My personal jikochu escrita por Miss_Miyako


Capítulo 1
Oneshout.


Notas iniciais do capítulo

Aaah~ Eu finalmente consegui terminar, ainda bem ;ww; Não tenho muito o que dizer, só que eu realmente amo este casal. Eles são muito fofinhos juntos!

Bem, essa fic é um semi-AU então não estranhem, sim? Ah, outra coisa, se você é um/a ManaRikka shipper ou qualquer outro ship que vc tenha com a Rikka e não gosta de IraRikka, bem, eu tenho uma solução muito simples para você. Não leia essa fic, pronto. Ninguém é obrigado a ler a fic de um casal que não gosta. Eu sei que a maior parte do fandom de pretty cure é composto de yuri shippers, mas poxa, dêem uma chance aos het ships, eles são tão fofos quanto os yuri ships, ok? Bem, dito isso.

Espero que gostem~



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Uma caneta azul batia contra uma folha de exercícios de matemática.

-Ei, Mikka. - Chamou.

As batidas continuaram e aquela que as executava ignorou o chamado propositalmente.

-Eeei, Tikka.

A garota tinha cabelos azuis escuros que iam até os ombros, estavam presos em duas tranças laterais que se uniam atrás da cabeça dela. Seus olhos tinham a mesma cor.

-Dikka...

Ela continuou a bater, tentando se concentrar no papel.

-Kikka!!

As batidas pararam.

-Já disse que o meu nome é Rikka! - Ela exclamou ao se virar, mas recuou logo depois ao encontrar com olhos cor de oliva a centímetros dos seus.

-Que seja. - O dono do outro par de olhos murmurou. - Estou com fome.

-Eu não posso cozinhar agora, tenho que estudar.
-Ah, deixa isso pra lá. - Ele reclamou e segurou o pulso dela, ela não levantou.

-Ira, não. Quando eu terminar de estudar eu cozinho.

O jovem a sua frente tentou puxá-la mais umas vezes, mas desistiu e resmungou alto.

-Ah, que chato!

A jovem suspirou e voltou sua atenção para os exercícios.

-Como ele consegue ser tão egoísta. - Pensou.

Bom, ele era um Jikochu, então era uma pergunta boba.

Alguns minutos depois, a garota terminou os exercicios e se levantou, depois foi na direção da porta e desceu as escadas. Durante todo o processo, o garoto a seguiu enquanto flutuava e parou quando chegaram na cozinha.

-Finalmente. - Resmungou.

-Sabe, você tem que aprender a ser mais paciente.

-Por que? Se eu estou com fome, eu quero comer logo.

-...Você não tem jeito.

Ele se aproximou para vê-la preparando o lanche, desviou seus olhos para o rosto dela. A expressão que tinha era séria como sempre, a mesma de quando estudava.

Rikka piscou um pouco e se virou para ele, com as bochechas levemente rosadas.

-O-O que foi?

Ah, ele ficara a encarando?

-N-Nada! - E se afastou. - Eu vou esperar na s-sala!

E voou pela porta. A jovem piscou mais um par de vezes, suspirou e se lembrou do que aconteceu alguns dias atrás.

《FlashbacK》

Rikka olhava incrédula para o garoto apoiado em sua janela. Era uma noite calma e a garota decidira aproveitar para estudar, mas foi interrompida por incessantes batidas na janela e essa foi a surpresa que teve ao abrí-la.

-O- O que você tá fazendo aqui?! - Ela exclamou e desceu a mão até a saia de seu vestido, mas parou ao lembrar que Rachel havia adormecido no sofá da sala. Ah, nada bom.

O garoto percebeu a preocupação dela e bufou.

-Fica calma aí. - Ele resmungou e entrou no quarto dela. - Eu não vou fazer nada com você.

-Eh?

-Escuta, mas escuta bem. - E sentou com um pof na cama da garota de cabelos azuis. - Eu vou ser direto, tá legal?

Ela não teve outra escolha a não ser concordar.

Ele respirou fundo, frustrado.

-Eu quero você.

... Mas... O quê?!

-Hah?!? - Rikka exclamou.

-Exatamente o que você ouviu! - Os olhos cor de oliva se estreitaram. - Por algum motivo, eu não consigo te tirar da cabeça. Eu não sei o que você fez comigo, mas que seja. Eu já me decidi.

