Because you? escrita por Amyy Valdez


Capítulo 11
Capitulo 11


Notas iniciais do capítulo

Oe! Tudo bom com vcs?
Mais um cap. pra vcs!
Esse capitulo tem um MEGA suspense no final, vcs vão se morder de curiosidade. E eu vou me controlar para não estragar o suspense agora. Então vamos ao que interessa?
Bom proveito!



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POV: Percy

Acordei com uma baita dor de cabeça.

Abri os olhos que estavam demorando muito para se acostumar com a luz que entrou pela janela do quarto, chequei com dificuldade o meu celular e constatei que já eram 5h26, e que eu tinha que me arrumar para ir ao colégio. Ai que vem a grande questão: Se eu vou para a escola com uma ressaca do caralho?Sim, eu vou... Por quê? Porque tenho uma prova importantíssima de filosofia hoje que eu tenho certeza que vou rodar, eu já não me saio bem nessa matéria e ainda por cima eu não estudei nada para ela, sem falar que eu estou de ressaca, ou seja, eu não vou conseguir me concentrar direito. Se você me perguntar como eu cheguei em casa ontem, ou o que aconteceu depois do jogo de verdade ou desafio eu não vou saber te responder, mas eu tenho certeza que eu não estudei, e a julgar pelo cheiro forte de bebida na minha roupa, eu também não devo ter tomado banho.

Levantei e meu corpo doeu mais ainda, vai ser difícil ir ao colégio hoje... Embora eu não lembre a hora que eu cheguei em casa, eu tenho quase certeza que foi bem tarde, e eu não devo ter dormido nada essa noite, o que só aumentou o cansaço que eu estava sentindo devido a bebedeira de ontem. Cara, como é ruim ficar de ressaca, eu vou pensar duas vezes antes de beber tanto, tendo aula cedo no dia seguinte.

Me despi e entrei no chuveiro, o qual eu mesmo tratei de ajustar com água gelada. Um bom banho de água fria iria me ajudar a despertar, e talvez talvez amenizasse a ressaca.

...

O banho ajudou, pouco, mas ajudou.

Desci as escadas e não contive o riso, isso ajudou a melhorar minha manhã que não estava das melhores. Acho que Leo estava pior do que eu, ele devia ter bebido mais do que o pobre fígado dele pode suportar. Ele estava jogado no sofá com uma garrafa de refrigerante cheia de água ao seu lado devorando uma banana.

–Eu posso saber o porquê disso? – Perguntei tentando parecer que eu não queria rir.

–É que eu vi na internet... – Ele deu uma dentada na banana. – ...Que água e banana ajudam a tirar a ressaca.

–Cara, você é impossível.

Ele murmurou alguma coisa, mas ele devia estar de boca cheia de banana porque soou algo como “Hungfo”.

Luke desceu bem mais disposto do que nós, também, ele nem bebeu tanto assim, ele passou a maior parte do tempo fora da mesa.

–Deixa eu adivinhar, estão de ressaca?

–Sim... – Leo apenas balançou a cabeça positivamente.

–Também, não é de se surpreender, vocês precisavam ver o estado de vocês dois ontem, cara, foi muito engraçado. – Luke pegou uma maçã e me ofereceu. – Quer uma também?

–Não, estou sem apetite, só quero água. Muita água.

–Foi tão ruim assim? – Leo perguntou preocupado.

–Siim... Foi, vocês não se lembram?

–Eu to com cara de quem se lembra de alguma coisa? – Luke me analisou por um instante.

–É... Não tá. – E então ele voltou sua atenção para sua maçã. – Bom, se bem que vocês tem sorte por não se lembrarem de ontem, não sei se vocês ficariam felizes ao descobrirem.

–Oi? Foi tão ruim assim? O que eu fiz? – Pelos deuses, eu me lembro de uma coisa, e queria que eles não se lembrassem, eu me lembro de ter dito algumas coisas da Annie, mas poxa, eu estava bêbado.

–Bom, peixinho, digamos que você meio que se declarou para a Annabeth durante o jogo verdade ou desafio.

–Hã? Como?

–Ué, simples. Você admitiu que tem vontade de beijar a Annabeth, sem mas. – Ele deu um sorriso que mais queria dizer “Não argumente”.

–Eu estava bêbado, quando se está bêbado a gente diz coisas que não tem nada a ver entende?

–Não é bem assim... Quando se está bêbado nós meio que admitimos coisas que não diríamos se estivéssemos sóbrios. Ou seja, você só disse verdades.

–Não sei de onde você tirou isso – Eu estava corando, merda, eu não posso corar agora.

–Não discorde, você está ficando vermelho, só está se entregando mais ainda.

