Ray escrita por Raquel Franco
Notas iniciais do capítulo
Tá bom demaaaaaaaaaais!!! 2 capítulos só hoje. Como a minha amiga disse, RAY está chegando ao fim (aaaahhh), mas não desanimem. Aguardem o último capítulo que vocês terão uma grande surpresa. Pois é, se divirtam (ou não) com esse capítulo.
Por Carol
Acordei meio zonza, mas sem dor de cabeça nem nada. Ainda estava com a mesma roupa de ontem mas jogada no chão da sala de casa. Bando de filhas de uma puta.
Ontem foi a melhor noite de todas, pude me divertir com minhas amigas, conhecer pessoas novas e muitas outras coisas.
Passei o dia ligando e enviando mensagens para Theodore, mas ele não respondia e o celular estava dando fora de área. Isso me deixou totalmente emputecida.
Me levantei e fui escovar os dentes, as meninas ainda estão dormindo. Fui para a varanda de casa, mas aquilo tava chato. Me arrumei (1), peguei um taxi e fui até o Pier 39. Comprei um milk-shake e fiquei vendo as focas, não sei porque mas achei aquilo engraçado. Enquanto eu virava para olhar a multidão, avistei Matheus. O que esse Calenzzoni tá fazendo aqui? Segui em direção a ele, mas ele não me percebera e tinha virado de costas falando ao telefone.
─ Oi? ─ falei calmamente e depois sorri.
─ OI, CAROL!! ─ ele me abraçou com um grande sorriso nos lábios. Pude sentir que ele estava usando o mesmo perfume de Theodore e isso fez com que uma pontada em meu coração surgisse, mas logo passou ─ O que você tá fazendo aqui?
─ Eu que pergunto isso a você. O que faz aqui? Não deveria estar em Amsterdã?
─ Ãn, sim, mas meus pais resolveram passar as férias aqui. Então... tô aqui ─ ele sorriu ─ Continuando, e você?
─ Ah, eu também tô passando as férias aqui com as meninas. Inclusive, beberam muito ontem e estão dormindo.
─ Você pulou na piscina do iate do Alaric né?
Fiquei perplexa com o que ele disse.
─ O QUE? Você estava lá?
Ele sorriu timidamente e olhou em meus olhos
─ Não, o Edu tava lá. Não deu pra eu ir.
─ Ah, ele tá aqui também né? ─ se Anna souber...
─ Aham, ér, você quer almoçar comigo?
─ Bom, se a Angelic não estiver lá para ficar beijando você em minha frente, eu aceito!
Ele gargalhou alto
─ Relaxa, é só você e eu. Ah, você fica linda com essa cor. Na realidade, você sempre é linda, não importa. ─ ele se xingou bem baixinho quase inaudível.
Fiquei calada e senti meu rosto ficar quente de vergonha. Chegamos no restaurante assim.
─ E aí? Como você tá? ─ eu perguntei.
─ Continuo a mesma coisa, lindo, gostoso e arisco. ─ ele sorri, passa a mão no cabelo e dá uma piscadela. Depois muda a feição ─ É mentira.
─ Olha, eu não duvido nada. ─ tomei um pouco do suco de morango que pedira.
─ Para, é sério. Tô sentindo falta de Nova York, meus amigos...
─ Angelic...
─ Não, inclusive, não quero vê-la nunca mais.
─ Matheus, vem cá, o que você disse aquele dia lá naquela Starbucks, sobre Angelic. Eu não entendi.
Ele suspirou e se aproximou mais um pouco de mim.
─ A Angelic tá armando pra cima de você e da Anna atingindo principalmente os seus pontos fracos. No caso, eu era seu namorado, só que eu fui muito besta
─ Foi mesmo ─ vi seu pomo de adão subir e descer e depois ele continuou.
─ E ela me seduziu. Eu era obrigado a fazer coisas ruins para você se não ela machucaria você e eu não queria isso.
Não consigo acreditar
─ Mas me machucou Matheus, machucou muito que até certo tempo eu não conseguia superar. Mas o Theodore apareceu na minha vida e tudo mudou.
