Malec depois do termino escrita por Milla3


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Essa é a minha primeira história. Espero que gostem.



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Depois de praticamente um mês que Magnus terminara o namoro, Alec se sentiu péssimo, realmente péssimo. Mas depois de algum tempo, foi mais fácil de ter aceitado, afinal, Magnus era imortal, e Alec não. Talvez tenha sido melhor o namoro ter terminado.

Alec Lightwood voltou aos seus afazeres de antes de ter conhecido o Magnifico feiticeiro. Isso quer dizer, matar demônios, e ficar o seu tempo livre com Isabelle e Jace. Por mais, que, já que ambos estavam namorando, era raro ter um tempo só dos irmãos. Então praticamente, Alec ficava parte do tempo treinando, e matando demônios.

Alec estava em seu quarto perdido em pensamentos quando Jace praticamente arromba a porta do quarto.

- Ei! – reclama Alec – Não sabe bater não?

- É uma emergência Alec – Jace fala ofegante – Um bando de demônios invadiu uma casa do campo mundana, a aparentemente a família estava lá.

- O que?

- Coloque a sua roupa de batalha e vamos rápido! Eu vou chamar a Isabelle e a Clary! – ele fala saindo do quarto.

Depois de um tempo para se arrumar e chegar ao local da invasão demoníaca, Alec teve vontade de vomitar. Os demônios (que deveriam ser uns 20) estavam perambulando entre os corpos das famílias que Jace havia mencionado.

Foi uma luta difícil com os demônios, e Alec não pode ter deixado de reparar que Clary havia melhorado na luta contra demônios. Quando acabaram de matar os demônios, Alec, Jace, Isabelle e Clary, desabaram no chão e começarão a fazer as marcas de curas.

Alec acabou sentando perto de uma garota da família morta. Ela tinha sido uma bela garota, cabelos na altura da cintura, e eram tão loiros que chegavam a ser dourados, também possuía uma pele muito branca, e não era magra, mas também não era gorda. Ela estava usando uma gargantilha escrita com o nome Emily.

Alec balançou a cabeça afastando os pensamentos da garota, e quando já estava quase terminando de fechar os ferimentos feitos pelos demônios, uma mão agarra a sua perna com força.

- Pelo Anjo! – Alec grita e da um pulo para longe da menina que o havia agarrado.

A garota abre os olhos azuis de repente e começa a gritar. Um grito assustador e horrível. No mesmo instante Jace, Isabelle e Clary, saem correndo em direção à garota, que não parava de gritar.

- Raziel! – fala Isabelle – Como ela pode estar viva?

- É melhor a gente tirar ela daqui agora. – sussurra Clary.

- E a levar para um hospital mundano – complementa Jace.

- Não! – fala Alec – Nós vamos a levar para o Instituto.

- Você enlouqueceu Alec? Nós não podemos...

- Sim, nós podemos Jace! Olha essa garota! Ela acabou de perder toda a família, e esta traumatizada.

- Mas Alec...

- Não Jace! Eu não vou deixa-la aqui! – e Alec vai em direção à menina, e se ajoelha ao seu lado.

- Hã... Emily? – ele fala com uma voz suave para tentar acalmar a menina.

Ela subitamente para de gritar e o olha com olhos grandes, Alec reparou o quanto ela tremia, então tirou o casaco de preto e colocou na garota, ele sabia é claro que ela não estava tremendo de frio, mas achou que isso poderia ajuda-la.

- Mo... Mo... Monstros! – ela fala com dificuldade.

Alec olha para Jace e ambos discutem em silencio, pois agora tinham certeza que tinham que levar Emily para o instituto, ela havia visto os demônios.

- Esta tudo bem agora Emily – Alec diz a menina – eles já foram embora.

- Me... Me... Meus pais? – ela pergunta ainda tremendo. Alec fecha os olhos e antes de se obrigar a mentir, ele escuta a voz de Clary.

- Eles estão bem – sussurra ela.

A garota acena com a cabeça e depois desmaia. Alec solta um suspiro, e pega a garota no colo. Clary abre um portal, e todos vão para dentro, indo para o instituto de Nova York.

...

