Love Or Hate?? escrita por Ray Potter


Capítulo 48
Welcome to New York!


Notas iniciais do capítulo

HEEEEY PEOPLEEEEEE LINDAAAS!

UM MILHÃO DE OBRIGADA PELOS REVIEWS MEUS ANJOOOOS! Vamos chegar á 1.000?! VAMOOOS!...Tá parei com o caps lock...por enquanto. Awn gente as reviews de vocês foram tão lindas, e ameaçadoras, ainda bem que a ameaça era pro Frederick e não pra mim (Glória á Zeus!), mas sério me emociono com as reviews de vocês. Ain parem, my heart não aguenta...mentira, não parem, meu coração vai aguentar hehehehe.

Dark Girl, sua linda, muito obrigada pela sua divina, perfeita e maravilhosa recomendação, sério, eu amei muito e é muito importante pra mim, obrigada por me dar esse impulso e essa força de vontade que eu preciso pra continuar escrevendo. Estou muito, muito agradecida mesmo. E esse capítulo é dedicado á você, eu espero que goste.

Enfim...vamos ao capítulo? VAMOS!
Enjoy, meus amores...



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Capítulo 48- Welcome to New York!

Pov's Annabeth
Faço uma careta após tomar mais uma dose do remédio, francamente não aguentava mais ficar naquele hospital, todo dia eu tinha que fazer um novo exame, tomar mais remédios, ficava a maior parte do tempo sozinha porque só podia receber visitas no horário, o que na minha opinião, era uma chatice. Minhas únicas companhias eram meu livro, o celular e as enfermeiras.
– Tenho mesmo que tomar esses remédios todos os dias?- perguntei á enfermeira.
– Se quiser sair daqui logo, sim- ela respondeu e eu fiz uma careta o que a fez rir- Paciência, antes de ter alta, precisamos ter certeza de que você ficará bem fora daqui.
– Mas eu estou bem, me sinto ótima- falei.
– Só por causa dos remédios que você toma- ela disse e eu suspirei.
– Já estou cansada de ficar aqui- bufei.
– Aguente mais um pouquinho- ela disse sorrindo- Agora eu tenho que ir, outros pacientes pra cuidar.
– Ah, fica aqui conversando comigo- pedi.
– Não posso, Srat.Chase, outros pacientes precisam de mim. Mas não se preocupe porque está quase na hora de visitas- ela disse e eu assenti.
– Está bem- falo meio contragosto.
– Antes de sair eu passo aqui- ela disse e eu assenti, a enfermeira saiu me deixando sozinha. Soltei um longo suspiro, sozinha de novo, odiava ficar sozinha, ainda mais naquele hospital. Peguei meu celular e abri as mensagens, havia uma mensagem da Thalia, do Léo, da Piper e do Nico, todas elas dizendo a mesma coisa, perai...CHRIS E CLARISSE TÃO JUNTOS?! Mas o que?! Não acredito nisso, solto um riso fraco, é parece que o Chris conseguiu amolecer o coração de pedra. A porta do meu quarto se abre o que me tira a atenção do celular, o Dr. Walters entra acompanhado da minha mãe e Poseidon que pareciam um pouco nervosos.
– Com licença, Srat.Chase, decidi adiar um pouco seu horário de visitas- o doutor disse o que me fez sorrir.
– Sem problemas, doutor- falei.
– Se permitem vou deixa-los á sós- ele disse saindo do quarto.
– Aconteceu alguma coisa?- pergunto á minha mãe e Poseidon, os dois trocam olhares suspeitos e negam com a cabeça.
– Não- minha mãe respondeu. Ai tem em, esses dois estão bastante estranhos.
– Hum, tem certeza?- perguntei.
– Claro que temos, Annabeth- respondeu Poseidon- Er, nós conversamos com o médico sobre a sua alta, ele disse que seu quadro está evoluindo, logo, logo você poderá ir pra casa, mas ainda terá que tomar os remédios.
– Os remédios não- faço uma careta e ele rir.
– É o único jeito- minha mãe disse.
– Está bem então- eu disse contragosto.
– Prometemos que quando você receber alta, terá um festão!- Poseidon exclama o que me faz rir.
– Vocês sempre estão arranjando um motivo pra uma festa- falei e eles riram.
– Pior que é verdade, quando Thalia tirou a primeira e única nota A da vida dela, nós demos um festão- Poseidon disse.
– É, eu lembro, eu tava lá- eu disse.
– Ah e vamos ter mais um motivo pra festejar, a Hazel vai vim morar aqui- disse Poseidon.
– A Hazel, filha de Hades?- mamãe perguntou.
– Ela mesma- ele confirmou.
– Eu lembro da Hazel, quando ela chega?- perguntei.
– Daqui á umas duas semanas, esperamos que até lá você receba alta, aí fazemos uma festa só- disse Poseidon.
– Isso é ótimo- eu disse sorrindo.
– Bem, nós temos que ir agora, querida. Eu tenho que fazer alguns exames- minha mãe disse vindo até mim e dando um beijo na minha testa.
– Mas já?- perguntei.
– Já, meu bem, mas voltamos aqui amanhã- ela disse sorrindo.
– E o Percy já está vindo com uma surpresa pra você- Poseidon disse sorrindo.
– Surpresa?- perguntei.
– É, não podemos contar porque...é surpresa- Poseidon disse e eu e minha mãe rimos.
– Está bem, então- disse.
– Então, até amanhã, Annie- ele disse- Venha corujinha, não podemos nos atrasar.
– Estou indo- disse minha mãe acompanhando Poseidon, antes de sair deu um sorriso pra mim que parecia um pouco triste. Minha mãe estava estranha, poderia ser a gravidez, lhe deixando mais sensível e bagunçando mais suas emoções, mas isso não explicava o motivo de Poseidon estar estranho, ele não estava grávido, poderia estar preocupado com minha mãe, contudo, minha intuição dizia que tinha algo á mais ali. Algo que eu não sabia o que era, algo que eu queria descobrir. Por que eles simplesmente não me contavam?! Minha mãe sabe muito bem que não pode simplesmente esconder as coisas de mim, uma hora eu sempre descubro.

