Memórias - Interativa escrita por Cassiela Collins


Capítulo 21
O Dom de Sam e o Dom de Jake


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que esse capítulo ficou meio curto, mas amanhã terei pouquíssimo tempo para postar, e me senti na obrigação de postar alguma coisa hoje.
Em breve, acelerarei nos posts dos capítulos, pois estou terminando a fic e ansiosa para começar outra.
Mel, taí seu dom.
E é nesse momento que vocês COMEÇAM a compreender a fic de verdade (apenas começam, e nem vou repetir o por quê XD)



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Hoje, no almoço, vi Mitchel e Tania juntos. Achei bom que alguém dentre todos nós possa estar feliz nesse momento.

Dia 13.

Estou ainda mais apreensiva. Hoje, os Diamante têm 6 jogadores; os Água-Marinha têm 6; os da Esmeralda têm 4; os Rubi e os Âmbar também estão em 6; os mais próximos do nós são os Turmalina, com 8 Jogadores.

Em breve, os outros de nós começarão a perder.

Desde o Dia 10 - comecei a numerá-los, para me localizar; estou a ponto de enlouquecer, presa aqui há mais de uma semana sem um único relógio em que me inspirar – não vejo Jake, o que me deixa um pouco aliviada.

Termino minha refeição – meu prato preferido: macarrão penne na manteiga com queijo ralado. Com muita manteiga derretida.

Minha mãe costumava dizer que sou complicada para comer, mas gosto de pensar que sou uma garota simples; penne na manteiga e pão com nutella. Se pudesse, viveria disso. Às vezes um suco de uva integral com 1/3 de água, para diluir um pouco, mas não diminuir muito o gosto forte e saboroso do suco.

Samantha descobriu seu dom: depois de muito tempo nos dedicando à isso, percebemos que ela é capaz de fazer os outros ouvirem o que ela quiser que ouçam.

Ela fica decepcionada.

– Queria ter um dom igual ao seu. – ela diz.

– Igual a mim? – exclamo, com uma falsa voz esganiçada, imitando as patricinhas da minha sala. – Escuta aqui, ninguém é igual a mim, porque eu sou a Zeuza Fabulosa!

Minha amiga, Giovanna, costumava dizer isso; 4 a cada 5 coisas que ela falava no chat do facebook falavam desse assunto.

Consigo arrancar boas risadas de Samantha e Tania, que assiste a tudo, divertida. Meu peito se enche de orgulho e satisfação.

Mais tarde, depois de passar cerca de 50 minutos ouvindo On The Floor – cortesia de Sam – vou para o meu quarto e me deito em minha cama, lendo Rangers, a Ordem dos Arqueiros – Halt em Perigo e me preparando para mais uma das viagens emocionantes que crio dentro da minha mente.

Descobri uma coisa a respeito dos meus dons – eu não preciso estar tocando na outra pessoa para levá-la em meus ‘passeios’: basta que ela esteja onde eu possa ver ou que eu a conheça bem o suficiente para localizá-la.

Já li 5 páginas quando ouço a porta se abrir.

.

Jake entra por ela, desajeitado.

Meu primeiro instinto é recuar, e acabo caindo da cama, o que geralmente me faria rir, mas agora estou tensa demais para isso. Meus músculos ficam rígidos, o que faz com que eu sinta ainda mais a queda.

What are you doing here? – pergunto.

– Eu só… queria pedir desculpas.

Ok, aquilo não devia me surpreender – afinal, o cara quase acabara com meus nervos alguns dias antes, e, às vezes, eu ainda sinto tontura para levantar. E ele acabou de entrar no meu quarto, desajeitado e de cabeça baixa. O que mais ele poderia estar fazendo aqui?

– Ahn... ok.

Não sei o que responder. Sei que devia guardar rancor, mas juro que não sei como reagir. Eu destruí uma amizade antiga e um namoro de fora dos Jogos. Ele pode ter exagerado, mas tinha lá sua razão.

Ele anda até a cama, pé ante pé, e se senta ao meu lado, com as costas apoiadas na mesma.

Fico mais tensa. Uma dor de cabeça me assalta de repente e levo a mão à testa, fazendo pressão como se aquilo pudesse, de alguma forma, me ajudar.

Jake senta ‘de indiozinho’, e suas costas se curvam.

– Sabe aquilo que você contou para a gente, há vários dias?

Eu contara sobre os Dons para os Safira no Dia 7.

– Então – ele continua. – Acho que descobri o meu.

E?

Ele toca meu joelho com a mão. De repente, partindo do ponto em que nossa pele se toca, sinto uma sensação incrível. Me sinto feliz, calma, satisfeita e... não sei, livre.

Não, não é isso o que sinto.

Eu sinto paz.


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