Frozen Love, Melted Heart escrita por NenaSt


Capítulo 12
You Have to Believe


Notas iniciais do capítulo

E então... o que acharam do suspense do último capítulo? Muahahah! Agora fiquem felizes com esse :3 é o primeiro que tanto a Elsa quanto o Jack irão narrar.



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Elsa

Elsa não estava se sentindo bem. Ela começava a se sentir arrependida por ter fugido e deixado sua irmã sozinha. Bem, claro, Anna agora tinha Kristoff. Mas conhecia a teimosia dela. E sabia que logo uma garota de trancinhas ruivas iria bater na porta do castelo e ela mesma iria pedir desculpas por ter fugido.

Mas alguma coisa ainda parecia errada. Muito errada.

– Jack! Jack! – chamou Elsa e ele logo se materializou na sua frente, dando-lhe um susto – Você não cansa de fazer isso?

Frost deu uma risada.

– Não. É engraçado quando você se assusta.

– Só se for pra você, porque eu não vejo graça.

– Então, por que me chamaste, Vossa Majestade?

– Eu quero voltar. Para Arendelle.

Seu sorriso se apagou.

– Mas... Aqui é perfeito. Nós podemos ficar sozinhos sem nos escondermos. Sem precisar que alguém acredite ou não em mim.

– Eu sei... Também pensava assim da última vez que estive aqui. E com isso acabei arriscando a vida da minha irmã.

Elsa piscou para conter a lágrima que ameaçava cair de seu olho e continuou:

– Se é que já não fiz isso. Então essa é minha escolha. Eu preciso voltar.

E então, sem mais nem menos, Jack a abraçou. Eles ficaram em silêncio por um tempo, apenas lá, abraçados. Até que ele decidiu quebrar este silêncio (como sempre fazia).

– Escute. Quero que saiba que eu só sugeri para que ficássemos aqui porque... Porque é bom poder estar com você à vontade. Mas se você acha que deve voltar e se isso lhe fizer feliz, eu concordo plenamente.

– Obrigada. Partiremos agora.

Quando eles estavam bem perto do palácio Elsa viu. A visão de cima não ajudava muito, mas foi possível enxergar um vestido verde caído no chão e cabelos ruivos em tranças – já desarrumadas – espalhados por ali.

Tinha certeza que era Anna.

– Desça, Jack! – gritou

– O quê? Mas não chegamos ainda!

– Não importa, eu preciso que você desça!

E assim o fez. Eles pousaram bem perto de onde Anna estava caída. Seus olhos estavam abertos, mas não parecia muito consciente. Por um segundo, Elsa pensou que estivesse morta. Porém não tinha como ela estar morta pois estava respirando. Só estava paralisada, provavelmente de dor.

– Elsa... – sussurrou. Ambas choravam.

– O que houve, Anna?

– O cavalo... perdi... o controle...

– Você vai ficar bem.

– Está doendo.

– Onde dói?

– Tudo. Meu corpo está latejando. Preciso que essa dor pare...

Elsa olhou para Jack.

– Jack. Preciso que você chame Kristoff.

– Mas como? Ele não acredita em mim, não pode me ver.

E então ela percebeu que sua irmã não lhe encarava mais. Que as duas estavam olhando na mesma direção.

– Eu acredito – disse Anna, com uma voz fraca.

– Acredita? – perguntou Elsa, surpresa. Naquela manhã ela não acreditava.

– Sim. Eu... me esforcei para acreditar e... – tentou sentar – Ai!

–Fique quieta! Desse jeito vai acabar perdendo o bebê. Você não pode fazer mais esforços. Jack, por favor, faça Kristoff acreditar. Anna provavelmente está com vários ossos quebrados, precisamos levá-la aos trolls.

Jack

Para Jack, fazer alguém acreditar nele parecia algo bem difícil. Mas precisava tentar. Voou até o castelo e foi até a janela do quarto do casal. Percebeu logo que era imenso. E bem arrumado, por sinal. Uma penteadeira ficava em uma parede, um enorme cabide vazio – para casacos e chapéus – ficava próximo da oposta. Quadros se espalhavam por todo o quarto, cujo um deles era dos dois no casamento.

Esse casamento não foi bom apenas para o casal, pensou. Depois voltou ao foco. No centro do quarto havia uma enorme cama de casal, onde Kristoff estava lá sentado conversando com um boneco de neve – cujo tinha uma nevasca só pra ele.

Jack abriu vagamente a janela e pôde ouvir um pouco daquela conversa:

– ...não quero que ela se machuque! Olaf, se algo acontecer à minha Anna... Não sei. Já a perdi uma vez, você lembra. E a culpa daquilo havia sido toda minha por não tê-la beijado logo enquanto ainda estávamos com minha família. Como fui estúpido! Mas agora o foco não é esse. Ela simplesmente não consegue ir em uma busca sozinha.

E então o boneco de neve decidiu se pronunciar:

– E se Elsa tiver criado outro boneco de neve? Eu não iria suportar... será que elas vão me trocar? É isso! Elas vão me trocar...

Frost então decidiu que era melhor se pronunciar logo ao invés de apenas ficar tentando escutar a conversa. Não sabia exatamente o que fazer, mas tinha de tentar. Primeiro, fez aquele quarto nevar. Kristoff olhou em volta.

– Elsa? – chamou – é você que está aí?

– Não! – gritou Jack, mesmo sabendo que ninguém iria escutar.

Exceto pelo boneco. Olaf olhou em sua direção.

– Ah, olá! Não nos conhecemos ainda. É você que está fazendo neve? Bom, eu sou o Olaf e gosto de abraços quent...

– Olaf – interrompeu Kristoff – Com quem diabos você está falando?

– Ué, você não está vendo o rapaz flutuante na janela?

O príncipe se voltou para a janela, mas seu olhar estava muito além de Jack.

– Não tem ninguém na janela, Olaf.

– Tem sim! Com licença, Rapaz Flutuante da Janela, qual é o seu nome?

Como ele pode me ver? Pensou.

– Eu sou Jack Frost.

– Jack Frost! – repetiu Olaf – esse nome me é familiar...

– Jack Frost? Esse não é o nome do rapaz que Elsa diz estar apaixonada?

– Não, acho que é outra coisa... – disse o boneco

– Sim! Sou eu, Jack Frost, da Elsa! Olaf, por favor, diga a ele que Anna está em perigo. Ela caiu do cavalo.

E então fez nevar para ver se assim o tal “príncipe” acreditava.

– Ele disse que Anna caiu do cavalo.

– O quê?

Ao dizer isso, Kristoff olhou na direção de Jack.

– É verdade?

– Sim. Elsa me pediu para vir aqui. Vocês tem que levá-la aos... qual o nome mesmo? Ah, sim, trolls.

– Mas você voa! Por que não a levou?

Ele não tinha pensado nessa possibilidade.

– Eu posso? Quer dizer, ela é sua esposa e...

Kristoff colocou a mão em seus ombros e o olhou nos olhos:

– Faça o que for preciso, nem que seja respiração boca a boca. Você é mais rápido, eu só preciso que Anna e o bebê fiquem a salvo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram, gostaram? *-* obrigada pelos comentários, gente. Vocês me fazem feliz



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