Chocolate Truffles escrita por Mothra


Capítulo 3
Be my Valentine


Notas iniciais do capítulo

Happy Valentine's Day para todos meus leitores lindos, independente de estar namorando ou não! Vou passar a noite com meu Valentine: Jose (Cuervo) #morta

Gostaria de dedicar esse capítulo ao Doug-kun que faz aniversário hoje, parabéns! E espero que gostem. ♥



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No dia seguinte saiu de casa mais cedo, não queria encontrá-lo agora que seu rosto ruborizava toda vez que pensava nele. Era difícil se concentrar durante as aulas, seu amado lhe preenchia a mente e a fazia suspirar. Sentia-se boba, mas gostava disso – até outros alunos repararam, dizendo que ela estava mais bela naquele dia. Ao mesmo tempo, sentia-se ansiosa e aflita; não sabia como Aomine iria reagir e isso poderia afetar diretamente na amizade deles. Pensamentos positivos e negativos travaram batalhas intensas em sua cabeça e isso estava prestes a deixá-la louca. Resolveu acalmar sua inquietação e deixar de sofrer por antecipação, afastou todos os devaneios e se concentrou nas matérias que eram ministradas.

As horas passavam tão lentamente, que ela jurou que o tempo estava retrocedendo, ao invés de avançar. Olhava para o relógio de minutos e minutos, sentindo seu nervosismo se manifestar em seu corpo, suas mãos tremerem e quase teve um ataque do coração quando o sinal que evidenciava o fim das aulas. Touou toda se rendeu aos encantos do Valentine’s Day, algumas meninas entregavam seus chocolates ali na sala mesmo e a rosada apenas recolhia seus materiais e os organizava em sua bolsa, pendurando-a sobre o ombro antes que fosse interceptada por qualquer pessoa.

Subiu as escadas que davam acesso ao terraço rapidamente, ficando sem fôlego quando finalmente passou pela porta e ficou a céu aberto. O clima ameno parecia caçoar de toda a ansiedade que Momoi sentia. Era a hora da verdade, não poderia fugir mesmo se quisesse, por isso escolheu exatamente o terraço para se declarar. Mas o que dizer exatamente para o moreno? Palavras fugiam quando pensava num texto eloqüente para expressar o que sentia por ele. Retirou o saquinho com as trufas de chocolate da bolsa; a embalagem era transparente, mas tinha alguns corações vermelhos estampados; as trufas em forma de bolas de basquete estavam enroladas em papel alumínio e um uma fita vermelha laçava o saquinho.

Fazia algum tempo que estava ali e o atraso do Ás de Touou não estava ajudando as terminações nervosas dela que entravam em crise ao julgar que ele poderia não aparecer. Isso não era improvável, uma vez que ele não respondeu sua mensagem no celular; poderia estar zangado com ela, achando que o havia ignorado. Era difícil se manter calma naquela situação e diante da demora dele, ela pensou em desistir. Estava abaixando para pegar a bolsa e ir embora, quando ele passou pela porta, levemente sem fôlego enquanto arfava por ar.

– Satsuki! – gritou, curvando o corpo e apoiando as mãos nas coxas, respirando profundamente enquanto tentava articular frases. – Eu demorei, argh.

Momoi simplesmente escondeu o pacote atrás de si, levando ambas as mãos para as costas, ocultando-o do campo de visão do moreno. Aomine recuperava o fôlego enquanto ela permanecia diante dele, paralisada. Ele realmente estava ali e ela não sabia o que dizer.

O ala-pivô tinha se atrasado por ter sido parado por uma das colegas de classe de Satsuki, que se declarou para ele e lhe ofereceu seu chocolate honmei, mas o homem o recusou de forma rude, provocando lágrimas da mesma enquanto a amiga a confortava. Todo o ano era a mesma coisa e ele estava farto disso, só havia uma pessoa no mundo de quem ele queria e aceitaria chocolate no Dia dos Namorados, e sim, era ela.

– A-Aomine-kun... – tentou começar, completamente sem jeito. – E-eu...

O homem ergueu os olhos para ela e voltou à sua postura normal.

– O que você está escondendo aí, Satsuki? – questionou, com olhar inquisidor.

– N-nada, não é nada! – fechou os olhos e mordiscou o lábio inferior, nervosa. – Não se aproxime!

Eu preciso falar. Porque as palavras não saem?!

Estava intrigado com o comportamento de sua amiga de infância. Indagou a si mesmo se ela estava naqueles dias, mulheres sempre ficavam loucas quando estavam naqueles dias.

– Você está bem? O-oe, Satsuki!

As bochechas de Momoi estavam tremendamente coradas e seu rosto estava em febre, enquanto aquela paixão era mantida presa em sua garganta, dando um nó em sua cabeça e fazendo borboletas serpentearem em seu estômago.

