We Found Love (HIATUS) escrita por Mayy Chan


Capítulo 6
Segundo dia - Praia


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu sei que eu demorei e tudo mais, só que agora eu estou com uns capítulos adiantados e tudo mais. Então espero que gostem, porque eu realmente achei esse capítulo bem... auto-explicativo. E, bem, eu queria poder falar mais com vocês, só que um ser infeliz está me enchendo o saco pra jogar Minecraft no meu notebook. Ai, como amigos folgados são uma merda, hein?
Pois bem, obrigada por lerem e não esqueçam dos meus reviews *u*
Bjks, Mayy XD



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Hoje era o dia de irmos para a praia.

Não foi surpresa quando eu acordei com aquela música tocando. A voz da Rihanna sempre estava presente cantando aquela música "We Found Love", como se fosse pra zoar da minha cara, pois sempre a julguei uma testuda que cantava bem. Só que agora eu passava quase toda hora do dia ouvindo.

Tinha colocado roupas comuns de praia: uma bermuda preta, uma sunga da mesma cor, camiseta azul e óculos escuros. E, claro, meu pai me fez o maior favor de me lembrar que sim, eu tinha que passar protetor solar e pegar a minha prancha para "impressionar as meninas".

Quando saí do quarto encontrei uma surpresa:Annabeth Chase com uma roupa largada e seu gato. Nossa, acho que eu nunca mesmo vou me acostumar que a menina que está morando no quarto ao lado do meu é tão... entediante.

— São proibidos animais na praia.

— Que pena pra você então. Mas pode deixar que eu e o FatLouie vamos tirar muitas fotos pra você. — ela abraçou o gato com força.

É sério que era difícil pra eu entender o amor dela pelo animal. Ela andava sempre com ele nos braços, o beijando no topo da cabeça e cheirando seu pelo felino. Nunca tinha visto nenhuma demonstração de afeto dela por pessoas, mas era diferente com FatLouie.

O jeito leve com que ela o acariciava era até engraçado. Ele era gordo e meio feio, só que a Chase andava como se ele fosse o seu acessório mais precioso. Acho que isso é porque ela o amava.

Só que eu não era obrigado a aceita-lo. Ele sempre fazia barulhos de noite, e ficava agressivo quando eu chegava perto, como se defendesse a sua dona de mim.

O caminho para a praia era curto, então fomos a pé e sozinhos. O caminho era silencioso enquanto ela mimava o seu gato e eu apenas andava puxando o suspiros de muitas meninas.

Quando chegamos na praia, tinha uma sessão de músicas ruins passando na rádio. Não ia poder entrar na água sem passar o protetor solar, então fiquei por de me sentar ao lado da nerd, que levara o seu gato, alguns acessórios dele e um livro, que a mesma lia sem ao menos prestar atenção ao seu redor.

— Cara, estamos de férias. Pra que você está lendo?

— Cara, estamos de férias. Pra que você está me importunando? — imitou-me.

Vi uma figura loira vindo do mar. Será que aquele cara ia mesmo sempre ter essa cara de quem vai aprontar? E, mais ainda, que merda ele estava fazendo aqui?

— Hey, Percy, reunião dos brothers depois que sairmos da praia. Nosso quarto, beleza?. E, você, loirinha, a tua amiga punk tá te procurando.

— Beleza, cara.

— Vou ir falar com ela, então. Obrigada, Castellan.

Tá, okay, talvez um dos maiores mistérios do mundo feminino é o que merda fazemos nas casas dos nossos amigos quando temos essas reuniões. Só que o desinteresse de Annabeth não podia ser menor, com a forma em que ela nem pensou duas vezes antes de ir para longe.

Se um dia eu enlouquecer, a culpa será completamente de uma certa loura de olhos tempestuosos que insiste em fazer das minhas férias uma loucura.

