Always Been You escrita por Neens


Capítulo 1
One




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Always been you

Capitulo 1

Lágrimas rolam no seu rosto
Quando você perde algo que não pode substituir
Lágrimas rolam pelo seu rosto

Elena pensou mais uma vez em tudo o que aconteceu nos últimos anos, todas as mortes e felicidades mesmo que sejam poucas. Ela pensou com cuidado cada detalhe ― não que ela estivesse arrependida do que aconteceu, de longe isso, se orgulhava e agradecia mentalmente por ter pedido ao Stefan por ter salvado Matt naquela ponte, mas ela queria morrer não virar uma vampira, como havia acontecido.

Não poder ter uma família era o que mais lhe machucava. Elena queria o que toda mulher almeja; ter filhos, casar e envelhecer normalmente.

Mas sabia que isso era uma caso totalmente perdido, pois os rapazes que ela amavam não poderiam lhe dar o que queria, não que ela quisesse pedir, porque a mesma sabia que eles morreriam por ela, mesmo depois de tudo que ela fez.

Não era novidade que ela era considerava egoísta e indecisa. Elena sabia desses seus defeitos mais que todos ao seu redor, mas isso não a machucava mais.

O que a machucava eram as mortes causadas por ela.

Maldito vampirismo, pensou.

Suas emoções ficavam sempre a flor da pele ― o que consequentemente tornava tudo muito pior. Seu ridículo defeito ou ótima qualidade de sentir, de amar demais as pessoas era o que lhe matava, mas não se arrependera de nada.

Um filme passou por sua cabeça, um longo filme. A primeira vez que viu Stefan, a primeira vez que viu Stefan de verdade, quando ela estava no colégio saindo do banheiro masculino depois de brigar com Jeremy, bom, não era uma das formas mais legais de conhecer um cara, naquela hora se sentiu totalmente envergonhada, ela pensou em cavar um buraco no chão do corredor do colégio.

Ou então a primeira vez que viu seu Damon, quando tinha ido procurar Stefan em sua casa. Ela ficou totalmente surpresa e magoada por ele ter um irmão e se sentiu horrível também por que ela arfou quando contemplou o anjo negro. Exuberante e tentador.

Elena pensou no dia em que descobriu sobre o vampirismo de Stefan e o choque que tomara na época, não conseguia acreditar naquele fato. Medo. Era isso o que sentirá naquele momento sobre ele, mas esse medo era misturado com seu amor que conseguiu superar tudo.

Lembrou da primeira vez que beijou Damon, em seu leito de morte, quando encostou os lábios nos de Damon, eles eram macios. Elena tinha ficado desesperada quando soube que ele iria morrer.

Katherine. Silas. Klaus.

Tudo lhe dava tanta dor de cabeça, o pior que ela não podia culpar ninguém, Elena gostaria de culpar a si mesma, assim seria mais fácil, assim tudo seria mais fácil.

Era culpa do destino.

Maldito destino.

O buraco no seu peito que ainda doía depois que religou sua humanidade voltou mais forte, ela voltou a chorar. Elena chorava e soluçava, ela olhou ao redor do quarto de hóspedes. O quarto amadeirado com foro branco incrivelmente elegante como sempre, igual aos outros cômodos da mansão Salvatore, a grande janela que se situava no quarto mostrava que ainda era noite. Elena estava na casa dos Salvatores depois que cometeu mais uma de suas burrices ― queimando sua casa, suas lembranças, diários e fotos, matando a ela mesma, ela queimou a casa junto com o corpo do seu irmão ou qual nem tivera oportunidade de enterrar ― Elena tentou dá uma nota a sua idiotice. Ela concluiu que tirou um dez.

Desligar a humanidade foi uma das piores coisas de sua vida ― se não a pior ― por que Elena matou pessoas inocentes e ela não sentia remorso enquanto fazia isso. Lembro-se da vida que saia do corpo das vitimas, enquanto ela sentia o sangue quente deles descer pela garganta e logo em seguida vinha a melhor parte, ouvir elas clamando por piedade.

Foram tantas pessoas.

Elena tentava imaginar se ainda possuía lagrimas para derramar. Pensou se os soluços e quase-gritos que dava iriam apagar essa dor e culpa que encharcavam seu peito.

Foi quando sentiu braços fortes e protetores ao redor dela, a aquecendo, sentiu-se como se aqueles braços sugassem um pouco de sua dor ― não toda ―, mas um pouco. Será que se ficasse ali o resto da semana a dor iria embora? Não. Também não poderia, pois Caroline a mataria, ainda tinham que se formar ― como se tivesse animação para isso ―, contudo era importante, talvez fosse como uma passagem para uma nova vida.

Elena virou-se cuidadosamente enterrando o seu pequeno rosto no peito musculoso macio e quente, se agarrou mais como se pudesse fundir-se ao corpo do homem. A dor amenizou por um momento.

Elena aspirou o cheiro de menta e hortelã refrescante, aconchegante e delicioso do pescoço dele. Devagar, ela foi se movimentando para observa a face do seu conforto momentâneo, mas não desgrudando de seu corpo.

