Passei uma semana sem falar direito com Gabriel, e eu procurava pensar nisso o mínimo possível, foi difícil no inicio, eu admito, mas passar os dias com o Peter ajudou bastante, falávamos sobre tudo, passávamos horas planejando o que iriamos fazer no Chevy e o melhor era que enquanto fazíamos essas coisas sempre tinhamos cheetos e refrigerante por perto.

Minha amizade com Peter estava indo muito bem, estavamos nos dando cada vez melhor, quanto ao Gabriel, bem eu não ficava sozinho com ele fazia um bom tempo, bem até que chegou a aula de educação física:

– Então como vai?-perguntei com naturalidade.

Ele me lançou um olhar assasino, eu estremeci, mas mantive a naturalidade:

–Gabriel?

–O que é Felipe?

–Nossa!Que bicho te mordeu?- falei com um pouco de raiva.

–Ah sei lá o que te importa?-ele cruzou os braços.

–Mas eu só...Nós ainda somos amigos? Não é? Você quis assim!

–Ah não sei Peter deve saber!

Aquilo me deixou desarmado, a raiva baixou, até que eu ri e fiz justamente a pergunta que não deveria:

–Gabe, você está com ciumes?

Ele arregalou os olhos, seu rosto estava vermelho então ele começou a gaguejar:

–O que? Você acha que eu... Arg Felipe você não é o centro do universo sabia?

– Tanto faz! Peter é meu amigo, quer você queira ou não!

–Então você está satisfazendo suas nescessidades físicas com ele?- ele falou para me provocar, dava para sentir o ódio em sua voz.

–E se eu estiver?

Agora foi minha vez de cruzar os braços e ele que ficou desconcertado, eu venci a discursão poisele saiu pisando firme, não sei se aquilo foi bom, é impossível conversar com Gabriel quando ele está com raiva.

Mais uma vez eu fiquei com vontade de ir atrás dele, resisti, porque a raiva logo chegou, eu estava, desculpe a expressão, puto da vida, mas poxa que merda! Ele que pediu para nos afastarmos e quando eu encontro alguem para andar comigo ele fica com raiva? ARG! Depois dessa eu queria chutar a bola na cabeça dele.

***

Passei o recreio com o Peter, não estava muito afim de conversar, mas admito que toda vez que Gabriel olhava para nós eu fazia questão de rir bem alto ou parecer realmente fascinado com Peter.

***

Entrei na sala 107, respirei fundo, me sentei no fundo da sala, aula de física, com o professor que parece ser mais velho que a escola, não recebi mensagens nem nada.Gabriel devia estar na aula de Geografia comendo mentos, é o que ele faz quando está nervoso, comer mentos que hábito estranho.

Peter me esperou perto do armário, não conversamos no caminho, quer dizer ele falava e eu concordava e eu não acho que isso seja uma conversa.Cheguei em casa e fui direto tomar banho, deitei na cama na minha posição habitual e liguei o Ipod botei no modo alternativo e estava tocando Angel do Aerosmith, que merda até meu Ipod quer me sacanear hoje!

Dormi a tarde toda, mas acordei com passos no meu quarto, abri os olhos devagar e vi Gabriel, sentei direito na cama assustado e esfreguei os olhos com os pulsos cerrados:

–Entrei pela sacada, desculpe precisava falar com você.

–O que você quer?- falei na defensiva.

–Calma! Eu só não quero...Eu odeio ficar mal com você.

–Tambem- eu disse soando mais infantil do que eu desejava.-Eu não sei nem o que dizer!

–Que tal, desculpa?-eu sugeri.

–Acho que não gosto muito dessa-ele deu uma risada seca.

–Cara, o que eu falei sobre eu e Peter, eu não...Não era verdade.

Ele sentou na cama do meu lado, nossos rostos estavam menos de cinco centímetros um do outro:

–Ei, sou eu que tenho que me desculpar aqui!Então ele me beijou, delicadamente, um beijo calmo, relaxante, ele se afastou e eu respirei fundo.

Eu mordia meu lábio inferior sem parar, até que tomei coragem e o ataquei com um beijo feroz, o beijo que eu estive guardando a semana toda, suas mãos passeavam pelas minhas costas quanto ele tirou sua boca da minha e ficou passeando com ela pelo meu pescoço deixando mordidas e chupões pelo caminho.Eu o empurrei, estavamos ofegantes, mas agora eu que iria deixar marcas em seu pescoço, Gabriel é extremamente sensível nessa área, ele gemia baixo eu já podia sentir o volume em sua calça, mas decidi ficar torturando ele mais um pouco, tirei sua camisa e o deitei na cama, beijando seu peitoral, passando pela barriga, cheguei perto da calça e ele soltou um suspiro que me fez rir, abri o botão da calça bem devagar porque estava adorando ver ele implorar para que eu fosse mais rápido quando abaixei sua calça até os joelhos minha mãe bate na porta:

–Felipe, você vai querer comer alguma coisa?

–Não mãe obrigada!

Olhamos um para cara do outro e caímos na gargalhada, deitamos na minha cama juntos e só ficamos tentando dormir porque eu não ia conseguir fazer nada depois daquela repentina visita da minha mãe que cortou todo o clima.