Fui para a praia mergulhei até o fundo, onde ficava submerso até meus pulmões gritassem por desespero e as coisas ficassem turvas. Era assim que eu sempre fazia quando algo me chateava ou simplesmente me enlouquecia. Acho que é isso. Eu posso até nunca tê-la notado, mas meus olhos estavam sempre sobre os dela.

Quando olhava nos seus olhos, sabia tudo o que ela já tinha feito. Quando quebrou o braço na sala porque resolveu socar a cara de um menino mais velho porque ele tinha pegado no FatLouie. Quando ela chegou de cabelos cortados nos ombros e foi zoada até os catorze anos. Quando ela chegou na minha casa em uma terça-feira porque “os pais dela iam dar uma voltinha”. Tudo que eu lembro é que ele só foi embora dois dias depois, com os pais separados e uma mãe transtornada.

Também lembro de coisas mais insignificantes. Nunca tinha voltado a minha infância, mas acho que agora, para entender o motivo de eu querer tanto entende-la, terei que usar a minha última cartada: minha mãe.

Submergi e fui correndo de volta para o hotel, mais especificadamente pro quarto da minha mãe. Eu merecia uma história concreta e nesse momento ela era a única que poderia me dar isso.

Quando vi a porta do quarto 1023, a uma das suítes presidenciais, e abri a porta, não esperava que a minha mãe estivesse olhando pela janela.

— Você já descobriu, não é?

— O que aconteceu com ela, mamãe? Por que aquele gato? Por que a insensibilidade? Por que ela não me deixa falar com ela? Essas perguntas estão me matando por dentro, porque eu sinto como se tivesse prestado atenção nela a minha vida toda.

— E você fez isso. Todos os dias desde os seus cinco anos. Vocês eram amigos, até. Até que os pais dela se separaram. Ela era nova e tinha que passar o fim de semana na nossa casa. O pai dela era apenas mais um cafajeste que traiu a mãe dela na cara dura.

— E por que o gato?

— Ela tem o gato desde que nasceu. É a única coisa que sobrou de quando o pai dela ainda era normal. Hoje ele mora no Alasca com a sua nova esposa.

— E o que eu sinto por ela? Sabe, quando eu estava com ela de noite era como se fossemos amigos, mas de manhã éramos inimigos. Será que ela se lembra?

— Como você não se lembra? — enfatizou o “você”. — É assim que sempre foram: nem amigos, nem inimigos. Eram loucos, tudo ao máximo. Uma hora brincavam, outra brigavam até dormirem. Agora até penso como seria se vocês namorassem. — riu. — Amor e ódio, eu iria adorar. Essas são as melhores relações.

— Pra mim ter uma relação amor e ódio estaria tudo bem. Mas e pra loira maluca? Já sacou que ela ia querer um relacionamento eterno, daqueles que vai ter o primeiro beijo com o primeiro e único marido. E, bem, relações de amor e ódio não são o melhor pacote pra um casamento, se é que isso existe.

— Posso te contar uma história?

— Conte, oras.

— O seu pai era o maior badboy. Sério, ele era um desses caras que não mantinham nenhuma namorada por mais de uma semana. Já eu era a nerd da sala, com as melhores notas e um namorado fixo. Eu tinha tudo pra garantir o melhor romance, e já o tinha nas minhas mãos. Só que um dia eu tive que passar um mês sendo a tutora de química dele. Bem, eu aprendi a gostar da briga e foi tentando fazer as pazes que tivemos o nosso primeiro beijo. E, bem, estamos aqui até hoje.

— Você está me empurrando pra Annie?

— Sinceramente, acho que vocês dois precisam um do outro mais do que pensam. Você precisa de faze-la mais aberta, e ela precisa te fazer mais... certinho. Yin e yang. Completamente diferentes, mas se completam completamente.

— Então, se eu começar a amá-la, como ia descobrir isso se eu a odeio?

— Você vai saber a hora. É como achar amor em um lugar sem esperança.

E, novamente, aquela música que vinha sendo a minha trilha sonora desde que chegamos, voltou para a minha cabeça.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, princesas do meu core *u*
Beijocas, Mayy XD