Presa a Você escrita por Beatriz Dionysio


Capítulo 5
Sonhando acordada


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores. Gostaram da capa nova? Agora estou postando minhas histórias no Wattpad e estou imensamente feliz com a quantidade de "leituras" que recebi em menos de 24 hrs rs
Então resolvi escrever um pouquinho pra vocês hoje.
Até mais.
PS: Quero Reviews ^^



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Cap. 5

Levantei da cama, ainda pensando em Dean. Tomei um banho e decidi sair para correr, Sophie e Jenna ainda dormiam serenamente quando deixei o quarto.

Correr sempre ajudava.

Duas horas mais tarde eu estava exausta, tanto pelo exercício quanto pelo fato de que não dormi a noite passada.

Optei por adiar minha volta para o hotel, parando para tomar café, entrando em uma livraria para comprar alguns livros, e matando o tempo os lendo embaixo de uma árvore, no mesmo parque em que eu correra a algum tempo.

Quando finalmente voltei para o hotel, estava atrasada para minha apresentação, que começaria em 40 minutos.

Depois de deixar meus livros em cima de minha cama e tomar um banho, deixei o hotel e peguei um taxi para o teatro. Eu me remexia inquieta no banco de trás, pensando em como seria estranho ver Dean outra e outra vez, ter de beija-lo e me casar com ele nos próximos sete dias. Acho que finalmente eu enlouqueceria.

Paguei pela corrida e saltei do veiculo, caminhando para meu calvário.

Ao longo dos últimos anos eu me acostumara com a presença constante de Dean, mas ainda doía toda vez que o via perambulando pelos corredores de nosso Campus, ou quando o flagrava com suas mãos em cima de alguma garota. Eu até mesmo me mudara para um apartamento quando tive a infelicidade de descobrir que ele estudava lá, em minha faculdade.

“Eu corria desesperadamente no meio da multidão, tentando encontrar Sophie e Jenna. Eu só precisava fugir, ir embora deste lugar, e com alguma sorte, nunca ter de voltar.

Quando finalmente as encontrei, Sophie apenas veio até mim e me abraçou enquanto eu desmoronava em seus braços.

– Preciso sair daqui. – sussurrei, tentando fazer com que os malditos soluços sessassem.

Ela assentiu e me levou de volta até seu carro, Jenna nos acompanhava, calada. Pedi a ela que me deixasse ficar com o banco de trás e sem nenhuma piada ou sarcasmo ela concordou. As cinco horas que se passaram foram as piores de minha existência. Eu fitava o nostálgico céu escuro enquanto derramava lágrimas silenciosas.

– Em?

Olhei para Sophie, que me olhava pelo espelho retrovisor, preocupada.

– Você quer nos contar o que aconteceu?

Não! Eu já me sentia humilhada o suficiente, não precisava também da pena de minhas amigas. Balançando a cabeça, neguei.

Sophie não disse mais nada, não fez nenhuma pergunta durante o resto da viajem. Agradeci mentalmente a ela por isso.

Com o passar dos dias ela deixou de perguntar, de qualquer forma, acho que nunca poderia mencionar o último Cinco de agosto”.

Sacudindo a cabeça para afastar as lembranças dolorosas que insistiam em aparecer desde a última noite, corri para meu camarim e me troquei.

Quando estava pronta e maquiada, me dirigi até os bastidores, onde encontrei o resto de minha equipe, nervosos com meu atraso. Sophie fez menção de se aproximar, mas a cortei apontando o palco, antes de caminhar para ele.

Tudo estava bem até quando o vi caminhar para o palco, onde supostamente me salvaria de um estupro.

Suas diversas tatuagens estavam cobertas por sua farda, mas eu ainda podia vê-las sempre que ousava fechar os olhos.

Quando a parte em que nos beijávamos pela primeira vez chegou, Dean o fez o mais rápido possível, ele parecia distraído, quase frio.

Agradecida quando o intervalo chegou, corri para meu camarim, e ali fiquei, presa com meus fantasmas, presa com a presença dele dentro de mim.