Ela sabia quem era sem nem ao menos ver seu rosto.

Olhou diretamente para os olhos verdes brilhantes e profundos onde tinha continham amor, carinho e segurança. Os seus cabelos castanhos claros do mesmo jeito que ela se lembrava de ver da ultima vez que o encontrou.

― Foi tudo minha culpa Stefan ― Balbuciou Elena. Ela chorava e soluçava compulsivamente, ela era simplesmente um monstro, o pior de todos eles, não só por ser vampira, mas por ter coragem de quebrar o coração de Stefan, seu amado, seu porto seguro onde podia confiar, pois ele estaria sempre ali ao seu lado.

― Se acalme Elena, não foi sua culpa, não chore. ― Stefan falou, mesmo que ela tivesse quebrado seu coração da pior maneira imaginável nunca conseguiria deixar de ama-lá. Stefan se considerava tão masoquista quanto Elena. Ele sentia a dor de Elena, aqueles olhos castanhos chocolates estavam vermelhos pelo choro, seu cabelo estava desgrenho e seu rosto expressando o quanto arrependida estava. O quão quebrada se sentia.

Stefan passou os dedos sobre suas bochechas um pouco exitante e limpou algumas lagrimas que descia no momento.

Ele pode sentir Elena se enroscando mais contra ele, como se quisesse fundir eles dois. Ele gostava. Sabia que Lexi estava lá embaixo, não por muito tempo, poderia aproveitar o tempo com sua amiga, mas ouvir Elena chorar era como se o coração dele fosse esmagado.

― Fica comigo? ― Elena perguntou, agora ela deitava sobre o peito de Stefan, sentindo suas pálpebras pesadas, as lágrimas ainda caiam pelos seus olhos, se sentia fraca. ― Só está noite Stefan... Sei que não tenho direito de lhe pedir isso, mas sinto que vou virar pó. Que estou virando cinzas. ― ela levantou seu rosto para olha-lo ― Eu estou caindo.

― Eu vou te segurar, você nunca irá cair. ― garantiu.

Elena repousou sua mão no peito dele. Stefan deu uma beijo no topo de sua cabeça, ela pode sentir o toque, ele a tranquilizava e Elena adormeceu.

***

O despertador tocou fazendo um som horrível para aos ouvidos da vampira que dormia na cama. Elena pegou o despertador e jogou na parede o despedaçando totalmente por maltratar seus tímpanos.

Depois de Stefan vir lhe consolar ontem a noite ela repensou em algumas coisas. Percebeu que sua vingança contra Katherine Pierce ou Petrova ― Elena ainda não entendia exatamente como a chamar pelo sobrenome ― não iria trazer nada o que perdeu de volta, iria ser somente mais uma morte nas suas costas. Isso se ela conseguisse a matar. Mas por uma lado Katherine poderia a matar, mas... Se ela morresse, quantas pessoas ela iria ferir?

Elena levantou da cama e foi fazer sua higiene.

Era hoje o dia de sua formatura e todos os seus amigos, eles conseguiram termina o colegial apesar de tudo, Caroline deveria está louca já que ela que organizou os detalhes.

Elena caminhou até o guarda-roupa e pegou seu vestido branco de renda com alças grossas que vai até acima do joelho, o vestido era macio, confortável e fresco, para um longo dia de Sol de MF, colocou sapatilhas cor neutra e confortável, não queria usar salto hoje, se pudesse usaria seus tênis, faz tanto tempo que ela não os usava ― contudo não poderia.

Seus pais adorariam lhe ver formada, mas talvez eles ficassem melhores onde estão, pelo menos eles não sentiriam a dor da morte da tia Jenna e do Jeremy e não se envergonhariam de ter uma filha vampira que tinha desligado a humanidade e matado pessoas inocentes.

Elena desceu as escadas e deu de cara com Stefan, ele estava de Smoking.

― Você estar melhor? ― Stefan perguntou com um tom preocupado, oferecendo a mão para ela termina de descer as escadas.

Elena aceitou e quando sentiu o toque aconchegante e familiar suspirou.

― Sim ― disse, eles se encaminhavam para o carro de Stefan onde iriam até o colégio receber seus diplomas ― E Stefan...

― Sim? ― Stefan a olhou de soslaio enquanto se dirigia para o colégio.

Elena observou por um momento as copas das arvores para evitar contato com ele.

― Obrigado ― agradeceu ― Por ontem a noite, por não ter desistido de mim nunca, mesmo depois de tudo.

― Elena, não precisa agradecer eu lhe prometi que sempre estaria aqui não é? ― ele perguntou, e Elena concordou em um sinal positivo se lembrando do momento em que ela desabafou com Stefan na quadra do colégio. ― Então não precisa agradecer. ― completou dando um largo sorriso no final.

― Eu tenho que agradecer, realmente obrigado por todo e não só por isso ― Elena o olhou ― Apenas aceite.

Stefan murmurou um tudo bem para logo em seguida voltar sua atenção a  estrada.

