We Found Love (HIATUS) escrita por Mayy Chan


Capítulo 8
Terceiro dia - Ruas de Miami


Notas iniciais do capítulo

Amoooooooras, o Nyah! retornou e eu QUASE dei a louca. Nesse espaço de tempo, fiquei os dias no Skoob e lendo os livros novos que eu comprei. Acreditam que até eu tive que resistir ao charme de ACEDE. Mas, antes, tenho uma pergunta: querem que eu faça uma fanfic de Harry Potter, ou outra saga? Se sim, qual?

Ah, umas leitoras pediram o meu Skoob, aqui está: http://www.skoob.com.br/usuario/1172526

Obrigada por tudo, Mayy *u*



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Eu não sabia o que deveria fazer, apenas tinha a certeza de que, pra sempre, Annabeth seria algo mais do que apenas uma garotinha pra mim. Ela era menina por quem eu tinha a audácia de me apaixonar e, mais ainda, a garotinha mais estúpida que eu já tive o prazer de conhecer.

Não posso falar que posso chegar a odiá-la, porque tudo o que eu venho fazendo desde que cheguei foi observar o seu jeito estúpido e calado de ser, como se nada realmente importasse. Será que ela não tem coração, ou simplesmente não sabe o que é ser amada?

Tudo que eu sei sobre ela é o temperamento um pouco insano e louco de sua mãe, e o fato do pai ter a deixado com apenas um gato gordo e nojento. Nota-se que ele não era uma pessoa muito sentimental, estou certo? As vezes tudo que eu queria era que ela parasse um pouco de mimar FatLouie e lembrasse que existem pessoas de verdade ao seu redor? Viu?! Eu até decorei o nome daquele gato estúpido.

Agora eu só precisava me preocupar com que ela saísse da minha mente, porque não consigo parar de lembrar de qualquer coisa que a rodeava, como aquele vestidinho azul, a cesta de morangos que ela levava para todos os novos vizinhos, e até mesmo o seu hábito de ler sempre aquele mesmo livro quando tinha sete anos. Se não me engano, o nome era "O Pequeno Cavalo Branco".

Mas eu não entendia a sua forma de ver o mundo, como se tudo floreasse o desastre e a mesma não pudesse confiar em ninguém. E logo eu, que sempre tentava falar com a mesma de alguma forma, estava entrando em desespero.

Só que aquele pedido de desculpas não era só por ter acabado com a nossa amizade infantil, como também por esquecer de como ela me fazia em com suas meias palavras e gestos esclarecedores. Ou mesmo com a forma que ela secretamente sorria quando ouvia algo engraçado o bastante pra ela não resistir. E, claro, por ter jogado sorvete nela, aquele dia na terceira série.

Estava jogando videogame no meu quarto, junto com a patrulha masculina, quando um barulho de batida na porta se é ouvido. Pra nossa surpresa, Annabeth, Thalia, Kaytlin e Katie estão na porta, junto com o que parece ser Doritos e Coca Cola.

— Viemos participar da festa! — anima-se a Grace.

— Caso não tenha notado, isso é videogame, e não brincar de casinha. Meninas, sinto lhes informar, mas não mesmo.

— Nem nos seus sonhos mais selvagens que eu vou ficar aqui na porta igual uma idiota.

— Primeiro, com você eu só tenho pesadelos. Segundo, você realmente é uma idiota.

Ela até tentou fazer aquela coisa com a trança, mas pareceu não funcionar. Will Solace sempre foi o único menino que Kaytlin não podia controlar com o seu bom-humor e sorriso perfeito. Acho que talvez seja pelo seu coração de pedra, depois de ter pedido todo mundo com quem se importava.

A história de Will era tão horrível que eu mesmo jamais teria coragem de contar. Quer dizer, era como se tudo que acontecesse com ele fosse um desastre do lado do outro. E, bem, ele sempre se manteve ciente de que a Wipfray era um desastre ambulante com o seu olhar selvagem e sua personalidade indomável.

— Vai a merda, seu nojento. — ela grita tomando o controle de Travis e matando rapidamente não só todos os traficantes como o próprio Will, que apelou e resolveu apenas conversar com alguém por WhattsApp.

Annabeth estava sentada ao lado da porta, em um pufe, o que me fez fazer o mesmo. Como se fosse surpresa, o gato estava em seu colo, enquanto ela acariciava seu pelo branco e preto.

— Sabe, eu sempre quis ter um gato.

— Compre e faça bom proveito.

Ai, essa doeu.

— Poderia me indicar de uma raça boa? Qual é a do seu?

— Ele é um gato de rua, idiota. Já ouviu falar em adoção?

— E como arrumou o seu então?

Acho que, finalmente, depois de tantos dias tentando, eu consegui acertar uma com ela. Seus olhos brilharam e ela apertou mais o animal. Não como auto-defesa, mas como se realmente o amasse.

