Molly, estamos falando de Sherlock" seu inconsciente lhe avisou.

Molly desceu do táxi e correu até a porta do prédio, tinha esquecido seu guarda-chuva e seus cabelos acabaram mais úmidos que o suficiente, subiu três lances de escadas até seu apartamento que ficava no último andar, abriu a porta e viu o detetive sentado no chão de pernas cruzadas olhando um urso de pelúcia decapitado certamente absorto em pensamentos, pois nem parecia ter notado sua chegada:

— O que está fazendo com esse pobre urso Sherlock? – disse enquanto fechava a porta.

— Reconstituindo a cena de um crime, o cartão está em cima da bancada.

Ela não tentou entender o que ele disse a princípio, foi até a cozinha e pegou o cartão, leu e entendeu que o papel devia estar junto ao urso, presente de Tom destinado para ela que estava decapitado no chão, agradeceria depois, no momento começou a sentir uma raiva por Sherlock ter destruído seu presente lhe dominar, perdeu a calma:

— SHERLOCK! – ele percebeu a mudança no tom de voz dela e se virou para olhá-la. — Porque você decapitou MEU urso?

— Ah, isso. Bem, eu precisava reconstituir a cena de um dos crimes que li no jornal hoje cedo, então usei ele para representar a vítima. Pensei que não fosse se importar, eu guardei o cartão.

— Pensou errado brilhante Sherlock, eu me importo.

— Molly, era só um urso – ele se levantou para encará-la, ela reparou que ele estava de calça, camisa e com o roupão vinho, notou também que o cabelo dele tinha crescido, alguns cachos caiam sobre a testa dele.

— MEU urso, que ganhei de presente em uma demonstração de afeto, é obvio que eu me importo – parou antes que falasse asneiras, lógico que ele não sentiria o mínimo de culpa pelo que fez, quando envolviam sentimentos ou ele era estúpido ou muito estúpido. Ás vezes ela se perguntava se certas coisas que ele fazia ou falava era de propósito ou só por simples prazer.

Então ele percebeu, ah! sentimento, era isso. Ela gostava do Tom, por isso ficou irritada por causa do urso, era importante. Sentiu-se mais incomodado que quando encontrou o urso na porta do apartamento.

— Quer saber Sherlock... – foi interrompida pelo toque de mensagens do seu celular, era Tom a convidando para almoçar, estava perdendo seu tempo tentando entender o detetive e ainda sentia raiva pelo que ele fez, o melhor seria aceitar o convite de Tom assim não daria chance de Sherlock acabar sendo rude com ela. Digitou uma mensagem onde deveriam se encontrar, foi até seu quarto trocar seu casaco úmido por um seco e pegar seu guarda-chuva. Quando passou pela sala viu Sherlock olhando a janela com as mãos nos bolsos da calça, ele não se virou para olhá-la, saiu sem dizer uma palavra.

Em seu palácio mental ele encarava a realidade por trás daquele incomodo que sentiu por causa da história do urso: sentiu ciúmes da atitude de Tom com Molly. Jogou-se no sofá voltando a pensar no assassinato.

Molly encontrou Tom no local que combinaram, quando ele perguntou se ela havia gostado do presente seus pensamentos voaram diretamente para Sherlock, ela disfarçou e agradeceu-o, já tinha considerado retribuir o sentimento que sabia que Tom sentia por si, mas ainda sentia algo mais forte pelo senhor-estúpido-em-relação-á-sentimentos. Suspirou, e apreciou a companhia agradável de Tom.

A jovem legista chegou em seu apartamento depois das nove da noite, as luzes estavam apagas e não viu sinal de Sherlock, provavelmente ele estava no telhado, primeiro tomaria um banho, nada como água quente para relaxar e depois quem sabe iria atrás dele.

Saiu do banho enrolada na toalha e notou o urso inteiro junto com um papel dobrado em cima da sua cama, desdobrou o papel e reconheceu a caligrafia elegante de Sherlock:

"Desculpe.

-SH"

Sherlock Holmes se desculpando? E o urso não parecia ter dano algum, será que ele tinha costurado a cabeça no lugar ou era outro? Vestiu uma calça, uma blusa, fez um rabo de cavalo e pegou seu casaco, iria até o telhado.

Estava a um tempo sentado na beirada do telhado, a chuva tinha parado e agora uma neblina cobria toda a cidade, ouviu quando a porta abriu não precisava se virar para saber quem era, sabia que ela acabaria vindo atrás de si. Mesmo de olhos fechados percebeu quando ela sentou-se ao seu lado, ela ficou quieta alguns minutos antes de quebrar o silêncio:

— Happy Valentine’s Day Sherlock! – ele olhou-a como se ela tivesse lhe dito algo absurdo, ela continuou – Feliz dia da amizade e do amor. – Ela brincou com um de seus cachos, depois deslizou as costas das mãos em sua bochecha esquerda e depositou um beijo do lado direito. Levantou-se e estava a meio caminho da porta quando sentiu os dedos frios de Sherlock segurarem seu pulso direito.

— Happy Valentine’s Day Molly – ela o ouviu sussurrar em seu ouvido com a voz rouca, só para depois ser surpreendida pelos lábios frios do detetive.

Finalmente ela encontrou algo em que Sherlock não era bom, o beijo dele era péssimo, ele não sabia beijar, parecia com aqueles primeiros beijos que a gente dá quando é criança, espera: Seria esse o primeiro beijo de Sherlock? Já se imaginara beijando o detetive várias vezes, e percebeu que ele praticamente não tinha experiência nessa área, iria guiá-lo. Enrolou seus dedos nos cachos da nuca dele, invadiu a boca dele com sua língua e sentiu dedos frios apertarem sua cintura, ele aprendia rápido, passou a lhe corresponder seus gestos. Aproveitaria que ele estava sendo receptivo e deixando os sentimentos falarem para lhe ensinar muito mais.

Ela nunca esqueceria esse dia.


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Notas finais do capítulo

E ai? Querem me empurrar do telhado do St Barts ou não?
Essa humilde escritora adoraria saber suas opiniões
Beijos cor de carmim :3