Uma Aventura no Espaço-Tempo escrita por Ferbs


Capítulo 4
Dalek


Notas iniciais do capítulo

Arco 002 - Episódio 02

Pessoal, a partir daqui, vou me referir ao nosso Doutor como "Doutor" e o Doutor da Clara como "11º", pra evitar confusões, tudo bem? Exceto nas falas de Clara, ela não irá se referir ao 11º como 11º, mas sim como "Doutor". Aí fica de vocês descobrirem pra quem ela fala, mas na maioria das vezes será para o 11º.



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_Pra TARDIS! - gritava Clara, puxando o 11º pelo braço, sendo seguida por Mari e o Doutor. Mas ao tentarem abrir a porta, ela simplesmente não abria.

_Está trancada!!

_Claro que não! - começava o 11º - Dois Doutores dentro de uma só TARDIS, isso é inadmissível para minha belezura, ela ficou muito sistemática, não vai nos deixar entrar, ela não consegue manter o paradoxo.

_Mas a minha aguenta! - dizia o Doutor puxando Mari pelo braço e dessa vez sendo seguida pelo 11º e por Clara.

Enquanto isso, o ser continuava a gritar e atirar, mesmo não acertando nenhum tiro, nem passando perto na verdade.

E o Doutor tinha razão, sua TARDIS abriu a porta para eles fazendo os quatro pularem imediatamente para dentro dela.

_Oh! Você não alterou o Desktop ainda! - dizia o 11º.

_É, eu gosto desse, pretendo deixar por um tempo.

_Mas Doutor, esse Desktop é diferente do que você usa.

_Clara, eu usava esse Desktop antes de você na verdade, com uma grande amiga.

_Tem uma besta sanguinária lá fora e vocês se preocupam com o visual da TARDIS? - intervia Mari, cansada e ofegante.

_Onde nós estamos? Em que planeta vocês pousaram? - perguntava Clara.

_Não sei, no primeiro que vi, vou conferir.

O Doutor então pula para o painel de controles, apertando alguns botões e puxando uma tela para si. Foi aí que todos estranharam. O Doutor mudara seu semblante completamente, agora ele parecia assustado e apreensivo e ao olhar para o 11º, disse: "Trenzalore"

Ao ouvir essa palavra, até o 11º Doutor parecia mais preocupado.

_O que tem Trenzalore? - perguntava Mari.

_É, qual a razão dessas caras? - complementava Clara.

_Trenzalore é o túmulo do Doutor, nosso túmulo, nós morremos aqui. Eu e ele. - Dizia o Doutor, agora mais cabisbaixo.

Um silêncio então toma toda a TARDIS, criando um momento um tanto quanto constrangedor. Gelo que então é quebrado por Mari.

_Aquilo era um Dalek não era? O Que fazia aqui?

_Dalek, como sabe sobre os Daleks?

_Não se lembra Doutor, quando nós...

E como num passe de mágica, as palavras somem da boca da garota, assim como aconteceu quando ela ia dizer o nome do Doutor, meia hora atrás, na pracinha de sua cidade.

_Quando nós o que?

_Er... eu não sei. O que eu dizia mesmo? Sim! Daquela vez que eles invadiram a Terra. Não sei se você estava lá, em 2008, os planetas no céu.

_Ah, claro! Claro que eu estava lá, salvei sua vida naquele dia! - dizia o Doutor.

_De nada! - complementava o 11º.

_Sim, claro, dois Doutores, como? - perguntava Clara após ter ficado um período em silêncio.

_Você e eu... - apontava 11º para o Doutor - nós precisamos conversar agora.

_Agora?! - exclamava Mari - eu também estou muito intrigada com tudo isso, mas não sei se se lembram, mas tem uma besta sanguinária lá fora.

_Não se preocupe, ele não vai nos ferir, Mari.

_Como pode ter essa certeza, Doutor?

_Ficamos uns bons vinte segundos lá fora fugindo dele, e ele efetuou vários disparos, mas não acertou nenhum. Nem sequer passou perto. Esse Dalek não veio até aqui para nos matar. Eu sou o Doutor, para fazerem isso precisariam de um exército.