E cruzou os braços com a expressão emburrada de sempre.

A garota, por outro lado, apenas o encarava. Confusa e incrédula.

《FlashbacK》

Analisando as palavras dele por um outro lado, era como se ele tivesse se declarado para ela.
Mas como se tratava de Ira, ela sabia que era impossível.

Tudo que Rikka tinha de fazer era esperar até que ele se cansasse dela e voltasse para sua casa.
Esse pensamento, no entanto, a magoava por alguma razão.

Ela sacudiu a cabeça e bateu nas bochechas com ambas as mãos.

-Para com isso, Rikka. Não tem motivo para ficar assim.

E voltou a se concentrar no que preparava.

***

Quando a garota voltou para a sala com os dois pratos prontos, Ira estava debruçado sobre a mesa e parecia impaciente. Ela depositou o prato na frente dele e sentou na cadeira próxima.

-Omurice? - Ele perguntou.

-Sim, algum problema?

Ele balançou a cabeça e começou a comer, voraz como sempre. No entanto, Rikka notou o leve tom de rosa nas bochechas dele, agora mais visível.Mas o porquê ela já não sabia.

Depois de terminar e que o jovem agora estava satisfeito, ele deitou no sofá.

-Você podia, pelo menos, lavar os pratos, né?

-Não quero.

Ela bufou. Ele não tinha jeito mesmo. Quando pegou os pratos e já ia se dirigir para a cozinha novamente, notou que o garoto tinha algo nas mãos.

-Um livro?

-É, peguei daquela estante ali.

-Você lê?

Ira pareceu levemente ofendido, pois olhou para ela com uma expressão irritada.

-Me deu vontade!

-Ah, tá. Calma. - Rikka ficou com uma gota e se dirigiu a cozinha.

Tudo bem, ele não era de ler, mas o livro o chamara a atenção. Ainda mais porque caíra na sua cabeça quando esbarrou na estante sem querer. Normalmente, Ira teria jogado o livro para bem longe, mas os seus olhos pousaram nas palavras da página antes que pudesse fazer isso.

Por alguma razão, a maneira como o personagem principal se sentia era muito semelhante à dele. Foi por isso que o jovem de olhos cor de oliva decidiu ler, esperando que encontrasse uma resposta.

No livro também tinha uma garota que aparecia constantemente na narrativa dele. Era assim como ele e Rikka. Bem, parecido.

A estória era interessante, talvez ele também estivesse lendo por isso.

Ira virou a página e arregalou os olhos.

***

-Eu não acho que seja uma boa ideia-keru. - Resmungou um cachorrinho azul, sentado na pia.

-Essa deve ser a décima vez que você fala isso, Raquel. - A garota dos cabelos azuis comentou enquanto lavava um prato.

-Mas é verdade!-keru - Ele exclamou ao ficar de pé. - Por que você deixou ele ficar aqui?!-keru

-O Ira não aceitaria um "não" como resposta. - Ela suspirou. - E também... Ele não fez nada demais até agora.

-Não é sensato deixar o inimigo praticamente morar na sua casa!-keru - Raquel exclamou outra vez, voando em círculos, indignado.

-Raquel...- Rikka suspirou com uma gota.

-Uaaaaaah!! - Um grito pôde ser ouvido da sala.

-Ira?!? - A garota correu até lá, esquecendo completamente do cachorro azul que voava.

***

O livro estava no outro canto da sala e ele havia caído do sofá.

Suas bochechas ardiam e sua cabeça girava.

-Eles... Os personagens... - Pensou. - B- Bei...

Mas não podia ser. Se ele sentia o mesmo que o personagem, então ele...

Ah, não. Não, não, não e não!

-Ira?

O garoto foi arrancado de seus pensamentos e olhou para cima.

Lá estava ela, usando seu avental de sapo. Com as sobrancelhas franzidas que marcavam sua expressão preocupada, seus olhos azul-marinhos estavam confusos e seus lábios... Tão rosados e tão pequenos...

Ira se deu um enorme tapa na testa.

-Ira?!?

-EU TÔ BEM! - Berrou e alçoou voo em direção as escadas. - TCHAU!

Rikka piscou por alguns minutos, confusa.