A porta se abre mais uma vez revelando a última pessoa que eu queria ver naquele momento, até uma visita da Calipso seria mais bem vinda.
– O que você quer aqui? Achei que o doutor havia te expulsado- disse fechando a cara, mas Frederick apenas riu.
– Um doutor não pode impedir um pai de ver sua filha- ele respondeu.
– Eu deixei de ser sua filha há muito tempo- eu disse.
– Em breve voltará á ser, você verá Annie, irei provar pra você que eu me preocupo.
– Se se preocupasse não iria morar no outro lado do país. Francamente, Frederick, por que você não volta pra lá? As coisas estavam ótimas por aqui até você chegar!
– Ótimas?! Annabeth, você estava coma, e é tudo culpa da irresponsabilidade da sua mãe.
– A culpa não é da minha mãe! SAI DAQUI FREDERICK, eu não quero você aqui, não quero falar com você e muito menos te ver!- exclamei com raiva. A porta do quarto se abre revelando o Dr. Walters.
– Senhor Frederick, já conversamos que você não pode irritar a paciente- o doutor fala sério.
– Mas eu não á irritei, ela que está estressada, deve ter sido efeito da visita de Atena e Poseidon- Frederick disse e eu revirei os olhos.
– Certamente que não, senhor Frederick, a conversa entre eles sempre corre tranquila, ao contrário do senhor. Sei que é pai dela, contudo não posso simplesmente permitir que afete o tratamento da minha paciente.
Frederick soltou um suspiro e assentiu.
– Tudo bem, tudo bem, eu saio. Mas você, Annabeth, aprenda á ser mais educada- ele disse- Vejo que sua mãe não lhe deu bons modos.
– Frederick, sai daqui e me deixa em paz!- exclamei.
– Você ouviu a paciente- o Dr. Walters disse, Frederick apenas assentiu e saiu- Está tudo bem, Annabeth?
– Vai ficar- sorri fraco.
– Por favor, tente não se estressar á cada vez que seu pai vem aqui, isso pode fazer mal pra você.
– Ele não é mais meu pai, doutor. E é só ele não vim mais aqui e eu não vou me estressar.
– Não seja tão dura com ele, Annabeth, ele ainda é seu pai- disse o doutor e eu suspirei.
– Ele deixou de ser há muito tempo, doutor- eu disse.
– Que mal há em perdoa-lo?
– Perdoa-lo? Como vou perdoar alguém que nunca pediu perdão?- perguntei.
– Simplesmente perdoando, Annabeth, seu pai precisa do seu perdão, é evidente isso, e ele vai fazer de tudo para tê-lo- o doutor disse, vejo que o Dr.Walters tem fez psicologia.
– Eu sei o que eu faço, Dr. Walters.
– Sabe mesmo?! Apenas um conselho, minha cara, perdoar é uma das mais belas virtudes, uma virtude que você poderia tentar pôr em prática com o seu pai- ele disse. Além de doutor e psicólogo, o Dr. Walters também é filósofo. Palmas pra ele. Soltei um longo suspiro e antes que pudesse responder, a bela cara do meu namorado aparece na porta.
– Estou interrompendo alguma coisa?- Percy pergunta.
– Não, não está- o doutor responde- Eu...vou deixa-los á sós. Pense no que eu te falei, Annabeth.
E com isso o Dr.Walters sai e Percy entra um pouco confuso.
– O que ele lhe disse?- ele perguntou.
– Estava me dando conselho sobre meu pai- faço uma careta- Mas isso não me importa- abro um pequeno sorriso- Qual é a surpresa?
– Bem, eu achei que você iria querer falar com uma pessoa, e essa pessoa também quer falar com você...enfim- ele disse sorrindo e fez sinal para alguém entrar. Uma Rachel acanhada e hesitante entra pela porta, nada parecida com a Rachel que eu conhecera. Seus cabelos ruivos estavam soltos, ela usava uma camisa dos Beatles e uma calça jeans ambas com pingos coloridos de tinta espalhados por elas, nem vestígio de maquiagem no seu rosto, a vaidosa Rachel, não estava mais tão vaidosa assim. Sorri ao vê-la, Percy fechou a porta e cruzou os braços se encostando na parede apenas observando nós duas. Rachel ainda parecia hesitante.
– Olá, Rachel- cumprimentei ela abrindo um sorriso.
– Você está bem?- ela perguntou logo sem rodeios.
– Estou, estou me recuperando- respondi.
– E...e você está com, com raiva de mim?- ela perguntou novamente fitando o chão.
– Claro que não, Rachel. Você salvou minha vida, sou muito grata á você por isso- disse ainda sorrindo.
– E eu também sou grato- interrompeu Percy.
– E você Rachel, como está?- perguntei.
– B-bem- ela respondeu- Eu fiz uma coisa pra você.
– Sério? O que é?- perguntei.
– É um quadro- ela respondeu.
– Eu vou pegar- Percy disse e saiu do quarto.
– Você me perdoa mesmo?- Rachel insistiu.
– Claro, Rachel, porque dúvida?- perguntei.
– Eu...eu, te fiz tanto mal, fui tão rude. Pensei que depois de...tudo, você iria continuar me odiando- ela disse, sua voz saia um pouco lenta e fraca.
– Depois de tudo, passei á entender você. Não se preocupe, Rachel, não guardo ressentimento algum- sorri novamente- Eu juro pelo estige.
Rachel assentiu e sorriu.
– Que bom. Er, você já deu seu depoimento?
– Ainda não, o doutor não deixou os investigadores entrarem aqui- respondi- Você já?
– Mais ou menos...não gosto de lembrar.
– Eu entendo. Você salvou minha vida- sorri.
– Não foi nada demais, eu só chamei a ambulância.
– E isso salvou minha vida, se você não tivesse chamado, eu provavelmente morreria de hemorragia- eu disse- Não aja como se isso fosse pouca coisa.
– Er...está bem.
– Acho que agora podemos ser amigas, como era pra ter sido desde do começo- sorri e Rachel assentiu. A porta se abre novamente e Percy entra segurando um quadro coberto por embrulho de presente.
– Eu fiz...pra vocês dois- Rachel disse e pegou o quadro da mão de Percy e o desembrulhou com cuidado e virou o quadro para que eu olhasse. Fiquei boquiaberta com o quadro, primeiro porque não sabia que Rachel pintava tão bem, segundo porque a riqueza de detalhes era impressionante. Ela havia pintado eu e o Percy na varanda do meu quarto, na noite da festa, na mesma noite em que eu sentir que estava sendo observada.
– Estar...perfeito- Percy fala impressionado e Rachel sorri.
– Realmente, Rachel, você pinta muito bem- falei sorrindo.
– Er...obrigada- ela agradeceu sorrindo.
– Vamos pendurar esse quadro no meu quarto- Percy disse.
– Não, no meu quarto, o presente é pra mim- retruquei.
– Não, ela disse que era pra nós dois. Ou seja, pode ficar no meu quarto- ele insistiu.
– Mas vai ficar no meu, Percy!- insisti também.
– No meu!- ele exclamou.
– No meu quarto!
– Não, no meu!
– No meu!
– No meu!
– Você nem entende arte, Percy!
– Entendo sim, olha, é eu e você na varanda se beijando, ué! É fácil de entender.
– Falou o cara que tem um quadro do Bob Esponja no quarto e achava que Leonardo da Vinci escreveu O Código da Vinci.
– Ei, esse negócio do Leonardo eu tinha doze anos!
– E como você explica o quadro do Bob Esponja no seu quarto?
– Eu gosto do Bob, tá?
– Por isso que o quadro vai ficar comigo!
– O que eu gostar do Bob Esponja tem haver com isso?
– Nada, mas o quadro vai ficar no meu quarto.
– Ah não, Annie, vai ficar no meu- ele insistiu novamente e Rachel solta uma risada, o que nos deixa confusos.
– Que foi?- perguntei.
– Vocês dois não mudam nunca- ela disse. Eu e Percy nos olhamos e rimos.
– É, fazer o que né?- eu disse dando os ombros.
– Eu posso fazer outro quadro se quiserem, aí fica do quarto de cada um- ela disse.
– Séria ótimo, faz outro pro Percy.
– Não, faz outro pra Annie.
– Percy!
– Annabeth!
– Pelo visto não tem jeito- Rachel suspirou enquanto eu e Percy iniciávamos uma longa discussão sobre no quarto de quem iria ficar o bendito quadro.