─ Olhe, não ponha muita fé nisso. Viu que ela acabou com a vida da sua amiga? Primeiro foi o Edu e agora o Beto. Ela quer acabar com a sua também Carol, ela quer Theodore.
Senti um calafrio em meu corpo e lembrei de tudo e consegui encaixar cada detalhe.
─ Eu preciso voltar pra Nova York.
─ Calma Carol, se controle.
─ MATHEUS EU SINTO QUE TEM ALGO DE ERRADO ACONTECENDO. ANGELIC QUER THEODORE. ELA NÃO SE CONTENTA. PUTA É ASSIM MESMO.
─ Carolina ─ ele me sacolejou e apertou meus ombros olhando firmemente em meus olhos ─ se controle, agora eu sou seu amigo e estou aqui para o que você precisar. ─ ele me abraçou ─ Se acalme.
Passei a mão no rosto e depois na cabeça.
─ Matheus, você sabe. Eu tenho medo de tudo que pode acontecer, eu amo Théo e não quero que nosso amor acabe só por causa dessa vadia. Ontem eu liguei tanto pra ele mas ele não atendia.
Ele passou a mão em meus cabelos e depois segurou em meus ante braços.
─ Olha, vamos passear. Sair um pouco daqui, esfriar a cabeça. Não pense mais nisso tá bom?
─ É MEU NAMORADO!
─ CALMA CAROLINA, você não veio pra cá para relaxar e curtir? ─ balancei a cabeça em afirmação ─ Pois então, vamos nos divertir. Eu ainda não fiz amigos aqui, inclusive estava ligando para Edu mas ele não dormiu em casa, e bom, você a última opção que me resta.
─ Eu sou sua última opção? Me erra.
─ É sério sua boba, vamos logo.
Passamos a tarde toda conversando e falando besteira, pondo apelidos nas pessoas da rua, nos batendo e fazendo competição de quem dava mais estrelas na areia (lógico que ele ganhou porque eu tava de vestido). Me deitei na areia olhando para o céu e rindo da piada que ele acabara de fazer.
─ Ai ai, não me lembrava o quão era bom passar uma tarde conversando com você. Você continua divertida. E linda. ─ ele disse dando um sorriso magnificamente branco e esplendoroso.
─ E você continua mentiroso! ─ sentei-me me espanando, tirando um pouco da areia que grudara em minha panturrilha.
─ Caramba, você não perde a ignorância também né? ─ ele moveu seus olhos azuis em minha direção e soltou um riso leve.
─ Bom, digamos que essa é minha marca. ─ sorri.
─ Sim, acho convincente.
─ Me ajuda a levantar?
─ É claro.
Ele se levanta e em seguida me puxa com tanta força que me faz dar de conta com seu peitoral.
─ Me desculpe!
─ Relaxa. ─ ele me abraça colocando seu rosto perto de meu pescoço.
─ Você tá usando o perfume que eu te dei. ─ ele disse e senti que ele sorriu.
Puts, nem lembrava disso.
─ Ah, ãn, obrigada!? Hahaha
Ele me abraçou mais forte e depois, devagar nos soltamos. Ele olhou em meus olhos e eu não senti mais nada. Ele me beijou. Delicadamente e calmamente sentou seus lábios ao meus, depois passei a mão sobre seu pescoço e ele aprofundou o beijo tornando-o mais sexy e selvagem, quente e gostoso. Sua boca tinha gosto de eucalipto e isso deixava o beijo com um toque a mais de sensualidade. Depois me toquei que aquilo estava errado, tudo estava errado, eu não poderia ter feito isso. Descolei meus lábios dos dele.
─ Me desculpe, eu não podia ter feito isso. Não podia. Tenho que ir pra casa.
─ Calma, eu posso te levar.
Eu já estava correndo em direção a um ponto de taxi.
─ Não, relaxa. Outro dia a gente conversa.
Vi que ele tinha passado a mão sobre a cabeça e estava meio sem jeito.
─ Tudo bem.
Peguei meu taxi e fui direto para casa pensando no que acabara de fazer. Eu beijei meu ex, puta que pariu. Passei a mão sobre meus lábios e senti que sorria, mas logo tirei isso de meus pensamentos e cheguei em casa. Anna me esperava com uma cara fechada de “eu vou te matar sua lambisgoia desgraçada. Por onde você andou?”
