Aprendendo a te amar escrita por GothicUnicorn


Capítulo 29
29


Notas iniciais do capítulo

E vocês vão reclamar novamente que falta algo no capítulo, lo sé, pero no puedo hacer mucho. Queria dizer que, como um ser quase sempre pontual, postei a história já no domingo, mas finjam ser sábado, ok?
Beijos e abraços, amo vocês s2



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Eles passaram a noite pensando um no outro, as lágrimas eram muitas, mas o sentimento era ainda maior.

Não demorou muito e o dia já começava a raiar, Valentina acordou com os galopes, próximos a janela, na verdade levantou com eles, pois com tantas dores, ela mal conseguiu dormir.

– Creio que o armazém já está aberto. – Disse ela, levantando-se. Valentina foi para o banho e a cada gota que caia em seus ferimentos era um grito, mas ela sabia que era necessário que ela passasse por tudo isso, pois os ferimentos que Ivana carregava eram parecidos, porém internos.

Finalmente arrumada, ela desceu e saiu antes mesmo de tomar café. Quanto mais cedo, melhor. Suas pernas não conseguiriam levar-la até a sela de um cavalo, e também não conseguiriam controlar um carro, já que existem mais movimentos com os pés que com as mãos, assim ela pediu para um dos trabalhadores levá-la de carro.

No carro, ela refletia sobre o que diria, mas nada passou pela cabeça, assim ela deixou que o momento dissesse. No caminho ela gemia de dor, o rapaz parou o carro várias vezes para saber o que acontecia, mas ela sempre pedia para que ele seguisse, pois segundo ela, estava bem.

Já em frente ao armazém, ela respirou fundo e entrou.

– Senhora, há quanto tempo. O que quer? – Perguntou Timo, apoiando-se no balcão.

– Preciso falar com seu patrão, Timo.

– Espere que vou chamá-lo. – Timóteo foi até ele, que estava sentado no sofá com Gabriela. – Patrão, a senhorita Valentina quer falar com o senhor.

– Valentina?! – Exclamou Gabriela, saltando do sofá.

– Sim, senhora.

– E o que ela quer, homem? – Perguntou Horácio, levantando-se.

– E eu vou saber? – Horácio andava rápido, não sabia do que se tratava, mas sentia que precisava saber.

Chegando finalmente até o balcão, ele se assustou, seu rosto estava inchado e um pouco machucado também, suas mãos esfoladas e ela mancava um pouco.

– O que aconteceu com você? – Pergunto ele, espantado. – Parece que foi atropelada por um trator.

– Não foi isso, mas foi quase. – Disse ela, movendo-se com dificuldade.

– Entre, por favor, entre. – Comovido, ele foi ampará-la para que pudesse andar. No joelho havia um volume, supostamente criado pela atadura que o cobria. Valentina estava muito machucada. – Me diga como foi isso, homem?

– Já te explico, explicarei com calma.

Gabriela estava aflita, sentada próximo a porta, ela a observava a todo instante, quando finalmente viu Valentina entrando, e viu também a situação que estava, correu para ajudá-la

Que te pasó? – Gritou ela, correndo em sua direção.

– Já explicarei. – Chegando finalmente a sala, eles a sentaram no sofá, seu semblante era de dor, e as mãos sempre iam até as costelas.

– Muito bem, agora explique.

Valentina respirou fundo e começou a falar. – Horácio, eu preciso que me ajude.

– Ajudar em quê?

– A juntar o José Miguel com a Ivana.

– Como farei isso, homem? – Perguntou ele, fitando-a indagado.

– Vocês sabem que tentei ir para a cama com o José Miguel, ele já estando com a Ivana, certo? Depois disso todos me deixaram sozinha, inclusive você, Gabriela. Pois então, na noite em que tudo isso aconteceu, José Miguel foi me procurar e disse que Ivana havia perdido a menina. Fiquei algumas semanas me sentindo culpada, e então resolvi procurá-la.

– E ela? Como reagiu? – Perguntou Gabriela, concentrada na história.

– Não muito diferente do que eu esperava. Vejam como reagiu. – Disse ela, apontando para o corpo.

Em um ato impensado, Horácio começou a rir e quando viu que as duas estavam sérias, parou repentinamente. – Me desculpe. – Disse ele, ainda sorrindo. – É que não resisti. Enfim, prossiga.

