Ray escrita por Raquel Franco


Capítulo 23
Dupuits ataca outra vez // Rompimentos


Notas iniciais do capítulo

Andei vendo que minha amiguinha andou pondo coisas na cabeça de vocês, que eu tinha sumido também e para me matar. Bom gente, eu não sumi e vocês sabem que eu sempre posto capítulos maravilhosos para vocês né? (sendo amorosa) Além de ama-los muito. Esse é mais um capítulo da Carol/Théo. Quero que leiam com cuidado e atentamente. Boa leitura!



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Por Théo

Não acredito que a Carol fez uma coisa dessas, NÃO ACREDITO. Eu a amo tanto, ela vem e põe o passado bem no meio do que estávamos tentando construir e acaba com tudo. Não quero nem mais pensar nesse assunto.

Depois que saí da casa de Carol comecei a andar sem rumo, avistei um pub e parei lá.

─ Olá senhor, o que deseja? ─ disse o garçom.

─ Uma gin tônica, por favor! Se puder, mistura até veneno aí no meio dessa porra.

─ Um momento.

Recebi a minha gin e não conseguia parar de pensar naquela noite, naquelas cenas, no meu final de semana com a Carol e eu sem ela.

Nem tinha percebido que uma moça acabara de sentar ao meu lado e me cutucou.

─ Olá?

─ Oi

─ Você parece meio triste hein, amigão.

─ Ah, muitos problemas.

─ Sei bem como é. Meu nome é Angelic Odréal (1). ─ ela estendeu a mão.

─ O meu é Theodore Albertini. ─ estendi a minha e dei um leve sorriso.

─ Você parece meio triste, o que houve?

─ Ah, acho que perdi um amor.

─ Hm ─ disse ela dando um gole no uísque que acabara de pedir. ─ Qualquer coisa eu te ajudo a procurar.

─ Ah, não. É muita gentileza sua, mas, obrigado.

─ Que nada.

Conversamos bastante aquela noite, Angelic era muito legal, mas eu não parava de pensar na Carol. Me despedi de Angelic e fui embora.

***

Acordei com uma puta dor de cabeça e vi não estava com roupa de dormir, apenas uma calça jeans que mostrava toda a minha cueca, descabelado, descalço e suado.

Fui a cozinha e encontrei um bilhete de Helena na geladeira.

Olá irmãozinho, bom, como pode perceber eu não estou em casa. Fui ao shopping comprar algumas coisas novas e sair com as meninas. Beijos, cuida bem da minha casa e vê se não deixa camisinha espalhada por aí.

Ri do que ela escreveu, peguei um copo de suco de laranja e fui para sala.

A campainha tocou e eu fiquei surpreendido.

─ Angelic? Como você me achou? ─ perguntei meio que sorrindo e meio que incrédulo.

─ Ah, eu estudo com a sua irmã. Eu sabia que já tinha ouvido seu sobrenome em algum lugar, inclusive, eu e sua irmã somos bem amigas. (N/A: falsa) ─ disse ela invadindo a minha casa ─ Nossa, que casa linda.

─ Nossa, que bom e muito obrigado. Você não quer beber nada?

─ Não por enquanto, obrigada.

─ Ok, vou aqui à cozinha e já volto.

Fui para cozinha e peguei mais um copo de suco de laranja, mas assim que estava me servindo, senti que alguém tinha me abraçado por trás, me virado brutalmente e me imprensado no mármore da pia.

─ Shiii, você não disse que queria procurar o amor perdido? Eu te ajudo a procurar gatinho.

─ Eu acho que não é uma boa...

Quando eu ia terminar a frase, ela me beijou. Por um segundo esqueci Carol. Será que isso é bom ou ruim? Que loira quente. Descolei-me dela.

─ Angelic, por favor...

Ela voltou a me beijar e me levou para meu quarto. Me jogou na cama. Eu estava muito suado, incrédulo, quase sem roupa e com um mau pressentimento. Ela ficou em pé e começou a tirar a saia, depois a blusa e logo em seguida o sutiã. Sentou em minha barriga e chegou bem perto de meu rosto.

─ O resto você quem vai tirar.

─ O RESTO VOCÊ JÁ PERDEU COM OUTRO SUA PUTA.

Enquanto nos beijávamos, alguém entrou e gritou. Carol! Puta que pariu.

***

Por Carol

─ Carol. Carol. Carol. OH SUA PUTA, ACORDA CARAMBA!!

