Raivas Insubstituíveis escrita por Beatriz


Capítulo 1
Capítulo 1 - Os Portões Se Abrem Novamente


Notas iniciais do capítulo

Bem, este é o primeiro capítulo e espero que vocês gostem bastante, porque eu o fiz com muito carinho...



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Estava tão claro que eu mal conseguia abrir os olhos. Mas quando finalmente consegui, eu o vi. Estava segurando sua espada mais forte, e ainda parou com sua melhor pose, apoiando apenas um pé no chão e fazendo uma curva sensual com o corpo. Logo ele começou a andar, sim, ele andava em minha direção, chegando bem perto, aquele cara soltou sua espada tão delicadamente que eu quase nem ouvi seu barulho caindo no chão. Começou a chegar perto, suas mãos encontraram meu rosto e ambas domavam o mesmo. Puxando-o para mais perto de seu rosto e com certeza (Meu Deus), querendo me beijar...

- Catarina, acorda! – Ouvi minha mãe gritar altíssimo. Abri os olhos e ela estava do meu lado me empurrando bruscamente.

- Mãe, o cara mais gato do universo ia me beijar! Por que fez isso? Me responde, por que? – Ela somente riu e saiu do quarto dizendo os blá blá blás dela, de que eu tinha que me arrumar para ir para o colégio. Primeiro dia de aula do segundo ano do ensino médio.

Me arrumei e saí, estava super atrasada como sempre. Puxa, eu nem estava acreditando que minhas férias já haviam ido para o ralo. Parece que foi ontem que eu estava na fazenda dos meus avós, comendo milho e brincando com espadas e machados.

Mas espera... tenho que lhes contar que eu não sou uma garota normal. Eu, Catarina Ferreira, tenho uma disfunção no sangue e por isso sou... hum... “anormal”. Ainda não inventaram um nome para isso, mas sou como aqueles super heróis que passam na TV enquanto você come seus biscoitos. Mas não sou uma super heroína, nunca salvei ninguém, nunca matei ninguém ou algo do tipo, eu apenas nasci assim e tive que entrar para um colégio específico para pessoas como eu.

No Colégio FCJ (Fundação de Clubes Juvenis) conheci Gustavo, que é meu amigo mais idiota, na verdade meu melhor amigo. Lá, existem os Clubes, que em uma escola normal seriam as “salas”, eu por exemplo, sou do Clube Água.

- Hoje começam nossas aulas no segundo ano do ensino médio e você está querendo atrasar o Clube Água, Gustavo? – Fui entrando no quarto do garoto mais bagunceiro que eu já pude conhecer.

- Então, é exatamente por isso que eu tenho que arrumar meus cabelos, é o primeiro dia do segundo ano! Vai ter muita garota nova, e querendo garotos novos... ou seja, eu! – Gustavo continuava com seu jeito insuportavelmente brincalhão, arrumando seus cabelos pretos lisos.

Todos os dias fazíamos o mesmo longo e tortuoso caminho, passando pela melhor loja de doces do universo, da Dona Rosa, e pela padaria que sempre tinha um senhor de idade sentado em frente lendo um livro que algum dia eu conseguiria desvendar o nome.

Nos encontrávamos com o resto dos integrantes do Clube Água: Aline, a loira mais bonita que eu já pude conhecer; Maria Eduarda que é aquela amiga que todo mundo tem, chamada de “porra louca” ou só “louca”, eu gosto de dramatizar; e por último o Pedrinho, que eu acho que é gay, mas ele nunca nos contou nada.

- Gente que saudade! – Aline gritava e pulava ao mesmo tempo.

- Também estou com saudades, mas por favor vamos logo porque estamos atrasados! – Falei tentando não ser seca demais.

Era vinte e dois de Fevereiro, um Sol começava a sair às sete da manhã enquanto íamos para o colégio que foi criado com a intenção de melhorar questões físicas e mentais dos alunos que na verdade não estavam nem aí pra isso, só queriam curtir com a cara um dos outros usando seus magníficos “poderes”.

- Hoje é dia vinte e dois não é...? – Dramatizei mais uma vez.

- É verdade! Parabéns Cata! – Duda, Aline e Pedrinho vieram me dar parabéns um de cada vez, todos graciosos.

- Jesus, verdade! Esqueci de verdade, Cata. Desculpa! Parabéns, sua magrela. – Gustavo me abraçou e o resto fez o mesmo, formando aquele lindo abraço coletivo.

- Achei que tinham esquecido.

- Esquecer o dia que a magrela mais magrela de todas faz 16 anos? Desculpa, mas nunca. – Pedrinho sempre brincava com a minha magreza, mas no fundo, ele queria ser uma mulher como eu.

- Darling, você sempre será aquela mais velha do Clube Água. – Percebi que Duda continuava com o brilho que sempre teve nos cabelos negros, sem contar que não o tinha cortado ainda.

- Qual é, o Gustavo faz em Janeiro!

- Ele é criança! – E puf! Começou a discussão entre Duda e Gustavo.


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Notas finais do capítulo

Uhuuuu. E ai, o que acharam?



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