Após a discussão sobre o quadro, na qual, nenhum de nós dois saiu vencedores porque o Dr. Walters interrompeu e disse pra Rachel levar o quadro e só nos entregar quando fizesse outro, o que foi uma pena porque juro pra você que eu estava quase ganhando dele, alias eu ia ganhar dele! Mas enfim, Rachel foi fazer uns exames no hospital acompanhada da sua psicóloga, e eu e Percy ficamos sozinhos, ele sentou na cadeira ao lado da minha cama e segurou minha mãe, por algum motivo desconhecido o idiota ria olhando pro nada. Ai meu santo da coca cola será que o Percy endoidou de vez?!
– Percy?
– Ãn?
– Por que você tá com essa cara de idiota?
– Que cara de idiota?- ele perguntou e eu revirei os olhos.
– Você tá sorrindo feito um besta e olhando pro nada ué- falei e ele riu.
– É que eu tava pensando em como a gente não muda, ainda agora estávamos brigando por causa de um quadro- ele disse e eu sorri.
– A culpa é sua que sempre me irrita- falo e ele solta uma gargalhada.
– Por mais que seja louco de admitir isso, mas eu adoro brigar com você, sabidinha- ele disse sorrindo de lado.
– Ah, e posso saber por quê?
– Pra ser sincero, nem eu sei o porquê disso, só gosto- ele respondeu dando os ombros e eu rir.
– Eu também gosto de brigar com você- falei e rir- Cara, isso é meio fora do comum, casais normais nunca falariam isso.
– Acontece, minha cara Annabeth, que nós não somos um casal normal- ele disse e nós dois rimo.
– Isso é verdade, eu e você podemos ser tudo, menos um casal normal- eu disse. Ele sorriu, se inclinou e me beijou.
– Eu amo você- ele disse e eu sorri.
– Eu também te amo- disse sorrindo.
– Eu sei- ele disse convencido e eu revirei os olhos.
– Idiota!
– Boba!- ele riu e me deu um selinho- Então já sabe quando vai sair daqui?
– Daqui á alguns dias, eu espero- disse e soltei um suspiro- Tenho que fazer mais exames.
Fiz uma careta e ele riu.
– Era só pra falar pro seu médico, que o Dr.Percy cuidará de você- ele disse sorrindo.
– Ah é? E qual é o método do Dr.Percy de curar suas pacientes?- perguntei arqueando as sobrancelhas.
– São altamente secretos, você tem que ser uma paciente muito paciente- ele disse e eu rir.
– Eu serei, doutor- disse sorrindo- Não pode nem adiantar um pouquinho?
– Hum...só que envolve beijos...muitos beijos- ele disse sorrindo.
– Então comece logo o tratamento!- pedi e ele sorriu.
– Mas é claro, alias você precisa começar esse tratamento agora - ele deu um sorriso de canto e me beijou.

