No one else can break my heart like you escrita por Marcôncio Ruffles


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo eu meio que fiz correndo, então deve estar uma droga, mas vai ficar melhor, eu juro... Eu acho... Eu vou tentar.



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Dylan estava sozinho. Os policiais na sala de estar naquele momento (Idiota 1 e Idiota 2, como Dylan havia os apelidado há uns 5 minutos) estavam falando para sua mãe o que tinha acontecido. Mas ele não queria escutar. No momento em que sua mãe abriu a porta, revelando dois policiais, Dylan correu para seu quarto. Estava escuro, mas ele queria que estivesse assim. Não havia razão para acender as luzes. De seu quarto, Dylan pôde ouvir o choro da sua mãe. Por alguma razão, aquilo fez o acontecimento parecer mais real. Era real, ele não podia fazer nada para mudar isso. Lionel Shrike estava morto, e Dylan, seu filho, sozinho.

Nãocompletamentesozinho, claro. Dylan tinha sua mãe e alguns amigos. Mas tinha perdido seu pai. Que agora estava morto, no fundo do rio East. E tudo era culpa de Thaddeus Bradley. Se não fosse por ele, Dylan estaria com seu pai agora. Não sozinho em seu quarto tentando não chorar.

Dylan olhou para o relógio que ele havia ganhado do pai a algumas horas atrás estava em cima de seu travesseiro. A única lembrança que ele tinha do pai... E que, ele havia acabado de decidir, sempre teria. "Conte as horas até eu voltar." ele havia dito. Aquela era uma esperança ridícula e infantil, Dylan sabia disso, mas nunca deixaria aquele relógio parar. Talvez um dia seu pai voltasse. Talvez. Pela porta entreaberta ele ouviu os dois policiais, que pareciam não entender que sua mãe precisava de um tempo sozinha.

- Senhora Shrike, estamos tentando encontrar o cofre, mas não tivemos nenhum progresso, por enquanto. Te manteremos informada.

Como se isso fosse fazer diferença agora,pensou Dylan,por que eu ia querer ter certeza de que ele estava morto, seus idiotas?

Sua mãe continuava chorando e Dylan resistiu ao impulso de ir até a sala e mandar os dois embora a base de batidas com um taco de beisebol. Até porque 1) ele provavelmente acabaria sendo preso ou mandado para um abrigo para menores infratores e 2) ele não tinha um taco de beisebol. Mas ainda assim se levantou da cama e foi até a sala, colocando o relógio no pulso e esperou os policiais acabarem de falar. O menino não estava exatamente prestando atenção, mas pelo que ele conseguiu entender, ainda era sobre encontrar o maldito cofre.

- Provavelmente foi levado pela correnteza ou algo assim, vamos fazer o possível para--

Ele havia reparado em Dylan, sentado encolhido em um canto da sala. Na verdade, Dylan só percebeu onde e como estava quando o Idiota 2 se dirigiu a ele.

- Você está bem, garoto? - Ele disse.

Dylan ergueu a cabeça e percebeu que todos olhavam pra ele, sua mãe com os olhos vermelhos e os idiotas o encarando como se ele tivesse algum problema mental. Aquilo provavelmente foi o que o fez explodir.

- Se eu estou bem? - Ele disse, se levantando. Não estava mais tentando manter o controle, ele simplesmente não conseguiria aguentar. - Claro, meu pai morreu e agora tem dois policiais na sala da minha casa repetindo isso como se quisesse que tivéssemos certeza de que é verdade. Se eu estou bem? Eu e a minha mãe vamos ser forçados a sair dessa casa, e viver de mal a pior por um tempo.É claro que eu estou bem. Tão bem que vou pedir educadamente que vocês vão embora. Eu já entendi, o meu pai está em algum lugar no fundo do rio East ou em algum oceano por aí, não precisam ficar falando isso o tempo inteiro ou ao menos encontrar o corpo. Então saiam daqui. AGORA.

Para a sua surpresa, eles foram. Provavelmente concluíram que Dylan era perturbado ou algo assim e não fizeram nada. Depois de uns 10 minutos explicando à sua mãe que ia ficar bem, ele voltou para seu quarto.

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A escola sempre foi uma droga, na opinião de Dylan. Ele era inteligente o suficiente para não precisar frequentar aquele lugar. Mas como todo bom pré-adolescente de 12 anos, ele não tinha escolha. E sabe de uma coisa? Não era tão ruim. A única coisa que ele tinha que fazer ela não ser notado. O que era fácil.

Porém naquele dia, as coisas eram diferentes. Sua mãe disse que ele não precisava ir, mas ele insistiu. Ele queria que alguém falasse alguma coisa sobre o que aconteceu. Desde que Bradley revelou os truques de seu pai, Dylan era motivo de piada. E agora, com o grande Lionel Shrike morto, ele queria ouvir mais uma piada. Mais uma. Naquele dia nenhum professor o puniria por bater em alguém que dissera uma palavra contra Shrike. E Dylan queria se meter em alguma confusão.

Ele andou de cabeça baixa durante todo o dia, mas ninguém o incomodou. Talvez tivesse sido melhor assim. Espancar alguém por um motivo daqueles parecia bobagem agora.

Dylan estava saindo da escola, ainda com o olhar fixo no chão quando deu um encontrão com alguém. Uma garota, da sua idade, muito bonita e, bem...gostosa. O tipo de garota que nunca olharia pra ele. A menos que quase o derrubasse no chão por engano. E foi o que acabou de acontecer.

- Ah... desculpa. - Ela disse. Dylan ficou surpreso que uma garota como aquela fosse capaz de pedir desculpa, mas apenas acenou com a cabeça e a deixou passar.

Ela já estava um pouco longe quando ele subitamente gritou:

- O meu pai morreu!

Ela apenas olhou para trás e fez uma careta. Claro, por que alguém ia querer se gabar disso? Dylan se virou e seguiu seu caminho, se xingando por tanta estupidez.


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Notas finais do capítulo

Eu disse que estava uma droga! Mas foi o melhor que eu consegui pensar no momento. Enfim, é isso aí. Vou tentar postar o máximo possível, ou, pelo menos, quando tiver um computador em mãos. O meu quebrou e... a situação tá meio crítica. É, até mais



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