I Hate Goodbyes escrita por Artur


Capítulo 11
Epílogo: Eternal Greene


Notas iniciais do capítulo

Olá amantes de Bethyl! Então, aqui vai um epílogo da fic, sim este é o último capítulo oficial da história. Já que na série Beth encontrou seu fim... tive que tomar uma decisão difícil aqui, já que nos últimos capítulos eu mudei bastante o enredo de tudo.

Eternal Greene é uma continuação indireta do último capítulo postado, Sweet Greene



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I Hate Goodbeys

Eternal Greene

Se passou alguns meses após o embate que tivemos em Terminus, consegui resgatar Daryl e os outros graças a ajuda de Carol, Tyresse, Rick e os demais. Se não fosse por eles provavelmente eu seria inútil e não resgataria Daryl, mas ao contrário do que pensei, descobri forças que já mais tive para poder alcançar meu desejo, para poder vê-lo novamente após o que tivemos depois da queda da prisão.

Caminhamos por muitos lugares, o grupo estava unido novamente. Mesmo diante da perda recente de Bob e Sasha, todos estavam felizes em ver que apesar se tudo, conseguimos nos reencontrar. Rick estava diferente, seu posicionamento com líder transbordava convicção e firmeza, o xerife acabou desenvolvendo aos poucos, um romance com Melody, uma amiga de Daryl que o ajudou a me reencontrar. Michonne aumentou seus laços com Carl, e Carol fazia parte do grupo novamente.

Daryl fluiu os sentimentos dele, todos agora sabiam da nossa relação. O que temos um com o outro é algo que ultrapassa a denominação do amor, não consigo explicar. Parecia que aquela esperança que tive e depósito em Daryl estava florescendo, mas tudo mudou repentinamente quando Melody e eu fomos capturadas por um grupo de policiais que residiam em um hospital, novamente fui capturada, e novamente me separei de Daryl.

Dessa vez Melody estava ao meu lado, ela queria demonstrar que estara calma e ciente que os demais nos resgatariam, mas eu sabia que ela sentia medo. Estamos ao redor de pessoas desconhecidas, ninguém pode sair do hospital sem a autorização de Dawn, a líder do grupo. Porém, eu queria que todos vissem um lado meu que ninguém nunca presenciou, sei que sou forte, sei que posso ultrapassar qualquer obstáculo que possa surgir.

Felizmente, durou alguns dias até que Rick e Daryl nos achassem, logo o corredor do hospital ficou pequeno diante dos dois grupos que ali estavam. Dawn decidiu fazer uma troca, me libertária caso eles entregassem um fugitivo do hospital, e assim foi feito, mas a líder não queria liberar Melody que já não conseguia demonstrar a força aparente de antes.

Eis que tomo coragem para confrontar Dawn, Melody não poderia ficar ali sozinha e eu sabia que tinha que fazer algo. Em um único e ágil movimento retiro uma tesoura debaixo do gesso que tinha na mão e finco-a no ombro de Dawn, a partir daí, tudo ruiu...

Um barulho extremamente agudo, e logo depois, uma imensidão escura e sombria me rodeava. Não consigo escrever o sentimento que tenho, e apesar de não entender onde estou, tenho a impressão que deixei algo para trás. O barulho de antes se mistura com minha respiração leve e calma, a escuridão se esvaia aos poucos, minha cabeça começava a doer quando as luzes invadem meus olhos.

Consigo ver, agora consigo enxerga-los perfeitamente bem. Alguns chorando, outros surpresos e com os olhos arregalados. Pude sentir que todos compartilhavam do mesmo sentimento, algo de ruim havia acontecido. Minha visão muda de direção, meus olhos fitavam na pobre menina que ali havia perdido a vida de uma maneira trágica e após lutar tanto, encontrou seu fim.

Eu havia morrido. Meu corpo estendido no chão e completamente ensanguentado comprovava isso. Depois de tantos momentos, depois de tanto provar para mim e para os outros que eu posso sobreviver sem precisar de proteção, depois de tanta esperança.... parece que tudo termina da mesma forma para todos nós.

Ver Rick e os outros chorando me deixa desolada. Todos já passaram por tantos problemas, tantos momentos de dor e sofrimento, não queria vê-los chorando, prometi para mim mesma que nunca mais choraria, mas o vermelho vivo do sangue misturando-se com meus cabelos dourados me lembrava que o reencontro com o meu querido pai estava perto. Daryl não consegue conter as lágrimas, meu coração aperta de uma maneira incrível, a face do caipira estava avermelhada, seus olhos de ressaca transbordavam em lágrimas.

— Não chore Rick, não precisa chorar mais. Obrigada por tentar fazer de tudo para me manter segura. Obrigada Carol, por servir de exemplo e me mostrar, que as pessoas podem se tornar mais fortes. Obrigada Maggie, tanto pelas brigas quanto pelas risadas, obrigada pelos seus ensinamentos, obrigada pela compaixão que você sempre teve comigo, mas parece que sua irmã mais nova irá partir primeiro que você. É... eu devo muito a todos vocês, não queria causar mais uma dor no coração de vocês, mas a minha esperança continuará em outro lugar, e rezarei todos os dias por vocês. Obrigado Daryl, por me fazer a garota mais feliz desse mundo, mesmo com tanto sofrimento espalhado por aí... Você me fez sentir algo que nunca tive antes, e graças a você eu pude saber que posso sobreviver com minhas próprias forças. Esse será nosso último momento, nosso último encontro, mas sei que um dia lhe verei novamente, sei que um dia ficaremos em paz. Eu te amo.

