Super-Heróis? escrita por soyrebelde


Capítulo 2
Está só começando


Notas iniciais do capítulo

Oooi, acho que esse capítulo é o melhor até agora. Quero agradecer a vocês que leem e aos comentários aqui . Tenho muitas ideias e vou distribuí-las ao longo da fanfic. Boa leitura!



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POV Daniel

Estávamos há 16 horas sem nenhuma missão, o que era muito raro, já que éramos a "polícia" da cidade. Nossa folga acabou, passei as informações e fomos direto para o local. Tínhamos dois carros, cinco iam em cada um, e como sempre Jorge e Valéria ficavam no volante para qualquer emergência e também porque eles não tinham poderes. Jorge ficava de olho no nosso sistema fuçando as câmeras e o mapa do local da missão.

Chegamos em quinze minutos. Era um banco e tínhamos que resolver um caso de roubo. Entramos os oito e pedi pra Carmen ver o que acontecia. Eram quatro pessoas. Maria Joaquina tirou nossas armas da sua bolsa e falei para Alícia:

– Veja se tem alguém aqui e se tiver tire imediatamente.

– Ok Daniel. - respondeu-me.

Mário fez Rabito atacar um dos ladrões que caiu com tudo. Eu calculei a distância entre cada um dos quatro e olhei pro Davi que entendeu o recado.

Davi mirou sua arma e acertou em cheio um lustre que ficava no teto que caiu sobre um deles. Um outro atirou em minha direção e consegui desviar a tempo. O mesmo atirou novamente, só que dessa vez na direção do Cirilo que foi salvo pelo escudo que usava. Cirilo não usava uma arma, era incapaz de atirar em alguém, mas dentro seu escudo estava sua maior arma. Uma espécie de coração gigante que soltavam raios poderosos.

Então Cirilo usou de seu poder para derrubar o bandido. Agora só restavam dois, já que os outros estavam caídos e gemendo de dor. Então perguntei:

– Vão se entregar ou preferem ficar igual aos seus amigos?

– Vocês se acham tão fortes assim? - retrucou um deles.

– São vocês dois contra nós oito. - falei rindo.

Então rapidamente o que estava falando comigo atirou em uma mulher que estava entrando no banco e desviamos a atenção para ela, enquanto ele correu até a saída e quando voltamos nosso olhar para aquele criminoso nos deparamos com uma cena inesperada. Valéria deu um golpe no homem que fez ele bater a cabeça com tudo no chão.

A polícia chegou com reforços e prenderam aos quatro. Uma ambulância chegou em poucos minutos e levou a mulher que por sorte foi ferida no braço. Davi e Valéria começaram a discutir:

– Você tem que ficar no carro entendeu? FICAR NO CARRO. - disse ele alterado.

– Não preciso da sua permissão pra fazer o que eu quero okay? - respondeu Valéria. - E eu só saí do carro pra avisar aquela mulher de que ela não podia entrar, mas foi tarde.

– Chega tá gente, vamos pro apê logo. - murmurou Alícia.

– Bom golpe, ficamos surpreendidos. - referi-me a Valéria.

Fomos pro apartamento e na porta Davi e Valéria continuaram a discussão e depois cada um foi pro seu apê. Chamei Maria Joaquina pra sair e ela aceitou. Na verdade eu não sei por quê a chamei pra sair, mas desde que ela beijou o Cirilo estou sentindo algo estranho. É como se eu quisesse afastá-la de todos os homens dessa terra, pra que nenhum possa beijá-la ou algo mais.

Me arrumei, coisa que não fazia sempre pois tinha preguiça. Fomos para um restaurante pouco movimentado para não nos incomodarem tanto. Ela ficou curiosa e me perguntou:

– Você saindo do apê, que milagre é esse? Aconteceu alguma coisa?

– Não é que... é que eu... eu estava cansado de ficar me isolando e pensando nas coisas ruins. - respondi.

– Acho bom. Não é legal você ficar trancado naquele quarto. Tem que sair, encontrar uma namorada, ser feliz.

– Namorada? - ri baixo. - Não quero isso pra mim.

– Ué porque não? - perguntou-me.

