Raivas Insubstituíveis escrita por Beatriz
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem, e como prometido este será maior!
POV ON – CLUBE FOGO
Depois de ter perdido sua espada para sua arqui-inimiga e ter ficado completamente sem nada, Felipe foi atrás apenas de Caio. Encontrou com somente dois de seu Clube e traçou uma estratégia para ganharem a primeira prova do FCJ. Bruna e Matheus iriam lutar contra os adversários enquanto Felipe ganhava tempo para salvar Caio.
O combinado foi feito. Uns voavam, outros lutavam e via-se isso por todo o Campo de Provas. Felipe corria tão rapidamente que as vezes até se esquecia o motivo de estar ali. Foi quando ele viu Caio acorrentado sobre uma árvore.
– Fe! Amém! – Caio gritou suspirando.
– Caio! Como eu te tiro daqui, cara? – Felipe perguntou e percebeu que talvez não fosse tão fácil assim tirá-lo dali.
– Começa por trás de você.
Felipe olhou devagar para trás e viu Pedro segurando um machado.
– Felipe, segura essa! – Caio chutou uma espada que estava ao seu lado para que Felipe lutasse melhor.
O garoto pegou-a do chão tão rapidamente que Pedro nem pôde pensar em como atingi-lo. Aquelas armas extremamente perigosas nas mãos de adolescentes de dezesseis anos poderia ter um fim trágico. Mas ambos pensavam positivo, dizendo para si mesmos que saberiam manusea-las com cuidado.
Felipe apontou a espada para Pedro tentando atingi-lo, porém, o garoto que protegia seu Clube se defendeu com o machado em suas mãos, e na mesma hora tomou controle da água que estava mais próxima, fazendo com que molhasse e afastasse Felipe daquele lugar. O ruim para Pedro, foi que Felipe possuía fogo em mãos, e quando ambos se juntavam, um fulgor aparecia deixando-os cegos por alguns segundos. Durante este brilho, Pedro caiu, e enquanto lutava para se levantar Felipe correu em direção ao seu amigo Caio e o soltou.
Os dois corriam como loucos, e chegando no Ponto Final da prova, tocaram o sino – que deveria ser tocado quando alguém tivesse terminado a prova – suspirando como cachorros com sede.
POV OF – CLUBE FOGO
Eu corria e corria, mas não conseguia achar Duda. Alguém poderia ter a achado e estar tentando resgata-la, mas era eu quem deveria fazer isto. Até porque o meu papel aqui é ser a líder, e eu como líder deveria achar minha amiga e ir tocar aquele maldito sino, que nos esperava no Ponto Final.
No momento em que me encontrei com Aline, e me deixei levar por vê-la voando, ouvi o sino ser tocado.
– Quem tocou? – Aline gritou assustada.
– Eu não sei... temos que ir para o Ponto Final. – Mal consegui piscar e Aline me pegou, voando em direção ao sino. A sensação de voar era divina. Transpirava liberdade e vida.
A maior decepção da minha vida foi chegar no Ponto Final das provas e ver Felipe e Caio sentados, como se estivessem descansando naquela grama maravilhosa que agora... só demonstrava tristeza para mim.
– Não acredito. – Aline começou. – Porque eles meu Deus?! Eles nos fazem tão mal! Nós deveríamos ganhar! Eles são inescrupulosos, Cata! Meu Deus! – Ela me balançava às vezes, e eu já via-me caindo em cima dos dois garotos que estavam abaixo de nós.
– Calma, Aline! E para de me balançar antes que me derrube! – Gritei e logo percebi que todos já estavam reunidos no Ponto Final, e estavam olhando-nos.
Eu não estava acreditando, não mesmo. Depois de todos esses dias suportando as mais chatas explicações dos professores, nós perdemos. Eu perdi.
Todos nós ganhamos a nota merecida e logo fomos liberados. Duda estava machucada, com um corte no braço parecendo ser de espada. Foi quando lembrei que eu estava machucada também.
– Droga. – Suspirei.
– O que houve? – Gustavo me perguntou e eu me peguei observando o clima e uma química que rolava entre Pedro e Duda, enquanto ele cuidava de sua ferida.
– Só um corte.
– Ah, claro. – Estendeu-me um lenço.
Por que na vida nada é fácil? Por que será que temos que ter mérito para ganhar certas coisas? Eu não entendia isso, e não queria entender. Agora eu só queria saber de descansar comendo Pringles com Coca-Cola e conversando com meus amigos em casa.
– Gente, se não ganhamos é porque não era para ganharmos! Só isso. – Duda mostrava para poucas pessoas o seu lado determinado e compreensivo, o que eu só fui descobrir quando tínhamos doze anos.
– Mas eu não consigo acreditar em como nós falhamos!
– Calma, Aline. Agora já foi, não adianta chorar pelo enter apertado. – Disse. – O que temos que fazer agora é esquecer isso e treinar para a próxima prova.
– É verdade que depois de cinco provas nós temos férias? – Gustavo estava de ponta cabeça no meu sofá verde musgo.
– Sim! – Todos responderam naquele lindo uníssono sarcástico.
– Você sempre pergunta isso, por que em, cara? – Pedro lhe deu um leve tapinha na testa.
– Sei lá, acho que é cansaço... – Rimos.
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