Eu sabia que eles não estavam me escutando, mas eu precisava de um último momento para agradecer a todos. Em questão de segundos o corredor do hospital fica completamente vazio e silencioso, Rick e os outros haviam desaparecido, e só o que tinha no final do âmbito era uma si gela porta.

Os passos que dou são repletos de paz e serenidade. Meu coração estava calmo e quieto, caminhava em direção a um lugar onde o desespero e a desgraça não existem. A porta se abre assim que me aproximo, um clarão imenso invade meus olhos, alguns segundos depois, uma espécie de raios de luz misturavam-se com o clarão branco.

Eu via um céu limpo e azulado. O sol estava bem ali, incomodando meus olhos. O vento plácido faz algo tocar em meu rosto, ergo meu tronco e vejo que estava deitada em uma vasta grama de coloração amarelada. Olho ao meu redor, e vejo uma casa grande e branca ao longe.

Estava no meu verdadeiro lar. Não conseguia esconder a felicidade, e o sorrido estampado em meu rosto comprovava isso. Corro na direção da casa, corro com uma liberdade e uma paz que nunca senti antes, agora me dei conta do que ficou para trás; tudo de ruim e de perverso.

No caminho um balanço amarrado em uma árvore. Era onde e meus irmãos brincávamos, a minha imagem e a de Maggie quando éramos pequenas se fez bem na minha frente, ambas sorridentes e felizes. Continuo meu caminho até finalmente entrar na casa e sendo logo atraída pelo maravilhoso cheiro de café com torradas que há tempos não sentia.

O cheiro me guia pela casa, andejo por cada cômodo relembrando de todas as coisas que ali aconteciam. Assim que chegou na cozinha, encontro com minha mãe terminando de passar a geleia de morango na torrada, e meu pai, sentado na mesa com seu típico jornal de segunda.

— Bom dia filha! Fiz suas torradas preferidas, sente-se! - A voz da minha mãe me fez chorar, ela estava bem ali, com seu vestido florido e seus cabelos dourados e levemente encaracolados. Sem nenhum arranhão, sujeira ou ferimento, aquela era minha mãe.

Meu pai estava assim como ela, seus olhos transbordavam felicidade em me vez, ele se levanta andejando na minha direção. Temos a mesma reação, e um abraço harmonioso e sereno aconteceu. Me sinto leve, me sinto mais do que nunca, viva.

— Bom dia meu amor! Trouxe seu violão! - Jimmy surgiu das escadas com Patrícia, Otis e meu irmão Shawn ao seu lado, ele trouxera consigo um pequeno e antigo violão que eu tinha.

Fico feliz em vê-los. Jimmy me entrega o violão, e todos sentam na sala para me ouvirem cantar. Dou um suspiro assim que toco na corda do violão, fazia tempo que não o tocava. Olho para cada um antes de começar a canção, todos com seus olhares encantadores e seus sorrisos que me enchiam de felicidade. Todos alegres.

A música escolhida foi Coming Home. A única que conseguia refletir perfeitamente bem o que eu estava sentindo, eu voltei para casa, para o meu verdadeiro lar. Conforme ia cantando a letra da música, as minhas inúmeras lembranças passavam em minha mente, foram inúmeros desafios, várias cicatrizes, mas agora será diferente. Sentia saudade de cantar alegremente, de cantar para alegrar o coração dos outros, tive saudades de simplesmente cantar.

Meu pai se aproxima, com toda sua calma e paz de sempre. Ele me entrega um pequeno caderno enfeitado, no qual eu escrevia como se fosse um diário quando pequena. A última folha do diário estava em branco, e finalmente pude entender o que aconteceria de agora em diante.

Com um lápis eu redijo minhas últimas palavras naquele diário, vivi o suficiente para completa-lo e após isso, um outro ciclo irá se iniciar.

" Tudo mudou. Estou com meu pai e com os outros agora, estou ao lado de pessoas que sentia uma profunda saudade e orava todos os dias para que estivessem em paz e harmonia. Agora eu percebo que eles estão, e estarei aqui lhe esperando, minha amada irmã. Poderemos brincar no balanço como antes, sem se preocupar com mais nada. Espero que quando seu dia chegar, que possamos estar juntas para cantarmos uma última canção como nos luaus aos sábados. Agora, mais do que nunca, posso finalmente viver. E Daryl... Eu também estarei aqui te esperando, você poderá finalmente ter aquilo que tanto sonhou, viver em paz e tranquilidade. Aguardarei todos os dias sua chegada para que no fim, passamos observar o pôr do sol na varanda de casa, e quem sabe, cantar uma música mesmo sabendo que você não gosta. Aqui você poderá ser o caipira de sempre, poderá fumar sossegado e simplesmente, viver. Ainda bem que não me despedi de você, eu odeio despedidas.

Um grande beijo, da sua Eterna Greene. ‘’


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Notas finais do capítulo

Obrigado a todos que acompanharam até aqui! Espero que tenham gostado, deixem seus comentários! A fic sairá de HIATUS para FINALIZADA. Um grande beijo!!



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