Pov's Hazel
Duas Semanas Depois...
Coloquei a última peça de roupa que faltava na mala e soltei um longo suspiro, fechei o guarda roupa e o fitei por alguns segundos, as portas de madeira cheia de adesivos, figurinhas e fotos coladas nelas e o grande espelho, por ele eu podia ver minha cara de infelicidade, meus olhos levemente avermelhados de tanto chorar e as bochechas ainda úmidas pelas lágrimas, eu fazia o possível pra ser forte mas era difícil, de uma hora pra outra minha mãe piora e não me reconhece mais, e eu tenho que morar com meu pai que me dava atenção uma vez por ano e irmãos que eu mal conheço, com uma família maluca que eu também mal conheço.
– Hazel, querida já está pronta?- escuto a voz do meu pai e tiro os olhos do espelho e olho pra porta.
– Er...sim- respondo e pego a última mala que faltava.
– Então, vamos não podemos perder o avião- ele diz entrando no meu quarto pequeno, era a primeira vez que ele entrava ali desde de que eu tinha dez anos- Muita coisa mudou nesse quarto.
– Se passaram quatro anos ué, o quarto não podia ainda ter a decoração das princesas da Disney- eu disse e ele sorriu.
– É faz um bom tempo que eu não venho aqui- ele disse e ficou observando a decoração como se tentasse me conhecer por através da dela, o que na minha opinião não daria muito certo. Fazia dois anos que a gente não se via, a última vez em que isso aconteceu eu tinha doze anos e fui pra NY passar um mês das minhas férias lá e agir como se tivesse passado a vida toda com meu pai e meus irmãos, depois disso não pude mais ir porque a situação da mamãe havia piorado e ela precisava de mim. Eu não ia abandonar minha mãe, e o papai não podia vim, mas eu já estava acostumada á isso, á ficar meses sem vê-lo, dois anos não fazia diferença alguma pra mim.
– É faz- concordei dando os ombros- Podemos ir logo, por favor?
– Claro, meu bem- ele sorriu- Deixa que eu levo a sua mala.
– Não é preciso, eu consigo levar- eu disse.
– Está tudo bem? Você tá diferente.
– Eu não podia continuar a mesma garotinha de doze anos, pai- respondi e ele soltou um suspiro.
– Eu sei, desculpe- ele disse e me deu um beijo na testa- Vamos pra não nos atrasar.
– Está bem- concordei assentindo.