Abri os olhos e vi Anna dando tapinhas leves na minha cara.

─ AHHH, não me assusta porra. ─ sentei-me no tapete ─ Que horas são?

─ São exatamente 14h e eu quero que você me explique o que aconteceu. Te estupraram foi? Mas tu tá acabada hein. Disse que ia lá em casa e eu deixei de sair com o Beto pra te esperar.

─ Ai Anna, me desculpa. Aconteceu tanta coisa ontem a noite, eu preferia morrer do que viver aquilo novamente.

─ Olha aqui, eu estou aqui e quero saber de tudo.

─ Depois que falei com você o telefone daqui de baixo tinha tocado, eu ainda estava me arrumando e tipo, como só mora eu, desci e fui atender só que eu me deparei com Matheus, aquele filho de uma égua. Aí...

Expliquei tudo a Anna com cuidado e com detalhes, ela ficou boquiaberta.

─ MAS QUE FILHO DE UMA PUTA. CLARO! ÓBVIO! TINHA QUE SER UM DI ANGELO. OH RACINHA FILHA DA PUTA. Olha, sabe de uma coisa? Vai tomar banho que você parece a Bruna Surfistinha depois do primeiro boy que ela transou e você tá imunda. Sorte que não sujou seu tapete persa.

─ Cala boca Anna.

Fui tomar banho, me arrumei (2) e desci. Encontrei Anna estirada em um dos divãs tomando nécta de uva e mexendo no celular.

─ Mas que porra é essa?

─ Oi amiguinha. ─ disse ela levantando rápido, passando a mão no cabelo e cruzando as pernas. Essa menina tem um parafuso a menos, só pode.

─ Bora sua folgada, se não eu perco a coragem porra.

─ Calma amiga, deixa eu aproveitar que o wifi é grátis e responder essa mensagem pro Beto lindo amor chuchu gostoso perf...

─ BORA ANNA, NÃO TENHO PACIENCIA PRA ESCUTAR ROMANCINHO BABA NA BLUSA DE VOCÊS DOIS NÃO. A intimidade fica na cama porra.

─ Tá bom sua chata, vamos.

Como é costumeiro, sempre que entro no carro amo escutar música, principalmente se for com alguém do lado que saiba cantar contigo. Coloquei Disconnected no volume máximo e começamos a cantar.

Chegando na frente da casa da Helena/Théo eu apertei a mão de Anna.

─ Amiga, eu tô com medo dele me expulsar ou estar muito puto comigo e com o que aconteceu ontem. Parecia que ele estava possuído.

─ Relaxa Carol, vai lá, conversa com ele, dá uma rapidinha que eu espero aqui sem problema. ─ ela sorriu.

─ Para sua idiota, vou lá, me deseje sorte.

Desci do carro e corri para a porta de entrada, toquei a campainha e nada. Encontrei a porta aberta.

─ Théo? Theodore?

Não ouvi nada.

Subi as escadas e escutei umas risadinhas e fala de mulher, eu conhecia aquela voz, só não sabia de onde. Ouvi que eram do quarto de Théo.

─ O resto você quem vai tirar.

Empurrei a porta e me deparo com uma das cenas mais horríveis que já vi. Angelic, aquela VADIAAAAA, em cima do meu Théo e ele com a mão nos peitos dela.

─ O RESTO VOCÊ JÁ PERDEU COM OUTRO SUA PUTA.

Gritei sentindo que a ira estava tomando conta de meu corpo.

─ CAROL? ─ gritou Théo com cara de assustado, mas eu não dei atenção.

─ AGORA SAI DE CIMA DELE SUA PUTA MALDITA, DESGRAÇADA. EU VOU ACABAR COM VOCÊ. ─ larguei minha bolsa no chão, peguei Angelic pelo o cabelo e fui arrastando-a até a porta.

─ Minha chapinha, meu aplique, sua garota metidinha. Me larga, quero minhas roupas.

─ Roupas compradas em feira? Pra quê você quer roupa se seu trabalho não as exige? Poxa amiga, vou queimar.

─ ME LARGA SUA NOJENTA.

Abri a porta e a posta ajoelhada e ainda com a mão no cabelo dela, aproximei meu rosto ao dela.

─ Você que ouse aparecer na minha frente novamente que eu acabo com esse teu rostinho dominado por maquiagem de bazar. ─ cuspi em seu rosto e lhe dei um chutão. ─ VAI EMBORA!

─ SUA DESGRAÇADA, EU AINDA ACABO COM A SUA VIDA.