– Olha só o Davi e a Valéria. Vivem brigando e isso é chato.

– Mas eles se amam e é isso o que importa.

– É mas... E você? Faz um tempo que não arranja um namorado.

– Não encontrei a pessoa certa.

– Você já se apaixonou?

– Algumas vezes, a primeira vez foi por você, lembra? - ela riu.

– Sim eu lembro. - Ri também. - Eu era fanático pelos estudos e o Cirilo era bobo por você, nem cogitei a ideia de te dar uma chance.

– Pois é Daniel. Imagina nós namorando naquele época. Seria bem estranho e éramos os mais inteligentes da sala, iam nos zoar a todo momento.

– O bullying ia ser muito.

O jantar foi ótimo, conversamos sobre muitas coisas e isso me fez muito bem. Por fim nos despedimos na entrada do apê. Observei o seu rosto iluminado pela luz fraca de um poste. Seus olhos estavam mais verdes que o normal e sua boca tinha algo de diferente. Estava mais atraente e eu não sei porque a observava assim, mas eu precisava fazer.

É como se todo o meu corpo implorasse por um toque e me deixei levar. Encostei nosso lábios e foi apenas um selinho mesmo. Majo se afastou e eu me desculpei ao notar que acabei cedendo aos meus desejos. Ela saiu correndo para dentro do apê, enquanto eu fiquei tentando entender o que aconteceu. Por que eu fui beijá-la se a tenho como uma irmã? E pelo que eu sei, irmãos não sei beijam. Tava na hora de descobrir o que realmente eu sinto.

Entrei no apartamento e fiquei no sofá da sala pensando em tudo o que aconteceu, nesse jantar maravilhoso. Jaime chegou, tinha ido se encontrar com a namorada desconhecida e seu rosto estava sujo de batom. Eu já falei que ele emagreceu? Com tantas missões, ele não tinha muito tempo para comer e acabou perdendo uns quilinhos.

Acabei adormecendo no sofá mesmo.


Narrador em 3ª pessoa

Enquanto isso, na mesma noite, Jorge e Alícia estavam se pegando em uma lanchonete nova na cidade. Na mesma lanchonete Davi e Valéria estavam se reconciliando e foram direto pra um motel, lá eles completaram essa reconciliação, vocês sabem como.

Cirilo saiu com uma garota loira e de olhos castanhos claros. Parece que enfim ele estava desencanando da Maria Joaquina, sua paixão impossível.

Era uma noite iluminada, e os super-heróis estavam felizes com mais uma missão cumprida e vivendo normalmente por um momento. É certo de que eles precisam de férias.

Enquanto isso na delegacia, a delegada estava cada vez mais louca. Tentava desvendar a série de tentativa de roubos que estavam acontecendo, questionando os ladrões presos, mas não conseguiu nada. Apenas dois bancos não haviam tido uma tentativa de roubo na cidade nos últimos dias.

Maria Joaquina estava distante e Carmen foi falar com ela:

– Tudo bem Maria Joaquina? Você chegou estranha.

– Você nem imagina o que aconteceu. - respondeu.

– O quê? Conta!

– Eu saí com o Daniel e foi maravilhoso, mas quando chegamos ele... ele me beijou.

– Te beijou? Mas como assim? Vocês não eram como irmãos?

– Foi só um selinho e sim, ele dizia que éramos como irmãos.

– E ele beija bem?

– CARMEN. - Carmen riu. - Foi um selinho. Não dá pra saber se a pessoa beija bem com um selinho.

– Você acha que pode rolar alguma coisa entre vocês?

– Não, eu acho que não. Vou pro quarto dormir, boa noite!

– Boa noite!

Tocaram a campainha do apê dos meninos e o Mário atendeu. Era uma carta sem remetente. Mário acordou Daniel e o avisou da carta. Então Daniel chamou o Jaime e o Cirilo. Jorge e o Davi ainda não tinham chegado.

Daniel abriu o envelope e tirou um papel de dentro, onde estava escrito:

– Prenderam meus capangas e acham que vai ficar por isso? Está só começando.


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Notas finais do capítulo

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