_Dois exércitos. - complementava o 11º

_Façam como quiser então, contanto que essa porta não se abra.

O Doutor, juntamente com o 11º, sobem as escadas e seguem por alguns corredores, onde encontraram uma sala onde as garotas não pudessem os ouvir. Já Mari continuou na sala principal com Clara.

Um silêncio tomou a sala por alguns segundos, dando para ouvir somente os gritos do Dalek do lado de fora, até que Mari se senta ao lado de Clara e tenta puxar assunto.

_Então... Clara, né?

_Sim, Clara Oswald.

Clara estende a mão para Mari.

_Marianna Lemos. - Mari responde apertando a a mão de Clara. - Mas aposto que você já sabia disso, estou certa?

Clara reluta, mas enfim responde a pergunta de Mari.

_Sim Mari, eu já sabia.

_Como? Desde que encontrei o Doutor, coisas estranhas acontecem, eu sinto coisas que sei que não deveria sentir. É como se eu tivesse memórias das quais eu não deveria, mas quando tento me focar nelas, elas simplesmente se vão.

_Desculpe... eu... eu não posso te dizer isso. Talvez seja uma coisa que você deveria perguntar diretamente para o Doutor. O meu Doutor. Ele vai saber ajudar. Quer saber? Vamos até ele agora mesmo, vem!

Clara estende a mão para Mari e começa a puxá-la pelo braço, indo ao mesmo rumo para onde os dois Doutores tinham ido anteriormente.

_Não faço a menor ideia de onde eles foram. - dizia Clara. Vamos nos separar, assim teremos mais chances de encontrá-los. Aquela que achar primeiro, grita.

E assim, Clara se dirigiu para o lado do parque de diversões, enquanto Mari se dirigia à piscina dentro da biblioteca. Enquanto isso, os Doutores estavam tendo uma séria conversa, na velha sala de retratos.

_Então você não é meu futuro? - perguntava o Doutor.

_Não. - respondia o 11º

_Mas eu não me lembro de você, eu deveria me lembrar, se não é do meu futuro, é do meu passado, eu me lembro das minhas regenerações.

_Menos eu, acredito. Diga-me, você se lembra de Rory, o romano? O Amelia Pond, Os vampiros em Veneza, a explosão da TARDIS, os Silurianos, River Song, o Silêncio, Madame Kovarian e o astronauta do Lago Silêncio?

_Claro, eu vivi tudo aquilo.

_Não, não viveu. Eu vivi. Eu sou aquele Doutor, o 11º, e pelo que me lembre, não me regenerei para me tornar o 12º. Você não existe, não deveria existir. Não te reconheci no primeiro momento, mas aí vi Marianna.

_Você a conhece?

_Você não?

_A conheci hoje.

_Não, você a conhece há meses, anos. Só não se lembra. O que me diz disso?

O 11º então puxa uma pequena cortina, revelando a foto de Marianna com a legenda: "Aquela que matou o Doutor".

_Eu vi isso mais cedo, ainda estou tentando entender o que ela faz aí. Nesse mural só coloco companheiros que já se foram. Pessoas que não estão comigo mais. E acabei de conhecer Mari.

_Como eu lhe disse, você a conhece há anos. Eu não sei quem ela é. Eu a vi aí um dia, esse quadro simplesmente apareceu. Acho que foi você quem colocou. Sua TARDIS parece estar conectada com a minha, parecem pensar juntas. Quando você colocou o retrato aqui, ele apareceu lá também.

_Eu não fiz isso, eu não me lembro!

O Doutor então se senta e passa as mãos pelos cabelos, começando da testa e deslizando até a nuca. Após alguns segundos, ele levanta o rosto novamente.

_Então quer dizer que ela vai me matar? Aquela garota doce e engraçada? A Mari?

_Eu não sei. Só sei que é melhor se afastar dessa garota, pois ela será a sua ruína.

Eles então escutam um bate na parede e ao olharem para o lado, se deparam com Mari, sentada, chorando com a mão na boca.

Ela estava ouvindo.


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