Mireille e o Campo de Ladrilhos escrita por Pollyana


Capítulo 1
Introdução


Notas iniciais do capítulo

Avisos no final do capítulo. Divirta-se.



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A questão era maturidade.

 

Tudo que faltava a uma jovem de seus 16 anos, obviamente eu.

 

Era o motivo mais provável de estar viajando para o interior do país, 3 horas de carro até chegar numa cidadela local. Certo, talvez não fosse exatamente uma cidadela, mas era relativamente pequena quando se está acostumada à vida na metrópole.

 

Era confortável quando o motivo da sua ida não era simplesmente por obrigação. “Vai lhe fazer bem”, me disseram.

 

Mato, capim, mato, mato e capim.

 

A estrada se mixava no cheiro de lavanda e ervas campestres; ao entrar na cidade, casas antigas, modelos idênticos aos da Segunda Guerra Mundial, incluindo as varandinhas de madeira, uma cidade que parecia respirar calma. Fui recebida na casa de Martha, minha avó, os olhos imersos em alegria e espontaneidade.

 

-Meu bem, mas como você cresceu! – disse emocionada. Sorri, de verdade, o primeiro desde o começo da viagem. Parei para admirar o espaço ao redor: diversas pessoas e seus afazeres, roupas simples, sem preocupações estéticas além do comum; eram de uma beleza rara, traços bem feitos em suas várias formas e contornos. Atrás de Martha vi postados mais dois jovens, idades aproximadas da minha, pelo visto. Vendo eu ter percebido, se adiantou em apresentá-los. – Esta é Eloise, ela me ajuda na loja, sei que vão ser grandes amigas. E este é seu irmão – disse puxando-o –, Henri. Aposto que vão se dar bem.

 

Ambos exibiam olhos de um azul cristalino. O garoto pussia um ar debochado, irritante. Já Eloise persistia em me examinar minuciosamente, atenta a cada detalhe. Talvez um simples ‘bem-vinda’ tivesse sido mais aconchegante.

 

-Venha, Mireille, vou lhe mostrar seu quarto! – disse em um saltar. Antes que pudesse responder, me vi sendo levada pela escadaria que dava até ao sobrando. Tons pastéis e móveis cor mogno predominavam em meio a decoração simples do lugar, vasos de porcelana e quadros pintados a óleo deixavam tudo mais delicado. Meu quarto era do mesmo estilo, porém, acima de uma estante havia uma caixinha de música com uma pequena bailarina no centro. Lembrava estranhamente a mim, ressaltando-se os cabelos alaranjados e a pele alva.

 

“Vovó deve ter encomendado”, pensei.

 

-Vou te deixar a vontade – disse Eloise, enquanto saía tão rápido o quanto tinha chegado.

 

A tarde não foi difícil: se resumiu praticamente a guarda minhas coisas, que não era poucas. Calçados, vestidos, maquiagem, não que eu teria ocasiões para usá-los ali, mas isso não importava.

 

No jantar, me contaram sobre um tal Campo de Ladrilhos.

 

-Campo não são espaços com, sei lá, flores ou coisas do tipo? – perguntei sem mais delongas.

 

Minha única resposta foi apenas o sorriso enigmático do garoto da cadeira ao lado


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Notas finais do capítulo

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foi só uma introdução (não tão esclarecedor como um capítulo, nem tão confuso quanto um prólogo). Espero que tenham gostado e mandem reviews. Abraços. o/



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