– Continuando... Vi que ela está grávida ainda, e minha tia Isabel disse que ela tentou se retratar com José Miguel, mas ele não deu chance para ela falar. Fui falar com ele, mas ele não me deixou falar e ainda cai, me machucando ainda mais. Ele te ouve, Horácio, por favor, vá falar com ele.

– Ivana deveria estar na cadeia! – Exclamou Gabriela, já colérica.

– Não, Gabriela, não devia. Imagine se eu digo algo sobre ela, ela vai para a cadeia, dá a luz lá e mais uma vez eu acabei com a vida dela.

– Você continua muito boazinha com ela. Eu achei errado o que você fez, foi por isso que sai de sua casa, mas nunca gostei da Ivana, e isso não é surpresa para ninguém.

– Você pensa como eu pensava, Gabriela. Ivana sempre precisou de alguém que a entendesse, de alguém que soubesse amá-la como ela é e encontrou isso em José Miguel e eu tirei-o dela.

– Mas ela tirou-o de você antes.

– Não, eu tirei dela primeiro, ela dizia que o amava, e eu não soube respeitá-la. Quando José Miguel disse que me amava, poderia ter dado um basta, mas não, o correspondi. Hoje eles terão um filho e quero que sejam felizes. Já roubei muito amor dela, afinal ela me compartilhou a mãe, e muitas vezes minha tia me apoiou, quando ela também precisava de apoio.

Sem palavras, Gabriela ficou fitando-a, elas não disseram mais nada, até que Horácio quebrou o silencio com uma pergunta:

– Então, o que devo falar para o José Miguel?

– Diga que ela ainda está grávida e que ele precisa voltar para ela, pois foram feitos um para o outro, mas não diga que eu te mandei dizer.

– E se ele perguntar como sei?

– Diga que a viu, oras. – Valentina levantou-se com dificuldade e foi caminhando devagar até a porta. – Obrigada por tudo. – Quando estava prestes a cruzar o batente da porta, Gabriela chamou-lhe a atenção.

– Valentina, espere! – Gritou ela, correndo em direção da amiga. – Quero te pedir perdão.

– Perdão pelo que? – Perguntou confusa.

– Por ter te abandonado quando mais precisou. – Disse ela abraçando-a.

– Não tem porque se desculpar, alias, era eu que deveria agradecer, pois graças a esse abandono eu compreendi meus sentimentos e meus pensamentos. Vi que eu era tudo que o José Miguel me disse, que realmente merecia o desprezo de minha prima, e nesse tempo, até Alonso aprendi a amar, mas agora o perdi para sempre, e com ele perdi meu filho também. – Com um sorriso no rosto, ela foi até a frente do armazém, afinal sua parte já havia sido feita.

Enquanto isso, no hotel, Ivana estava sentada sobre a cama, ainda com cara de sono, ela queria entender tudo que estava acontecendo e pensava incansavelmente em uma maneira de tentar arrumar tudo aquilo, mas não via como e também não via perdão, pois se fosse ela no lugar de José Miguel, nunca se perdoaria.

– Você é uma idiota, Ivana, uma idiota, e eu não gosto de idiotas. – Disse ela, batendo em seu próprio rosto. – Não faça isso, afinal isso fará mal a ... Mamãe, o que acha da bebê chamar Isabela? – Perguntou ela, voltando-se para a mãe.

– Acho bonito, filha. – Respondeu ela, beijando-a na testa. – Está com fome?

– Muita, mamãe, realmente muita. – Ela colocou os pés na cama, enquanto acariciava o ventre. Isabel desceu para pedir-lhe alguma coisa de comer, enquanto Ivana ficou no quarto. – Isabela Dorantes Rangel, eu gostei.

Horácio havia chegado à fazenda e receoso aguardava na sala de estar, enquanto Chuy ia chamar José Miguel, que estava no campo.

– Olá, Horácio! – Exclamou ele, feliz por ver o amigo.

– Olá, José Miguel. – Respondeu ele, levantando-se bruscamente. – Pode ir tirando o sorriso do rosto, pois a conversa é séria.


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Notas finais do capítulo

Comentem e me deixem feliz :D



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