Nico e Jason adentraram a sala. GRAÇAS AOS DEUSES, ATÉ QUE ENFIM ESSES ESTRÚPICIOS SERVIRAM PARA ALGUMA COISA!

–Eai bebuns? Tudo em cima? – Jason se jogou no sofá enquanto digitava no celular.

–Oi. – Nico estava com uma cara de bunda como ele sempre faz pela manhã, até porque ele é um raio de sol.

–Bom dia morto-vivo, como vai nessa bela manhã?

–Nem vem com essas mensagens de bom dia pra cima de mim, Valdez. – Ele pegou o celular e começou a digitar.

–Como sempre irradiando alegria por onde passa!

Nico respondeu com um dedo do meio. Um doce de pessoa.

–Então, as dondocas podem parar de conversar e vamos logo para o colégio? – Jason guardou o celular e pegou as chaves.

–De onde saiu tanta disposição para ir ao colégio assim criatura?

–Ué, eu só estou com ânimo para estudar hoje, agora é crime?

–Eca, que nojo! Perdi meu respeito por você! – Indaguei com uma cara de descrente.

–Saiba você peixinho que a escola serve para outras coisas além de ir para a diretoria, jogar basquete e dar em cima de garotas.

–Desconheço os outros motivos.

–Gente, o Jason tá certo, vamos logo. – LEO VALDEZ ACABOU DE PEDIR PARA IR LOGO PARA O COLÉGIO? EU VOU PROCURAR UMA CLÍNICA DE REABILITAÇÃO PARA ESSE NOVO PROBLEMA QUE ELE DESENVOLVEU!

–MAS O QUE QUE ACONTECEU COM MEUS AMIGOS HOJE?

–Não sei do que você tá falando.

–Não se faça de idiota, você acabou de pedir para irmos logo para a aula!

–Isso é porque eu sou um bom aluno, na verdade eu sou o único que presta nessa cobertura, falou?

–Hã, acho que não, viu? – Nico guardou o celular e se levantou. – Vamos lá, cambada! Ânimo!

–Será que eu sou o único que não quer ir para a escola hoje? – Fiz um bico e cruzei os braços.

–Vamos logo e para de reclamar! – Leo me puxou pelo braço.

...

Cacete, hoje no primeiro horário tem aula de química! Quem merece química no primeiro horário? A resposta é ninguém merece. Parece que o meu dia hoje vai ser bem longo, e chato.

Entrei na sala e pra ajudar a desesperada da ruivinha já veio pulando no meu pescoço!

–Cycyzinho! Que saudade que eu tava de você, lindo! – Eca.

–Rachel, eu já disse que eu não quero que você me chame assim em público. É ridículo! – Soltei meu pescoço do seu abraço.

–Ai Percy, eu aqui, toda carinhosa e você vem de mau humor pra cima de mim? – Ela fez um biquinho e mexeu na unha.

–É, é, tá. Depois a gente se fala, beleza? É que eu tenho que prestar atenção na aula, olha, o professor já chegou! – Apontei para o professor que tinha acabado de entrar na sala, nunca fiquei tão feliz em ver aquele pelancudo, pelo menos ele me salvou da Rachel!

–Okay, mas depois eu quero ver você. – Ela piscou e mandou um beijinho para mim. Eca, outra vez.

A Rachel pode ser bonita e tal, mas ela é desesperada demais para o meu gosto, e muito cheia de frescurinhas.

–Olá senhoras, senhores e nossos amigos astronautas! – O professor colocou as pastas na mesa e nos olhou com uma expressão “Hoje vocês vão se dar muito mal”. – Se lembram daquela prova da semana passada? Eu estou com ela corrigida ali em cima da mesa, e eu posso adiantar que alguns de vocês tiraram notas bem baixas. Preparem-se, rezem, cruzem os dedos... Sei lá. Eu entrego no final da aula.

Annabeth entrou na sala, ela estava muito bem para alguém que devia estar com uma puta ressaca. Senti os olhares de meus amigos em mim, e meu rosto queimou.

–Com licença professor, perdão, eu... Perdi a hora. – Ela se sentou na sua carteira e guardou o celular.

–Olha só peixinho, sua metade da laranja chegou... – Leo alternava o olhar entre mim e Annabeth. Já disse que ele não presta? Annabeth ficou vermelha igual minha nota, e eu acho que também estava.

–Sr. Valdez, mais uma brincadeirinha fora de hora e eu vou lhe convidar a se retirar.

–Hã, eu dispenso o convite, já tenho planos pra hoje a noite. – Com esse comentário ele arrancou muitas risadas da sala.