─ Eu vou te matar sua lambisgoia desgraçada. Por onde você andou? ─ eu queria rir porque acabara de acertar o que ela iria falar, mas me recompus e fiquei quieta. ─ RESPONDE!
─ Pelo o que eu saiba, eu sou a mais velha aqui e não tenho que ficar falando pra onde quero ir ou não.
─ Tá Carol, desculpa. ─ ela abaixou a cabeça e passou a mão sobre a testa ─ É sério, por onde você andou? Eu fiquei preocupada.
─ Ah, eu fui dar uma volta ué. Encontrei o Matheus.
─ Ahhhhh, ele tá aqui também?
─ Por que? Você já encontrou o Edu e nem me contou nada?
─ Hahaha, foi. Nos beijamos!
─ SUA FILHA DA puta. Quer dizer que meu trabalho de acalmar a tua xana foi em vão?
─ HAHAHAHA, deixa de ser idiota. Foi bom sabe? Eu me senti melhor.
─ Ah bom.
─ E você com o Matheus? Bateu muito nele?
─ Não, eu fiz uma besteira. Eu beijei ele.
─ O QUE? TU TA TRAINDO O THÉO SUA PUTA?
─ NÃAAAAO, foi um erro. Uma tentação. Nunca mais farei isso. Mas tirando essa parte, vamos ter que voltar agora para Nova York.
─ POR QUE??????
Contei tudo a ela e ela ficou barbarizada. Chamamos as meninas e em 30 minutos já estávamos prontas.
─ Égua, eu ainda não tô bem. Preciso de um analgésico. ─ disse Lena (2) passando a mão nas têmporas.
─ Pois eu tô super bem. Aquele segurança fez um bom trabalho. ─ disse Lissa (3) pegando uma mecha de seu cabelo e enrolando em seus dedos.
─ Êta bando de vadia, não aguentam nem uma noitada e já começam a liberar geral. Eu hein! ─ disse Anna (4) jogando o celular e algumas balas na mala.
─ Eu sou inocente hahaha. ─ eu (5) disse enquanto procurava meus óculos.
─ HA HA HA, e eu sou a Santa Rita de Cássia. Me poupe Carol. ─ disse Anna já puxando a mala para fora de casa.
Pegamos um taxi e fomos para o aeroporto. O voo de NY demorou um pouco, mas conseguimos chegar em casa.
Todo o voo eu fiquei apreensiva pelo meu aniversário, queria ver Théo e ouvir que estava tudo bem, comer muito bolo e dormir, esperar para a viagem ao Canadá. Adormeci e acordei com uma Anna me balançando.
─ Vamos sua puta, acorda. Já chegamos. Você quer voltar pra Califórnia?
─ Ãn? Não. Vamos.
Fui andando meio zonza. Eram 6h30 da manhã, enquanto as meninas iam arrumar um taxi, eu fui comprar um chá. Voltei e fui atrás de Anna, ela estava falando ao telefone mas logo que me viu, se despediu rápido e desligou o telefone.
─ Oi P?
─ Oi, com quem você tava falando?
─ Com o Edu. Ele me ligou para saber se eu tinha chego bem.
─ Hmmm, esse já quer.
─ HAHAHA, sempre quis.
Pegamos o taxi e fomos para a casa da Anna.
─ Vou tomar um banho ─ grito da escada enquanto ela tá pegando sua mala no carro e fechando a porta.
─ Tá bom, cuidado pra um negão não te pegar quando o sabonete cair.
─ QUEM DERA ─ eu grito.
Abro a minha bolsa e vejo meu telefone
─ Vou ligar para o Théo.
Ligo, mas continua fora de área. O que será que tá acontecendo?
Vou tomar um banho rápido, me arrumo (6) e desço para tomar um café reforçado e ir dormir. Vejo que a casa tá escura. Já devem ter ido dormir, mas cadê a Anna?
