O Garoto da Última Casa escrita por Bruna Ribeiro


Capítulo 25
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem?
Sim, eu demorei.
Minhas semanas estão bem cheias, devido a quê?A quê?Sim, meus estudos.
Mas eu realmente vou tentar continuar postando constantemente, e se eu estiver demorando podem fazer como a Fran, que usou da MP para, de certa forma, me cobrar os capítulos com muita educação.
Isso até mesmo ajuda.
Então, ai está mais um capítulo e espero que gostem e comentem.



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CAPÍTULO 24 - ''VOCÊ ME LEMBRA MATEMÁTICA, SEMPRE ME TRAZENDO PROBLEMAS''

Ao entrar na enfermaria do subsolo com Ashley, percebi que a situação de Jessica parecia estável.

A sala era bem iluminada, considerando o fato de que ficava embaixo da terra, havia muitas camas, uma ao lado da outra, como em um hospital mesmo, e Jessica dormia em uma delas.Gabriel e Brad não estavam mais lá, Henry recolhia as toalhas cheias de sangue ao lado da cama e William falava com o médico de confiança da família Oliver.

–... Sim, basicamente ela terá que ficar em um estado completo de puro repouso - o médico falava ao Hãnsel, que parecia prestar bastante atenção - Ela perdeu muito sangue e para uma bruxa pode ser ainda pior, considerando as circunstâncias.

– Senhor Smith - Ashley cumprimentou quando chegamos perto o suficiente dos dois - Essa é minha amiga Alexis Miller;Alexis esse é um dos melhores médicos dessa cidade, Rick Smith.E então, senhor, como minha amiga está?

– Ficará bem - ele respondeu -, com os cuidados certos, é claro.

– Entendo - Ashley confirmou com a cabeça e fixou seus olhos doces e confiantes na menina que parecia dormir como um anjo, na cama ao lado.Jessica era realmente bonita.Tinha os cabelos escuros que caiam em seu busto delicadamente, a pele parecia porcelana e mesmo com o olhar agora escondido, ainda era amedrontadora.Eu queria ser assim.Pelo menos, um pouco. - O senhor, gostaria de me acompanhar até a biblioteca?Minha mãe pediu que eu lhe ditasse alguns afazeres.

– Ah, sim, ela conversou comigo sobre isso.Vamos. - o senhor Smith pegou uma pequena malinha preta, que estava em uma cadeira, indo embora acompanhado de Ashley.

– Preciso falar com você - falei á William, enquanto ele tirava seu sapato, e se deitava em uma cama ao lado da de Jessica.Ele fechou os olhos e colocou as mãos atrás da cabeça.

– Estou ouvindo - apenas disse.

Me aproximei da cama.

– Preciso ir em um lugar - disse - Patrick me falou sobre uma casa, falou que tenho que salvar alguém, alguma coisa ou sei lá, preciso saber do que é que ele estava falando.

– Miller, acabamos de lutar com uma bruxa poderosa e eu nem tomei meu café da manhã, sabia?Já quer me colocar em mais um problema? - ele não abriu os olhos e manteve as mãos no lugar - Você me lembra matemática, sempre me trazendo problemas.

– Isso foi uma ofensa?

Ele apenas sorriu.

– William é muito preguiçoso - me lembrei que Henry ainda estava na sala, apenas quando sua voz suave soou ao meu lado - Mas eu posso ir, eu quero ir.

– Que ótimo, achei que ia sozinha - suspirei em alivio.

– Quem disse que eu não vou? - o garoto de cabelos negros abriu os olhos e esperou minha resposta, sem desviar o olhar.

– Você acabou...

– Não - William se sentou mais rápido do que o necessário -, eu estava reclamando porque eu iria de qualquer jeito.

– Vamos os três? - Henry juntou as sobrancelhas.

– Mas é claro, querido Philips - o Hãnsel começou a calçar seu sapato - Será um grande passeio.

...

– Certo - William falava, enquanto dirigia com seu carro vermelho por Owens.Eu estava no banco de trás do carro, olhando para todos os lados com atenção, e eles estavam no da frente, discutindo sobre possíveis ruas que poderiam ser as certas.William parecia mais impaciente do que qualquer um, naquele carro - Casa 345, na rua ao lado da floresta. - ele olhou para algumas casas, provavelmente checando seus números, e então voltou seu olhar para a rua novamente - Que diabos, ele poderia pelo menos falar qual rua era essa?Tem várias ruas perto de florestas.Owens é cercada por elas, droga! - reclamou.

– Ele estava morrendo, William - mencionei - Morrendo!Eu tinha acabado de enfiar a droga de uma faca na barriga dele, para uma bruxa ir embora e parar de tentar me matar.

– Está se gabando?Porque eu queria ter feito isso - ele falou.

– Sinceramente, acho que se existisse um concurso de O Mais Babaca do Mundo... - Henry disse.

– Deixa eu adivinhar o que você vai me dizer - William interrompeu - Hm?Eu ganharia?Ah, essa é velha, Henry.Acho que minha avó, se eu conhecesse ela, contaria essa.

– Não, você não ganharia. - Henry corrigiu - Seria desclassificado por ser muito bom nisso.As pessoas iriam começar a desistir, sabe?Seu poder nesse quesito é surpreendente.