Alec Lightwood não saiu de perto da maca da garota mundana na enfermaria do instituto. Eles chamaram os irmãos do silêncio, e a única explicação lógica do o que aconteceu com a garota foi que, ela viu a família dela ser morta, e desmaiou de choque antes que os demônios a atingirem com o veneno, que é mortal para mundanos. O que era difícil de entender era como ela os havia visto. Afinal, ela falou que havia monstros na sua antiga casa.

Depois de praticamente um dia e meio, Emily abre os olhos, e antes que desse tempo de Alec dissesse qualquer coisa, ela coloca as mãos no rosto e começa a chorar. Alec senta ao lado dela na cama, a pega pelos ombros e a abraça, até que ela se acalmasse. No meio de um soluço e outro ela sussurrava:

- Meus pais... Meus irmãos... Eles estão... Estão... – e voltava a chorar desesperadamente.

Alec não sabia o que fazer. Então ele simplesmente dava tapinhas na cabeça da menina, e às vezes murmurava que tudo iria ficar bem. Eles devem ter ficado nessa posição por um bom tempo.

- Espere... – ela falou se afastando do braço de Alec – O que... O que eu vou fazer agora? Eu não tenho nenhum lugar para ficar... Eu... Eu estou sozinha... – ela falou desesperada.

Antes que Emily voltasse a chorar, Alec se apressou para dizer.

- Você não está sozinha! Eu estou aqui com você, e você vai poder ficar aqui até vermos aonde você irá morar.

- Mas a gente nem se conhece... Espere, onde eu estou?

Alec não falou nada. Não poderia falar para uma mundana sobre o Instituto, nem os caçadores de sobras, e muito menos que a família dela foi morta por demônios.

- É...Complicado. – ele falou simplesmente.

- Complicado? Complicado? A minha família foi morta por monstros! O que pode ser mais complicado do que isso? – ela fala exasperada.

- Eu não sei explicar Emily.

- Então tente! Eu preciso saber.

Alec deu um suspiro, e assentiu com a cabeça. Era verdade, ela merecia saber.

- Emily... Antes de eu te falar qualquer coisa, você precisa me prometer que não vai contar nada para ninguém, ok? É um segredo.

- Está me assustando...

- Emily...

-... Eu prometo! – ela acrescenta rapidamente.

- Aquilo que matou seus pais... – Alec fechou os olhos, ele não podia estar falando disso.

- Sim? – incentivou ela.

Alec abriu os olhos, e olhou nos olhos dela. Ela tinha razão quando disse que merecia saber. Afinal... Era a família dela.

- Aquilo que matou seus pais Emily... Eram demônios. E eu sou um caçador de demônios.

Ela arregalou os olhos, olhando para Alec como se ele fosse totalmente doido. Foi quando Alec começou a contar toda a história sobre os caçadores de sombras, os demônios e o instituto.

...

Jace não sabia o que fazer. Alec realmente havia ficado muito protetor com a garota. Ele tinha que dar um jeito de fazer com que essa tal de Emily fosse embora do instituto, e que, além disso, ela tinha que se esquecer de tudo.

Jace havia passado o resto da tarde pensando o que fazer. E todas as opções levava para a mesma solução, o feiticeiro Magnus Bane. Alec com certeza ficaria furioso, se soubesse que o feiticeiro iria mexer na cabeça da menina. Era um processo um tanto doloroso para os mundanos, mas não havia outra maneira.

Jace pegou o seu casaco, e foi ao apartamento do Magnifico Feiticeiro.

...

- Alec... Você está tirando uma com a minha cara? – Emily pergunta, ela havia ficado mais do que chocada com as informações, e não sabia se as devia ou não as absorves.

- Não! Eu juro que não Emily.

- Então... Você e os seus dois irmãos Isabelle e Jace...

- Somos caçadores de sombras. – Alec fala lentamente.

- E você tem certeza que nunca foi parar em um manicômio?

- Emily!

- Ok, desculpe! Eu só queria ter absoluta certeza disso – ela fala com um tom risonho, mas logo fica séria novamente – É que tão é fácil de absorver Alec! Não é racional!

- Eu sei! E sinto muito por isso Emily! – Alec realmente sentia muito, afinal ela era uma mundana, que crescera ouvindo que demônios e anjos são só histórias para crianças dormir.

Ela continua fazendo as perguntas que a deixaram confusa, o que foi praticamente tudo, e Alec respondiam todas tentando e esperando, não assustar ainda mais a coitada da garota.