Bati a porta com tanta força que eu acho que o Japão tremeu.

Recompus-me e fui até a cozinha, ouvi Théo correndo atrás de mim.

─ CAROL? VOCÊ É LOUCA? OLHA O QUE VOCÊ FEZ

─ NÃO VEM FALAR COMIGO COM ESSE TOM PORQUE NEM MEU PAI VOCÊ É THEODORE OGAWA, MUITO MENOS INOCENTE PORQUE EU TE PEGUEI BEM NA HORA DO ATO. SE VOCÊ QUERIA FODER, VOCÊ ME FALAVA QUE EU ARRUMARIA ALGUÉM PRA FODER COM VOCÊ. MAS CHAMAR A MENINA QUE MAIS ODEIO NESSA VIDA PRA FAZER ISSO, JÁ É UMA BAITA DE UMA PUTARIA. Não era você que falava que iria me respeitar e tudo mais? CADÊ O RESPEITO AGORA?

─ VOCÊ TAMBÉM NÃO FEZ POR MERECER, ONTEM, COM O SEU EX. TE ENCONTRO AOS BEIJOS COM ELE E ELE LOUCO PRA POSSUIR VOCÊ. VOCÊ ACHA ISSO LEGAL PARA MIM?

─ NÃO INTERESSA O QUE EU ACHE LEGAL OU NÃO THEODORE. PRA SUA INFORMAÇÃO, EU QUASE FUI ESTUPRADA ONTEM, NÃO TIVE CULPA DE ABSOLUTAMENTE PORRA NENHUMA QUE ROLOU ALI. INCLUSIVE, VIM AGORA PRA TENTAR PEDIR DESCULPAS, MAS EU VEJO QUE JÁ OCUPARAM MEU LUGAR. E AFINAL, ONDE VOCÊ CONHECEU ESSA DU PUTA HEIN? NA ESQUINA DOS BARES QUE VOCÊ FREQUENTAVA OU VOLTOU A FREQUENTAR?

─ Conheci ela ontem, EU NEM SEI COMO ELA DESCOBRIU A MINHA CASA. E...

─ AH, CALA A BOCA THÉO. Não sei nem como eu cheguei a pensar que queria namorar com você, talvez até casar um dia, achava que você era diferente. Mas você não passa de um garoto que é igual aos outros. E sabe? Eu cansei de chorar pelo leite derramado, cansei de chorar por quem não me merece, CANSEI DE SOFRER. O que tínhamos termina por aqui Theodore, não me procure nunca mais. ─ enxuguei uma lágrima que acabara de cair ─ Adeus Théo.

Segui até a porta e ele vinha gritado atrás de mim.

─ CAROL, POR FAVOR, NÃO VÁ. ME DESCULPA, PELO AMOR DE DEUS. EU TE AMO!

Ele acabara de cair ajoelhado, mas eu não olhei para trás, só para o carro onde Anna me esperava. Chorei, claro, não queria que isso acabasse assim.

─ AMIGAAAAA, AQUELA CENA COM A ANGELIC. O QUE VOCÊ FEZ COM ELA. LACROU BIXA.

─ Não tô legal Anna, aumenta esse som e bora pra alguma festa.

─ Mas são 16h da tarde ainda.

─ FODA-SE, QUERO BEBER. Para em um supermercado, vou comprar umas cervejas e mais tarde a gente vai pra uma balada. Quero esquecer o que aconteceu hoje. Você me acompanha ou vou ter que me virar sozinha?

─ Mas é claro que eu te acompanho garota, é pra isso que as parabatais servem. ─ ela riu e aumentou FOB – Young Volcanoes

When Rome's in ruins

We are the lions

Free of the coliseums

─ Vai amiga, canta comigo, anima um pouco aí.

─ Tá!

In poison places

We are anti-venom

We're the beginning of the end

Cantamos alegremente até em um supermercado, fui inventar de escorregar no chão molhado e acabei batendo meu bumbum no chão, pura pagação de mico. Voltamos para casa, bebemos bem pouco, conversamos sobre estarmos no ultimo ano de colegial, onde iriamos fazer faculdade e a nossa “tour”. Depois fomos para um balada. Esse foi o dia mais terrível e bom da minha vida.


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Notas finais do capítulo

Super barraco. E aí? O que vocês acharam?

(1) (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=130584889&.locale=pt-br)
(2) (http://www.polyvore.com/iorc/set?id=130583762)



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