-Finalmente, eu pensei que nunca voltaríamos para casa. -Kate disse se sentando no sofá.

Castle respirou fundo sentindo o cheiro confortável de casa e sentou ao lado dela. - Foram dias infernais. - Ele concordou.

Ela deitou a cabeça no ombro dele. - Acredita mesmo que ele esta vivo?

-Sim.

-Castle...

-Kate - ele a interrompeu - vamos deixar isso de lado ok? Eu só quero tirar essa roupa imunda e entrar na banheira com você.

Ela suspirou. - Porque não vai arrumando lá enquanto eu pego um vinho?

Ele beijou a testa dela concordando e em seguida foi para o banheiro, Kate foi para a cozinha escolher o vinho. Ela acabou pegando um tinto.

Ela entrou no quarto indo direto para o banheiro encontrando Castle com as mãos apoiadas na pia e a cabeça baixa. Ela colocou o vinho na mesinha ao lado da banheira que estava enchendo.

-Castle? - Ela chamou.

Ele demorou alguns segundos para responder. - Eu pensei que iria demorar mais para escolher o vinho. Por que não vai tirar a roupa ou pegar alguns sais da mamãe para colocar na banheira?

Ela franziu a testa. -Não mesmo. O que foi? Hum? - Ela entrou por debaixo de seu braço ficando imprensada entre ele e a bancada da pia.

Ele suspirou apoiando a testa no ombro dela. - Nada. Pode me deixar sozinho um pouco por favor? - Pediu olhando para ela.

-Não. - Ela passou os braços pelo pescoço dele enterrando o rosto no vão de seu ombro e seu pescoço e apertou os lábios no ponto de pulsação.

Castle a apertou nos braços. Ele só precisava colocar tudo aquilo para fora, apenas uma lágrima escorreu pelo seu rosto.

- Eu fiquei com tanto medo... - Disse com a voz abafada pelos cabelos dela.

-Eu sei - sua mão fez carinho em sua nuca.

-Não, não por mim. - Seus braços apertaram seu corpo mais ao dela. - Quando eu escutei ele pegando você, querendo me mostrar que iria te matar... Kate eu... - A voz ficou presa na garganta.

Kate fechou os olhos com força. - Fiquei com medo depois que você saiu e os policiais de verdade chegaram lá. Eu pensei que ''ele'' tinha armado pra te pegar e... - Respirou fundo sentindo o cheiro dele.

Ela sentiu ele beijar seus cabelos. - Kate?

-Sim?

-Eu te amo.

...

A água já estava esfriando, mas nenhum dos dois queriam sair dali. A espuma da banheira cobria boa parte dos corpos. Kate tinha amarrado o cabelo em um coque e por isso Castle estava com o nariz enterrado no seu pescoço.

As mãos dela corriam pelos braços dele em um carinho provocante, mas nada ali era sobre sexo. Apenas duas almas felizes por estarem juntas depois de dias complicados. Apenas pele querendo sentir pele. Coração querendo escutar coração. E o nariz querendo sentir o cheiro que acalmava a mente. A taça de vindo estava na mão de Castle, ele a revezavam. A garrafa estava quase no fim.

Kate virou de lado deitando a cabeça no peito dele, Castle passou os braços pelo seu ombro a apertando contra ele.

-Precisamos sair. - Disse.

-Precisamos limpar esses machucados. - Passou os dedos no corte do rosto dela.

Ele levantou saindo da banheira se enrolando em um roupão. Ele fez o mesmo colocando uma toalha na cintura. Kate se abaixou abrindo o armário e pegando uma caixinha de primeiros socorros.

-Vamos. - Disse voltando para o quarto.

Ele tomou a caixinha da mão dela, a fazendo sentar na cama. Se ajoelhou na frente dela e pegou um algodão o embebendo em soro e pressionou no corte dela. Kate puxou o ar entre os dentes.

-Desculpe. - Ele disse soprando o local.

Ela acenou positivamente com a cabeça.

Ele limpou o corte com outro algodão e colocou um adesivo em cima do mesmo. - Pronto.

Ela fez o mesmo na testa dele, tirando o sangue seco que ainda havia ali e colocando um adesivo em cima do corte.

-Obrigado. - Ele beijou seu pulso.

-Castle?

-Sim?

-Eu amo você.

...

-Quer jantar? – Ele perguntou terminando de vestir a calça.

-Não, não estou com fome. Eu só quero deitar um pouco. – Colocou um short.

-Combinando tanto porque?

-Hum?

Ele apontou para blusa verde com detalhes brancos, o short branco e a calcinha verde.

Ela riu percebendo. – Foi sem querer. – Deu de ombros.

-Vamos ver um filme? Enroladinhos na sala? – Ele a abraçou por trás plantando um beijo em seu pescoço.

-Tá bem.

...

E assim eles estavam, colados um no outro, apenas sentindo o calor. Vários lençóis e um edredom cobrindo eles e um filme qualquer passando na TV.

-Acha que vai começar amanhã? – Ela perguntou.

-O que?

-As piadinhas dos meninos, sobre nós. – Deu de ombros.

-Assim que chegarmos de manhã, com certeza.

Ela deu uma risadinha.

-Estaremos prontos, e sabe o que é melhor?

Ela olhou nos olhos dele. – O que?

-Estaremos juntos. Sempre.