Não demorou muito pra chegarmos ao aeroporto, meu pai tentava puxar assunto mas eu não estava muito pra conversa, contudo ele parecia não entender isso. Nos sentamos na saguão de embarque esperando que nosso voo fosse chamado. Qualquer um que nos olhasse duvidaria que ele fosse meu pai e sua filha de sangue, eu parecia mais uma daquelas crianças da África que são adotadas por casais americanos, mas particularmente eu gostava de não parecer com meu pai, nem com os meus irmãos que eram praticamente a cara dele, enquanto eu era totalmente o oposto, eles com sua pele super branca, cabelos pretos e lisos, e eu com minha pele morena e cabelos cacheados e castanhos, não erámos lá muito parecidos. Pra falar a verdade eu gostava de me parecer com minha mãe e a família dela, quero dizer, família dela em partes, a mãe dela era descendente de uma família de franceses altamente renomeada na cidade, mas se apaixonou justamente por um músico que não tinha nem onde cair morto. Uma noite de amor, a vovó dizia, e deu nisso, na minha mãe, que havia puxado tudo dele, pele morena, o sorriso, os olhos, basicamente tudo. É, só que o tal cara sumiu, deixando minha avó sozinha e grávida, depois ela descobriu que ele não sumiu, ele morreu em um assalto. A família dela á acolheu de volta, e vinte e seis anos depois, minha mãe decidiu fazer o mesmo que minha avó, com a diferença que o cara não era um morto caído de fome e não estava morto, pelo contrário, estava bem aqui do meu lado tentando recuperar todo o tempo que havia perdido, o que era realmente muito tempo.