...

Assim que Jace chega ao apartamento de Magnus, ele primeiramente pensa em abrir a porta com uma runa. Mas depois muda de ideia, Bane era muito temperamental, e ele estava precisando dos serviços de Magnus agora. Então, ele simplesmente toca a campainha.

Jace teve que tocar a campainha mais umas três vezes antes que um irritado Magnus Bane abrisse a porta.

- O que você quer? – ele pergunta irritado.

- Oi para você também Magnus... – Jace fala entrando no apartamento.

- Olha... Se você veio aqui para falar sobre o Alexander... – ele começa assustadoramente.

- Não, não é sobre o Alec. – Jace fala rapidamente, e não pode ter deixado de reparar no rápido raio de decepção que apareceu nos olhos do feiticeiro, mas foi embora tão rápido do que quando surgiu.

- Então... O que você quer? – ele pergunta sentando em um sofá cor-de-rosa.

- Magnus, eu preciso dos seus serviços.

- Jace eu só fazia favores antes para vocês por que eu estava namorando o Alec. Já que eu não estou mais... – e ele deixou o assunto de lado com um aceno de mão.

- Magnus eu vou pagar. – Jace fala com um suspiro.

- Ah! Qual o serviço?

- Fazer com que uma garota mundana esqueça sobre o submundo – Fala Jace sentando em uma cadeira.

- Mundana? Esse processo é muito doloroso. Como deixaram isso acontecer? – pergunta Magnus aparentemente curioso.

- Foi uma invasão demoníaca e de algum jeito a garota sobreviveu...

- E a levaram para o Instituto?

- Sim, Alec cismou de que não podia abandonar a menina. E não deixa ninguém chegar nem perto dela agora.

- Eu até posso fazer isso... Mas, eu não quero ver o Alec no Instituto.

- Ok, eu ligo para a Isabelle, para ela sair com Alec por um tempo.

- Ótimo! Então vamos acertar o preço.

...

Por mais incrível que parecesse, Emily (aparentemente) entendeu tudo. Alec só teve que mostrar as marcas que havia cicatrizado em sua pele. A única coisa que Alec não havia contado era de Magnus, achou que Emily não precisaria saber dele. Afinal o feiticeiro havia falado que nunca mais queria ver o caçador de sombras.

- Alec... – ela fala com a voz tímida.

- Sim, Emily?

- Eu posso sair dessa ala hospitalar? É que eu sempre odiei hospitais.

- Oh! Claro, claro. – ele pega a mão da menina e a ajuda a se levantar. – Emily... Quantos anos você tem?

- Dezessete. Por quê? – ela pergunta enquanto saiam do cômodo.

- Você acharia estranho se ficasse no meu quarto? – ela olha pasma para ele.

- Não se preocupe! – Alec fala e logo acrescenta – Eu só quero ter certeza que você vai ficar bem, eu não fazer nada com você. É que Jace sempre age de cabeça quente, e bem, você é uma mundana.

- Oh! – ela fica muda por um tempo – Você não vai me machucar, não é?

- Não se preocupe com isso. Acabei de sair de um relacionamento, e... Não estou nem pensando em fazer algo com você. Ei, você quer dar um passeio? – ela assentiu com a cabeça animadamente, e juntos eles saíram do Instituto.

...

Depois de ligar para Isabelle contar o plano e pedir para ela sair com Alec, e acertar o preço horrivelmente caro do feiticeiro, Magnus e Jace vão para o instituto.

Quando chegam lá, a primeira coisa que Jace vê é Isabelle e Clary correndo para a direção deles.

- O que foi? O Alec ainda está aqui? – Jace pergunta.

- Não... – Clary fala ofegante.

-... Mas a loira também saiu! – Termina Isabelle.

- O que? – perguntam Jace e Magnus ao mesmo tempo.

- Eu sei! Procuramos por todo o canto, mas eles não estão em lugar nenhum! – choraminga Isabelle.

- Eu acho que Alec está um pouco envolvido com a menina, ele não saiu de perto dela em nenhum instante. – fala Clary, que acaba recebendo um olhar intimidador de Magnus.

- Eu até liguei para o Simon, mas ele não sabe de nada. – fala Isabelle.