– Não, eu não estou bem! – gritou para ele, sentindo os olhos ficando úmidos. – Eu realmente não posso estar bem, haha.

Deixou escapar uma risada nervosa, enquanto o outro a fitava confuso.

– Ei, o que está acontecendo?

Estou enlouquecendo, preciso desabafar logo.

– E-eu... – movia os lábios, mas as palavras não faziam som algum.

Sou uma idiota. Apenas diga, Satsuki! Se declare!

– Eu gosto de você, idiota!

Perdeu o controle sobre o corpo e até mesmo as forças, seus olhos lacrimejaram e seus braços penderam rentes ao corpo, mostrando o que ela guardava atrás de si: trufas de chocolate.

Eu disse, eu disse! Meu Deus, quero morrer.

Aomine ficou em choque, nem em suas fantasias mais intensas imaginava ela se declarando para ele. Tinha desistido de alimentar esperanças e expectativas quando ela se apaixonou por Kuroko Tetsuya, mas agora ela dizia as palavras que ele queria ouvir desde sempre.

Percebeu que ela estava desfalecendo e correu para ela, segurando seu corpo antes que ela fosse ao chão. A aninhou num abraço completamente diferente de todos que haviam dado ao longo da vida, quando ela inclinou o rosto para fitá-lo, conseguiu ver o sorriso mais sincero e puro que o Ás já tinha dado, enquanto os dedos esguios e ásperos do maior secavam uma lágrima que ousou descer pela face angelical da rosada.

– D-Dai-chan... – sussurrou, sentindo a respiração alheia acariciar seus lábios quando ele se aproximou com o rosto.

– Você não sabe quanto tempo eu tenho esperado por isso, Satsuki.

A apertou em seus braços e deu o primeiro beijo nela. Nunca havia beijado antes, mas conseguiu sentir a suavidade dos lábios alheios e seu gosto de cereja quando exerceu leve pressão contra eles. Seus corações batiam aceleradamente, no mesmo ritmo.

Ele ainda sorria quando afastou o corpo do dela, achando-a graciosa por suas bochechas rosadas e feições envergonhadas. Pegou o saquinho com os chocolates e o abriu, pegando um dos chocolates.

– Espero que eu não morra logo após de você ter se declarado para mim. – esboçou um sorriso atrevido, descontraindo o clima entre eles enquanto ela o socava e inflava as bochechas.

– C-Cala a boca! Estão bons, Sakurai-kun me ajudou a fazer.

– Ryou ajudou? Então deve estar mesmo gostoso.

Levou outro soco, antes de experimentar a guloseima. Gostou muito do formato de bola de basquete das trufas e comeu primeiro a de cereja em calda. Ficou surpreso com o gosto, estava realmente bom.

– E aí? – bufou, de braços cruzados.

– Nada mal. – comeu outro, de maracujá.

Ela sorriu, sentindo-se aliviada. Toda a tensão que fora submetida durante a semana inteira passou naquele exato momento, tinha conseguido se declarar e o chocolate tinha agradado o paladar alheio.

– Ei, Satsuki. – bagunçou o cabelo dela, chamando sua atenção.

Uma veia saltou na testa da gerente.

– O que é?!

Voltou a sorrir, gostava de irritá-la.

– Quer sair comigo?

Momoi perdeu a fala, sentiu todo o sangue de seu corpo concentrado em seu rosto e isso divertia o Ás que a olhava de cima, ansioso por sua reação.

– P-p-por que eu iria querer sair com um ganguro estúpido como você?!

Aomine ficou sério por alguns segundos.

Droga, não era isso que eu queria dizer...

– N-não, quer dizer, sim... – sussurrou, visivelmente embaraçada.

O moreno gargalhou, uma risada gutural que parecia vir direto do diafragma alheio.

– Você é idiota, Satsuki.

O moreno pegou a bolsa escolar dela e levou ao ombro esquerdo junto da sua, enquanto a mão esquerda segurava o saco com as trufas de chocolate. Colocou-se ao lado dela e estendeu a direita para ela, entrelaçando seus dedos ao dar as mãos e o calor da mão de Aomine aqueceu todo o corpo de Momoi Satsuki, e principalmente, seu coração.

Realmente, eu sou uma idiota. Completamente idiota por você, Dai-chan.


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Notas finais do capítulo

Gostaria de agradecer a todos que acompanharam, aos leitores fiéis que sempre comentam e até mesmo os fantasmas, que deveriam comentar nas estórias. Foi um prazer fazer essa fic e espero que tenham gostado tanto quanto eu. Obrigada pelo carinho e apoio. Minha próxima AoMomo deve demorar, mas mesmo assim, até a próxima. ♥