Pra ser sincera, eu nunca havia me importado com o fato do meu pai morar do outro lado do país, ter uma família feliz e dar toda atenção á seus dois filhos, deixando apenas dois meses ao ano para dar a devida atenção á mim, eu lembro que sempre enchia minha boca pra falar que meu pai morava em Nova York e era um rico empresário, nos dias dos pais meu contentamento era isso, é claro que a tristeza vinha, mas eu usava esse argumento para manda-la pra bem longe. Mas conforme eu fui crescendo e amadurecendo, as coisas mudaram, a falta dele ficou bem maior, e eu só queria ter ele por perto, eu achava que ele já tinha dado atenção demais pro Nico e pra Bianca, e agora era a minha vez de tê-lo por perto, quando tinha dez anos e ele veio aqui perguntei se ele podia ficar, ele apenas respondeu que não podia, tinha toda uma vida em Nova York, e tinha que cuidar da Bianca e do Nico. Eu queria ter me revoltado com ele, queria ter gritado e falado tudo que estava entalado na minha garganta naquele momento, o que eram coisas demais pra uma criança de apenas dez anos, mas eu não o fiz, apenas concordei e chorei, sempre fui boazinha demais pra me revoltar, sempre fui certinha demais pra bancar a garota rebelde porque não tem o pai por perto. E nem poderia com minha mãe naquele estado de louquice.
– Hazel, quer alguma pra comer?- ele perguntou me tirando dos meus pensamentos.
– Não- respondi negando com a cabeça.
– Está muito séria, querida, preocupada com sua mãe?- Sim- respondi.
– Ela vai ficar bem, meu anjo- ele disse sorrindo, eu apenas assenti com a cabeça- Estava pensando que amanhã poderíamos sair, nós dois, os seus irmãos e a sua madrasta.
– Eu prefiro ficar na sua casa- eu disse e ele me olhou confuso.
– Não entendo, Hazel, você sempre gostou de sair- ele disse.
– Eu mudei- respondi dando os ombros.
– Eu sei que mudou, mas não é preciso tratar seu pai com indiferença.
– E você quer que eu te trate como? Você mal me conhece, me via apenas uma vez por ano tentando bancar o bom pai, ficou dois sem anos sem me ver e agora vem agir como se nada tivesse acontecido! Pois bem, eu não sou mais aquela garotinha que se contenta com poucos dias de atenção e acha o pai o máximo. Eu mudei, e o culpado da minha mudança é você! - falei sem pensar e me arrependi na mesma hora, ele apenas me olhava como se eu tivesse lhe dado uma bofetada - Er...me desculpe. Eu vou no banheiro.
Me levantei rápido antes que ele pudesse falar alguma coisa e fui em direção ao banheiro feminino. Demorei bem mais do que o normal lá, e só sai quando escutei o anúncio de que o voo pra Nova York já ia sair.
– Pensei que teria que ir atrás de você- ele disse assim que me aproximei.
– Não seria preciso- respondi e fomos andando em direção ao portão de embarque.

Não sei se o que eu havia dito ao meu pai havia magoado ele de fato, só sei que ele não falava nada desde da decolagem do avião quando perguntou se eu queria ajuda com o cinto. Eu estava grata por ele não tentar puxar assunto e agir como se tivéssemos passado todos esses anos um ao lado do outro, mas no fundo aquele silêncio todo me preocupava, talvez eu tenha sido um pouco dura demais ou talvez apenas estava na hora de eu falar o que eu achava, não sei mais, eu apenas coloquei pra fora.
– Hazel?!- saio do meus pensamentos ao ser chamada por ele e o olho- Sobre o que você disse...
– Eu já pedi desculpas- o interrompi e ele deu um leve sorriso.
– Você estava certa, querida. Tudo o que você disse, bem, eu poderia ter sido um pai melhor, ser mais presente. Juro que eu achava que todas as nossas conversas por telefone e pela internet iam contar em alguma coisa, eu sei que fui burro por pensar assim. Me desculpa de verdade, meu anjo- ele disse e eu juro que fiquei surpresa, não esperava um pedido de desculpas dele, eu realmente não bem o que responder. Mesmo convivendo pouco com ele dava pra perceber que ele nunca fora o tipo de cara que pede desculpas, eu não tinha tempo e nem queria bancar a garota revoltada, não fazia meu gênero. Meu pai estava pedindo desculpas por ter sido ausente na maior parte da minha vida, eu não ia negar esse pedido, novamente estava sendo boazinha demais, mas era por uma boa causa.
– Tudo bem e me desculpa...de verdade. Eu fui muito dura e...
– Você apenas disse o que queria dizer. E estava certa, se eu pudesse voltar no tempo, faria diferente. Mas como isso não é possível, eu prometo mudar daqui pra frente, eu sei que isso não muda o passado, porém você ainda tem catorze anos e eu ainda tenho trinta e cinco...
– Pai, você não tem trinta e cinco anos.
– Tá bom, trinta e sete...
– Pai!
– Trinta e oito e não se fala mais nisso- ele disse e eu rir.
– Não- falei e neguei com a cabeça e ele riu.
– Está bem, quarenta e três- ele disse e eu assenti.
– Agora sim- eu disse e nós rimos.
– Bem, agora que tal me contar sobre a nova Hazel, em. Alias você já está entrando na adolescência. Já tem namorado?
– Pai!- exclamei.
– Não vai deixar nenhum espertinho se aproveitar de você, em!
– Pai, por favor- pedi e ele riu.
– To brincando...mentira...é sério. Se algum bonitinho se engraçar pro seu lado, eu mato- ele disse sério e eu rir- To de olho em você mocinha!
– Isso é sério?
– Sim, você tinha que ver como eu tratei o primeiro namorado da Bianca. Aquele ali terá trauma de sogros pra sempre- ele disse pensativo e riu.
– Eu não penso em namorar.
– Continue com esse pensamento nos próximos trinta anos- ele e nós rimos- É sério.

