— Ben espera, vamos conversar de cabeça fria. – Sidney suplicava andado atrás do amigo.

— Ouve o Sidney Ben, seja lá o que você vai fazer não vai resolver o problema. – Serguei também argumentava tenso com a situação.

— Eu sei que vocês podem até ter razão, mais nada vai me segurar. – Ben disse parando em frente à casa de Maura.

— Chama o Antônio, Sidney. – Ben pediu a ele.

— Não Ben, eu não vou chamar é melhor você desistir disso. – Sidney se negou.

— Tudo bem, você não quer chamar a confusão só vai ser um pouco maior. – Ben afirmou abrindo o portão para entrar.

— Ben não. – Serguei falou indo atrás juntamente com Sidney.

— Cadê o desgraçado do Antônio, Hernandez. – Ben perguntou a ele, o vendo sentado a sala.

— Tá lá no quarto o que houve Ben, você parece nervoso. – Hernandez disso percebendo o descontrole de Ben.

— Chama o Antônio agora. – Ben ordenou quase que o ignorando.

— Mais o que é isso, ninguém bate na porta aqui não. – Maura falou vendo a confusão.

— Faz alguma coisa Sidney. – Ela disse ao filho.

— O mãe se eu fosse você ficava na tua. – Sidney respondeu parado ao lado de Serguei.

— Chama o Antônio, Hernandez. – Ben disse novamente.

— Vou chamar, mais o que você tem meu filho. – Hernandez questionou Ben.

— Chama o Antônio, acho bom você se preocupar com ele e não comigo. – Ben afirmou sem paciência.

— Não precisa chamar, eu estou aqui. – Antônio falou descendo as escadas altivo, escarando Ben.

— Ótimo, pelo menos dessa vez, você não se escondeu igual a um moleque naquele bosque, porque é isso que você faz não é, covarde, traidor. – Ben gritou.

— Ben o que é isso, o Tony não fez nada que justifique você tratar ele assim. – Hernandez se meteu defendendo Antônio.

— Ah não fez, você é que não sabe de nada, você é tapado mesmo Hernandez, ingênuo não vê maldade em nada mesmo, nem nesse desgraçado. – Ben esbravejou.

— Isso é jeito de você falar comigo Ben, eu vi você crescer menino. – Hernandez respondeu chateado.

— Eu te respeito muito por isso, então me desculpa pelo o que vai acontecer aqui. – Ben afirmou tenso.

— E você Antônio, qual parte que eu não queria que você chegasse perto da Anita você não entendeu. – Ben disse o encarando.

— Você está louco Ben. – Antônio riu descaradamente. – Olha que você anda obcecado pela Anita, agora ninguém pode mais falar com a garota. – Antônio respondeu cínico.

— Você sabe muito bem do que eu estou falando, seu infeliz. – Ben rebateu.

— Ben chega é melhor você ir pra tua casa. – Hernandez disse.

— Eu não vou a lugar nenhum enquanto o Antônio, não explicar direito o que passa nessa cabeça doente dele. – Ele respondeu.

— Eu não fiz nada você é que tá descontrolado. – Antônio falou vendo Ben perder a linha.

— Injustiçado você não é, sempre o coitado que não assume nada o que faz, que não tem coragem de fazer nada pela frente das pessoas, nem pra isso você tem coragem Antônio, você é um fraco, covarde, que menti e engana as pessoas, e ainda por cima se faz de coitado, usando a desculpa do órfão abandonado, mais a verdade é que você não passa de um monstro sem caráter e invejoso, que não construiu nada teu nessa vida, que tem inveja do que as outras pessoas têm, que culpa as pessoas pela tua insatisfação. – Ben afirmou.

— Você não tem o direito de ofender o Antônio, Ben. – Hernandez falou pasmo com o jeito de Ben.