Ri junto com Henry, enquanto William virava em mais uma esquina.

– Ai, Minha Nossa! - exclamou William sem qualquer animação - Até minha mãe, onde quer que esteja, deve estar gargalhando dessa também.

– Já achou a casa, senhor Babaca? - perguntei, recebendo um olhar assassino pelo retrovisor, de William

– Senhor Babaca?Mocinha, você está no meu carro, olha como fala.

– É só um carro, William. - revirei os olhos.

– Só um carro?Esse é um Cadillac CTS, o meu Cadillac CTS - ele me corrigiu - Ela não estava falando sério, querido, você não é só um carro.

– William, você está falando com um... Carro? - Henry quase gargalhou.

– Não, estou falando com os espíritos de Owens, é claro que é com o meu carrinho.

– Uau, isso é estranho - comentou o ruivo e eu concordei mentalmente.

– Você não tem carro, certo?Não sabe de nada - retrucou Hãnsel, indignado.

– Espere! - gritei á tempo e William deu uma freada tão forte, que se não estivéssemos todos de cinto se segurança, sofreríamos um grave choque.Sem falar que, não tinha também nenhum carro atrás do nosso.Estávamos com sorte, isso era bom.

– Droga, Miller! - exclamou William, irritado - Você enlouqueceu mesmo?

– Eu achei, Hãnsel - falei, apontando para o outro lado da rua - A casa 345.

Eles seguiram meu olhar e também observaram a casa.

– E se não for essa? - William questionou.

– Bem, a casa está escura e não parece que alguém more ali, parece bem abandonada e até perigosa.Acho que é a nossa casa. - falei

– Olhando por esse seu lado, sem dúvida aquela é a casa - confirmou.

Essa casa era pequena e parecia nada habitável.Havia sujeira no seu gramado morto, sua fachada estava acabada e a escuridão era dominante.

– Tudo bem, o que vamos fazer? - Henry perguntou.

– O que mais?Vamos entrar de uma vez. - balancei a cabeça concordando com William.

– Vocês enlouqueceram? - Henry parecia não querer acreditar que realmente estávamos supondo um absurdo desses, mas a verdade era que não havia muito o que pensar.Entrar, lutar, correr ou morrer.Era isso, basicamente. - Nem sabemos o que tem lá.

– Tem um plano, senhor Eu-sou-um-gênio-e-tenho-medo-de-casas-abandonadas? - William encarou o ruivo, com um olhar desconfiado.

– Na verdade... - ele pareceu pensar um pouco e então desistiu - Não, eu não tenho.William, ninguém sabe que estamos aqui, se a gente morrer nesse lugar, Ashley vai te matar.

– Eu aguento morrer duas vezes - o Hãnsel saiu do carro e nos o seguimos.

...

O gramado estava ainda mais morto do que parecia.A casa estava mais abandonada do que parecia.O escuro dominava mais do que parecia.

Aquela casa era mais assustadora do que parecia.

– Estou começando a achar que fazer um plano, era uma boa ideia - sussurrei para os dois garotos em minha frente.

– Miller, fique quieta! - William mandou - Não precisamos de um plano, temos a luz da tarde como aliada e temos que entrar em silêncio.

Continuamos caminhando devagar e com cuidado.O lixo em frente a casa deixava um mau cheiro terrível e em alguns momentos era tão insuportável que tive que tampar meu nariz, assim como William e Henry.Quando alcançamos a porta dos fundos, depois de decidir que seria muito perigoso entrar pela da frente, quase agradeci em voz alta.

– Ainda acho que eles sabem que estamos entrando por aqui - Henry comentou pela milésima vez, enquanto William tentava abrir a porta com uma chave de fenda e mais alguma coisa que ele tinha pegado no carro - Eles sabem, que sabemos que eles devem pensar que entraremos pela porta frente.

– Não, eles devem pensar que sabemos que eles sabem que ... Ah, Henry, deixa eu me concentrar. - William mandou.

Demorou mais alguns minutos, então a porta fez um ''creck'' e se abriu.William conseguiu, enfim.

– Muito bem, William - parabenizou Henry - Já pode até casar.Já consegue arrombar uma porta sozinho.

– Ah, você acha?Estou tão feliz! - ironizou Hãnsel - Esperei isso por toda a minha vida, vou ter que contar essa notícia ao mundo.

– Tudo bem, depois você conta - falei - Agora vamos logo.

E entrei naquele lugar, com os meninos logo atrás.

Eu havia me esquecido do plano de entrar com calma e com cuidado na casa, para verificar o espaço.

William e Henry, tentavam me chamar e me parar, mas era como se minha curiosidade estivesse mais dominante do que nunca, era como se ela governasse e não eu.Eu não estava mais tão temerosa com toda a situação, era como se eu quisesse encontrar algo, precisasse encontrar.

Andei, procurei, andei mais.

E então parei.

Uma espingarda estava apontada para a minha direção, por uma menininha loira e delicada, de no máximo 7 ou 8 anos.

E eu realmente torci para que não fosse como um filme de terror.


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Notas finais do capítulo

Oi, qualquer erro me avise, okay?Okay



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