Ray correu igual à uma moçinha, até chegar na porta.

-Oque deseja?  -Abriu-a.

-Raaaaaaaaaay!  -Ele tinha os olhos arregalados e na boca, um sorriso de criança.

Frankie? Era o Frankie? Frankie!

Meudeuseuacheiquenuncamaisfosseolharnaminhacara!

- Frank, Uau, que coisa, voce por aqui... agora, uma hora dessas..-Ray disse sem jeito.

- Ahh, quer dizer então que eu não posso mais passar na casa do meu melhor amigos ás... -Deu uma pequena pausa na frase que estava falando, e olhou em seu relógio- ...Ás onze horas da manhã?

- Não

-Porquê? -Aproximou seu rosto ao dele, olhando no fundo de seus olhos.

- porque?Ah, porque uma hora dessas é hora de dormir, ué! (?)

- Ah Raaay. me poupe! -Frank disse fazendo uma voz Afeminada

- Ai amiga! Eu poupo! -Respondeu fazendo o mesmo.

-Não vai me convidar para entrar, bee?

- Oh Hell! entra criatura... e.. Bee ?

- Bee! -Olhou para dentro da sala, e alcansou seus olhos até mim- ...Quem está ai com você?

-Gerard.

Axo mesmo que Frank nem ouviu a resposta da pergunta, foi entrando a atropelando Ray como ele sempre fazia.

- Ger? -Olhou com brilhinho infantil nos dois olhinhos verdes.

- O..oi.

Ele se sentou ao meu lado e encostou de leve seus lábios sobre os meus, oque causou um arrepio total do meu corpo.Eu permeci parado, imóvel, congelado. Fazia cara de dúvida, afinal quem não faria?

Foi o que eu realmente achei muito estranho; Já que, nós haviamos brigado á cerca de duas semanas, e o pior é que eu nem lembro a merda do motivo.

- V..você não está bravo comigo, está?  -Porque havia perguntado aqui, mesmo?

- Não. Eu deveria?

- Não sei... -Tentei desviar o olhar, mais não conseguia, me sentia paralisado quando estava perto dele, não sei mesmo o porque, me sentia gelado; me sentia... hm.. qual seria a real palavra pra descrever oque eu sentia? Meu corpo tremia todo, era quase uma sensação de extase

Me levantei do sofá e caminhei até o Ray;

-Vem cá, agente precisa conversar..

- Conversar o que? eu tenho medo de você me estuprar! -Ele riu.

- Eu não vou te estuprar, te estupraria se fosse o Frankie,

-Se você fosse o Frankie?... Ou se eu fosse o Frankie?

- Hãm?

- Áh! você entendeu; tipo.. você me estupraria se eu fosse o Frankie? -Frankie olhava asustado pra mim. Aquilo estava estranhamente confuso

- Ah Ray, porra, não faz pergunta difícil.

Arrastei o Ray pela sala, enquanto Frankie continuara imóvel sentado no sofá com a cara mais inocente do mundo.

- Ray, Porque o Frankie tá falando comigo? Tinhamos brigado aquele dia lá na garagem... Faz duas semanas que ele não olha na minha cara. É  estranho ele chegar do nada e me dar um selinho, nem se fosemos os melhores amigos do mundo inteiro, isso não, cara... um selinho? ele encostou a boca na minha isso é ... Nojento...

- Não foi oque você disse a ele ontem a noite.. -Fez novamente a cara de pouco caso de sempre

-Hãm? como assim ontem à noite? oque aconteceu que não me lembro?

- Ah cara, é por isso que eu peço pra você não beber...

- Sabe que não adianta, por isso não peça mais.

- Você e o Frank... Er.. vocês fizeram as pazes ontem a noite.

-Fizemos? ah, isso é bom. -E abri um sorrisinho, sem realmente me tocar do que já estava óbvio todo tempo. Voltei para a sala e me sentei ao lado do Frank novamente.

Ray continuou parado, olhando para a gente.

-Frankie?

-Diga Ray, -Enclinou seu corpo até onde pudesse vê-lo, e sorriu.

-Não vai dizer ao Gerard como fizeram as pazes ontem? Tenho a leve impressão que ele ainda não sacou.

Frankie não disse nada, absolutamente nada, voltou a posição inicial no sofá, a franja comprida tampou seus olhos, ele estava completamente envergonhado e isso se percebia à milhares e milhares de kilômetros de distância... Logo já não se escutava mais nenhum som na sala...