“Um mês havia se passado e eu lutava para esquecer a primeira e última vez em que me senti viva, mesmo que ainda acordasse todas as noites depois de sonhar com ele.

Hoje é o meu primeiro dia na faculdade sendo uma garota normal e não a pequena Emmie de quem todos esperavam algo. Ontem, Sophie, James, Jenna e eu deixamos nossas antigas vidas para construirmos novas, nos mudamos para o Campus da USF (University of San Francisco), a faculdade onde passaríamos os próximos três anos.

Eu estava muito excitada com a ideia de ser uma caloura e dividir um dos quartos dos dormitórios com minhas melhores amigas. Tomei um longo banho, vesti um vestido verde soltinho e calcei minhas Anabelas preferidas. Deixei meu longo cabelo solto, apliquei uma pequena camada de maquiagem, meu perfume favorito e sai do quarto, acompanhada de minhas amigas.

A um mês não me sentia assim, leve, linda.

Sorrindo, examinei meu horário, tudo estaria perfeito, contanto que eu ignorasse meu fodido coração.

Sophie e Jenna seguiram um caminho diferente já que nossas aulas não eram as mesmas. Saltitante, caminhei pelos grandes corredores do Campus, procurando pela sala de literatura. Não demorei muito para perceber que mais uma vez estava perdida. Talvez eu devesse andar com um GPS. Bufei enquanto virava a esquina de um dos corredores. Não o vi até que nossos corpos se chocaram. Belo começo Emma!

Eu cai desajeitadamente, batendo minha cabeça no chão. Abri os olhos, o que apenas piorou a dor. Estrelas dançavam a minha frente, além de um par de olhos azuis safira que me fitavam preocupados.

Aqueles olhos! Tão quentes, tão profundos. Queria afogar-me neles. Espera? Eu não os conhecia? Podia jurar que ... oh não!

– Emma?

Instantaneamente congelei.

Não.

Não, não!

Eu definitivamente conhecia aquela voz.

As estrelas se foram, assim como a bolha de felicidade em que eu me encontrava a minutos atrás. Dean ainda me fitava preocupado.

Eu queria correr, queria chorar, gritar com ele, ou estapeá-lo novamente, mas nada fiz. Apenas continuei a encarar o cara que havia me quebrado de todas as formas possíveis.

– Você esta bem? Eu a machuquei?

Sim filho da puta, você o fez, fudidamente bem!

Um sorriso de escarnio me escapou, logo se tornando uma risada tão gélida e amarga, que por um segundo me assustei comigo mesma.

Levantei-me ignorando a dor na parte traseira de minha cabeça, e estufando o peito, menti:

– Estou ótima Dean. – seu nome em meus lábios fazia com que meu estomago se contraísse, ignorando-o comecei a caminhar para longe dele.

– Espere!

Continuei a me afastar até que senti uma de suas mãos em meu braço, uma onda familiar de faíscas subiram por mim, fazendo com que eu vacila-se por um segundo.

Empurrando seu toque para longe de mim, sorri e vire-me para encara-lo.

– O que quer?

Frustrado Dean passava as mãos por seu cabelo.

– Eu só..., não paro de pensar em você. Até mesmo tentei a encontrar..., eu só precisava dizer que sinto muito, fui um idiota e me odeio pelo que fiz a você...

Mais uma vez lá estava eu, rindo de algo que não era nada engraçado.

– Apenas não sinta Dean, não lamente algo que já esta feito. Vamos apenas fingir que aquele dia nunca existiu.

Ele me olhava como se tentasse enxergar mais do que pode ver. Bufei.

– Não sei se posso...

– Não me importo se pode ou não lidar com isso Dean, apenas fique na sua e mantenha distância.

Dizendo isso, rebolei em meus saltos para longe dele”.

– Emma?

Abri os olhos apenas para encontrar o garoto que me roubava o sono desde sempre.


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Notas finais do capítulo

Curiosas?