–Bom, ignorando o Sr. Valdez e suas brincadeirinhas... Vamos a aula prática. Abram na página 54 do livro e leiam o enunciado, sigam as instruções corretas e tentem não explodir a classe, por gentileza.

Abri na página que o professor pediu e só encontrei um monte de códigozinhos, maravilha, eu ia ter que descobrir o que cada um representava para tentar chegar a uma reação. Ain, eu não sei nada disso, eu vou acabar fazendo merda!

O Leo não parecia muito melhor do que eu, mas ele nem tentava acertar, ele só pegava os frascos e fazia uni-duni-tê ou escolhia a partir da cor... Ele escolheu um liquido azulado e fez que sim com a cabeça, derramou na mistura que ele havia feito e aquilo começou a espumar. Putz! Leo começou a ficar desesperado e a assoprar a espuma na esperança daquilo parar de subir, sem sucesso! Até que o negocio explodiu!

Leo estava gargalhando, e todo sujo de uma espécie de mistura esverdeada.

–Muito bem alunos, o que aprendemos hoje? – O professor parou ao lado da carteira do Valdez e lhe entregou uma toalha.

–Que quando não lemos o enunciado coisas explodem? – Leo chutou, mas acho que ele acertou.

–Não, aprendemos que quando explodimos coisas somos convidados e sermos retirados da sala de aula.

A sala explodiu em risadas igual a mistura do Leo, ele se levantou e mandou alguns beijos em agradecimento.

–Obrigada, obrigada, também amo vocês. – O professor o empurrou para fora da sala de aula e o mandou ir fazer uma visitinha para o Sr. D.

O resto da aula foi um saco, ninguém explodiu nada, ninguém aprontou nada, ninguém fez nada, é nesses momentos que você percebe o quanto o tonto do Leo faz falta, ele anima todo mundo quando a sala está um tédio, isso é, quando ele não está ocupado visitando nosso nem tão querido diretor. Mas no momento ele está ocupado levando uma bronca ou uma detenção provavelmente.

E vocês devem estar se perguntando, quanto você tirou na prova? 4,5. Sim, eu tirei essa nota. Mas para mim isso foi uma superação é quase azul! E claro, se eu tiver bom comportamento eu ganharei um ponto e ficarei com 5,5! Ou seja, eu vou continuar com 4,5.

Annie e eu cruzamos o olhar vez ou outra e trocávamos sorrisos, eu ficava envergonhado, e torcia mentalmente para que ela não se lembrasse de nada. Pelo amor de todos os deuses, ela não pode lembrar... Puta merda, ela tá vindo até aqui!

–Olá Cabeça-de-alga. Como está nessa linda manhã?

–Nem vem que você sabe muito bem que eu to de ressaca, e você também está, que eu sei.

–Você não tem como provar nada.

–Claro que eu tenho, eu tenho testemunhas.

–Testemunhas não contam, você precisaria de uma prova material.

–Ai, mas é muito implicante mesmo.

–Nem vem com essa pra cima de mim que eu me lembro de ontem. – Ela deu um sorrisinho vitorioso.

–Hã? Eu não to entendendo. – Olhei para baixo e tentei esconder que estava vermelho.

–Nem adianta disfarçar, eu lembro. Lembro de você dizendo que tem vontade de me beijar.

–E se eu tiver? – Foi a vez dela ficar envergonhada.

–Bom, aí você vai ficar na vontade, eu nunca ficaria com você.

–Bom, até porque eu também não ficaria contigo.

–E como me explica o que você disse ontem?

–Excesso de álcool no sangue.

–Acontece, que quando estamos bêbados, acabamos dizendo verdades.

–Você não tem provas.

–Pode perguntar pra qualquer um que estava lá ontem, eles vão confirmar.

Testemunhas não contam, você tem que ter uma prova material, blá blá... – Imitei ela com uma voz idiota.

–Como você é irritante, Perseu!

–Pode apostar que você é bem mais!

Pééééé.

Sinal! Graças aos deuses, fim do primeiro horário, eu tenho 10 minutos para descansar.

Fugi da Rachel o mais rápido que pude e pude ouvir um “Argh! Onde meu Cycy se meteu?” estridente atrás de mim, o que me fez correr ainda mais rápido, não podia correr o risco de deixar ela descobrir onde eu estou! Segui até o banheiro mais calmo, já havia ganhado uma boa distância da ruiva. Cheguei no sanitário masculino e ouvi um som abafado na dentro.

Cacete, não podia ser verdade.


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Notas finais do capítulo

Não gente, o Percy e a Annie não vão passar a se amar do nada depois do último cap. Eles estão descobrindo o amor um pelo outro ainda. Mas eu vou adiantar que o beijo está próximo. ;*
Bjos, até mais.



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