-... H- huh?

***

Assim que adentrou no quarto dela, se atirou na cama e por pouco não arrancou os cabelos.

Ele não queria acreditar naquela hipótese. Estar apaixonado? Nunca! Isso era impossível para alguém como ele.

Acabou se lembrando vagamente das palavras de Mammo e sentiu até as orelhas arderem.

-Maldita...

-Ira?

O garoto deu um pulo e virou em direção a voz. Rikka estava parada na porta, com a mesma expressão preocupada.

Ah, claro. Grande ideia. Quando você quer se esconder de alguém, você se esconde no quarto da pessoa.

Gênio.

-Você tá bem? - Ela perguntou ao se aproximar, hesitante.

-... J- Já falei que tô, droga. - Respondeu com raiva por ter gaguejado, mas rude como sempre.

A garota dos olhos azuis relaxou.

-Ah, que bom.

O tom de voz dela fez com que alguma coisa dentro do seu peito esquentasse.

A sensação não era desagradável, mas fez com que Ira se afastasse mais dela. Isso fez a jovem sentir um nó na garganta. Ela tinha feito alguma coisa?

-Ei, Ira. - Ela se sentou na cama há um bom espaço de distância dele.

Urg. Por que ouvi-la dizer seu nome o fazia se sentir tão bem?

-Quê?

-Aconteceu alguma coisa? - Ela se aproximou um pouco. - Eu... Fiz alguma coisa?

Tecnicamente, ela tinha! ... Ou será que não? Ah, não sabia mais.

-Você não fez nada. - Dessa vez, deu um jeito de não gaguejar.

Rikka olhou para o garoto e notou que ele olhava para todos os lados, menos para ela. Pensou até em acreditar, mas se lembrou que um dos defeitos de Ira era não ser honesto. Com ninguém e nem com ele próprio.

A garota se aproximou de novo, dessa vez bem mais perto, para o desespero do garoto de olhos cor de oliva.

-M- Mas que... - Ira tentou falar e se distanciou mais da garota, só que foi impedido pela cabeceira da cama.

-Não mente para mim. - Ela falou com a voz firme, a expressão séria que sempre tinha mais uma vez estampada no seu rosto. - Aconteceu alguma coisa e você não quer me contar!

-Não aconteceu nada! D- Droga.

-Não acredito em você!

-Rikka, s- sai para lá!

-Não!

Nenhum dos dois percebeu que ele acertara seu nome de primeira.

O próprio Ira já afirmara algumas vezes que a garota em sua forma transformada, Cure Diamond e assim como dizia o nome, ficava brilhante e reluzente como um Diamante. Só que ele começou a perceber que mesmo na sua forma normal, Rikka parecia brilhar.

Mesmo com a expressão irritada em que ela se encontrava, com os olhos azuis tempestuosos e ao mesmo tempo tão brilhantes fixados nos dele. As mãos que agarravam o colchão, refletindo o quanto a menina estava determinada a conseguir sua resposta, os cabelos lisos que desciam como castatas escuras pelo seu rosto e seus lábios comprimidos com um dos inumeros fios preso acidentalmente a eles.

-Terra chamando Ira! Para de prestar atenção na boca dela! - Ele pensou para si mesmo.

Rikka estreitou os olhos.

-Fala.

-Não!

Os olhos dela pareceram faíscar como sempre acontecia quando eles se metiam a brigar - e não foi só uma vez que aconteceu -, mas para a surpresa dele, a expressão dela se suavizou logo depois.

-... Por favor.

-Eh?

-Se tem algo te perturbando, eu quero saber... - A garota de olhos azuis abaixou o rosto, no intuito de esconder a cor que suas bochechas provavelmente teriam no momento que a próxima frase deixasse seus lábios. - Eu quero te ajudar...

Ele piscou.

-Co...

-Eu já sei! – Ela exclamou e deu um susto nele. – Eu não devia dizer isso, eu sei que somos inimigos, mas eu não consigo evitar!

Silêncio.

-G- Garota estranha. – Ele falou e Rikka riu um pouco do “apelido” que ele costumava dar para ela.

-É, eu acho que sou mesmo. – Ela se afastou um pouco. – Devo ser para gostar de você.

Mais silêncio.

-... Como é?