— Eu fui em um centro de adoção de animais, e era cada um pior do que o outro. Esse era o pior. Magrelo, com a pelagem asquerosa e com uma doença não identificada. Mas eu o amei quando o vi. É assim que você vai encontrar aquele que vai dominar seu coração. É simplesmente... não sei. Ele nasce pra você, assim como você pra ele.

Sorrio e bagunço seus cabelos. Pela primeira vez em muitas, ela sorri pra mim, mesmo que seja pequeno e eu mal consiga ver direito. Pela primeira vez noto que ela tem um dente levemente torto, umas sardas no nariz e, aparentemente, usa óculos, porém não com muita frequência.

— E se eu achar o meu? Será que FatLouie e... Malena! É, Malena. Será que eles poderiam ser amigos?

— Talvez sim e talvez não.

— Por que?

— Cara, eu quero netos.

Rio do seu comentário. De verdade, mesmo.

— Então, se eu comprar teremos uma trégua?

— É, acho que seus argumentos estão melhorando com o passar do tempo, Jackson.

Ficamos um momento calados, olhando Will e Kaytlin jogando como loucos, os olhares idiotas de Travis pra Katie, e, também Thalia ensinar algo no computador pra Nico. Nada poderia estar mais confortável do que estar aqui agora, pela primeira vez em anos sem ter que me preocupar se eu teria que ganhar algo, como um torneio ou nada disso.

— E agora? — falei e a vi com um olhar confuso. — Sabe, eu acho que realmente gostei dessa coisa dos gatos. Quer dar uma passada em um petshop?

Não, eu não estava nem aí pra gatos ou nada disso. Eu só sentia que qualquer ligação que eu tivesse com Annabeth poderia me segurar em terra, porque eu simplesmente não consigo tirar ela da minha cabeça. Não que eu tenha começado a sentir algo agora, porque sempre que ela estava perto era isso. Desde quando a vi, naquele dia idiota há muitos anos atrás, até agora, nesse momento, com ela rindo lateral e levemente pra mim, que só conseguia retribuir o sorriso.

— Você estava falando sério quanto a comprar uma gatinha chamada Malena? — posso, pela primeira vez em mitos anos, ver aquele brilhinho fofo nos seus olhos tempestuosos.

— Claro. Eu realmente... — queria falar que sempre quis, mas ela saberia que é mentira. — saber como é ter os seus gostos. Quero poder ter uma ligação com você.

— E que seja uma frágil e pequena. Juntos como... donos de gatos que se conheceram em uma praça.

— É estranho isso.

— Isso o que?

— Reformular o que já aconteceu. Nossa história não é, e nem chega perto de ser como devia. Acho que nada aqui é como devia.

— O que quer dizer?

— Olhe para nós. Vivemos uma vida inteira juntas, mas ainda somos separados. Não só por casa, ou por grupos, mas também por escolha. Nós dois, por exemplo, éramos melhores amigos. Aí eu escolhi jogar, e você estudar. Depois, sem nenhum aviso, nos afastamos. Mas agora que eu tenho a chance de falar com você, é como se nada, nada mesmo, tivesse mudado e nem todo o tempo que passou, tivesse passado.

— Mas passou. Eu cresci, e você também. Você é dos holofotes, eu fico atrás do palco; eu gosto de pessoas e você de gatos. Um conjunto de células forma o tecido, de misturarmos hidrogênio com oxigênio podemos fazer água, Annabeth e Percy não nasceram pra ser amigos. Algumas coisas são fatos, ao certo.

Algo no que ela disse me magoou de verdade. Não era como nos filmes, que a for era como se estivessem enfiando uma faca no seu coração, nem nada disso. Era só um... aperto. Como se eu me sentisse incomodado. Minha mãe me diria que é culpa, por tê-la abandonado e tudo, mas só posso dizer que eu não posso admitir nem pra mim mesmo.

Por isso me levanto e a puxo pela mão.

— É, acho que temos um gato pra comprar.

Fomos até um petshop dentro de um shopping que tinha lá perto. No caminho, o único assunto que rondou foi sobre sorvete, acredite ou não. E eu não me incomodava muito, porque sabia que ela não deixaria que as coisas entre nós simplesmente se tornasse amizade. Teria que reconquistar seus sorrisos e a sua fala. Pra cada ação é uma recompensa, e pra adotar um gato, eu ganhei o posto de conhecido. Admito que valeu a pena.

No final da tarde, havíamos escolhido Malena. Era uma gatinha franzina de pelagem amarronzada. Annie, se é que posso chamá-la assim, me disse que desconfiava que ele era branco, mas alguma espécie de doença temporária na pelagem, a qual ela mesma iria tratar.

Mas o que realmente me surpreendeu veio no final do dia. Eu não sei como foi, só que senti uma pressão sobre a minha mão. E pressionei de volta. É, acho que eu tinha uns pontos extras com a Chase agora.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de dar as suas opiniões sobre as sagas, okay? Me adicionem no Skoob porque, na boa, eu sigo todo mundo e realmente estou querendo descobrir novos livros hue.

Beijocas, e não se esqueçam dos meus reviews, Mayy