Após algumas horas o avião finalmente pousou em Nova York, a sensação de não se estar á não sei quantos mil pés do chão era ótima, eu gostava de viajar de avião, mas nada como ter os pés no chão...literalmente.
– Chegamos, meu anjo. Está ansiosa pra rever sua família?- ele perguntou.
– Você quer dizer a família de malucos?- perguntei e ele riu.
– Você irá se acostumar, agora você é integrante fixa- ele disse e eu suspirei.
– Ai meus deuses- falei e ele riu- Vamos pedi um táxi?
– Ah não, o Nico, a Bianca e a Perséfone devem estar nos esperando em algum lugar- ele disse e eu assenti.
– Eles não deveriam estar por aqui?- perguntei.
– Deveriam, vamos esperar.
– Ok- falei dando os ombros.

Esperamos por 10...20...30 minutos até que finalmente vimos eles entrando com sorrisos bobos no rosto, Nico segurava um pacote do McDonald's e tinha um brinquedinho na mão, e tinha outra garota com eles, ela não era me estranha...ah era a Thalia, minha prima, filha do meu tio maluco que dançou Beyoncé na festa do Nico.
– Posso saber onde vocês estavam?- meu pai pergunta.
– Passamos no McDonald's, e adivinha o que compramos? McLanche Feliz!- Nico exclamou feliz da vida, parecia uma criança.
– E adivinha do que é os brindes agora?- Bianca perguntou.
– É do...- papai começou á falar mas Bianca colocou um bonequinho do Pikachu bem na cara dele e apertou um botãozinho que fez os olhos do bonequinho brilhar e ele falar "Pika pikachu"
– Do Pokémon! Olha que lindo, pai!- exclamou Bianca.
– Olha, tio...sogro...tanto faz eu tenho um Pichu!- disse Thalia mostrando o seu pra ele. Definitivamente essa família não é normal.
– Eu preferida do My Little Poney- disse Perséfone- Mas olha só que bonito o meu! É o jiggly puff, ele canta!
– Olha isso é realmente...
– O meu é o Miau! Ele fala "Miau é isso aí"- Nico exclamou e o papai suspirou.
– Nico cala a boca e deixa eu deixar, criatura! Enfim vocês não vai dar ás boas vindas á Hazel?!
– MANAA!- Bianca gritou e me abraçou, logo depois Thalia e Nico vieram também. Eu mal conseguia respirar.
– Vocês tão me apertando- falei.
– É amor, cunhada...ou prima...tanto faz- disse Thalia o que me deixou confusa. Ela tava namorando com o Nico?!
– É...só que eu não consigo respirar- falei e eles me soltaram e riram.
– Desculpa- Nico disse sorrindo e eu rir.
– Tudo bem- disse assentindo.
– Ah seja bem vinda, querida- Perséfone disse e me abraçou.
– Obrigada- agradeci sorrindo.
– Ah nós trouxemos um McLanche pra você- ele disse e tirou um bonequinho do pacote- Olha é o Ivy!
– Que bonitinho, obrigada- agradeci pegando o Ivy da mão dele.
– De nada- ele sorriu- Ah e tem o lanche, se a Thalia pedi não dê ela comeu o dela e o da Bianca.
– O que tem eu aí em?- ela perguntou e eu rir.
– Nada, amor.
– Nico, para de ser meloso- ela disse e ele riu.
– Tá bom ué- ele disse.
– Vamos logo que estão todos te esperando- Peserfóne disse e eu assenti.

