A Bruxa do Oeste. escrita por Arthur Araujo
Eles se vestiram rapidamente e correram para frente de casa, mesmo sendo ricos eles não tinham um carro, então tiveram que pegar um taxi.
– Ainda não são nem duas horas da manha e você já me acordou.
– Daniel, cala boca, eu descobri onde eu vou rever Withya novamente...
– E não quer esta sozinho quando ver que nada vai acontecer?
John resmungou e não falou mais nada ate eles chegarem na estação de trem, ele pagou o motorista e desceu do carro.
A estação não era muito grande, e havia sido reformada a pouco tempo, John nunca ia lá, não desde de a morte de sua família, eles sempre pegavam o trem para ver a avó na outra cidade.
Eram duas e dezessete, faltavam alguns minutos para ele reencontrar Withya, ele olhou no telão e o próximo trem saia as duas e trinta. John comprou uma passagem para ele e para Daniel, que estava sentando no bando esperando.
John se juntou ao amigo e ficou esperando, para quebrar o silencio Daniel perguntou:
– Como você descobriu esse lugar?
– Eu tive um sonho, não foi o mesmo de sempre, e você estava lá... – John contou os detalhes do sonho e como ele acordou no escritório sobre os papeis, assim que acabou ergueu o olhar e viu cinco mulheres com vestidos pretos passarem em direção ao trem.
Um arrepio correu pelo pescoço de Daniel e ele teve a sensação de esta recebendo um soco no estomago.
– Essas mulheres me lembram...
– Nossas professoras? – Daniel Falou.
John olhou para ele.
– Como vocês...
– Eu não... sei lá, so veio isso na minha cabeço, faz algum sentido?
Antes que John começasse a explicar a sirene tocou.
ULTIMA CHAMAVA PARA O TREM DAS 2H30
***
Como já era de se esperar o trem estava vazio, só John, Daniel e as cinco mulheres de preto, tinham duas loiras com aparência de velhas, uma negra e gordinha, e outras duas que pareciam mais jovens.
2:32
As mulheres se levantaram, e se juntaram em um círculos, se não fossem tão sombrias, poderiam esta orando, pensou John.
As luzes começam a piscar, e as mulheres deram as mãos, e começaram a falar palavras que não pareciam nada com o idioma inglês.
Era latim, John reconheceu.
Por mais que tentasse não conseguia entender o que elas estavam dizendo, foi então que todas as luzes se apagaram, e quando se acenderam as mulheres não estavam mais lá.
– Vamos cair fora daqui. – Falou se dirigindo a porta para ir para outro vagão. Porem quando olhou para trás viu que Daniel não tinha se movido.
– Spiritus, adiuva nos. – Falou Daniel.
Espíritos nos ajudem, a tradução apareceu na cabeça de John.
As luzes se apagaram.
As mulheres voltaram e continuavam falando em latim, tinha algo errado. John contou novamente as pessoas que estavam no vagão. Ele, Daniel, dois, mas as cinco mulheres sete, e mais outra menina. Oito.
– Withya! – John Gritou.
As mulheres olharam com uma cara feia para eles.
– Não temos tempo para apresentações. – Disse a menina.
Após dizer isso, Withya avançou e beijou Daniel, e piscou repetidamente, como se tivesse acabado de sair de um transe, e foi o que aconteceu. Ela agarrou a mão dos meninos e correu para o outro vagão.
As luzes ficavam cada vez mais instável. Ela passou pela porta e olhou furiosamente para fechadura que pegou fogo e começou a se soldar.
As mulheres começaram a andar em fila indiana atrás deles.
– O que elas são? – Perguntou John.
Withya a olhou com uma cara que não tinha como explicar se era de medo ou espanto.
– É serio que serio que você não sabe?
Ele assentiu.
– Então, elas, as bruxas, fizeram um bom trabalho.
A primeira senhora ergueu as mãos e as janelas de vidro explodiram.
– A porta não vai impedi-las por muito tempo, precisamos sair do trem.
E corram até o ultimo vagão, as bruxa continuavam explodindo as portas e as janelas.
– Não vamos permitir que tudo se repita de novo. – Falaram elas em único som.
Era o fim, chegaram ao ultimo vagão. O coração de John batia acelerado.
“Vamos morrer” Pensou.
“Não se depender de mim”. Como mágica Withya tinha respondido seu pensamento.
Ela se virou para os garotos e lhe entregou dois colares, Sanguis e Noctis.
– Agora preciso que devolvam meu colar. – Assim John fez, e entregou o Idris para ela.
Withya se virou para as bruxas, e ergueu as mãos.
– Eu nunca, NUNCA, ia deixar aquilo acontecer.
Ela estava errada, John sentiu, e o que é que fosse “Aquilo” aconteceu. Até rápido demais para olhos mortais captarem mas um luz dourada surgiu no meio do trem, causando uma explosão, e com ela, John, Daniel e Withya foram jogados para fora do trem.
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