— E o Antônio, tem o direito de fazer o que ele fez, comigo, o otário que sempre ajudou ele, que sempre considerou ele como um irmão, até muito mais que os meus irmãos de sangue que eu nunca pude ter por perto até voltar pro Brasil, e eu dei força pra esse infeliz voltar pra cá com você, pra ele destruí a minha vida, fazer o que ele fez pra Anita, eu nunca pensei que eu fosse odiar tanto alguém Antônio, mais espero que você passe o resto dos dias se sentindo a pior pessoa do mundo e sem ninguém. – Ben soltou.

— Isso admite quem você é de verdade, chega não é Ben, de se fazer de bonzinho, que adora todo mundo, o certinho, que todo mundo gosta, que todas as meninas querem como namorado, porque eu sou o torto não mereço nada. – Antônio rebateu.

— Você merecia, se você fosse um cara honesto, mais você não é, você não gosta nem de você mesmo Antônio, e eu não tenho culpa, se eu dou valor pras pessoas a minha volta e respeito quando elas me dizem um não. - Ben respirou fundo.

— Eu não tenho culpa das tuas frustrações, porque se eu tivesse com certeza eu iria te falar, você é incapaz de cultivar qualquer coisa boa, você quer escravizar as pessoas a tua volta, assim como você tentou fazer com a Anita não é, ela me ama, e como você sabia que não ia ter ela, você fez o vídeo, destruiu a gente, e por todos os foras que ela já te deu até aqui, você fez ela cair hoje no colégio não é, pelo menos admite quem é você Antônio, a tua mascará caiu. – Ben falou.

— Você enche a tua boca pra falar que a Anita, é tua, e quem disse que você vai ficar com ela. – Antônio provocou.

— Ela não é minha, ninguém tem posse sobre ninguém não, mais está comigo e vai continuar comigo, e ai de você se aprontar pra cima dela de novo. – Ben retrucou.

— Eu não tenho medo de você Ben. – Antônio debochou do meio-irmão. – Eu faço o que eu quiser quantas vezes eu quiser, e não vai ser você e nem ninguém que vai mudar isso, a Anita ainda vai ser minha e pode escrever o que eu estou te dizendo irmãozinho. – Antônio disse em tom de deboche.

— Eu acabo com você, se você chegar perto dela de novo, seu desgraçado. – Ben falou acertando um soco em Antônio.

— Tava na hora mesmo. – Antônio respondeu se erguendo vindo para cima de Ben.

— Sidney faz alguma coisa, eles vão destruir a minha casa. – Maura gritou em desespero.

— Chega perto dela, se você fizer algum mau pra ela, eu juro que eu mato você. – Ben disse acertando Antônio novamente.

— Se você acha tanto que a Anita gosta de você, porque o medo. – Antônio provocou raivoso.

— Você não presta, e se arrependimento matasse eu jamais teria trazido você de volta pra minha vida. – Ben afirmou prenssando Antônio contra uma parede.

— Parou Ben. - Sidney ordenou vendo o descontrole do amigo.

— Me solta seu louco. – Antônio esbravejou, com Ben prenssando o braço contra o seu pescoço.

— Solta o meu filho Ben. – Hernandez pediu apavorado com tal situação.

— Eu juro que seu fizesse alguma coisa mais grave pra você, ninguém ia sentir tanto a tua falta, só o idiota do Hernandez mesmo, ele sim é capaz de acreditar em você só não sei até quando. – Ben afirmou encarando Antônio.

— Então anda, tá esperando o que. – Antônio provocou alucinado.

— Não, eu não vou mais sujar as minhas mãos, com gente como você. – Ben disse empurrando Antônio ao chão.

— Chega agora Ben, vamos embora daqui. – Serguei tentou acalmar os ânimos de Ben, antes que tudo piorasse.

— Vamos, foi mal qualquer coisa ai Sidney. – Ben falou ofegante, vendo Antônio ainda ano chão.

— Ben você não devia de ter feito isso. – Hernandez disse desapontado.

— As pessoas não perdem a linha só por loucura e por inveja, como esse ai faz com certeza, mais também porque elas são capazes de fazer qualquer coisa pra proteger quem elas amam, e eu acho bom o Antônio não duvidar disso. – Ben falou saindo com Segurei.