Não demoramos pra chegar á casa do papai, eu só não esperava uma coisa, uma grande festa esperando por mim.
– Ah esqueci de comentar que a família maluca ama fazer festas- papai disse.
– É, eu percebi- falei e ele riu.
– SOBRINHAAA!- o tio Zeus veio correndo na minha direção e me abraçou forte- Olha pra você tá...continua baixinha, mas tá tão fofa.
– Er...obrigada?!
– Own que fofinha.
– Zeus para de assustar a menina- Poseidon apareceu e me abraçou também me erguendo do chão- Olha só pra você, nem parece com o seu pai, que sorte sua!
– EI!- Nico e Bianca protestaram e eu rir.
– Ah calem a boca vocês dois. Bem vinda á Nova York, sobrinha!
– Obrigada...eu acho- eu disse...


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Notas finais do capítulo

ATENÇÃO: No McLancheFeliz não está dando bonecos do Pokémon de brinde, eu bem que queria mas querer não é poder, por isso que eu não entrei pro X-Men (#Triste)

Enfim, mi angelos, vamos conversar, ou seja eu vou escrever aquelas bíblias maiores que capítulos de algumas fic's falando da minha vida, aí vocês comentar alguma coisa, e eu vou responder, e vai ser lindo...tá parei.

Ah gente, tenho uma notícia pra vocês, eu já estou pensando na minha primeira fic Original, ia ser Thalico e eu até já comentei sobre ela aqui pra vocês, mas eu comecei á pensar no assunto e decidi faze-la original, no momento só tenho o enredo definido, será uma song-fic chamada Breakaway (música da Kelly Clarkson), embora a sinopse possa aparentar que ela será cheia de drama...gente vocês me conhecem estamos á mais de quarenta capítulos juntos, eu não conseguiria fazer uma fic cheia dos dramas, ou seja óbvio que vai ter comédia porque eu sou uma pessoa da zuera. Estou pensando em começa-la assim que terminar a minha fic Thalico mas tenho que pensar bem nela primeiro, alias quem quiser me dar dicas de nomes pros protagonistas eu aceito, tá? Sinceramente esses nomes estão me deixando maluca! É mais ou menos como se eu tivesse dando um nome para meus filhos, ou seja é uma decisão difícil. Quem quiser saber mais sobre a fic, pode me perguntar por MP, review ou no meu whats pra quem tiver.

Alias gente, outro dia eu fui no cinema assistir A Forca, é legal, eu fiquei dois dias pensando que tinha um fantasma com uma forca atrás de mim, embora o filme nem seja tão assustador assim, mas no final eles focam bem na cara do fantasma em volta da máscara e essa imagem ficou na minha cabeça, acho que ficou na cabeça de todo mundo ali. Pra quem não sabe conta a história do Charlie, e pra quem não sabe quem é Charlie...por favor se atualize! É bem louco esse filme e buga as vezes, por isso quem for assistir preste bem atenção pra não bugar, porque quando eu fui assistir tive que explicar pra gente que eu nem conhecia kkkk e tinha umas meninas do meu lado que gritavam por qualquer coisinha no filme, eu ria muito delas, e da minha amiga que ficava toda hora falando "Era pra gente ter assistido Cidade de Papel", e meu amigo gay "Era pra gente ter ido ver o filme do Pelé"...enfim, isso tudo é irrelevante kkkkk.


Enfim, povo, agora depois de falar da minha vida pra vocês que se interessam por ela, eu estou indo. Não se esqueçam de ir no you tube e ver o vídeo da Maysa Nhem Nhem Nhem...momento vergonha alheia esse vídeo hehehehe mas a droga da música fica na cabeça. Espero que tenham gostado do capítulo. BEIJOOOOOOOOOOOS! AMO VOCÊS!



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