I Think About You escrita por Lily Lupin


Capítulo 1
I Think About You




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Percy Jackson estava confuso. Mais do que o normal. Se isso era possível? Meus caros, a resposta era sim, e o motivo tinha nome e sobrenome: Annabeth Chase. Loira. Olhos cinzentos. Inteligência assustadoramente avançada. Apenas algumas características da menina que havia roubado o coração do menino de cabelos pretos que caminhava distraidamente pelas ruas de São Francisco. Sim, ele já admitira para si mesmo que havia se apaixonado por sua inimiga número 2, pois Clarisse La Rue ocupava o primeiríssimo lugar.

O menino se perguntava como aquilo havia acontecido. Como, de repente, o sorriso superior da Chase passou a ser cativante, ou seus olhos passaram a ser a primeira visão de Percy ao acordar e a última ao ir dormir.

Mas, o pior de tudo, e, acreditem, existe algo ainda pior do que se apaixonar por seu maior inimigo, ou segundo, enfim, que seja. O pior era não saber o que a menina pensava. Acima de tudo, o que ela sentia. Percy já estava acostumado a não saber de nada, mas isso o incomodava mais que o normal. A única coisa que o incomodava mais era estar pensando nela. Ele balançou a cabeça para tentar se livrar desses pensamentos enquanto atravessava a rua, murmurando:

“Como eu odeio pensar em você, Annabeth Chase.”

Mal sabia ele que a loira que povoava seus pensamentos estava em situação muito parecida com a dele, apenas a algumas quadras de onde ele se encontrava.

Annabeth Chase não sabia o que estava acontecendo. E como ela odiava isso! De uma hora para a outra, o estúpido e infantil Percy Jackson se tornou um pensamento contínuo e inevitável para a menina de cabelos loiros.

Ela sempre teve respostas para tudo e todos, como, de repente, um de seus maiores inimigos passou a ser a grande incógnita da vida de Annabeth? Porém, a menina sabia, como sempre, o motivo. Havia se apaixonado pelo imbecil de marca maior, Percy Jackson. E era exatamente isso que ela pensava ao resmungar:

“Como eu odeio pensar em você, Percy Jackson.” Então ela esbarrou em alguém.

“Falando de mim?” A voz que a irritou durante anos disse.

“Eu tenho mais o que fazer do que falar de você. Me poupe.” Annabeth rebateu, com um nó na garganta, enquanto contornava o garoto, com o objetivo de seguir seu caminho.

“Mas eu não.” Percy rebate, segurando o braço de Annie e a impedindo de seguir seu caminho.

“Não é problema meu se você é um desocupado.” A menina respondeu, tentando se soltar, sem sucesso.

“Não é disso que estou falando.” O rapaz falou, Annabeth parou de se debater, olhando nos olhos do Jackson.

“Então do que você está falando?” Perguntou, recuperando a compostura e revirando os olhos.

“Estou falando da parte de falar de mim. Porque você pode não estar pensando em mim, mas não ligo, porque, nos últimos tempos, pensar em você é tudo que eu tenho feito.” Dispara o menino. Annie congela, em seguida, ri.

“Claro, a ideia da brincadeira foi ótima, mas não vai dar certo.” Rebate, mas é interrompida por Percy. Ou melhor, seus lábios. “O que... O que você acha que está fazendo?” Annabeth diz, quando se separam.

“Na verdade, eu já fiz.” Ele constata.

“Isso eu percebi, seu babaca!”

“Não me achava um babaca quando me beijou!”

“EU te beijei? Você que me agarrou!”

“Vai dizer que não gostou?”

“Vou!” A loira decidiu.

“O que quiser dizer para poder dormir a noite.” Zombou Percy.

“Cale a boca.” Setenciou a loira.

“Eu acho que quem tem que aprender a manter a boca fechada é você.” Percy rebateu, Annabeth estava a ponto de responder, quando ele continuou: “Como eu odeio pensar em você, Percy Jackson.” O garoto repetiu com uma voz estridente.

“Então acho que está ficando surdo, Jackson.”

“E eu acho que você está ficando apaixonada. Por mim.”

“Nem nos seus melhores sonhos!” Annie sentenciou.

“Ok, então olhe nos meus olhos e diga que não.” Percy sugeriu, sorrindo.

“Não tenho que te dar satisfações!”

“Não tem, mas acho que me deve ao menos uma resposta, não?”

“Mas que droga! Por que está fazendo isso comigo?” Gritou Annabeth.

“Primeiro, não grite, por favor.” Respondeu Percy, olhando para os lados. “Segundo, olha o vocabulário e terceiro, não estou fazendo nada demais.”

“Está me infernizando!”

“Isso não é novidade!”

“Tem razão, mas agora está brincando com os meus sentimentos!”

“Não estou brincando! Estou tentando te dizer os meus!” O menino perdeu a paciência.

“Por que?” A garota perguntou.

“Porque estou apaixonado por você.” O rapaz disparou, nervosamente.

“Você... O que?”

“Eu. Estou. Apaixonado. Por. Você.” Ele repetiu, como se falasse com uma criança.

“Era uma pergunta retórica.” Falou Annabeth.

“E eu lá sei o que isso significa?” Perguntou Percy.

“Foi o que eu imaginei. Mas isso não vem ao caso, não agora, pelo menos.”

“Então?” Percy perguntou.

“Então o que?”

“Não vai dizer nada? Que eu saiba, você é a inteligente por aqui.”

“Costumava ser. Ultimamente, tenho tido minhas dúvidas.” Annabeth suspirou.

“Você, com dúvidas?”

“Sim. E tem um motivo muito sério para isso.”

“Qual?”

“Você.”

“Espera, estou ouvindo direito, ou...” Percy começou.

“Você fica bem melhor calado.” Disse Annabeth, o beijando. Afinal, certas perguntas não precisam de respostas.


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