─ SURPRESAAAAA! ─ as luzes se acendem e vejo uma mesa repleta de coisas. Vejo a cozinha toda enfeitada e os avós, tios e prima da Anna. E as meninas também. Anna toda feliz veio me abraçar e quase quebra a minha cara.
─ PARABÉNS AMIGA, SÓ FALTA MAIS UM ANO PRA VOCÊ SER PRESA E USAR DROGAS À VONTADE. EU TE AMO MUITO P E PASSAR MAIS UM ANIVERSÁRIO AO SEU LADO E UMA COISA QUE EU QUERO ATÉ QUANDO ESTIVERMOS VELHAS, PORÉM, GOSTOSAS.
─ Ai, eu te amo caralha!!
Conforme foi, todos me abraçaram e desejaram aquelas coisas clichês e tudo mais.
─ Vamos começar o Parabéns!! ─ gritou dona Rose, a vó de Anna.
─ VAMOSSSS!
Cantamos o Parabéns e eu chorei emocionada, realmente, só faltava uma pessoa aqui. Quando acabamos, ouvi palmas vindo da sala e se aproximando da cozinha.
─ Parabéns meu amor, minha filhinha.
Anna olha para mim mais pálida que uma vela. Meu sangue gela, o ódio toma conta de meu corpo e eu não sei mais o que fazer. Era a minha mãe. Todo mundo para e olha para ela.
─ O que foi? Não posso participar de um de seus aniversários? ─ ela pergunta com um sorriso ávido no rosto.
─ O que você tá fazendo aqui? ─ eu pergunto.
─ Eu vim justamente para conversar com você e comer um bolinho com a minha filha. Por que? Não posso?
Puxei-a pelo o braço e levei-a até o quarto de Anna, tranquei a porta e a fiz sentar na cama.
─ Mãe? O que você quer?
─ Eu vim porque tava sentindo falta de você assim como o Joseph. Precisamos de você.
Meus olhos brilharam quando ouvi o nome de meu pai.
─ Ele veio? ─ falei quase sussurrando.
─ Ele não pode vir, mas ele lhe espera. Eu vim lhe buscar. Vamos ter que voltar para Londres.
─ O QUE? EU NÃO POSSO VOLTAR MÃE. EU TENHO UMA VIDA AQUI E MEUS ESTUDOS. NÃO POSSO IR.
─ VOCÊ NÃO TEM QUERER CAROLINA, VOCÊ VAI VOLTAR COMIGO PARA LONDRES QUEIRA OU NÃO. VOCÊ SÓ TEM UM DIA.
Ela saiu batendo a porta do quarto e foi embora.
Desci chorando e vi que ela não estava mais lá.
─ Cadê a Anne? ─ perguntou tia Rose.
─ Ela foi embora.
Anna me puxou para a sala e me interrogou.
─ O que ela queria Carol? Por que você tá chorando?
─ Ela quer que eu volte pra Inglaterra. Só tenho mais um dia aqui.
Anna olhou assustada para mim e vi que ela começara de lagrimar, depois ela me abraçou forte.
─ Você não pode ir, você é minha única amiga e irmã. Você não pode me deixar sozinha. Por favor, não vai.
─ Eu não tenho querer, Anna. Ela mesmo disse isso. Eu não quero ir.
Comecei a soluçar tão alto e chorar muito, com Anna acontecia a mesma coisa.
─ Eu vou subir. ─ avisei.
Deitei-me em uma cama, fiquei olhando para o teto e chorando. Eu não quero ir.
Eu não posso!
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Ihhhhhh, rolou beijo da Carol e do Matheus? O que acharam? Ela não é puta tá gente? Só é louca. Continuem lendo e comentando meus amores, byeee! Até.
(1) (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=132995072&.locale=pt-br)
(2) (http://www.polyvore.com/trip_to_new_york_helena/set?id=132989715)
(3) (http://www.polyvore.com/trip_to_new_york_lissa/set?id=132993213)
(4) (http://www.polyvore.com/trip_to_new_york_anna/set?id=132991402)
(5) (http://www.polyvore.com/trip_to_new_york_carol/set?id=132987834)
(6) (http://www.polyvore.com/sem_t%C3%ADtulo_44/set?id=133006265)