***

Quando chegaram na comemoração Elena e Stefan foram pegar suas becas, elas eram vermelhas.

Eles caminharam para o local onde estavam todos os seus amigos.

Quando chegaram, estavam todos lá até mesmo Tyler, ele voltou para se forma, disse que seus pais talvez gostassem, quando perguntamos como ele passou sem fazer a prova, ele respondeu que ser um hibrido tem suas qualidades.

Caroline pediu um abraço em grupo, Stefan protestou, contudo Caroline o puxou e todos se abraçaram dando pulos de vivas por que todos eles tinham conseguido, e não se tratava apenas da formatura.

***

Elena chegou a casa dos Salvatores e foi deixar sua beca no quarto.

Damon a chamou para conversa e ela ficou tremula.

Se ele não fizesse isso ela mesma faria. Elena tinha conhecimento de que não podia prender os dois, tinha que liberta um e sua decisão estava tomada.

Ela dava passos firmes até a sala que só era iluminada pela clareira, viu Damon no meio e ela perdeu toda coragem que possuía.

Damon estava tomando uísque, ele queria Elena, esperava que ela o escolhesse, ele a daria a cura, todo o que seu amor mais almejava.

― Damon. ― seu coração palpitou, as palavras tinha sido presas em sua garganta.

Damon virou para olha-la, encara ela melhor, e ele jurou encontrar a verdade em seus olhos, mas logo balançou a cabeça em descrença.

― Tenho uma coisa para você.

Damon pegou a caixinha e Elena o olhou desconfiada, entregou-a para Elena que abriu e engoliu o seco.

Tudo o que ela queria estava dentro daquela coisa minuscula a qual seu irmão morreu, estava ali e Damon a tinha dado a única esperança. Mas era realmente o que queria, realmente era a coisa numero um de sua longa lista?

―Damon eu... ― Elena queria tanto agradece-lo, mas agora para que serventia teria?

― Só aceita.

― Tudo bem. ― Ela o encarou e apertou a caixinha na mão direita.

― Eu te amo.― ele proferiu as palavras que ela tanto gostava.

― Eu também, acredite. ― Elena respondeu olhando para o chão ― Por conta disso também queria conversa com você. ― inalou o ar denso ― Damon, você sabe eu sinto algo por você e tão forte que me suga. É estranho talvez não seja amor de verdade, retiro o que eu disse, é amor, eu realmente espero que você entenda essa decisão, me desculpe Damon você merece alguém que te ame de igual a igual ― ela respirou ― Você merece um amor incondicional e puro, um amor tão bonito quanto você. Eu quero que você seja feliz.

― Eu não vejo outra felicidade a não ser com você, nunca vai existir, só você.

― Existe. ― ela deu um passo a sua frente. Apertou as unhas em punho, segurando a vontade de ir até Damon.

― Não.

Damon saiu da sala, ele iria embora, iria voltar a ser o que era como nos velhos tempos. Mas valia a pena? Novamente seu coração havia sido quebrado pela sua garota.

Talvez Damon não precisasse voltar a seu antigo, talvez ele só precisasse de tudo o que queria. Amor.

Elena levou a mão ao coração, ele estava se despedaçando, soltou um grunhido de sua garganta. E percebeu que precisava restaurar o buraco que tentava se reabrir em seu peito.

***

Elena caminhava a passos largos ao quarto de Stefan, depois de tomar sua decisão e ver uma pessoa ao qual ela amava ir embora a quebrou, mas ela tinha que crescer e ela finalmente tinha certeza do que queria sem voltas. Bem antes de ir para a mansão naquele dia ela comprou uma coisa, não que seja do modo tradicional, mas ela esperava que ele aceitasse.

― Stefan. ― Elena chamou. ― Tenho que falar.

Stefan balançou a cabeça em um gesto afirmativo e levantou da cadeira ficando de frente a Elena.

― Stefan Salvatore, você sempre foi meu porto seguro, minha luz quando estava tudo escuro bom e eu não quero fazer um discurso para você agora do quanto eu te amo e sempre te amei, não agora, mas em breve. Stefan sempre foi você.

Stefan caminhou e passos largos até Elena e a beijou. Como sempre o beijo era como explosão de fogos de artifícios, a costumeira eletricidade era passada para ambos os corpos.

Stefan encerou o beijo dando mais um selinho tímido e demorado em Elena, ela sorriu.

― Comprei uma coisa, eu acho que não é muito tradicional deveria ser o contrario.

― Certo. Tenho uma coisa aqui que eu sempre quis dar a você. ― Stefan se encaminhou até a prateleira e tirou uma caixinha preta. ― Eu já estava a muito tempo querendo isso. ― Ele sorriu empolgado.

Stefan escondeu a caixa em suas costas, Elena fez o mesmo com sua caixinha azul.

― No meu sinal.

― Certo.

― Um, dois, três.

Eles tiraram as caixas e mostraram um ao outro dizendo, no mesmo momento, as palavras que mudariam realmente tudo.

― Gostaria de casar comigo?


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