Rikka se virou para o garoto e piscou algumas vezes, mas depois que notou o que havia dito, virou para o lado oposto novamente. Suas maçãs do rosto agora tinham a cor dos olhos de sua amiga, Aguri.

-N- Nada! Eu não falei nada.

Ira continuou olhando para ela com uma expressão neutra, completamente centrado no que sua mente trabalhava.

-Hm.

Até que ele levantou a mão e segurou o queixo da garota, seu dedo polegar propositalmente tocando os lábios dela.

-Eh?

Ora, quem diria? Eles eram mesmo macios.

-Repete? – Ele pediu.

-... Hm? – Os olhos azuis se arregalaram.

Engraçado. Até pouco tempo atrás Ira ficava nervoso por só estar do lado dela, mas depois que ouvira o que Rikka falara, seu nervosismo foi embora, deixando que ele mesmo tomasse conta da situação.

Sim, não era algum impulso bobo do seu corpo, ele estava fazendo aquilo e ele sabia por quê.

-Repete o que você disse agora pouco. – Ele se aproximou.

-E- Eu disse que não foi nad-

Até que ela ficava bonitinha corada e tropeçando nas palavras daquele jeito. É, pelo jeito, o garoto de apaixonara mesmo pela pretty cure azul e mesmo sabendo que não podia e que era errado por uma forma.

Se era isso que ele queria, então que assim fosse.

-Não isso. – Ele bufou um pouco. Ira sabia que ela estava se fazendo de boba. – Antes disso.

Silêncio.

-... Você não vai falar, né?

A jovem de cabelos azuis desviou o olhar.

-Hunf, depois eu que não sou honesto, né? – E passou levemente o dedo pelos lábios dela, o que fez as bochechas de Rikka corarem mais.

-Você ouviu... O que eu disse. – Ela conseguiu franzir a testa.

-É, ouvi. Só queria ouvir você dizer de novo, ué. – Rikka franziu ainda mais a testa e estava prestes a dizer alguma coisa quando foi interrompida mais uma vez, dessa vez Ira soltou seu rosto e deitou a cabeça em seu colo.

-Ira!

-Que é? – Ele se ajeitou para que pudesse encará-la de frente, os olhos cor de oliva impediam os azuis escuros dela que desviassem o olhar. – Eu tô cansado mesmo.

-M- Mas precisava ser logo no meu colo?

-Lógico.

-Eh?! – Ela corou e encarou o jovem. Ele não devia ter negado ou dado alguma desculpa?! O rubor de suas bochechas aumentou quando o garoto tomou a liberdade de segurar uma de suas mechas.

-Ei, Rikka.

-... Que foi? – Espera, ele acertara o seu nome?

-.. Você é minha, entendeu?

Silêncio.

-Quêê?! – Ela quase que levantou da cama de propósito para fazê-lo cair de cara no chão, mas quem disse que ele deixaria? Ira tinha a atenção dela e isso era o que ele mais queria. Ele voltou a brincar com suas madeixas escuras, olhando ainda nos olhos dela.

-Você me ouviu.

A jovem de olhos azuis ficou apenas parada, encarando-o. Suas orelhas quentes, assim como suas bochechas. Ah, o que havia com ele? Falando essas coisas do nada? Ela se sentia envergonhada, mas estaria mentindo se dissesse que não estava feliz.

-Ah... – Rikka suspirou e afagou os cabelos dele, sorrindo. – Você é mesmo muito egoísta.

Ira deu de ombros e ela sorriu mais. Ah, mas o amor é uma coisa tão engraçada e estranha. Quem diria que ela se apaixonaria por aquele garoto mimado? E que ele a retribuía? Eles, com certeza, teriam uma boa dose de problemas por causa disso.

Ah, que se lixe.

Sinceramente, para os dois, nada mais que pudesse impedi-los de admitir isso importava.

Chame de egoísmo se quiser, mas para certas coisas, vale a pena ser assim.


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Notas finais do capítulo

E taí, só isso mesmo xDD Um fluff bem bobinho por causa dos meus feels. Eu escrevi essa história ainda lá pela época do ep. 45, eu acho. E olha só, DokiDoki Pretty Cure já até acabou XDD Ah, como eu sou lerda~
Bem, obrigada por ter lido!!



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