- Eu acho que a melhor opção é esperar pelos dois, eu quero ver a cara dessa tal de Emily. – Fala um irritado Magnus, que sai andando em direção à biblioteca do Instituto.

...

Depois que Alec e Emily saíram do Instituto, eles foram tomar um sorvete. Emily fazia bastantes perguntas a respeito das fadas, e ficou confusa quando Alec disse que elas não são confiáveis.

- Como assim? – Indagou ela pela décima vez, o que fez Alec rir.

- Como assim o que?

- Nas histórias as fadas são boas e gentis! E você disse que todas as histórias eram reais! – ela praticamente grita, dava para ver que estava decepcionada.

- Mas são reais. Só os fatos que nem sempre são. – Alec tenta explicar.

- Uh! Não entendo mais nada mesmo! – ela fala revirando os olhos.

Eles caminharam mais um pouco em silêncio, quando Alec disse que era melhor eles voltarem para o Instituto, Emily concordou levemente com a cabeça. Mas então ela foi obrigada a perguntar:

- Alec... Sobre o lance de eu dividir o quarto com você... hã... – ela não sabia bem como terminar a frase, mas felizmente Alec entendeu.

- Emily, se você se sente desconfortável eu entendo completamente. Mas não se preocupe com nada. Eu nunca faria nada com você. – ele fala rapidamente, foi quando Emily virou a cabeça e olhou para ele de uma forma magoada.

- Está me dizendo que eu... Não sou bonita? – ela pergunta em voz baixa.

- Não! Não foi isso que eu quis dizer! Você é linda! É que na verdade... – ele espera um pouco antes de falar- Eu sou gay.

- Ah! Bem isso melhora as coisas! – ela fala com um sorriso que deixa Alec confuso.

- O que?

- Alec – ela fala pacientemente e da um sorriso ainda maior – eu estava começando a pensar que o problema era comigo.

Alec demora um tempo para entender. Mas depois que a ficha cai e da uma gargalhada e ele fala:

- Emily, acredite, se eu fosse heterossexual, eu não iria parar de paquerar você.

Os dois riem, e começam a voltar para o Instituto.

...

Magnus não estava brabo, estava furioso. Alec estava saindo com alguém. E ainda por cima com uma garota. Uma garota. Depois de tudo o que eles viveram! Alec vai decidir que não é mais gay? “Mas o que isso me importa?” Perguntou o bruxo para si mesmo. Afinal fora ele que terminara o namoro com o caçador de sombras. Alec tinha o direito de sair com quem quisesse. Mas isso não deixava Magnus menos furioso.

- Há quanto tempo eles saíram exatamente? – pergunta Jace, que também não parecia feliz com o sumiço do irmão.

- Já disse querido, foi um pouco antes de vocês chegarem. – Clary fala como se estivesse explicando matemática para uma criança de cinco anos de idade.

- Mas já estamos esperando aqui a mais ou menos meia hora! – grita Magnus, que não parava de ficar andando de um lado para o outro da biblioteca.

Eles passaram mais uns dez minutos em silêncio, quando ouvem barulho de chaves na porta de entrada do Instituto, e Magnus praticamente corre para ver se era Alec, quando ele começa a ouvir uma voz feminina inconformada:

- Mas Alec! Fadas devem ser legais. – Magnus ouve a voz da menina e assim que chega até a porta leva um belo choque ao se deparar que a bela mundana esta de braços dados com Alec. O seu Alexander.

- Emy, eu já te falei. – Alec fala olhando para o rosto da menina loira, e não reparou na presença de Magnus ou dos outros caçadores de sombras parados vendo a estranha cena – Fadas não são legais. Só se querem alguma coisa em troca, dai é outra história.

- Que você vai me falar hoje à noite! Eu não vou me importar de ficar acordada a noite toda! – ela fala.

- Mas eu vou e... – Alec finalmente desvia o olhar e repara nos irmãos e em Clary, que o estavam observando. Então seu olhar para em Magnus, e ele simplesmente não consegue desviar o olhar. Pois toda aquela dor do termino voltara como uma avalanche.

- Magnus? – Alec realmente não sabia se estava acordado ou sonhando.

Magnus não diz nada, apenas observa Alec. E percebe, ele estava mais furioso do que nunca havia ficado. E isso é uma coisa e tanto considerando a sua imortalidade.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Por favor comentem.